Depois de uma sucessão de dissabores políticos, o último deles a campanha frustrada para fazer seu sucessor, o prefeito Tadeu Palácio (PDT) parece ter entregado os pontos e transformado sua gestão em campo fértil para desacertos. A deficiência mais visível está na limpeza pública. Nesse quesito, Tadeu, ao ver seu poder esvair-se dia após dia, dá a impressão de estar determinado a entregar São Luís do mesmo jeito que recebeu do seu antecessor Jackson Lago: um verdadeiro lixão.
Nestes dias que encerram a hegemonia de 20 anos do PDT em São Luís, é notória a falta de zêlo da administração municipal para com a cidade. O cenário atual é semelhante ao de seis anos atrás, quando ao herdar a prefeitura de Jackson, Tadeu imediatamente decretou situação de emergência na área de limpeza pública e contratou a peso de ouro as empresas forasteiras Limpel e Limp Fort para remover as toneladas de lixo que se acumulavam em todos os cantos da capital maranhense.
Em boa parte desse período, o serviço de coleta funcionou de forma satisfatória. A despeito das contestações sobre a legalidade da emergência e do valor dos contratos firmados sem licitação, houve momentos em que os ludovicenses puderam se orgulhar de morar em uma cidade realmente limpa. Mas, ao ver seu ocaso político próximo, Tadeu parece ter perdido o entusiamo que o transformou em um bom gestor, fazendo ressurgir uma situação que há muito não era vivida pela população da capital.
Nas últimas semanas, uma quantidade significativa de lixo voltou a ficar acumulada em frentes aos imóveis, nos canteiros centrais e até mesmo espalhados por ruas e avenidas por causa da deficiência da coleta. A foto que ilustra este post foi um flagrante feito pelo repórter fotográfico Biaman Prado, de O Estado do Maranhão, na avenida Luiz Rocha, no Monte Castelo. A imagem, de um simbolismo impressionante, foi captada por volta do meio-dia, horário em que a equipe de coleta já deveria ter passado no local. Porém, o detalhe que dá sentido à foto é a sigla PDT, que pode ser vista com nitidez em uma caixa de papelão atirada em meio aos sacos com o material descartado.
A situação só tende a piorar com a greve anunciada por motoristas dos caminhões das empresas Limpel e Limp Fort, responsáveis pela coleta na maioria dos bairros da cidade. A paralisação deverá iniciar na próxima quinta-feira e, sem dúvida, é o prenúncio de um colapso.
Que coisa não?
Que foto mais mal feita.
coisas desses tipos so na Mirante mesmo.