O novo gerente regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Maranhão, o economista e mestre na mesma área, Marcelo Virgínio de Melo, será empossado na próxima semana e logo de cara terá que contornar a insatisfação de servidores em relação a um membro da cúpula do órgão. Trata-se do gerente de Planejamento, Sérgio Motta, considerado persona non grata pela grande maioria dos funcionários.
Nomeado chefe maior do IBGE no Maranhão após ter sido selecionado entre técnicos do órgão de diferentes estados, Marcelo Virgínio de Melo substituirá o agora aposentado Pedro Guedelha, protagonista de várias polêmicas nas quase duas décadas em que esteve à frente do órgão. Espécie de adjunto de Guedelha, Sérgio Motta angariou a antipatia de praticamente todos os funcionários a ele subordinados por sua suposta prepotência e intransigência. Agora, com a posse do novo superintendente, tudo o que os servidores querem é a saída do desafeto, o que ainda é uma incógnita.
Motta foi nomeado para a função gratificada de supervisor III da unidade do IBGE no Maranhão, como informa a edição do Diário Oficial da União de 19 de abril de 2009. Desde então, passou a ser um dos principais dirigentes locais do órgão, chegando a ocupar, em algumas ocasiões, o posto máximo, como interino.
A posse de Marcelo Virgínio de Melo, que desembarcou em São Luís na última quinta-feira, está marcada para as 16h da próxima terça-feira (10). Deverão participar da solenidade o presidente nacional do IBGE, Eduardo Braga Nunes, e outros gestores vindos de Brasília. O prédio onde funciona o escritório central do órgão, na rua de Nazaré, no Centro, teve a fachada pintada e recebeu pequenas intervenções na parte interna.
Se os retoques na sede do órgão serviram para, pelo menos, maquiar os problemas estruturais, o mesmo não se pode dizer em relação ao ânimo dos servidores. Descontentes com a possível permanência de Motta, eles externam com cada vez mais veemência a rejeição que nutrem pelo gestor.