O suplente Weverton Rocha (PDT) assume nesta terça-feira a vaga do deputado federal Carlos Brandão, que cumprirá licença de 120 dias. Diferente do que tem sido publicado em alguns blogs, o atual presidente do PSDB no Maranhão não deverá assumir cargo, pelo menos por enquanto, na Prefeitura de São Luís. Nos bastidores, comenta-se que Brandão poderá ser o coordenador da campanha à reeleição do prefeito João Castelo.
Uma fonte bem situada no PDT reiterou ao blog que o secretário municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Júlio França, ganha cada vez mais força como o nome a ser indicado para compor a chapa de Castelo como candidato a vice-prefeito.
Ungido por Weverton Rocha, pelo vereador Ivaldo Rodrigues e outras figuras de proa do PDT nesta era pós-Jackson Lago, França pode aglutinar o apoio que Castelo tanto almeja para disputar a eleição em condições de enfrentar o favorito Flávio Dino e demais nomes que despontam no cenário que antecede o pleito municipal do ano que vem.
Resta saber que compensação o prefeito ofereceu a Carlos Brandão para que o deputado abrisse mão do mandato de forma tão resignada.
Seguindo orientação da Executiva Nacional, que prega o fortalecimento do partido na eleição do próximo ano, o Diretório Estadual do DEM informa que não admitirá a desfiliação de vereadores em nenhum município maranhense. O presidente da legenda em São Luís, Ricardo Guterres, disse que, se for o caso, a sigla ingressará na Justiça para reivindicar os mandatos dos eventuais dissidentes.
“Nosso Diretório Estadual, presidido pelo senador Clóvis Fecury, já bateu o martelo: não abriremos mão de nenhum mandato de vereador. No caso daqueles que desejarem se desfiliar, recorreremos à Justiça para que a legislação eleitoral seja cumprida”, ressaltou Guterres.
Sobre o caso específico do vereador de São Luís Sebastião Albuquerque, cuja desfiliação vem sendo dada como certa por alguns órgãos de imprensa, o presidente do DEM na capital diz que tal informação não procede. Ricardo Guterres revelou ao blog que em conversa com Albuquerque, neste domingo, obteve dele a garantia de permanência no partido para a eleição de 2012.
“Temos uma relação cordial e de respeito mútuo. Conversamos bastante e ele me assegurou que ficará no DEM”, informou, acrescentando que o vereador coordenará a escolha dos demais candidatos da legenda à Câmara Municipal de São Luís.
O senador licenciado João Alberto de Souza passa agora a integrar o secretariado do Governo do Estado. A posse no cargo de secretário-chefe da Assessoria de Programas Especiais aconteceu nesta segunda-feira (3), em solenidade realizada no Palácio dos Leões. Ele assume a pasta que era comandada por Jura Filho, que passou a ocupar o cargo de Secretário de Estado de Turismo.
Estavam presentes à posse de João Alberto, os secretários Ricardo Murad (Saúde) e Hildo Rocha (Assuntos Políticos); deputados federais Alberto Filho e Cléber Verde; presidente em exercício do PMDB no estado, Remi Ribeiro; ex-prefeito de Imperatriz, Hildon Marques; além do prefeito de Bom Lugar, Sérgio Miranda, que estava acompanhado de seis vereadores do município.
No ato de nomeação, João Alberto de Souza recebeu ligação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que lhe desejou sucesso neste novo desafio como secretário chefe da Assessoria de Programas Especiais do Governo do Estado. O secretário agradeceu ao ministro e disse estar pronto para ajudar a governadora Roseana Sarney.
João Alberto disse que traz na bagagem muita experiência para acompanhar as ações do Governo Roseana Sarney, lembrando que exerceu o cargo de secretário Chefe da Casa Civil durante seu primeiro governo. Foi governador, deputado federal e senador. “Estou voltando com a responsabilidade de acompanhar os projetos essenciais para a população, entre eles, as ações do PAC na capital e no interior, iniciativa federal desenvolvida pelo Estado”.
João Alberto agradeceu aos políticos e amigos que apóiam sua decisão de trabalhar no governo estadual. “Venho com a vontade de acertar e dar tudo de mim para que a governadora Roseana Sarney realize o seu melhor governo. E, como primeiro senador a assumir uma secretaria estadual, vou trabalhar com esse objetivo”, declarou.
O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, elogiou a decisão da governadora em incorporar o senador João Alberto à sua equipe de trabalho. “É um político experiente que só vem agregar e fortalecer a equipe de governo”, ressaltou Ricardo Murad. Para o deputado federal Alberto Filho, o senador João Alberto tem muito a contribuir no Governo do Estado, pelo trabalho que já realizou como parlamentar e até mesmo como governador. Ele, com certeza, dará uma grande contribuição para que as ações do governo cheguem a toda a população do estado”, disse Alberto Filho.
O Sampaio Corrêa, clube de maior tradição do futebol maranhense, encerrou melancolicamente, ontem, mais uma participação em uma competição nacional. Eliminado pelo Cuiabá (MT) por humilhantes 3 x 0, o Tricolor despediu-se do Campeonato Brasileiro da Série D sem esboçar a mínima reação contra o adversário, mesmo jogando com a vantagem do empate. O fiasco do Sampaio é uma prova inconteste de quão desorganizado é o futebol local, que carece de atletas de maior qualidade e principalmente de dirigentes que planejem com inteligência a ações das equipes a cada disputa.
Antes que alguém alegue que não sou especialista em jornalismo esportivo, afirmo ser um aficionado por futebol, com larga vivência em estádios nos últimos 25 anos. Além disso, o acompanhamento diário do noticiário futebolístico e a interação permanente com colegas que atuam na crônica embasam os raros comentários que faço sobre o assunto. Portanto, como jornalista, torcedor e cidadão, sinto-me qualificado a escrever sobre o desempenho dos clubes e daqueles que os dirigem.
