Um homem ainda não identificado morreu esmagado por uma pedra, no início desta tarde, quando pescava na área do espigão costeiro da Ponta d’Areia. Foi a primeira morte registrada nos arredores da obra, que virou ponto de visitação, pescaria e até mergulho, apesar de ainda não ter sido tomada qualquer medida de segurança com o objetivo de evitar acidentes no local.
Há mais de um mês, o jornal O Estado e este blog passaram a chamar atenção para o perigo da falta de disciplinamento quanto à segurança no espigão e entorno. Em editorial intitulado “Espigão, um novo point” (leia), publicado em 15 de agosto, o matutino alertou para a falta de fiscalização do tráfego de veículos, que circulam livremente em meio aos pedestres, muitos destes crianças . Escrito pelo autor deste blog, o texto foi reproduzido nesta página e funcionou como o primeiro alerta para uma situação que a cada dia adquiria ares de tragédia anunciada.
Já no dia 1º deste mês, O Estado advertiu, em matéria publicada com destaque na editoria de Cidade, sobre o perigo de mergulhar naquele ponto (veja). Com base em informações do Grupo de Bombeiros Marítimo (GBMar), o jornal alertou que o braço de mar próximo ao espigão é o ponto de encontro de três correntes. Ou seja, é um trecho onde o banhista, por melhor nadador que seja, está exposto ao risco iminente de afogamento.
Talvez a primeira morte conscientize as autoridades de que o espigão é um bem público projetado para trazer benefícios à cidade, não para tornar-se uma ameaça àqueles que o visitam.
Foto: Biaman Prado/O Estado do Maranhão