Em nota, Lupi acusa perseguição e diz que sai com a consciência tranquila

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Em nota publicada no blog do Ministério do Trabalho, o ex-ministro Carlos Lupi, que entregou, neste domingo, pedido de exoneração do cargo à presidente Dilma Rousseff,  classificou as denúncias de irregularidades na pasta em sua gestão como fruto de uma “perseguição política e pessoal”. 

No comunicado, ele diz que deixa o ministério “para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o trabalhismo não contagie outros setores do governo”.  

Carlos Lupi finaliza afirmando que sai com a consciência tranquila e com a certeza do dever cumprido. Segue a nota.   

NOTA OFICIAL

Equipe do Blog , 4 de dezembro de 2011 

Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses, sem direito de defesa e sem provas; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República – que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa — decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável.

Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo não contagie outros setores do Governo.

Foram praticamente cinco anos à frente do Ministério do Trabalho, milhões de empregos gerados, reconhecimento legal das centrais sindicais, qualificação de milhões de trabalhadores e regulamentação do ponto eletrônico para proteger o bom trabalhador e o bom empregador, entre outras realizações.

Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence.

Carlos Lupi

Ministro do Trabalho e Emprego

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