Neste último dia de 2007, todos os cidadãos de bem de São Luís deveriam parar para refletir sobre um problema que aterroriza cada vez mais a capital maranhense: a violência. Nenhum lugar desta cidade pode ser considerado seguro hoje em dia. Seja na praça Deodoro, na Lagoa da Jansen, na Praia Grande, na avenida Litorânea, ou até mesmo dentro de nossas casas, a sensação é a mesma, a de que estamos sob o risco constante de um ataque contra nossa vida e/ou contra nosso patrimônio.
A sensação de impunidade contribui decisivamente para que assaltantes, homicidas, traficantes, dentre outros tipos de criminosos, sintam-se à vontade para agir. A falta de estrutura de nossa polícia também estimula os marginais a praticar suas atrocidades. Cada vez mais bem informados, os bandidos não só sabem o quanto nossas forças de segurança estão desaparelhadas e despreparadas, como têm noção de que a lei não é tão severa, a ponto de demovê-los da idéia de roubar, matar ou vender drogas.
Em um ambiente tão propício, multiplicam-se as diversas modalidades de crimes e seus autores. E não adianta à polícia prender ou matar um bandido, pois no dia seguinte aparecem dois ou mais indivíduos para repor essa mão-de-obra especializada em promover a violência. As práticas também são inovadoras, como o assalto a bares e restaurantes, até pouco tempo inexistente nos boletins de ocorrências policiais das delegacias da capital. A vítima mais recente foi o dono do restaurante Kibe e Cia., no Calhau, vítima de latrocínio na madrugada do último sábado.
Em linguagem matemática, a proliferação de criminosos em São Luís lembra a malfadada teoria Malthusiana, de 1798, cujo preceito era de que enquanto a produção mundial de alimentos cresceria em progressão aritmética, o número de habitantes do planeta aumentaria em progressão geométrica, até que chegaria um ponto em que não haveria comida suficiente para todos. Para alívio da humanidade, a previsão de Malthus não se confirmou, mas, na capital maranhense, o desequilíbrio entre a estrutura do Estado para combater a violência e a quantidade de bandidos é notório.
Diante do horror mostrado diariamente no noticiário da imprensa, cabe às autoridades elaborar estratégias que sejam capazes de intimidar os criminosos e fazê-los entender que haverá resposta para suas investidas contra a população. Que 2008 chegue em meio a um clima de tranqüilidade e que as pessoas sintam-se mais felizes e seguras.
Belo e acertadíssimo comentário caro Daniel.
Mas Segurança para os Maranhenses sómente em outdoor da Euridice.
Rapaz,
Vejam como o Ex-Delegado-Secretario e futuramente ex-Deputado, falta somente fazer uma auditoria que vai pular carneiro de todo lado, Raimundo Cutrim deixou a nossa policia.
Desta vez nao venham falar que a responsabilidade pelo caos na seguranca nao tem total responsabilidade dele.
Ele comecou no Governo da Roseana e somente saiu no ultimo ano do Governo do Jose Reinaldo.
Foram quase uma decada.
COM CONTINUACAO
Caro Daniel
O aumento da violência está intrinsicamente ligado as desigualdades sociais deste país, e o mesmo não é uma ilha ou um problema isolado do Maranhão ou de São Luís. E preciso que os nossos governantes compreendam que falta de emprego, Educação, concentração de Terra e Renda só irão aumentar cada vez mais a Violência. é preciso a construção de um PAC contra a desigualdade Urgente.
Feliz Ano novo
Anselmo Raposo
Resposta: Concordo com você, caríssimo Anselmo. Mas, em minha breve reflexão, procurei abordar apenas as conseqüências da violência, pois não pretendia me estender muito.
Um ótimo ano de 2008 para você e família.