Preso que teria escrito carta sobre morte de Laurixto amanhece morto na cadeia

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misterio.jpgO preso Washington Malaquias, conhecido no mundo do crime como Caiquinha, amanheceu morto hoje na cela onde cumpria pena por envolvimento com roubo de cargas, no presídio São Luís, no Complexo de Pedrinhas. Inicialmente, o caso está sendo tratado como suicídio, hipótese que pode ser descartada, já que ele era uma das testemunhas do inquérito que apura a execução do empresário Joaquim Laurixto, em outubro.

A participação de Caiquinha no inquérito suscitou polêmica por causa das revelações que ele fez ao ser ouvido pela comissão de delegados que investiga o crime. Seria dele a autorida de uma carta com informações sobre a trama que culminou na execução do empresário, cuja existência a polícia nega. O suposto documento aponta, inclusive, a procedência da arma – uma pistola .40 – usada para matar Laurixto, que teria saído da Casa de Detenção (Cadet), em Pedrinhas. Por causa dessa informação, jamais confirmada, o diretor da Cadet, James Martins dos Santos, prestou depoimento no inquérito e hoje interpela judicialmente os delegados que o intimaram.    

Caiquinha recebeu o apelido por sua relação próxima com o ex-deputado estadual Francisco Caíca, que teve o mandato cassado após ser apontado como um dos líderes do crime organizado no Maranhão. Por causa de seu histórico, é precipitado dizer que sua morte foi mero suicídio. Seria mais sensato iniciar uma apuração minuciosa, que poderia contribuir para a elucidação do crime cujos detalhes ele teria ousado denunciar.   

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