A dengue já matou 10 pessoas em São Luís este ano, segundo dados da Coordenadoria do Programa Municipal de Combate à doença, repassados ao jornal O Estado do Maranhão, semana passada. E os prognósticos do Ministério da Saúde não são nada animadores para o ano que vem, quando está prevista uma epidemia do sorotipo 4 do vírus da dengue na cidade. Até o momento, dois casos dessa nova variante da enfermidade já foram registrados na capital.
De 1º de janeiro até o último dia 11, já haviam sido notificados quase 4.500 casos suspeitos de dengue na capital. O número é 36% superior ao registrado em todo o ano de 2010. O São Francisco e adjacências são as áreas com maior índice de infestação de São Luís. Cidade Olímpica, Vila Palmeira, Turu e Coroadinho também são considerados bairros endêmicos.
O coordenador do Programa de Combate à Dengue da Prefeitura de São Luís, Pedro Tavares, aponta a deficiência na limpeza urbana e o abastecimento irregular de água como principais causas do avanço da dengue na cidade. Segundo ele, lixões e imóveis em construção no São Francisco e Turu são os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti, agente transmissor da doença.
Epidemia
Com base nos relatórios sobre infecção por dengue em São Luís de 2008 a 2010, o Ministério da Saúde inclui a capital do Maranhão entre os municípios com maior risco de epidemia da doença ano que vem. Devido a esse perigo, o municípoio é considerado área prioritária pelo Governo Federal para adoção de ações de prevenção e controle da dengue. Atualmente, o índice de infestação pelo Aedes aegypti é de 0,9%, considerado satisfatório pelo ministério.
Os sintomas do sorotipo 4 da dengue são semelhantes aos causados pelas demais variações do vírus: dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, febre, diarréia e vômito. Como 90% da população de São Luís ainda não tiveram contato com o quarto sorotipo, são grandes as chances de aumento do número de casos graves.