Cai mais um secretário de Castelo

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luso.jpgMenos de um mês depois de demitir a vice-prefeita, Helena Duailibe, do cargo de secretária municipal de Saúde, o prefeito João Castelo (PSDB) decidiu mandar embora mais um membro do primeiro escalão da sua gestão. Trata-se do secretário municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, José Ribamar Luso Sousa (foto), que deverá ter sua exoneração confirmada nas próximas horas. A informação é de uma fonte com trânsito livre na cúpula da administração tucana.

Luso será substituído pelo presidente do Diretório Municipal do PDT em São Luís, Júlio França, que comandou a pasta na gestão de Tadeu Palácio. França foi um dos líderes pedetistas a aderir à candidatura de Castelo no segundo turno da eleição do ano passado, seguindo a orientação de Clodomir Paz, candidato derrotado do seu partido naquele pleito. 

Não se sabe o motivo da demissão, mas há indício de que foi resultado de intensa articulação política e ineficiência no exercício do cargo. A secretaria, que tem a missão de atuar nas áreas de agricultura, pesca e abastecimento, apresenta desempenho pífio na atual gestão. Das atribuições da pasta, apenas o trabalho de limpeza de feiras teve certa visibilidade, mesmo assim, como mero paliativo. De resto, não se tem notícia de outras ações do órgão.

Quanto à questão política, não se pode descartar uma eventual fritura de Luso em troca de apoio partidário.

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Assim como Jackson, prefeito balaio de João Lisboa pode perder o mandato

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emiliano1.jpgO prefeito reeleito de João Lisboa, Emiliano Menezes (PDT), pode perder o mandato, assim como seu aliado e mentor político, Jackson Lago. Ele responde a processo no Ministério Público Eleitoral sob a acusação de manter um caixa dois durante a campanha que o conduziu ao cargo, em outubro do ano passado. O prefeito foi denunciado, também, por suposto abuso de poder econômico e arrecadação indevida de recursos para financiar gastos de campanha.

Adversários relatam alguns fatos que, segundo eles, comprovam as ilegalidades cometidas por Emiliano para vencer a eleição. Em julho de 2008, ele ocupava o terceiro lugar na preferência do eleitorado do município, de acordo com pesquisas de intenção de voto realizadas na época. Em setembro, o prefeito já aparecia na primeira colocação, que manteve até o pleito. Para se ter uma idéia de quanto foi extraordinária a subida, no início da campanha, o índice de rejeição de Emiliano estava em torno de 65%, segundo sondagens feitas junto à população. 

Opositores atribuem a vitória à atuação escancarada do governo da época em favor do aliado. Para beneficiá-lo, Jackson Lago teria mandado executar várias obras em João Lisboa e teria destinado elevada quantia para compra de votos.

Balaio

Em 17 de abril passado, quando Jackson Lago teve sua cassação confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Emiliano Meneses e outras lideranças políticas da região de João Lisboa manitiveram-se trancados no Palácio dos Leões, junto com o ex-governador, na tentativa frustrada de despertar clamor social. A cena patética tornou ainda mais melancólico o desfecho da aventura balaia no governo do Maranhão.

O processo ainda está na fase da apuração. Mas, pela consistência das denúncias, torna-se cada vez mais forte a possibilidade de o grupo balaio sofrer mais um revés.        

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Semit e Microsoft discutem políticas educacionais de tecnologia

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semit2.jpg A secretária de Informação e Tecnologia do Município, Angeline Angelim, e o secretário adjunto, Gonzaga Braga, discutiram com o presidente da Microsoft do Brasil, Michel Levi, políticas educacionais de tecnologia para a capital maranhense, na manhã da última quinta-feira, no Hotel Holiday Inn, em Fortaleza (CE). O objetivo do encontro foi firmar uma parceria entre a Prefeitura de São Luís e a Microsoft para desenvolvimento de projetos de capacitação para jovens e adultos visando à inclusão destes no mercado de trabalho e fomento para abertura de empresas de tecnologia.

O encontro foi intermediado pela representante da multinacional no Maranhão, Adriana Vieira, com apoio do gerente regional da empresa para as regiões Norte/Nordeste, Luís Eduardo Pinto. A Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia do Município de São Luís (Semit) foi o único órgão de gestão pública que participou do evento, que reuniu representes da Microsoft de todo Brasil.