Voltando ao fiasco do Sampaio, alguns erros ficaram evidentes. O primeiro foi o desgaste exagerado apresentado por alguns atletas ao final de cada partida, o que levou à substituição de toda a equipe de preparação física. Como foi corrigida ainda no início da competição, essa falha não comprometeu a classificação do time para a segunda etapa da Série D, embora o tenha impedido de alcançar posição mais confortável na tabela. Mesmo enfrentando adversários muito inferiores, a Bolívia Querida não conseguiu manter a regularidade na fase inicial da competição e, na última rodada, perdeu a liderança e a vantagem de decidir em casa a vaga para as quartas de final.
Em meio à irregularidade demonstrada nos primeiros jogos, o Tricolor cometeu outro erro, dessa vez de estratégia, em sua última partida na fase de grupos. Precisando apenas de um empate contra o Trem-AP, em Macapá, para garantir a primeira posição e o direito de jogar em São Luís a segunda partida do mata-mata, o técnico Josué Teixeira escalou para o confronto um time misto, que saiu derrotado de campo e superado em pontos pelo Independente-PA. O time paraense, por sinal, demonstrou estar melhor preparado e, ao contrário da equipe maranhense, classificou-se ao vencer o Peñarol, do Amazonas.
A contratação de jogadores no meio da competição também contribuiu para o revés sampaíno. Sem ritmo, esses atletas já chegaram como titulares, mas em nada acrescentaram ao time. Que o digam o lateral Arlindo Maracanã, o meia Samir e o atacante Marcelo Soares, que mesmo não tendo jogado a primeira fase, foram escalados no time principal e tiveram desempenho abaixo da média no mata-mata contra o Cuiabá.
O presidente Sérgio Frota é, reconhecidamente, um abnegado e muito tem feito pelo Sampaio desde o início de sua gestão. Mas deve lançar um olhar mais criterioso ao decidir contratar técnico, jogadores e demais profissionais para o clube. Já classificado para a Copa do Brasil e para a Série D de 2012, o Tricolor precisa apresentar desempenho que honre a sua tradição e atenda as expectativas de sua apaixonada torcida.
Por determinação do superintendente de Policia Civil da Capital, delegado Sebastião Uchôa, foi realizada, na noite da última sexta-feira (30), na Grande de São Luis, mais uma blitz do Plantão de Combate à Poluição Sonora, comandado pelo delegado Joviano Furtado (CIDS oeste) e com a participação de várias delegacias.
Segundo Furtado, todos os finais de semana são deflagradas operações no intuito de combater a poluição sonora na capital e conscientizar as pessoas que manter o som acima do permitido é crime passível de punição, como determina a lei.
O delegado informou que nas operações são empregados mais de 50 policiais civis.
Não bastassem os problemas do trânsito de São Luís, como congestionamentos, vias mal sinalizadas e escassez de vagas para estacionamento, a população se depara, diariamente, com desvios de conduta cometidos por agentes pagos pelo contribuinte para orientar e fiscalizar o movimento de motoristas e pedestres pelas ruas e avenidas da cidade. Na edição de hoje, O Estado publica a foto de um desses profissionais jogando damas, de farda e em horário de serviço, em pleno Centro Histórico, totalmente alheio ao trabalho que deveria estar realizando e nada preocupado com a reação indignada dos populares que assistiam à cena.
A falta de compromisso de parte dos agentes de trânsito que atuam na capital já não é mais novidade. Em diversos pontos é comum vê-los no interior de estabelecimentos comerciais, escondidos por trás de bancas de revista e até mesmo entretidos em descontraídas rodas de conversa. Tudo isso enquanto o trânsito flui caótica e perigosamente. Há duas semanas, dois desses profissionais foram flagrados recebendo propina em um trecho da avenida São Luís Rei de França, em um episódio que manchou a reputação da classe, formada, em sua maioria, por cidadãos de bem.
É importante frisar que esses profissionais têm todo direito ao descanso, como qualquer trabalhador, ainda mais em uma atividade altamente desgastante como a que eles exercem. O que se condena, entretanto, é o comportamento abusivo e até mesmo criminoso de alguns, que certamente representam a menor parcela dessa importante categoria. Generalizar seria uma atitude irresponsável, assim como o é a postura dos agentes de trânsito que se omitem a prestar o serviço que lhe foi confiado.
Não custaria nada à Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) investir em cursos de capacitação, de modo a estimular os agentes a trabalhar com o máximo de profissionalismo. Outra medida interessante seria oferecer remuneração condizente com a atividade, melhores condições de trabalho e até mesmo instituir premiações aos que apresentarem melhor desempenho. Uma vez implementadas, essas ações, além de aprimorar o trabalho da categoria, seriam uma prova do compromisso da SMTT com ordenamento e a segurança do trânsito de São Luís.
Em meio aos desvios de conduta e à omissão de agentes, motoristas e pedestres se sentem cada vez mais desorientados e inseguros ao transitar pelas vias da capital. A sensação de desamparo se reflete no aumento do número de acidentes e infrações. Portanto, não é exagero afirmar que o caos que impera em ruas e avenidas da cidade, se deve, em grande parte, à inoperância daqueles que deveriam justamente primar pela harmonia no trânsito.
É preciso trabalhar nos agentes de trânsito valores como ética e compromisso, pois o cenário atual influi para que se instale um clima de mal estar social. Sem essas mudanças, esses profissionais, cuja atividade é essencial em um ambiente extremamente urbano como São Luís, continuarão sendo vistos como inimigos por grande parte dos cidadãos.
Editorial publicado neste sábado por O Estado do Maranhão