Sistema de som do arraial da Maria Aragão foi contratado sem licitação; diária era de R$ 7 mil
A Fundação Municipal de Cultura (Func) pagou diária de R$ 7 mil pelo sistema de som que animou o arraial da praça Maria Aragão, realizado de 1º a 30 de junho. O contrato foi firmado sem licitação com a Cooperativa de Sonorização (Coopsom), cujo diretor-financeiro é o empresário conhecido como Zé Paulo. Colaborador da última campanha de João Castelo (PSDB), ele teria fornecido os equipamentos de som, palco e iluminação usados em comícios na eleição vencida pelo tucano.
A Func chegou a abrir licitação para contratar o sistema de som da Maria Aragão, mas o edital foi contestado na Justiça por uma das empresas concorrentes. Mesmo com a briga judicial, o órgão contratou diretamente a Coopsom, o que deixou insatisfeitos os demais empresários que participavam da disputa. Zé Paulo tem sua própria empresa, a JP Sonorizações, mas teria preferido usar a entidade para livrar-se de eventuais sanções judiciais.
Nos 30 dias de programação oficial do arraial da Maria Aragão, a Func pagou a bagatela de R$ 210 mil pela sonorização. O valor corresponde a quase 10% dos R$ 2,7 milhões que o órgão dispunha para realizar os festejos em todos os espaços patrocinados pela Prefeitura de São Luís. A fundação pagou, ainda, diárias de R$ 3.680 no período pré-São João, quando disponibizou toda a estrutura de som e palco para os grupos de bumba-boi que fizeram ensaios na praça. Desde o dia 1° deste mês, o órgão promove uma programação pós-junina no mesmo espaço, que será realizada todas as sextas, sábados e domingos, até 1º de agosto. Dessa vez, o valor da diária é de R$ 2.700.
Informações dão conta de que a mesma Coopsom ganhou os contratos do pré e do pós-São João.