O inspetor chefe do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal, José Henriques, lamentou a libertação da quadrilha acusada de assaltar bancos e roubar veículos em quatro estados presa, domingo à noite, em uma barreira montada na BR-135, em Itapecuru-Mirim. Ele criticou duramente a atitude da polícia local e chegou a declarar que episódio como esse “só poderia ter acontecido no Maranhão”.
José Raimundo Vieira de Oliveira (suposto chefe da quadrilha, com seis mandados de prisão em aberto), Vandilson Rodrigues, Vagner Azevedo e Ulisses Pinheiro Melo, presos por policiais rodoviários lotados no posto do povoado São Francisco, foram soltos ontem mesmo, horas depois de terem sido conduzidos por uma patrulha da PRF à Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), na Beira-mar. Contra o quarteto pesam acusações de assaltos a agências bancárias no Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins.
A Polícia Civil alegou que nenhuma vítima apresentou-se para reconhecer os acusados e que os mandados de prisão contra José Raimundo Vieira de Oliveira já foram revogados.
Sem esconder sua insatisfação, José Henriques observou que somente os objetos encontrados em poder dos acusados (nove celulares, ferramentas usadas para arrombar veículos, dois CD players, além de R$ 1 mil em espécie) eram fortes indícios do envolvimento dos mesmos com o crime e justificariam uma apuração mais criteriosa.
PRISÃO? SOMENTE EM FLAGRANTE OU POR ORDEM ESCRITA DO JUIZ (PRISÃO PREVENTIVA, TEMPORÁRIA). JÁ PASSOU A ÉPOCA EM QUE SE PRENDIA PARA INVESTIGAR. SE OS MANDADOS ESTAVAM REVOGADOS NÃO SE PODE FALAR EM PRISÃO. A TURMA TEM QUE ESTUDAR MAIS. O DELEGADO ESTÁ CERTO. PORISSO QUE MUITAS “PRISÕES” SÃO RELAXADAS PELA JUSTIÇA (JUÍZES). E FICA O PESSOAL A COMENTAR QUE POLICIA PRENDE E JUSTIÇA SOLTA. VEJA O CASO DO SOLDADO DO RIO DE JANEIRO QUE FAZIA A SEGURANÇA DE UM FILHO DA PROMOTORA E ASSASSINOU O JOVEM NA PORTA DA BOITE. ELE FOI SOLTO POR TER SIDO O FLAGRANTE LAVRADO FORA DO PRAZO LEGAL. VAMOS OBSERVAR A LEGALIDADE DOS ATOS. ATO ILEGAL É NULO DE PLENO DIREITO.