Titular da Delegacia de Homicídios, Jefferson Portela é excluído da investigação da morte de Laurixto
Mesmo sendo o titular da Delegacia de Homicídios, para onde foi deslocado após ser exonerado, em agosto, do cargo de Delegado-geral da Polícia Civil, o delegado Jefferson Portela ficou de fora da investigação do assassinado de Joaquim Felipe de Sousa Neto, o Joaquim Laurixto. Desafeto da secretária de Segurança Cidadã, Eurídice Vidigal, a quem acusou de má gestão dos recursos da pasta, ele amarga hoje o mais profundo ostracismo.
Segundo uma fonte da secretaria, o ex-delegado-geral estaria gozando um período de licença. Enquanto isso, a cúpula da Sesec anuncia a instalação de uma comissão composta por quatro delegados para apurar o crime, ocorrido na manhã da última quarta-feira, na avenida Lourenço Vieira da Silva, que dá acesso à Cidade Operária. Os integrantes ainda não foram anunciados, mas, devido à relação conflituosa dele com os superiores, a não-inclusão do seu nome na lista é praticamente uma certeza. A equipe será coordenada pelo delegado Maymone Barros, auxiliar de Portela na Homicídios.
Autor de graves denúncias de irregularidades contra a gestão de Eurídice Vidigal, que deram origem a dois inquéritos no Ministério Público Estadual e a outro na própria Polícia Civil, o ex-delegado-geral nem de longe preenche os requisitos esperados pela secretária e seus auxiliares diretos para esse tipo de missão. A confiança é o principal deles e esta definitivamente não é uma qualidade que pode ser atribuída a Portela em relação ao atual comando da pasta.
A situação é curiosa e mostra que a não-aceitação do nome de Eurídice por uma parcela numerosa dos seus comandados causa distorções no meio policial.
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