O ensino superior do Maranhão ganha mais uma universidade. Portaria do Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, credenciou mais uma universidade brasileira. Trata-se da Universidade Ceuma, no Maranhão que mantinha o status de Centro Universitário. A instituição, mantida pela iniciativa privada, tem uma trajetória de 22 anos no desenvolvimento da educação maranhense e havia recebido parecer favorável do Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC).
O CNE/MEC aprovou no dia 9 de novembro de 2011, por unanimidade, o processo de credenciamento que torna o Uniceuma a primeira universidade privada do Maranhão. Na quarta-feira, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante,assinou a portaria que credenciou a instituição como a primeira e única universidade particular do Estado.
Com o novo credenciamento, o Uniceuma passa a se chamar Universidade Ceuma e poderá dar continuidade ao seu projeto pedagógico de ampliar a oferta de vagas no ensino superior, principalmente, no interior do Maranhão. “É reconhecimento da qualidade da instituição, que aumenta a nossa responsabilidade de ajudar a melhoria o ensino superior no estado. O credenciamento da instituição como Universidade vem coroar o esforço dos professores, funcionários que ao longo 22 anos construíram na formação de profissionais qualificados para servir a sociedade onde estamos inseridos”, afirmou o reitor do Uniceuma, Marcos Barros.
No atual ensino superior, 73,2% dos matriculados estão na rede privada, 15,3% nas federais e o restante nas instituições estaduais e municipais. A maior parte dos alunos está no curso de administração, mas há defasagem na engenharia em comparação a outros países. São seis engenheiros por mil habitantes no Brasil, contra oito na Coreia do Sul e 40 nos Estados Unidos. Médicos são 1,8 por mil habitantes, abaixo dos 2,4 por mil nos Estados Unidos, 2,7 no Reino Unido, 3,6 na Alemanha, 3,7 no Uruguai. “Com o credenciamento de Universidade poderemos levar ensino superior para lugares no Estado que atualmente não tem. Além de oferecer cursos em áreas carentes de profissionais. Como já fazemos aqui em São Luís com o curso de Engenharia Civil”, afirmou o reitor Marcos Barros.
Cursos
Atualmente, o Uniceuma oferece 34 cursos de graduação, 33 cursos de especialização, dois programas de mestrado e dois doutorados. A instituição comemora este ano 22 anos de fundação. Para celebrar o título de universidade, o reitor Marcos Barros está programando uma série de atividades que terá seu ponto alto no dia 9 de abril.
O último Censo da Educação Superior, realizado pelo Ministério da Educação (MEC), aponta o Uniceuma como o 61º lugar no ranking nacional de alunos presenciais matriculados. A Universidade Federal do Maranhão (Ufma) vem em seguida com 16.228 alunos matriculados na 63º posição no ranking nacional e 2º lugar na Estadual. A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) surge no ranking na 96ª posição com 11.729.
O Uniceuma não é grande apenas em número de alunos. Com quatro campi: Renascença, Cohama, Anil e Bacabal (Unidade de Ensino à Distância – EAD); a instituição oferece mais de 30 cursos de graduação em bacharelado, Licenciaturas e tecnólogos; a biblioteca possui um acervo de mais de 160 mil volumes com um sistema de acesso integrado que permite aos alunos da instituição efetuarem empréstimos de livros em qualquer umas das três bibliotecas que o Uniceuma possui.
Ao longo de duas décadas, a instituição graduou 22.311 profissionais nas áreas da saúde, humanas, licenciaturas e tecnológicas. E pós-graduou 1.123 profissionais nas áreas da saúde, tecnológicas, humanas e licenciaturas.
A área de pesquisa do Uniceuma foi beneficiada por mais um Núcleo de Pesquisa em Informática, perfazendo assim seis Núcleos Temáticos, conforme orientação do CNE, tendo a instituição os seguintes Núcleos Temáticos de Pesquisa em funcionamento: Núcleo de Doenças Parasitárias e Endêmica, Núcleo de Clínica Integrada, Núcleo de Educação e Cidadania, Núcleo de Violência e Cidadania, Núcleo de Estudos de Estado, Segurança Pública e Sociedade e Núcleo de Pesquisa em Informática.
Origem e evolução
Embora tenha seus alicerces inspirados na Universidade de Coimbra (Portugal), a instituição, que nasceu como uma modesta faculdade, instalada em um prédio alugado no Centro de São Luís, e tornou-se o maior Centro Universitário do Brasil, é a confirmação dos esforços dos seus dirigentes e professores para a implantação do primeiro centro acadêmico genuinamente maranhense.
A instituição de ensino surgiu com o nome de Centro de Ensino Unificado do Maranhão (Ceuma), constituído em março de 1989, com status de Associação Cultural e Educativa. Em 9 de abril do ano seguinte, foi ministrada a aula inaugural, no prédio onde funcionou o antigo Colégio Meng. A aula foi presidida pela senhora Ana Lúcia Chaves Fecury. Assim nasceu o primeiro empreendimento educacional de ensino superior particular do Maranhão.
Em novembro de 1991, foram constituídas as Faculdades Integradas do Ceuma (Ficeuma), resultante da unificação das Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras, Ciências Contábeis e Economia de São Luís e de Ciências Jurídicas e Administrativas de São Luís, constituindo um sistema integrado conforme Parecer do Conselho Federal de Educação (CFE) Nº 106/91, de novembro de 1991.
Na época, a instituição oferecia os cursos de graduação em Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito, Letras e Pedagogia. Em setembro de 2000, foi credenciado o Centro Universitário do Maranhão (Uniceuma) por transformação das Faculdades Integradas do Ceuma, por meio de Decreto Presidencial de 27 de setembro de 2000.
Saiba Mais
Faculdade
Não é obrigada a oferecer cursos de mestrado e doutorado e, por consequência, pesquisa.
Não há necessidade de titulação mínima para o corpo docente.
Centro universitário
Para virar centro universitário, a faculdade deve ser credenciada pelo MEC há pelo menos seis anos e obter nota mínima 4 na avaliação institucional.
20% dos professores devem cumprir regime de trabalho em tempo integral na instituição.
33% do corpo docente precisa ter título de mestre ou doutor.
A instituição deve ter no mínimo oito cursos de graduação reconhecidos e com nota satisfatória na avaliação do MEC.
É obrigatório apresentar programas de extensão nos cursos ofertados.
A instituição deve oferecer programas de iniciação científica orientados por mestres ou doutores e política de capacitação de professores.
Universidade
Além dos requisitos dos centros universitários, deve apresentar 33% dos professores com regime de trabalho em tempo integral.
Precisa ter pelo menos dois doutorados e quatro mestrados (para as novas universidades). As que já existem e vão se recredenciar devem ter um doutorado e três mestrados até 2013 e dois doutorados e quatro mestrados até 2016.