Começou há pouco a contar os quarenta minutos reservados para que os advogados do governador Jackson Lago apresentem a defesa. O primeiro advogado a falar rejeita as acusações feitas pela coligação adversária, “Maranhão: a força do povo”.

O advogado afirmou que a situação de pobreza do povo maranhense “é o quadro que se verifica após quarenta anos ininterruptos de domínio do grupo político da família Sarney”.

Ele acrescentou que seria “muito surpreendente” se o abuso tivesse sido cometido por “adversários de uma família que detém todas as principais concessões de televisão, os principais jornais do estado, que detém as principais emissoras de rádio” no estado.

Alega ainda que houve cerceamento de defesa em desfavor de Jackson Lago, inclusive com a limitação no número de seis testemunhas.

Outros advogados que defendem o governador ainda falarão na tribuna.

Mais detalhes em instantes.

Fonte: site do TSE

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começaram a julgar, agora há pouco, o processo contra o governador do Maranhão, Jackson Lago (PMDB), e seu vice, Luiz Carlos Porto.

De acordo com a acusação, os dois teriam cometido abuso de poder econômico e compra de votos ao distribuir centenas de cestas básicas a pescadores, além de terem criado convênio com a Associação dos Moradores do Povoado de Tanque com o objetivo de desviar dinheiro. Há também acusação de distribuição de combustível, reforma e construção de casas na periferia, entre outras irregularidades.

O processo foi provocado pela coligação adversária – Coligação Maranhão a Força do Povo – que também acusa o ex-governador José Reinaldo de cooptar, corromper, enganar e comprar vereadores, prefeitos, lideranças políticas, presidentes de associações e outras organizações para eleger seu sucessor, Jackson Lago.

Mais informações em alguns minutos.

Fonte: site do TSE

Ao contrário do que aconteceu na inauguração da nova sede da Assembléia Legislativa, no Cohafuma, quando foi flagrado cochilando entre um discurso e outro, o governador Jackson Lago não dormiu no ponto e fez com que os deputados estaduais aumentassem seu salário, o do vice-governador Luiz Carlos Porto e de todo o seu secretariado. Isso em meio à turbulência causada pelo julgamento do processo de cassação do seu mandato, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com a aprovação da mensagem enviada pelo Poder Executivo, o salário mensal do governador passará a ser de R$ 14.409,95. Já o vice ganhará R$ 12.747,26. Aos secretários de Estado será paga uma remuneração de R$ 7.207,97.

O aumento foi aprovado por maioria absoluta. Votaram contra a proposta apenas os peemedebistas Ricardo Murad e Jura Filho e o democrata Max Barros. Em discurso de protesto, Murad, líder do Bloco de Oposição, classificou a proposta como “fora de contexto diante da crise econômica que se alastra por todo o mundo, com graves reflexos no Brasil”.

Foto: Paulo Soares   

Um aspecto curioso para a maioria e particularmente dramático para o grupo que apóia o governo estadual é a falta de mobilização do povo em defesa do mandato de Jackson Lago. Nem mesmo os artifícios usados por seguidores do pedetista têm sido capazes de despertar o clamor social que o governador e seus asseclas insistem em dizer que toma conta do Maranhão ante a ameaça de cassação.

Em São Luís, onde Jackson obteve a maioria dos votos quando se elegeu, em 2006, é visível a falta de ânimo da população para defendê-lo. Categorias como professores, policiais civis, militares e funcionários públicos em geral demonstram examente o contrário, ou seja, dão a impressão de que desejam mesmo é a saída do governador.

O movimento batizado de “Balaiada” é um verdadeiro fiasco. Custeada por recursos públicos – fala-se em R$ 2 milhões -, a mobilização não empolga e chega a ser ridicularizada por uma parcela significativa da população. O acampamento montado em frente ao Palácio dos Leões para abrigar militantes pró-Jackson ganha, a cada dia, a aparência de espaço de lazer, ocupado por pessoas que nem sequer sabem o que fazem ali.

As passeatas organizadas para dar apoio ao governador têm atraído um poucos gatos pingados, entre os quais estudantes estimulados por bebidas alcoólicas e outros itens nada recomendáveis. Agitadores de multidões foram convocados para tentar arregimentar a massa, porém, o máximo que têm conseguido é conturbar o trânsito e causar poluição sonora com suas manifestações pífias.