Foto: Adriana Vieira, representante maranhense da Microsoft; Luís Eduardo Pinto, gerente da Microsoft para a região Norte/Nordeste; presidente da Microsoft do Brasil, Michel Levi; secretária de Informação e Tecnologia do Município, Angeline Angelim, e o secretário adjunto Informação e Tecnologia, Gonzaga Braga. 
 

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O drama das enchentes

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enchente1.JPGEra quinta-feira, dia 21 de maio, quando o meu telefona toca. Minha mãe diz do outro lado da linha que a sua casa havia sido inundada pelo rio Mearim. Não acreditei no que estava ouvindo. Dois dias depois, peguei um ônibus e segui rumo à cidade. Para meu espanto, quando me aproximei do município deparei-me com os campos próximos à estrada completamente inundados. Em Vitória do Mearim, contemplei uma cena que não via in loco desde quando tinha 11 anos de idade.  A minha terra natal estava debaixo d’água. Na porta da casa da minha mãe, que fica a mais 300 metros da margem do rio, a água dava na cintura. Ao andar pela cidade, percebi que a cheia era mais grave do que imaginava. Porém, o Maranhão não sabia.

Enquanto as populações de cidades como Pedreiras e Trizidela do Vale comemoram a redução do nível do rio Mearim, moradores de Vitória do Mearim, a 165 km da capital, começam a se mudar de suas casas por causa da enchente. O fato é registrado em todas as grandes cheias do maior rio maranhense. Quando começa a baixar na cabeceira, o volume das águas aumenta nas cidades próximas à foz, como está acontecendo agora em Vitória e Arari, cidades vizinhas uma da outra. 

enchentes21.JPGRuas e avenidas que passam próximas à margem do rio estão debaixo d’água. O nível subiu tanto que até na rodoviária estão atracando pequenas embarcações.  Cerca de 70 porcento da cidade foram inundados. Apenas o centro e os bairros do Alto das Palmeiras e Tapuitapera  ficaram imunes à cheia. Milhares de famílias estão desabrigadas em todo o município. O comércio não está vendendo como dantes. Famílias estão procurando outras cidades para passar a cheia, pois já não há tantas casas disponíveis no município para alugar.  As lavouras foram arrasadas pela enchente.

Com o transbordamento do rio e a mistura com o conteúdo dos açudes, a população está sem água em condições adequadas para ingerir. Em uma igreja que está servindo de abrigo, crianças dormem no chão por falta de colchonetes.  À noite, o drama aumenta com a presença de mosquitos. A dona-de-casa, diz que os desabrigados do local não recebem ajuda oficial há cinco dias. “Aqui está faltando comida, água para beber e até para tomar banho. Hoje o meu bebê de 1 ano não tomou banho. E para piorar, ele está com muita coceira. Nós não temos médico para atender tanta gente desabrigada”, comentou ela ao ser questionada sobre a situação das famílias do local.

enchentes3.JPGA história conta que para vencer a luta a força do rio Mearim, a cidade teve que mudar de local por três vezes. Mas em 1924, 1974 e 75 e 1985 e 86, Vitória do Mearim registrou as maiores enchentes de todos os tempos. Com a construção da barragem do rio Flores, o fenômeno da natureza deixou de atormentar os moradores da cidade.  Agora, 23 anos depois da última grande cheia, uma outra página dessa história de luta pela sobrevivência está sendo escrita às custas de muito sofrimento e perdas para milhares de vitorienses.

Vitória do Mearim pede socorro.

Texto e fotos: Ciro Nolasco, jornalista 

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Grupo denuncia uso de estrutura da Assembléia na eleição do PSB

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O ex-governador José Reinaldo Tavares e seu sobrinho Marcelo Tavares, presidente da Assembléia Legislativa, estão sendo acusados pelo grupo que faz oposição a eles dentro do PSB de usar a estrutura daquela Casa para angariar apoio na eleição do Diretório Estadual do partido, marcada para o próximo domingo.

José Reinaldo e Marcelo Tavares tentam reconduzir ao comando do partido no Maranhão o advogado e ex-presidente estadual da legenda, José Antônio Almeida, afastado recentemente do cargo pela Executiva Nacional sob a acusação de práticas ilegais na última eleição do diretório.

