Empresas de ônibus acumulam perda de R$ 43 milhões desde o ano passado, diz presidente do SET

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Medeiros garante que empresas estão no vermelho

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), José Luís Medeiros, informou ainda há pouco ao repórter Marcial Lima, da Rádio Mirante AM, após reunião na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA), que as empresas que exploram o serviço de transporte coletivo na capital acumulam perda de R$ 43 milhões desde o ano passado. Ele colocou a contabilidade do setor à disposição da sociedade, a fim de comprovar o prejuízo financeiro.

Segundo Medeiros, as perdas financeiras acumuladas no exercício de 2011 somaram R$ 33 milhões. Este ano, o prejuízo já chega a quase R$ 10 milhões, de acordo com o presidente do SET. Ele explicou que somente a tarifa, que teve seu último reajuste em fevereiro de 2010, já está defasada em 20%. Complementam o déficit das empresas o aumento dos custos com combustível, pneus e peças e reajustes salariais de 10% e 12% concedidos aos trabalhadores do transporte rodoviários nos anos de 2010 e 2011.

“Para quem achar que nós, empresários, estamos mentindo por sermos ávidos por lucro estamos oferecendo nossa contabilidade. Qualquer órgão, instituição ou entidade que se interessar em analisar a nossa planilha poderá requerê-la”, afirmou o presidente, após a reunião, que novamente terminou sem acordo.

José Luís Medeiros atribuiu à Prefeitura de São Luís a responsabilidade de resolver o problema. “Os usuários precisam de melhores ônibus, de uma frota maior e isso só é possível com a recomposição dos custos das empresas. Cabe à administração municipal adotar medidas que nos permitam fazer tais investimentos”, assinalou. “Se as perdas se mantiverem não teremos outra saída senão reduzir a frota e o número de funcionários”, concluiu.

Greve

Assim como a primeira, realizada ontem, a segunda audiência entre os sindicatos dos empresários e dos trabalhadores das empresas de transporte rodoviário de São Luís, com mediação da presidente do TRT, desembargadora Ilka Esdras, terminou sem acordo. Com o impasse, a greve de motoristas, cobradores e fiscais de ônibus continua. Sem consenso entre as partes, aumenta a expectativa de radicalização do movimento.

Uma proposta de reposição salarial de 5,1%, feita pelo Ministério Público do Trabalho, está sendo analisada pela presidente do TRT, que poderá conceder tutela antecipada, na próxima quinta-feira, e impor o reajuste aos empresários.

Foto: Diego Chaves/O Estado do Maranhão

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