Comunicação a serviço do crime

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celularesAs armas e celulares apreendidos esta semana por policiais e agentes penitenciários no interior de celas do Complexo de Pedrinhas são provas de que as unidades penais de São Luís são verdadeiros barris de pólvora, prestes a explodir a qualquer momento. Em revistas realizadas no último domingo e nesta quinta-feira, foram encontrados facas, facões, chuços e dezenas de aparelhos celulares em pavilhões da penitenciária e do Presídio São Luís, considerado de segurança máxima e que abriga alguns dos bandidos mais nocivos à socidade maranhense. 

Se a presença de armas nas mãos de detentos é algo extremamente preocupante, a existência de celulares em poder desses mesmos apenados é uma situação ainda mais grave, pois dá a bandidos de altíssima periculosidade que hoje cumprem pena a possibilidade de repassar ordens a comparsas e planejar, mesmo de dentro dos presídios, as operações criminosas. 

O maior beneficiário desse esquema de comunicação certamente é o tráfico. Com alguns de seus líderes presos, esse ramo criminoso depende fundamentalmente do contato telefônico entre comandantes e comandados para funcionar. Por isso, o celular é um instrumento de grande utilidade e custa caro dentro das unidades prisionais.    

A quantidade de celulares apreendidos no Complexo Penitenciário nos últimos dias é espantosa. Por isso, além de promover as revistas nas celas, a cúpula do sistema penal deve investigar como é possível tantos aparelhos entrarem nos presídios sem que sejam percebidos.  

A criminalidade é produto da combinação de diversos fatores. No entanto, pode-se afirmar com certeza que seu avanço na Ilha de São Luís resulta, em grande parte, da parfeita sintonia entre os bandidos que vivem dentro e fora dos muros de Pedrinhas.

Foto: Secretaria de Segurança Pública

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