Para conseguir seu intento, tio e sobrinho estariam oferecendo a membros do Diretório Regional cargos no Poder Legislativo em troca de votos. O grupo adversário chega a classificar como chantagem o expediente usado pelos Tavares. “Estão usando a máquina da Assembléia para garantir poder de barganha. Querem ter força para continuar mamando nas tetas do governo. Querem usar o PSB para chantagear a governadora Roseana Sarney (…)”, diz um trecho do texto enviado ao blog por um internauta.       

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Prefeito passa mal e desmaia em solenidade no Palácio dos Leões

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prefeito-desmaia2.JPGO prefeito de Matões do Norte, Solimar Alves Oliveira (DEM), desmaiou durante a solenidade de lançamento do programa  “Saúde é Vida”, ralizada na manhã desta terça-feira, no Palácio dos Leões. Acometido por um súbito mal estar, ele precisou de atendimento de emergência. Socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros, o prefeito permaneceu deitado na grama do jardim dos palácio por vários minutos.

O problema de saúde do prefeito assustou as centenas de pessoas presentes ao evento. A médica Kátia Lobão, que participava do lançamento, foi uma das primeiras pessoas a prestar socorro a Solimar. Foi preciso afastar a pequena multidão que se formou ao redor do paciente. Enquanto um abanava o prefeito com um pedaço de papel, outro checava sua pulsação e tentava mantê-lo consciente. Minutos depois, Solimar foi levado ao hospital por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). 

O programa “Saúde é Vida” prevê um investimento de R$ 350 milhões, este ano, na construção de hospitais e postos de saúde, reorganização do atendimento médico, reformulação e incremento dos centros de saúde já existentes nas redes estadual, municipal, filantrópica e no Hospital Universitário.

Foto: Biné Morais/O Estado do Maranhão 

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Uso ilegal de imóvel da Fapema na campanha de Castelo é alvo de ação do MP

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castelo-joao.jpgO uso irregular de um imóvel pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) como comitê de campanha de João Castelo (PSDB) durante as eleições do ano passado motivou a ação por ato de improbidade administrativa ajuizada na última sexta-feira (22) pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) contra o coordenador administrativo-financeiro do Projeto Cidade Digital, vinculado à Fapema, Carlos Augusto Andrade.

A ação, ajuizada pelos promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, João Leonardo Sousa Pires Leal (16ª) e Marcos Valentim Pinheiro Paixão (8ª), tramita na 3ª Vara da Fazenda Pública.

Alugado pela Fapema, o imóvel, localizado na avenida dos Franceses, abrigava as instalações do projeto Cidade Digital, também vinculado à secretaria de estado das Cidades, Desenvolvimento Regional Sustentável e Infra-Estrutura (Secid). No segundo turno das eleições de 2008, a Polícia Federal apreendeu no local panfletos e adesivos da campanha de João Castelo, além do livro de ocorrências utilizado por funcionários da Cefor, empresa responsável pela segurança do prédio, para registrar eventos durante o trabalho de vigilância. A operação foi motivada por relatos de que havia intensa movimentação de pessoas e carros de campanha de João Castelo no imóvel.

“Intensa movimentação” – As denúncias de uso eleitoral do imóvel alugado pela Fapema para fins públicos foram reforçadas pelo depoimento do oficial de Justiça José Flávio Aranha. Vizinho do imóvel, Aranha afirmou aos promotores de Justiça ter testemunhado diversas vezes a intensa movimentação ocorrida no período que antecedeu as eleições, principalmente quanto à permanência do trio elétrico de Castelo no estacionamento do prédio. O oficial de Justiça também afirmou ter visto inúmeras pessoas saindo do prédio e “abastecendo” o trio elétrico com bandeiras do então candidato.

Além dos relatos do oficial de Justiça José Flávio Aranha, as principais provas da utilização irregular do prédio da Fapema em benefício de João Castelo são os registros que constam no livro de ocorrências da Cefor. Nele, estão registradas inúmeras reuniões de campanha ocorridas entre os dias 22 a 26 de outubro do ano passado.

Entre os dias 22 e 26 de outubro do ano passado, pelo menos três vigilantes da Cefor registraram no livro de ocorrências da empresa a presença de um trio elétrico da campanha do atual prefeito no estacionamento do local, bem como o trânsito constante de responsáveis pela campanha de Castelo ao prédio da Fapema, entre eles Alynne Pinheiro Ribeiro Alencar, filha da então secretária titular da Secid, Telma Pinheiro.

