Acontece amanhã, no campus Renascença do Uniceuma, mais uma edição dos Jogos dos Amigos, evento que há quase duas décadas reúne a velha guarda do esporte de São Luís, sob o comando do empresário Mauro Fecury. Durante todo o dia, serão disputadas partidas de futebol, vôlei, basquete, natação, tênis de mesa, xadrez e um torneio de dança.  

Além das competições esportivas, como sempre os participantes aproveitam o evento para se confraternizar, em momentos de intensa diversão. O ponto alto será o show do cantor e compositor pernambucano Reginaldo Rossi, que cantará os principais sucessos de sua carreira.

A 18ª edição dos Jogos dos Amigos promete ser uma grande festa, como nos anos anteriores. A foto mostra um momento de descontração, ano passado, entre o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão; o empresário Mauro Fecury; o jornalista e membro da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar, e o deputado federal Clóvis Fecury.   

Circula desde as primeiras horas da manhã de hoje um panfleto batizado de “A Balaiada”, por meio do qual o grupo atrelado ao governo estadual tenta justificar a mobilização iniciada na última terça-feira, em frente ao Palácio dos Leões. Com palavras ofensivas ao senador José Sarney e ao seu grupo, o informativo de duas páginas incita a população a defender a qualquer custo o mandato de Jackson Lago, que corre o risco de ser cassado em julgamento a ser realizado, possivelmente, semana que vem, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

Em um de seus textos, o panfleto diz que “centenas de pessoas, ligadas a diferentes movimentos populares, resolveram acampar em frente ao Palácio dos Leões…”. Pura mentira. É evidente que nenhum dos que ali estão resolveu deixar suas famílias para fazer campana em praça pública. Todos são vítimas da manipução de um grupo apavorado com a possibilidade de perder as benesses do poder. A maioria dos trabalhadores arregimentados não sabe sequer por que participam do ato. Assim como foram ludibriados a votar em Jackson em nome de uma suposta libertação, hoje servem novamente aos interesses escusos de quem deseja mantê-los reféns de um esquema que só tem feito mal ao Maranhão.

A ocupação da área frontal ao Palácio dos Leões, na praça Pedro II, é imoral, ilegal, irracional e nada tem de legítima. No acampamento, há farta distribuição de refeições. Muitos dos acampados circulam com celulares, por meio dos quais recebem instrução de seus manipuladores. Até banheiros químicos foram instalados. Caravanas chegam a todo o momento dos mais diversos lugares, desde a zona rural da Ilha até municípios distantes da capital, onde as informações sobre o desgoverno não chegam ou são difundidas de forma distorcida.

É difícil aceitar que tamanha estrutura esteja sendo bancada pelos movimentos populares, como tenta fazer crer o panfleto e demais meios de divulgação. Será que o ato é algo espontâneo? É de se duvidar. Quem, então, está custeando as despesas do acampamento? Até agora, é um mistério. Mas é certo que os recursos vêm de uma fonte que ainda tem muito a jorrar. 

O preso Washington Malaquias, conhecido no mundo do crime como Caiquinha, amanheceu morto hoje na cela onde cumpria pena por envolvimento com roubo de cargas, no presídio São Luís, no Complexo de Pedrinhas. Inicialmente, o caso está sendo tratado como suicídio, hipótese que pode ser descartada, já que ele era uma das testemunhas do inquérito que apura a execução do empresário Joaquim Laurixto, em outubro.

A participação de Caiquinha no inquérito suscitou polêmica por causa das revelações que ele fez ao ser ouvido pela comissão de delegados que investiga o crime. Seria dele a autorida de uma carta com informações sobre a trama que culminou na execução do empresário, cuja existência a polícia nega. O suposto documento aponta, inclusive, a procedência da arma – uma pistola .40 – usada para matar Laurixto, que teria saído da Casa de Detenção (Cadet), em Pedrinhas. Por causa dessa informação, jamais confirmada, o diretor da Cadet, James Martins dos Santos, prestou depoimento no inquérito e hoje interpela judicialmente os delegados que o intimaram.    

Caiquinha recebeu o apelido por sua relação próxima com o ex-deputado estadual Francisco Caíca, que teve o mandato cassado após ser apontado como um dos líderes do crime organizado no Maranhão. Por causa de seu histórico, é precipitado dizer que sua morte foi mero suicídio. Seria mais sensato iniciar uma apuração minuciosa, que poderia contribuir para a elucidação do crime cujos detalhes ele teria ousado denunciar.   

