O secretário de Estado de Minas e Energia, Ricardo Guterres, e o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Energias Renováveis (Abeer), Antonio Granadeiro, firmaram acordo visando instalar no Maranhão um modelo de iluminação pública com lâmpadas LED, que reduzem em 60% o consumo de energia se comparadas as mais utilizadas hoje. O local de instalação ainda será definido e o modelo norteará um programa de iluminação pública que a governadora Roseana Sarney oferecerá aos municípios.
A reunião que selou o acordo aconteceu nesta segunda-feira (9) na sede da Secretaria de Estado de Minas e Energia (Seme), em São Luís. Teve a participação de empresários nacionais integrantes da Abeer e técnicos da secretária. “A proposta é muito importante, pois servirá de padrão aos municípios, que ficarão, agora, responsáveis pelo serviço de iluminação pública”, explicou Ricardo Guterres.
A Abeer reúne as principais empresas que atuam na área de energias renováveis (solar e eólica). Dessas, três desenvolvem atividades no Maranhão: Guascor e ETE, na área de energia elétrica, e Kyocera, no setor de energia solar. “O momento, no Maranhão, é propício para mais investimentos e outros empresários estão apostando nas oportunidades de gerar riquezas e empregos neste estado”, afirmou Antonio Granadeiro.
Ele disse que a Associação tem interesse em firmar parcerias com o Governo do Estado. “Como são as prefeituras que estarão encarregadas da iluminação pública, o Governo do Estado e a Abeer podem apresentar uma proposta mais barata e viável”, informou.
A Lâmpada conhecida como LED (do ingês Light Emitting Diode), além de oferecer baixo consumo de energia, tem altíssima durabilidade. São livres de raios ultravioletas, não desbotam as cores, não atraem insetos e não deterioram alimentos.
Parcerias
O presidente da associação afirmou que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, está visivelmente interessado, ainda este ano, em investir em energia solar.
Antonio Granadeiro disse que a tendência são as empresas privadas instalarem sistemas isolados de geração de energia em locais públicos, como estádios e venderem os serviços para as concessionárias operadoras nos estados. Esta forma de gerenciamento já está sendo instalada em estádios como o Maracanã, no Rio de Janeiro, e os de Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza. Pode ser aplicada em praças, pontes, parques, prédios públicos, entre outros locais.
Os sistemas isolados de geração de energia para atender a demanda pública, de acordo com Antonio Granadeiro, também são alternativas para o Programa Luz para Todos atender a comunidades isoladas, como as ilhas localizadas ao longo da costa maranhense.
Fonte: Secretaria de Estado do Minas e Energia (Seme)
Pituaçu funcionará por energia solar a partir de dezembro
Rafael Freire
Divulgação
Ilustração do projeto de energia solar em Pituaçu
O jogo entre Bahia e Ceará, no dia 4 de dezembro, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, marcará a inauguração da iluminação solar em Pituaçu. Será o primeiro estádio da América Latina a usar essa tecnologia em suas operações. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 13, pela Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) após solenidade na Secretaria do Trabalho e Esportes do Estado.
Os painéis solares responsáveis pela captação e conversão da energia do Sol em elétrica serão instalados sobre as coberturas das arquibancadas, dos vestiários e do estacionamento da tribuna de honra, totalizando 6 mil m² de área. A capacidade de geração será de 400 kw/p (kilowatts/pico).
O custo total de implantação do projeto será de R$ 5,5 mi, sendo 30% custeados pelo Governo do Estado e 70% pela Coelba, segundo Daniel Sarmento, engenheiro responsável pela implantação do sistema. Ainda de acordo com o engenheiro, com a economia proporcionada pela energia solar, o investimento será recuperado em um período entre 10 e 15 anos. O consumo energético da arena gira em torno de 360 Mwh/ano.
Apesar do custo elevado de implantação, explica Sarmento, o sistema que será implantado em Pituaçu não demanda manutenção, gasto com insumos nem operação especializada.
O Estádio Metropolitano de Pituaçu é um dos candidatos a centro de treinamento das seleções que disputarão a Copa do Mundo de 2014.
Entenda como funciona o sistema de pituaçu:
Captação – Em uma área de cerca de 6 mil m², a energia solar é captada pelos painéis.
Distribuição – A energia é usada pela operação do estádio e a carga excedente vai direto para a rede da Coelba, sendo usada normalmente.
Compensação – Como o consumo do estádio será menor do que a geração, será feito um balanço entre consumo e geração. Assim, ao final do mês, o Estado será beneficiado com a economia.