“Carlos Augusto Andrade era o responsável pela administração do imóvel, na condição de coordenador executivo do projeto, e por isso tinha ou deveria ter pleno conhecimento da movimentação de pessoas ou de todos os fatos que ocorressem naquele espaço”, afirma o promotor Marcos Valentim. “Todas as manifestações políticas de campanha que aconteceram lá tiveram anuência do coordenador do projeto Cidade Digital”.

De acordo com o MPMA, ao permitir que panfletos, adesivos, carro de som e reuniões políticas de campanha de João Castelo ocorressem na sede do projeto “Cidade Digital”, Carlos Augusto Andrade desrespeitou a norma eleitoral que visa conter o uso da máquina administrativa em favor de qualquer candidatura, prática vedada pela Lei Eleitoral (9.504/97).

“A conduta do coordenador afrontou princípios da administração pública, como impessoalidade, moralidade e legalidade, quando praticou ato proibido em lei, especificamente o artigo 73 da Lei Eleitoral nº 9504/97”, afirmam os promotores na ação. “O coordenador executivo do projeto Cidade Digital também incorreu em ato de improbidade administrativa, conforme definido no artigo 11 da Lei de Improbidade administrativa nº 8.429/92”.

Caso a ação do MPMA seja julgada procedente, o Carlos Augusto Andrade pode ter seus direitos políticos suspensos e ser proibido de contratar ou receber incentivos do Poder Público.

Fonte: Coordenação de Comunicação do Ministério Público do Maranhão  

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“Caos no Socorrão II é retrato da crise na saúde municipal”, afirma ex-diretor

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oliveira.jpgEm entrevista ao blog, o médico ortopedista Antônio Carlos Oliveira (foto), demitido por telefone, na última sexta-feira, da direção-geral do Hospital Clementino Moura, o Socorrão II, afirma que seu afastamento teve motivação puramente política. Nomeado pela ex-secretária de Saúde e vice-prefeita Helena Duailibe, também exonerada de forma nebulosa, ele revela que, devido ao caos na unidade de saúde, chegou a entregar o cargo duas vezes, na gestão de Helena Duailibe e na atual, comandada por Gutemberg Araújo. Com a experiência de quem atua como gestor na área médica há mais de 25 anos, ele diz que o caos no Socorrão II é o retrato da crise em toda a rede municipal de saúde.

Daniel Matos – Como o senhor foi informado de que estava demitido?

Oliveira – Por telefone. A secretária adjunta de Saúde, Ieda Vanderlei, me ligou informando que entre os ofícios que havia recebido naquele dia com medidas a serem executadas na Semus, estava um sobre a minha pessoa. Respondi que sabia do que se tratava e ela abriu o jogo. De modo algum, a exoneração me surpreendeu, pois, além de já ter pedido para sair duas vezes, era natural que com a saída da Helena eu também deixasse o cargo.

DM – A que o senhor atribuiu a demissão?
 
Oliveira – Posso garantir que incompetência minha não foi. Até porque eu não gerenciava recursos. Além do mais, consegui equipar um pouco mais o hospital, pois fazia muitas solicitações ao comando da secretaria. A única explicação para a minha saída é o revanchismo político. É notório que essa situação começou quando a então secretária Helena Duailibe se reuniu com o secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, para discutir uma ação conjunta na área em favor da população de São Luís.

DM – De que forma o senhor avalia a experiência como diretor do hospital?

Oliveira – Houve alguns avanços, mas, no geral, o trabalho foi marcado por extrema dificuldade. Para se ter idéia, vários médicos já abandonaram o emprego no hospital por causa dos baixos salários e da falta de condições de trabalho. Isso reduziu ainda mais nossa capacidade de atendimento. É um absurdo um médico receber R$ 1 mil de salário, como é o caso de alguns profissionais que atuam no Socorrão II. Há técnicos de enfermagem que ganham R$ 300, muito menos que um salário mínimo. Esse dinheiro dá muito mal para pagar a passagem de ônibus. Uma das principais causas do problema é a baixa remuneração. Não há como ter profissionais dedicados com salários irrisórios.

DM – Por que o Socorrão II está em uma situação tão crítica?

