Grevistas rejeitam 10% de aumento e provam que movimento é político
Ao rejeitar a proposta de reajuste salarial de 10,1%, mais um aumento escalonado que elevaria os vencimentos de soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros a R$ 3.891,00 até 2015, os grevistas confirmaram o que todos já sabiam: que o movimento iniciado há sete dias tem caráter meramente político e não busca melhorias às categorias envolvidas.
Mesmo com a ilegalidade decretada pela Justiça, o Governo do Estado se dispôs a negociar com os amotinados, escalando como emissário o senador licenciado e secretário de Projetos Especiais, João Alberto de Souza. Mas a flexibilidade de nada adiantou e o tão esperado fim da greve não veio, para a frustração dos que acreditavam em um desfecho ainda hoje.
Ao recusar a proposta, os líderes da paralisação zombam não só do governo, mas de todos os cidadãos que anseiam pela volta à normalidade. A impressão que ficou é que os cabeças do movimento querem mesmo é tripudiar, ainda mais quando delegam ao baiano Márcio Prisco o poder de decidir em nome de toda a classe.
Do alto de sua experiência, João Alberto decretou que não mais negociará com forasteiros, atitude que certamente tem o apoio da população e até mesmo dos que foram humilhados ao perder a liderança para um agitador profissional de conduta duvidosa.