O governador Jackson Lago perdeu, ontem, durante a missa campal em louvor a Nossa Senhora da Conceição, no Aterro do Bacanga, uma grande chance de testar sua popularidade em São Luís. Mais ainda: de saber se o povo da capital deseja sua permanência no Palácio dos Leões às vésperas do julgamento, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cujo desfecho pode ser a sua cassação. Mesmo classificando como golpe o processo no qual é acusado de comprar votos para se eleger ao governo, em 2006, ele evitou comparecer à celebração, que reuniu dezenas de milhares de fiéis. 

Em vez de dar as caras e sentir o apoio que pensa ainda ter do povo, Jackson preferiu manter-se recolhido e mandou apenas a primeira-dama Clay Lago à missa. Para um governante que alega inocência e se autoproclama o libertador do Maranhão, uma eventual – mas improvável – manifestação de apoio no maior evento religioso do estado poderia dar ânimo novo em meio à turbulência.

O certo é que o governador está atordoado ao ver se concretizar a cada dia o pesadelo da perda do mandato. Ciente de que sua aprovação popular já não é mais a mesma dos tempos em que se elegeu três vezes prefeito de São Luís e que o consagrou nas urnas há dois anos, ele evita aparições públicas. Talvez seja esse o artifício que o faz alimentar a esperança de que continuará no cargo.

Foto: Secom do Governo do Estado 

Após quatro meses no cargo, o secretário-chefe da Casa Militar do governo Jackson Lago, coronel Antônio Pinheiro Filho, resolveu dispensar o filho, o primeiro tenente Eduardo Helder Pacífico Pinheiro, da função gratificada de assistente militar especial. A medida foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado do último dia 1º.

Eduardo foi nomeado para o Gabinente Militar há três anos, ainda no governo de José Reinaldo Tavares. Tudo indica que a demissão é mais uma conseqüência da Súmula Vinculante nº 13, aprovada em agosto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de pôr fim ao nepotismo na administração pública.

A decisão já havia resultado em várias outras baixas na gestão de Jackson Lago, atingindo, inclusive, a primeira-dama Clay Lago, exonerada do cargo de secretária particular do marido e em seguida lotada na Casa Civil.

O superintendente de Polícia Civil da Capital, delegado Hagamenon de Jesus Azevedo, quer trocar de carreira. Ele foi um dos aprovados na primeira etapa do concurso de juiz promovido pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, cuja lista de classificação foi divulgada hoje. No cargo desde a ascensão de Eurídice Vidigal ao comando da segurança, ele já passou por momentos difíceis na conturbada gestão da chefa.

Coube a Hagamenon, por exemplo, mediar a crise provocada pelas denúncias de má aplicação de recursos da pasta, feitas pelo ex-delegado-geral da Polícia Civil Jefferson Portela. Desde que estourou o conflito, o superintendente mostrou-se solidário ao colega. Mesmo assim, foi mantido no cargo, por sua eficiência e por gozar da confiança da secretária.

Oriundo da turma de delegados que ingressaram na Polícia Civil do Maranhão em 1997, no primeiro mandato de Roseana Sarney, Hagamenon Azevedo já exerceu outras funções importantes na área da segurança. Já integrou a equipe da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) e chefiou a Delegacia Regional de Imperatriz. Também presidiu o inquérito que investigou a morte do prefeito de Buriti Bravo, João Leocádio, ocorrida em 2005.

Sua tentativa de ingressar na magistratura abre a possibilidade de perda de um dos profissionais mais bem preparados da segurança do Maranhão. Além disso, é um indício de que ele não se sente à vontade para atuar em uma gestão marcada por sucessivos desacertos, como a de Eurídice Vidigal.       

O ex-prefeito de Timon Francisco Rodrigues de Sousa, o Chico Leitoa (foto), deixou a direção geral do Departamento Estadual de Infra-Estrutura de Transportes (Deint) e foi substituído por ninguém menos que o seu filho, o ex-deputado federal Luciano Leitoa (PSB).

O novo diretor-geral assumiu oficialmente o cargo no último dia 1°, como informa a edição do Diário Oficial do Estado do dia 28 de novembro. Derrotado pela prefeita Socorro Waquim (PMDB) na última eleição em Timon, Luciano Leitoa não vinha ocupando cargo público algum até herdar o posto do pai.

Órgão estadual com atribuição de recuperar e construir estradas, entre outras obras rodoviárias, o Deint tem orçamento superior à maioria das secretarias do governo Jackson Lago. Com a troca de comando entre pai e filho, esses recursos continuarão sendo geridos como se fossem o capital de um negócio familiar.         

