Atenta ao notiário policial, uma fonte deste blog alerta que foram registrados 26 homicídios em São Luís entre o dias 1º e 17 deste mês. Com forte ligação no meio policial, o informante se diz preocupado com a onda de assassinatos e cobra providências urgentes das autoridades.

A preocupação é mais do que justificada. Ao extrairmos a média, temos como resultado a ocorrência de 1,5 homicídio por dia na região metropolitana de São Luís.

Coincidência ou não, a onda de assassinatos ocorre justamente durante a greve de policiais civis, iniciada há 22 dias, período em que agentes e escrivães têm se recusado a registrar ocorrências nas delegacias.

Sabe-se que a segurança ostensiva não é trabalho da Polícia Civil. Portanto, em primeira análise, não há relação entre os sucessivos homicídios e o movimento grevista. Porém, é inegável que ao tomar conhecimento da paralisação de uma força policial, os bandidos sentem-se estimulados a agir com mais freqüência e maior grau de violência.

Outro fator que não pode ser descartado é o remanejamento de parte do efetivo da Polícia Militar das ruas para garantir a segurança no Complexo de Pedrinhas, uma vez que os agentes penitenciários também estão de braços cruzados.

A ausência da guarnição que antes permanecia diariamente na avenida Camboa, local onde é registrado alto índice de criminalidade, tem sido vista como conseqüência da priorização da segurança penitenciária em detrimento do combate à violência nas ruas.

Enfim, o banho de sangue tem suas razões e as autoridades sabem quais são.