Prefeitura não sabe o que fazer para acabar com o impasse do transporte coletivo

A Prefeitura de São Luís não tem qualquer estratégia que leve ao fim do impasse ocasionado pela crise do transporte coletivo. Nas intervenções que fez até agora não apresentou uma única proposta concreta, que ajude a levar ao desfecho da questão. Todas as ações do Município foram de cunho protelatório, o que comprometeu sua credibilidade.

A prova definitiva de que a administração municipal está desnorteada em meio ao conflito entre patrões e empregados do setor em razão da demissão em massa de trabalhadores rodoviários foi dada hoje, durante reunião entre o secretário de Transportes, Ribamar Oliveira, e representantes do Sindicato dos Rodoviários. Seguindo orientação do prefeito João Castelo (PSDB), Oliveira sentou-se à mesa com os líderes da categoria no sentido de demovê-los da idéia de cruzar os braços. Após horas de intensa discussão, os sindicalistas concordaram em suspender a manifestação, seduzidos apenas por promessas.

De sua parte, os rodoviários esperavam sair dali com a solução do seu problema ou, pelo menos, com algo já encaminhado. Tamanha decepção sentiram ao ver que tudo continua na estaca zero. E o que é pior: sem qualquer perspectiva de que haverá mudança.

Sem coragem de autorizar o aumento da tarifa, tendo em vista a impopularidade da medida, o prefeito João Castelo empurra a questão com a barriga. Só não se sabe até quando.

Castelo já comunicou a Cléber Verde demissão de Dayvson da Semdel

dayvsonO deputado federal Cléber Verde (PRB) já foi comunicadopelo prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), sobre a demissão do secretário municipal de Desportos e Lazer, Dayvson Franklin (foto), cuja nomeação foi bancada pelo parlamentar. O novo titular da pasta deverá ser o atual chefe de gabinete da Presidência da Câmara de Vereadores, Carlos Goiabeira, indicado pelo chefe do Legislativo municipal, vereador Isaías Pereirinha.

O prefeito já teria, inclusive, enviado um e-mail ao deputado informando a substituição de Dayvson. Ambos ficaram de conversar pessoalmente nos próximos dias para oficializar a exoneração.

Verde, no entanto, não ficará sem o seu quinhão na administração de Castelo, pois o secretário demissionário ganhará como prêmio de consolação a presidência do Instituto de Previdência e Assistência do Município (Ipam).

É oportuno lembrar que o deputado é expert em assuntos previdenciários, tendo atuado por alguns anos como funcionário do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), de onde foi demitido a bem do serviço público.

A demissão de Franklin foi informada por este blog em post publicado no dia 4 de novembro deste ano. Na ocasião, Pereirinha subiu à tribuna da Câmara Municipal para negar que tivesse indicado um nome para a Semdel, órgão que controlou com mão de ferro na gestão do ex-prefeito Tadeu Palácio.

Como se vê, o próprio João Castelo tratou de desmenti-lo agora.

Novos membros do TRE serão escolhidos nesta quarta-feira

O Tribunal de Justiça realizará duas sessões plenárias namanhã. Entre os assuntos e processos apreciados na sessão ordinária administrativa, um é referente à escolha dos novos membros efetivo e substituto, na categoria desembargador, que irão compor o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) para o próximo biênio.

Na sessão extraordinária jurisdicional serão julgados dois processos relativos à Meta 2 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em ofício datado de 17 de novembro, enviado ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Raimundo Freire Cutrim, a desembargadora Nelma Sarney informou que o seu primeiro biênio como membro efetivo do TRE-MA, na categoria de desembargador, será encerrado em 18 de dezembro deste ano, ou sexta-feira desta semana.

A presidente do TRE-MA também informou que o término do primeiro biênio da desembargadora Anildes Chaves Cruz como membro substituto daquela Corte, na categoria de desembargador, ocorrerá em 21 de dezembro.

Fonte: Tribunal de Justiça do Maranhão

Prenúncio do caos

greve motorasSão Luís vive a expectativa de mais um dia de caos por causa do anúncio de outra greve de motoristas e cobradores de ônibus, com início marcado para amanhã. Desta vez, o sindicato da categoria protestará contra a demissão de centenas de trabalhadores devido a uma crise financeira alegada pelas empresas que operam no setor. O pior é que os grevistas pretendem radicalizar e parar toda a frota de ônibus que circulam na Ilha.

Como sempre, os maiores prejudicados pela paralisação serão os usuários. Mais uma vez, dezenas de milhares de passageiros serão privados do direito de ir e vir, por causa de um conflito interno entre patrões e empregados. Não que a motivação da greve seja injusta, mas os trabalhadores poderiam optar, com base nos transtornos causados por manifestações anteriores, por uma estratégia mais civilizada e que cause menos danos à população.

Segundo alardeiam as empresas, a crise que atinge o sistema já se tornou insustentável. Representantes do setor atribuem a queda de qualidade do serviço à diminuição dos lucros. As demissões, portanto, seriam uma forma de amenizar o déficit nas finanças e oferecer um transporte condizente com as necessidades dos usuários.

Com a maioria das companhias operando supostamente no vermelho, segundo alegam, o sindicato que defende os interesses dos empresários aponta o reajuste da tarifa, congelada há cinco anos, como a solução para a queda de receita. Para atingir seu objetivo, a entidade já recorreu até à Justiça e aguarda com expectativa uma sentença favorável e definitiva.

A Prefeitura de São Luís pode ter participação decisiva para o fim da polêmica ou para o seu agravamento. Com a prerrogativa de autorizar o reajuste tarifário, o Município vem resistindo bravamente às investidas das empresas desde a gestão anterior. Desde o último aumento, já ocorreram várias greves e em todas as mobilizações patrões e empregados do setor de transporte coletivo alegaram dificuldades financeiras para fechar acordo. Todas as negociações foram pontuadas por insinuações e cobranças ostensivas de aumento do valor da passagem.

Em entrevistas recentes, representantes da administração municipal e o próprio prefeito João Castelo (PSDB) mantiveram o discurso de que a tarifa permanecerá inalterada. Mas a cada declaração pública, o tom da afirmação parece mais frágil. Semana passada, durante o lançamento da programação natalina da cidade, o prefeito externou sensibilidade com o déficit financeiro das empresas, um forte indício de que a população, além do tormento causado pela greve, poderá ser surpreendida com a notícia de que só o reajuste da tarifa salvará o sistema.

Foto: arquivo/O Estado do Maranhão

Reproduzido de O Estado do Maranhão

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