Operários param obra da Refinaria Premium

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Canteiro de obras da Refinaria Premium I

Centenas de operários fizeram uma mobilizaçaõ no início da manhã de hoje, no canteiro de obras da Refinaria Premium I, em Bacabeira. Os trabalhadores cruzaram os braços por cerca de meia hora para protestar contra atos supostamente abusivos que estariam sendo cometidos pela direção do Consórcio Galvão-Serveng-Fidens, responsável pela execução do projeto, que atualmente está na fase de terraplenagem..

Uma das queixas é quanto a diferença entre o valor do salário registrado em carteira e o que é pago na prática. Segundo os operários, o contrato prevê um vencimento de R$ 1.400,00 para motoristas de caçambas, mas estes recebem apenas R$ 1.200,00 a cada mês. Outra reclamação refere-se à qualidade da comida servida aos trabalhadores.

“As refeições são transportadas de São Luís a Bacabeira todos os dias e durante a viagem ficam expostas ao calor por um longo período. Com isso, a comida perde a qualidade. Muitos colegas já passaram mal após ingerir esses alimentos”, comentou um motorista, que preferiu não se identificar por teremer represálias. Ele revelou ainda que grande parte dos trabalhadores passou a recusar as quentinhas servidas pelo consórcio e prefere comer em restaurantes instalados nos arredores do canteiro de obras.

Transporte

Outro motivo de insatisfação dos operários foi a suspensão do transporte que era oferecido pelo consórcio Galvão-Serveng-Fidens. Sem o serviço, os operários estão sendo obrigados a cobrir do próprio bolso as despesas com locomoção. “Estamos pagando para trabalhar. Todos os dias temos que pagar passagens de van para ir ao canteiro de obras e voltar para casa”, queixou-se o motorista.

O furto de uma motocicleta pertencente a um operário, dentro do canteiro de obras, e a suposta recusa do consórcio em arcar com o prejuízo também deixou os trabalhadores indignados. O fato foi comunicado à direção da obra, que respondeu que não se responsabilizaria pelo ocorrido.

Diante dos transtornos causados pela mobilização, um dos engenheiros responsáveis pela construção do empreendimento decidiu conversar com os operários. Após ouvir as reivindicações, ele prometeu avaliar as reivindicações. Procurado, o diretor do projeto da Refinaria Premium, Fabiano Eterovick, informou que uma cláusula do contrato firmado coma Petrobras impede o consórcio de emitir qualquer declaração sobre fatos relacionados à rotina da obra. 

Os trabalhadores ameaçam fazer uma greve geral caso suas reivindicações não sejam atendidas.

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