CNJ manda TJ-MA estruturar fóruns e juizados

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Instalação de novas unidades judiciárias está proibida até a realização de melhorias físicas e concurso público


Andréa Pachá, relatora do
processo, toma posse no CNJ

Na sessão desta terça-feira (08/04), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estabeleceu prazo de um ano para que o Tribunal de Justiça do Maranhão faça a estruturação de unidades judiciárias instaladas em 2007. As unidades deverão ser dotadas de material adequado e quadro próprio de pessoal, contratado por meio de concurso público.

A determinação atende ao Pedido de Providências nº 2007710000015685, da Associação de Magistrados do Maranhão, que alertou para a falta de estrutura administrativa nas novas comarcas, onde o serviço é realizado por funcionários não concursados e sem preparo técnico. O pedido relata condições precárias de funcionamento dos prédios onde estão instalados os fóruns, além da carência de equipamentos.

Em seu voto, a relatora, conselheira Andréa Pachá, estabeleceu a proibição de instalação de novas unidades judiciárias sem planejamento relativos a pessoal concursado e equipamentos necessários ao funcionamento das varas. O plano de estruturação do Tribunal de Justiça do estado deverá ser encaminhado ao CNJ, que fará a fiscalização do cumprimento da decisão através da Comissão de Estatística e Gestão Estratégica.

Ainda em relação ao Tribunal de Justiça do Maranhão, a conselheira Andréa Pachá analisou outros três processos, mas os pedidos foram considerados genéricos ou em desacordo com o prinícipio de independência dos tribunais. Entre os pedidos estava um em relação à regulamentação da compra de veículos para uso dos magistrados. Sobre este, os conselheiros avaliaram que neste momento não caberia a normatização para todo o Judiciário. Sem excluir, porém, a possibilidade de vir a regulamentar o assunto.

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Abdon Murad e Astro de Ogum trocam insultos

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e quase vão aos tapas no plenário da Câmara

Edivan Fonseca

Os vereadores Abdon Murad (PMDB) e Astro de Ogum (PPS) trocaram insultos e quase foram aos tapas em sessão da Câmara Municipal de São Luís, esta manhã. O motivo do arranca-rabo foi um projeto de lei de autoria do vereador Batista Botelho (PDT), que prevê a criação da Secretaria Municipal de Projetos Especiais.

Por ser o último dia do prazo regimental para votação, o projeto deveria ter sido incluído na pauta da Câmara na sessão desta terça-feira em caráter de urgência urgentíssima. Alegando que não conhecia o teor da proposição, Abdon Murad anunciou que não votaria a mensagem do colega pedetista.

A recusa do peemedebista deixou Astro inconformado. O vereador do PPS pediu a palavra e o contestou, em tom de repreensão. A atitude deixou Abdon furioso. Transtornado, ele disse que o colega não tinha moral para repreendê-lo, pois é um “gazeteiro”, “manobrista”, “macumbeiro” e “sem profissão definida”.

Astro de Ogum retrucou, acusando Abdon Murad de “eleger-se à custa de esquemas envolvendo Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs)”.

Nesse momento, os dois partiram para o confronto físico e só não foram às vias de fato por causa da intervenção de colegas, como os vereadores Renato Dionísio, Jota Pinto, Marília Mendonça, Sebastião Albuquerque.

Depois de muita confusão, o presidente Isaías Pereirinha suspendeu a sessão, que foi retomada depois de meia hora, pois a pauta de votação era extensa e tinha muitos projetos de alto interesse.

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Jackson Lago pediu para ver imagens de

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bate-boca entre Eurídice e coronel Melo


Melo visivelmente aborrecido em
entrevista que culminou em bate-boca

O governador Jackson Lago, os secretários Aziz Santos (Planejamento), Aderson Lago (Casa Civil) e o procurador-geral do Estado, José Cláudio Pavão Santana, assistiram ontem à noite, no Palácio dos Leões, às imagens gravadas do bate-boca entre a secretária de Segurança Cidadã, Eurídice Vidigal, e o comandante do Policiamento Metropolitano, coronel Francisco Melo, durante entrevista coletiva para apresentação dos números da violência no primeiro trimestre deste ano.

O material televisivo que mostra a discussão foi solicitado pelo próprio Jackson, que chamou seus auxiliares mais próximos para assistirem com ele, em seu gabinete. A atitude do governador é uma prova de que os constantes desentendimentos entre Eurídice e o alto comando da Polícia Militar já começa a preocupá-lo. Não será surpresa se ambos forem chamados em palácio, juntos ou em separado, para uma repreensão.

O motivo do bate-boca foi a tentativa de Melo de divulgar estatísticas de homicídios, assaltos e outros crimes registrados entre janeiro e março deste ano na capital. A iniciativa do comandante do CPM desagradou a secretária, que o interrompeu abruptamente, alegando que essa atribuição é do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops). O oficial ficou indignado ao ser repreendido publicamente pela secretária, a ponto de ele ter ameaçado se retirar da entrevista.

A discussão travada nesta quinta-feira entre Eurídice e coronel Melo foi o episódio mais recente de uma série de desentendimentos ocorridos entre a secretária e membros da cúpula da Polícia Militar, boa parte deles na presença da imprensa. É visível o mal-estar causado pela postura adotada pela secretária quando diante de militares. Estes não escondem sua insatisfação com a maneira com que são tratados por ela, principalmente em eventos públicos.

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Após ordenar prisão arbitrária, subsecretário do Sistema

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Penitenciário recua e apela à Justiça para soltar detento

O subsecretário do Sistema Penitenciário, delegado Sindonis Cruz (foto), está suando a camisa para tirar da Penitenciária de Pedrinhas o detento Geovane Silva Santos, que alega ter sido torturado e preso arbitrariamente há 19 dias, sob a acusação de arrombar a casa de uma servidora da Secretaria de Segurança Cidadã (Sesec), na Cidade Operária, durante a Semana Santa.

Depois de ter percebido a bobagem que cometeu ao mandar prender o acusado com base apenas em depoimento da vítima, sem respaldo da Justiça, Sindonis agora apela à Vara de Execuções Penais para liberar o detento. Por sua vez, o juiz Jamil Aguar, titular da vara, quer esclarecer as circunstâncias da prisão, o que pode complicar o subsecretário.

Segundo uma fonte de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, Geovane, que cumpre pena em regime condicional após ter sido condenado por assalto, foi beneficiado com saída temporária de Páscoa. Quatro dias depois, foi abordado por homens em um carro descaracterizado, que o apontaram como o autor do arrombamento da casa da servidora da Sesec.

Segundo o acusado, ao entrar no veículo, ele passou a ser vítima de uma sessão de torturas. Em seguida, foi levado à Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop) para prestar depoimento. A condução foi feita por uma guarnição da Força Nacional e não por aqueles que o prenderam, o que levou Geovane a suspeitar que seus agressores não eram policiais.

Depois de prestar depoimento e ser coagido até confessar o crime, o acusado foi encaminhado à Penitenciária de Pedrinhas pela mesma guarnição da Força Nacional. Ao verificarem que não havia mandado judicial para recolher o detento, os agentes penitenciários se recusaram a recebê-lo.

Nesse momento, entrou em cena o subsecretário Sindonis Cruz, que ordenou aos subordinados que recolhessem Geovane ao presídio. Sem ter como contestar, os agentes cumpriram a determinação, mesmo sabendo que não era o correto.

Agora, temendo as possíveis conseqüências do ato arbitrário que cometeu, o delegado tenta desfazer o erro apelando à Justiça, mas pode encontrar pela frente um juiz disposto a esclarecer o fato.

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