Oliveira – O hospital não tem orçamento próprio e isso compromete o trabalho de administração da casa. É inadmissível que uma unidade de saúde do porte do Socorrão II, que faz cerca de 5 mil atendimentos por mês e consome entre R$ 3 e R$ 4 milhões em recursos mensalmente, não tenha autonomia financeira. Para receber equipamentos, material hospitalar e outros itens, o diretor tem que elaborar uma lista e cabe à Semus providenciar a compra. Em quase cinco meses à frente do Socorrão II, eu nunca tive acesso a nenhuma planilha de gastos. Isso acaba engessando qualquer gestão.

DM – Mas as dificuldades não estão só no Socorrão II.

Oliveira – Claro que não. Toda a rede de saúde do Município está em crise. Nenhuma unidade atende a contento. O caos no Socorrão II é apenas o retrato dessa crise, que só poderá ser eliminada com uma profunda reformulação administrativa. 

DM – Que mensagem o senhor deixa à nova gestão?

Oliveira – Espero que com a minha saída as coisas melhorem, pois se houve a substituição é porque a Semus pretende dar nova dinâmica à administração do hospital. Conheço o novo diretor-geral, Artur Serra, que era meu diretor-técnico e é um profissional jovem e competente. Se ele e sua equipe conseguirem superar as dificuldades, vou ficar satisfeito.

Fotos: Flora Dolores/O Estado do Maranhão

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O que restou da Escola de Governo

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escola-de-governo.jpgAs instalações da Escola de Governo do Maranhão, que funciona na Casa do Trabalhador, no Calhau, foram sucateadas nos governos José Reinaldo Tavares e Jackson Lago. O órgão, criado em 1998 pela governadora Roseana Sarney com o objetivo de oferecer cursos de capacitação, graduação e pós-graduação a milhares de sevidores públicos, não vem cumprindo sua finalidade nos últimos anos devido ao abandono ao qual foi relegado pelas duas últimas gestões.

Durante a solenidade de posse da nova superintendente da escola, ontem, o secretário estadual de Administração e Previdência, Luciano Moreira (foto), aproveitou para vistoriar o prédio. Em todas as dependências constatou o caos. Em algumas salas, precisou fazer malabarismo para desviar de poças d’água, cadeiras e outros móveis quebrados espalhados por toda parte.

Ao fim da inspeção, autorizou a transferência temporária das atividades da Escola de Governo para um prédio no bairro São Francisco, alugado pelo governo Jackson, mas que nunca fora usado. A previsão é que em um prazo de quatro meses as instalações sejam recuperadas.

Foto: De Jesus/O Estado do Maranhão      

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Homem que matou família no Monte Castelo será julgado nesta sexta-feira

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chacina.jpgO mototaxista Valdimar Lindoso Ferreira (foto), 37 anos, autor da chacina que vitimou o próprio filho, a ex-mulher e outros três membros da família dela será julgado nesta sexta-feira, na 11ª Vara Criminal. O crime aconteceu em 27 de abril de 2006, no Monte Castelo, e, na época, causou grande comoção em São Luís.

A chacina aconteceu durante a madrugada, na rua Marechal Lott. Armado com uma pistola 380 mm, com silenciador, Valdimar se dirigiu, primeiramente, à casa onde moravam o filho Erick Ricardo Matos Ferreira, então com 7 anos, e a ex-mulher dele, Helen Rose dos Inocentes Ferreira, 31. Os dois foram mortos friamente. A criança foi atingida com tiros na cabeça quando dormia em seu quarto.

Em seguida, o assassino dirigiu-se à casa dos familiares da ex-esposa, ao lado. Lá, matou o ex-sogro, Raimundo João dos Inocentes, 60 anos, a ex-sogra, Maria José Matos dos Inocentes, 57, a ex-cunhada Érika Rosana Matos dos Inocentes, 27. A também ex-cunhada Eliana Rosely Matos dos Inocentes, então com 24 anos, foi atingida com um tiro na boca, mas sobreviveu, após passar vários dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Centro Médico.

Valdimar foi preso meia hora depois, quando fazia um curativo no Socorrão II, pois havia se ferido durante as execuções. À polícia, ele alegou ter cometido o crime para salvar o filho, que, junto com os familiares da mãe, estava freqüentando cultos da seita religiosa Testemunhas de Jeová, contra sua vontade.

Réu confesso, Valdimar será julgado pelo juiz Reinaldo de Jesus Araújo, titular da 11ª Vara Criminal. A sessão está marcada para as 8h30, no Fórum do Calhau.

Foto: arquivo/O Estado do Maranhão    

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