Com cassação de Jackson, ex-secretários que cometeram irregularidades ficarão impunes?
A cassação do ex-governador Jackson Lago (PDT) pode não ter sido de todo ruim para alguns dos que caminharam lado-a-lado com ele e ajudaram a afundar a “nau libertária” nos 27 meses de sua improdutiva gestão. Com a perda do mandato do pedetista, alguns de seus ex-secretários devem estar se sentindo aliviados por achar que assim se livraram de responder por denúncias de irregularidades que lhes foram atribuídas.
Uma das que deve ter tirado um peso enorme das costas é a ex-secretária de Segurança Cidadã, Eurídice Vidigal, que em quase todo o período à frente da pasta se viu envolvida em rumorosos casos, a maioria relacionada a atos de corrupção. No mais nebuloso, o então delegado-geral da Polícia Civil, Jefferson Portela, a acusou de envolvimento em um esquema de superfaturamento e favorecimento de empresas em contratos milionários firmados na área da segurança. Por causa das denúncias, Portela acabou sendo exonerado por Jackson.
Outro que deve estar respirando aliviado é o ex-chefe da Casa Civil, Aderson Lago, pilhado em um esquema que desviou R$ 550 mil de um convênio firmado entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Caxias, em 2006, para a conta da agência de espetáculos Ópera Prima, localizada no Rio de Janeiro, cujo proprietário é um de seus filhos. No exercício do cargo, Aderson envolveu-se em outra peripécia ao manter a mãe, uma octogenária, e filhos que nem sequer moram no Maranhão como assessores da Assembléia Legislativa.
E o que falar do ex-todo-poderoso secretário de Planejamento, Aziz Santos, e do ex-secretário da Representação Institucional em Brasília, Wagner Lago, denunciados por envolvimento no esquema de pagamento irregular de obras públicas descoberto pela Operaçãp Navalha? Os dois, que por pouco não foram afastados dos cargos por conta de um pedido do Ministério Público Federal, devem ter enxergado um lado bom na cassação por acreditar que ao deixar o poder o escândalo que protagonizaram cairá no esquecimento.
Ante o prenúncio de impunidade, cabe fazer um alerta às autoridades para que se faça Justiça aos demandos cometidos no governo jackista.
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