Casa cheia e desordem

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Superlotação do Castelão dá margem a vários problemas, que só serão superados com cuidados redobrados

Espetáculo à parte, a lotação máxima do Castelão nos dois jogos do Sampaio Corrêa realizados após a reinauguração do estádio trouxe como consequencia a desordem. Na partida Sampaio x Vilhena-RO, dia 12 deste mês, além da goleada de 4 x 1 aplicada pelo time maranhense, foram registrados inúmeros atos de vandalismo. Ontem, ocorreram outros problemas, como venda ilegal de ingressos e ocupação das escadarias por torcedores que deveriam estar devidamente acomodados nas cadeiras.

A venda ilegal de ingressos foi resultado do descuido da organização do jogo na confecção dos bilhetes. Sem canhoto, muitas entradas foram vendidas duas vezes, irregularidade conhecida no jargão popular como “ingresso carretilha”, que pensava-se estar extinta há pelo menos 20 anos no futebol maranhense. Pessoas que trabalhavam nas portarias de cada setor estão entre os suspeitos de praticar o golpe.

A aglomeração nos degraus dos corredores destinados à circulação da torcida entre cada lance de cadeiras foi causada por dois fatores: superlotação em alguns setores, como o 5 e o 6, justamente por causa da venda do mesmo ingresso duas ou mais vezes, e dificuldade de chegar aos assentos que ficam em pontos centralizados, problema comum a vários outros estádios país afora, diga-se. Nem mesmo o alerta dado pelo serviço de som do estádio sobre a ocupação indevida do espaço resolveu o problema. Resultado: muita gente não teve condições de ir ao banheiro, aos bares ou mesmo deixar o estádio com o jogo em andamento, hábito comum há alguns espectadores.

A reabertura do Castelão tem proporcionado momentos de redenção ao futebol do Maranhão. Empolgados com a excelente campanha do Sampaio no Campeonato Brasileiro da Série D, os torcedores tem dado verdadeiros shows. Pena que a euforia venha acompanhada do caos, que poderia muito bem ser evitado com uma dose extra de cuidado e informação.

Foto: Biaman Prado/O Estado do Maranhão

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