A revolta popular anunciada pelo grupo que se beneficia do governo como parasitas não passa de fantasia. Os estimuladores do caos sabem disso e ao perceber que a população não os segue exultam o governador a reagir ele próprio caso a perda do mandato seja confirmada pela Justiça. Dessa forma, acham que se manterão no poder, fingindo que não entendem que o povo não os quer mais.    

O bacharel em Direito Herbeth Magalhães, morador da rua 3 do Bequimão, disse que representará criminalmente contra o jogador Kleber Pereira por causa das ameaças feitas pelo atleta durante uma confusão na via, ontem à noite. Herbeth é o propreitário da casa onde os sobrinhos do atacante do Santos se refugiaram dos jovens que o perseguiram após eles terem desligado a iluminação da quadra onde o grupo jogava futebol.

O bacharel em Direito contou que ele, seus familiares e outros moradores da rua 3 foram insultados e ameaçados pelo jogador e pelas outras pessoas que o acompanhavam. Herbeth acusou Kleber de agir de forma forma descontrolada, já que ele e seus parentes tentaram livrar os sobrinhos do atleta de serem agredidos. “Se não tivéssemos impedido, poderia ter acontecido o pior. Sem procurar saber o que ocorrera, o Kleber nos agrediu com palavras e nos ameaçou”, relatou, anunciando que ainda hoje entrará com uma representação criminal contra o atacante santista.

Ainda de acordo com Herbeth, o jogador vociferava que ele era Kleber Pereira e que nem a polícia nem a Justiça o intimidariam. Procurado na casa da mãe, no Rio Anil, o jogador esquivou-se.

Fonte: Rádio Mirante AM, repórter Domingos Ribeiro  

O jogador Kleber Pereira, que passa férias em São Luís, se envolveu em uma briga, ontem à noite, no bairro Rio Anil, onde mora sua mãe e vários outros familiares. O atacante do Santos teria puxado uma arma em via pública ao tomar satisfação por causa de agressões contra três sobrinhos seus.

A confusão começou na quadra da escola Manoe Beckman, onde cerca de 30 garotos jogavam futebol. Segundo uma moradora, três sobrinhos do jogador desligaram as lâmpadas que iluminavam o local, impedindo o grupo de continuar jogando. Revoltados, os adolescentes perseguiram o trio, que foi buscar abrigo junto aos parentes, um deles o próprio Kléber.

Ao saber o que ocorrera, o jogador teria ficado furioso e, acompanhado de irmãos e amigos, se dirigiu à rua 3, onde parte dos garotos que perseguiram seus sobrinhos mora. Lá, fez ameaças e teria sacado um revólver, esbravejando que aquilo não ficaria assim. Moradores ficaram em pânico ao assistir à cena. Um homem quase teve a casa invadida e chegou a passar mal.

A confusão durou cerca de duas horas, período em que Kleber e outras pessoas que o acompanhavam teriam feito ameaças aos moradores da rua 3, intimidando-os ao chegar abruptamente e de forma agressiva em carros e motos. O caso foi registrado na polícia esta manhã.

Depois de ser alvo de denúncias de tortura a presos recolhidos no Centro de Detenção Provisória (CDP), o Cadeião, em Pedrinhas, a Força Nacional decidiu investir na evangelização na unidade prisional. Desde o último sábado, militares da tropa promovem cultos religiosos com a participação de detentos (foto), com direito a maciça divulgação nos meios de comunicação atrelados ao governo estadual.

De acordo com o sargento Fábio Rodrigues, que conduz as pregações, há 53 presos convertidos e outros 32 em vias de aderir ao evangelho. Ainda segundo o militar, os cultos deverão acontecer até o fim deste ano. A intenção é levar os presos a enxergar a vida por uma outra ótica. “Se formos educá-los com violência, eles só aprenderão a dar tapas, mas se formos pelo caminho do amor de Deus, os revides serão também pelo amor de Deus”, ensina o policial.