A imagem que ilustra este post, captada ontem pelo repórter fotográfico De Jesus, de O Estado do Maranhão, durante a desocupação de um terreno na avenida São Luís Rei de França, retrata com fidelidade o drama de famílias carentes vítimas do oportunismo político em épocas de campanha eleitoral.

A foto mostra um homem que, após ser expulso da área e ter seu casebre destruído, leva consigo uma placa com a propaganda dos candidatos nos quais confiou seu voto com a falsa esperança de ter um teto para morar. 

Após a vitória no pleito, os referidos candidatos contam os dias para a posse, enquanto os pobres eleitores não sabem sequer onde se abrigarão do sol e da chuva.      

Um bando de “m…”. Com esse termo chulo e impublicável um diretor da Companhia Operadora Portuária (Copi) classificou a imprensa após ver publicada a denúncia de acúmulo de mais de uma tonelada de fertilizante inutilizado no pátio da empresa, que atua no Porto do Itaqui. Externando toda a sua fúria durante reunião realizada na última segunda-feira para discutir o assunto, ele relacionou a divulgação da notícia por este blog e pelo site imirante.com a uma suposta perseguição política.

Sobre a aparente falta de ação das autoridades em relação ao caso, em especial da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, o diretor teria afirmado que problemas desse tipo se resolvem com “tapinhas nas costas”, em alusão à suposta cumplicidade entre a direção da Copi e técnicos do órgão ambiental.

Com a chuva que caiu no ínicio da manhã de hoje, parte do material espalhou-se pelo pátio, formando um lamaçal. Devido à proximidade do período chuvoso, o lixo químico, que está a cerca de 200 metros da área de atracação, pode escorrer para o mar e provocar um desastre ecológico.

Apesar da ameaça de dano ambiental e das três multas aplicadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os causadores do problema, em vez de resolvê-lo, culpam a imprensa por ter tornado público tamanho absurdo.   

Depois de uma sucessão de dissabores políticos, o último deles a campanha frustrada para fazer seu sucessor, o prefeito Tadeu Palácio (PDT) parece ter entregado os pontos e transformado sua gestão em campo fértil para desacertos. A deficiência mais visível está na limpeza pública. Nesse quesito, Tadeu, ao ver seu poder esvair-se dia após dia, dá a impressão de estar determinado a entregar São Luís do mesmo jeito que recebeu do seu antecessor Jackson Lago: um verdadeiro lixão.

Nestes dias que encerram a hegemonia de 20 anos do PDT em São Luís, é notória a falta de zêlo da administração municipal para com a cidade. O cenário atual é semelhante ao de seis anos atrás, quando ao herdar a prefeitura de Jackson, Tadeu imediatamente decretou situação de emergência na área de limpeza pública e contratou a peso de ouro as empresas forasteiras Limpel e Limp Fort para remover as toneladas de lixo que se acumulavam em todos os cantos da capital maranhense.

Em boa parte desse período, o serviço de coleta funcionou de forma satisfatória. A despeito das contestações sobre a legalidade da emergência e do valor dos contratos firmados sem licitação, houve momentos em que os ludovicenses puderam se orgulhar de morar em uma cidade realmente limpa. Mas, ao ver seu ocaso político próximo, Tadeu parece ter perdido o entusiamo que o transformou em um bom gestor, fazendo ressurgir uma situação que há muito não era vivida pela população da capital.

Nas últimas semanas, uma quantidade significativa de lixo voltou a ficar acumulada em frentes aos imóveis, nos canteiros centrais e até mesmo espalhados por ruas e avenidas por causa da deficiência da coleta. A foto que ilustra este post foi um flagrante feito pelo repórter fotográfico Biaman Prado, de O Estado do Maranhão, na avenida Luiz Rocha, no Monte Castelo. A imagem, de um simbolismo impressionante, foi captada por volta do meio-dia, horário em que a equipe de coleta já deveria ter passado no local. Porém, o detalhe que dá sentido à foto é a sigla PDT, que pode ser vista com nitidez em uma caixa de papelão atirada em meio aos sacos com o material descartado.    

A situação só tende a piorar com a greve anunciada por motoristas dos caminhões das empresas Limpel e Limp Fort, responsáveis pela coleta na maioria dos bairros da cidade. A paralisação deverá iniciar na próxima quinta-feira e, sem dúvida, é o prenúncio de um colapso.