Empresas batem cabeça e entregam dois cafés da manhã a detentos e agentes de Pedrinhas

pedrinhas.jpgUm episódio no mínimo bizarro e que demonstra a clara desorganização da Secretaria de Segurança Cidadã (Sesec) deixou perplexos detentos e agentes do sistema penitenciário de pedrinhas. Ontem pela manhã, por um erro de organização da Sesec, os agentes e os detentos de Pedrinhas foram surpreendidos com o recebimento de dois cafés da manhã entregues por duas empresas diferentes.

Segundo informações do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindispen), César Castro Lopes, o César Bombeiro, a primeira entrega ocorreu pela equipe da Gourmaitre Cozinha Industrial e Refeições Ltda, empresa que até então estava fornecendo alimentação pronta para Pedrinhas. Depois, da Gourmaitre, os presos e funcionários públicos também receberam um café da manhã da empresa Massan, que, conforme funcionários do complexo de Pedrinhas, passará a fornecer comida agora para os presos.

Conforme informações extra-oficiais, o contrato entre a Sesec e a Gourmaitre para fornecimento de comida para o sistema penitenciário de Pedrinhas, acabou no início desse ano e a Massan, agora, ficou com essa responsabilidade. “Isso demonstra a total desorganização do governo do estado. Agora, qual será a empresa que ficará com o prejuízo do café da manhã de hoje (ontem)?”, ironizou César Bombeiro.

De forma curiosa, uma outra coincidência envolve as duas empresas. Além das empresas estarem “batendo cabeça” para saber de quem é a responsabilidade pelo fornecimento de comida pronta para o complexo de Pedrinhas, ambas estão sendo investigadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) por possível envolvimento em ações ligadas à malversação de recursos públicos.

Além disso, as duas foram beneficiadas por contratos emergenciais para fornecimento de alimentação pronta para delegacias, unidades prisionais e unidades da Sesec em 2007. Os contratos emergenciais, não se deve esquecer, foram firmados sem a necessidade de realização de procedimento licitatório.
 

Na farra de Jackson com o orçamento, MP tem cofre reforçado com quase R$ 9 milhões

farra2.jpgO governador Jackson Lago (PDT) fez publicar na edição do Diário Oficial do Estado do último dia 1º decreto que destina R$ 8,8 milhões ao Fundo Especial do Ministério Público Estadual. O recurso, liberado um dia depois de a Justiça ter proibido a gastança, é só mais uma pequena fração da farra orçamentária que o pedetista passou a promover tão logo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu cassar seu mandato por compra de votos e abuso de poder político.

A verba será administrada pela procuradora-geral de Justiça, Fátima Travassos, alçada ao cargo mesmo tendo sido a candidata menos votada da listra tríplice enviada ao governador pelo MP. Em dezembro do ano passado, no auge da expectativa do julgamento em que o TSE cassou Jackson e seu vice, Luiz Carlos Porto, Travassos esteve em Brasília e assistiu a algumas sessões no plenário da corte. A procuradora nomeou ainda o economista Jerônimo Leite, pai do advogado Daniel Leite, que defendeu o governador no processo de cassação, diretor-geral do Ministério Público.

O decreto, de nº 25.243, explica que o crédito, assim como os demais, decorre de superávit financeiro apurado ano passado no balanço patrimonial do estado e no balanço patrimonial do próprio Fundo Especial do Ministério Público.

Sem bem usado, o saldo financeiro positivo pode fazer muito bem à população maranhense. Mas, neste momento de intensa turbulência política por que passa o estado, tanta generosidade desperta desconfiança.     

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