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O Centro de Ressocialização de Pedreiras, gerenciando em parte pela Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), registrou, neste fim de semana, sua primeira rebelião. Após quase 21 horas, o motim foi encerrado com a libertação dos 15 reféns, todos detentos condenados por crime de estupro e demais delitos associados à violência sexual.
O presídio está localizado a aproximadamente 5 km do centro da cidade, no povoado Barriguda, às margens da MA-122. Segundo informações de agentes penitenciários, a rebelião começou de forma repentina, por volta das 13h, pegando-os de surpresa. Os detentos depredaram algumas celas e atearam fogo em colchões. Eles reivindicavam maior acesso e celeridade no julgamentos dos seus processos.
Alguns tiros foram disparados em direção aos participantes do motim, que teriam atingido alguns detentos, posteriormente foram conduzidos ao Hospital Geral de Pedreiras.
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Por volta das 19h de ontem, atendendo a reivindicação dos presos, foi autorizada a entrada da imprensa. Foi observada intensa agitação no interior do presídio, ocasião em que os amotinados revelaram que os 15 reféns, apelidados de “Jacks”, (menção a Jack o Estripador), são extremante hostilizados no centro de detenção por serem estupradores.
Os presos exigiram a presença de um promotor de Justiça, um juiz e um pastor, mas, inicialmente, apenas a delegada regional de Pedreiras, Maria Eunice Ferreira, e homens da Força Tática da Polícia Militar, que aguardavam reforços.
O superintendente de Justiça da Secretaria de Estado de Justiça e Administração (Sejap), Amaury Chaves, teve a missão de negociar com os rebelados. Por volta das 10h, os detentos decidiram se render e libertar os reféns.
Assista a vídeo com alguns momentos da rebelião:
Com informações do blog pedrasverdes.blogspot.com