e quase vão aos tapas no plenário da Câmara
Edivan Fonseca
Os vereadores Abdon Murad (PMDB) e Astro de Ogum (PPS) trocaram insultos e quase foram aos tapas em sessão da Câmara Municipal de São Luís, esta manhã. O motivo do arranca-rabo foi um projeto de lei de autoria do vereador Batista Botelho (PDT), que prevê a criação da Secretaria Municipal de Projetos Especiais.
Por ser o último dia do prazo regimental para votação, o projeto deveria ter sido incluído na pauta da Câmara na sessão desta terça-feira em caráter de urgência urgentíssima. Alegando que não conhecia o teor da proposição, Abdon Murad anunciou que não votaria a mensagem do colega pedetista.
A recusa do peemedebista deixou Astro inconformado. O vereador do PPS pediu a palavra e o contestou, em tom de repreensão. A atitude deixou Abdon furioso. Transtornado, ele disse que o colega não tinha moral para repreendê-lo, pois é um gazeteiro, manobrista, macumbeiro e sem profissão definida.
Astro de Ogum retrucou, acusando Abdon Murad de eleger-se à custa de esquemas envolvendo Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs).
Nesse momento, os dois partiram para o confronto físico e só não foram às vias de fato por causa da intervenção de colegas, como os vereadores Renato Dionísio, Jota Pinto, Marília Mendonça, Sebastião Albuquerque.
Depois de muita confusão, o presidente Isaías Pereirinha suspendeu a sessão, que foi retomada depois de meia hora, pois a pauta de votação era extensa e tinha muitos projetos de alto interesse.
Sem qualquer tipo de preconceito, mas comparar a estatura moral do Abdon Murad, que é médico, presidente do CRM, e que tem uma vida marcada pelo trabalho sério e dedicação incondicional à classe médica e ao povo do Maranhão, com a de um outro que além de não ter formação alguma ou qualquer profissão digna, engana incautos através de macumba e faz campanha distribuindo panela de mingau para eleitores, é, de fato, o fim da picada. A história de um e outro falam por si. Que o vereador Abdon Murad continue sendo esse guerreiro solitário – por ser o único vereador de São Luís que não reza a cartilha do prefeito – que honra o mandato, respeita o povo e pode andar de cabeça erguida.