Como se vê, o método de ressocialização adotado pela Força Nacional no Cadeião foi mudado radicalmente depois que autoridades locais e até o Ministério da Justiça decidiram acompanhar de perto o massacre que ocorria na unidade prisional. Em vez de golpes de cacetetes, tiros com balas de borracha e ofensas de cunho moral, que deram origem a investigações na Justiça e no Ministério Público, os militares hoje valorizam o lado espiritural para tentar espantar o mal de dentro do presídio.  

Foto: Secom do Governo do Estado

Está no Diário Oficial do Estado, edição do último dia 10. O secretário estadual de Esporte e Juventude, Weverton Rocha, pediu afastamento do cargo e abriu mão do salário até o fim deste mês. Agitador de massas desde os tempos de líder estudantil, ele se dedica em tempo integral à coordenação do movimento batizado de “Balaiada”, arremedo de manifestação popular em defesa do governador Jackson Lago, réu em processo de cassação que pode ser julgado hoje, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Oficialmente, o período de afastamento do secretário começou dia 9 último e se estenderá até o fim deste mês. O início da licença coincidiu com a montagem de um acampamento em frente ao Palácio dos Leões, que reúne pessoas supostamente ligadas a movimentos populares em defesa do mandato de Jackson. No entanto, circula a versão de que muitos dos acampados, a maioria do interior, nem sequer sabiam o que fariam em São Luís quando foram arregimentados.

Nos bastidores, comenta-se que os coordenadores da “Balaiada” receberam algo em torno de R$ 2 milhões para custear o movimento, embora boa parte dos acampados passe o dia pedindo esmolas na Rua Grande e arredores. Com uma soma tão vultosa, é natural que Weverton não sinta falta daquela que pode ser sua última remuneração como secretário de Estado.      

Boa parte das pessoas arrebanhadas por movimentos pró-Jackson Lago e que há uma semana estão alojadas no acampamento batizado de “Balaiada”, instalado em frente ao Palácio dos Leões, passam o dia pedindo esmolas na Rua Grande e arredores. Os acampados aproveitam o movimento intenso no Centro às vésperas do Natal e ficam pelas esquinas pedindo dinheiro, comida e outras doações a quem passa.

A maioria dos pedintes são mulheres idosas. Muitas carregam crianças, algumas de colo, e protagonizam cenas lamentáveis. Todos os dias, a movimentação dos mendigos começa cedo. Alguns chegam a entrar nas lojas, mas são expulsos imediatamente por seguranças. Eles são alvo, também, da hostilidade dos pedintes que já atuam há mais tempo na área, pois são vistos como concorrência.

O comportamento dos acampados dá a entender que eles estão abandonados por aqueles que os convenceram a participar do movimento por meio do qual Jackson Lago tenta passar a impressão de que tem o apoio do povo em meio ao processo de cassação do seu mandato, que pode ser julgado ainda esta semana. 

A situação é mais uma prova de que o governador está preocupado apenas em salvar seu mandato e manter os privilégios que o poder lhe confere. Nesse intento, vale até mesmo ludibriar, manipular e subjugar famílias pobres que, se entendessem a manobra da qual estão sendo vítimas, jamais se prestariam a esse papel.

A Polícia Militar e Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) retomarão hoje as blitze para fiscalização do cumprimento da Lei Seca, que prosseguirão até domingo. Cerca de 50 policiais militares e um efetivo equivalente de agentes de trânsito estarão posicionados prioritariamente nos acessos às praias para tentar impedir que motoristas dirijam seus veículos sob efeito de bebidas alcoólicas.

Por ser um trabalho supostamente planejado, causa estranheza a exclusão do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) das operações. Isso porque, além de ter fornecido os bafômetros para medir o teor alcoólicos dos condutores, o órgão é o único a possuir o sistema informatizado capaz de checar todos os dados dos veículos e de quem está ao volante, tais como procedência e situação documental. Segundo informou ao blog a Assessoria de Comunicação do Detran, nem a PM nem a SMTT enviaram comunicado ao órgão sobre a realização das blitze. 

Sem esse levantamento, as blitze ficam capengas e seu resultado fica comprometido. Em operações como essas, o que se espera é que os agentes fiscalizadores verifiquem tanto a situação dos motoristas quanto dos carros que eles dirigem. Em uma época em que bandidos costumam circular motorizados, espalhando o terror pela cidade, o mínimo que se pode esperar é uma resposta à altura das autoridades.