MARIA DE JESUS CARVALHO

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Lamentavelmente, não compareci ao lançamento do livro “Um minuto apenas”, da inesquecível professora, Maria de Jesus Carvalho, no Centro Espírita Jardim da Alma, ao qual, em vida, doou-se com abnegada paixão.

Espero tê-lo sob minhas mãos brevemente para recordar com imensa emoção os pensamentos e sentimentos, emitidos por ela no programa “Um minuto apenas”, veiculado pela TV Difusora, nas noites de sábado.

O programa, de curta duração, mas impregnado de tamanha força espiritual e indiscutível autenticidade, que compelia o telespectador, qualquer que fosse a religião, a assisti-lo embevecidamente.

Por Maria de Jesus Carvalho, tinha dupla admiração. Do ponto de vista espiritual, pela sua entrega à maravilhosa causa de confortar os necessitados e carentes com palavras de fé e esperança.

Do ponto de vista educacional, pelas magníficas aulas de História e Geografia, ministradas no Liceu Maranhense aos alunos do curso científico, na década de 1950, aulas que não consigo esquecer, pelo conteúdo e pela didática inerentes à saudosa Mestra, que entrava em sala de aula sóbria e sem impostura,  mas recebida respeitosamente em  absoluto silêncio.

Depois que deixei o Liceu, alguns anos transcorreram sem vê-la. Em 1980, eu ocupava o cargo de secretário de Educação e Cultura, da Prefeitura de São Luis, na gestão do prefeito Mauro Fecury. Sem aviso prévio, Maria de Jesus Carvalho, já apresentando visíveis sinais da maturidade, mas esbanjando a mesma doçura pessoal e igual disposição para servir o próximo, visita-me como dirigente do Centro Espírita Jardim da Alma, para  pedir ajuda aos estudantes do colégio mantido pela instituição, localizado no Anil, precisados, por serem carentes, de merenda escolar. Mas impôs uma condição para o que pedia: visitar o colégio para ver como funcionava e o tipo de aluno nele matriculado.

Dias depois da minha visita ao Centro Espírita, ela aparece para agradecer o que atendi sem pestanejar, fornecendo-lhe, também, material que o Ministério da Educação mandava para as escolas da rede escolar municipal.

Por conta dessa ajuda, ela, a título de gratidão, semanalmente, passava no meu gabinete para entregar as mensagens espiritualistas do filósofo Emanoel.

FIDEL CASTRO: ANTES E DEPOIS

Qual o jovem, nos anos 1960, não admirava a Fidel Castro?  Ele, destemido revolucionário, com apoio popular, destituiu o ditador de Cuba, Fulgêncio Batista, empolgou a minha geração, que via no seu gesto  um exemplo para tirar os países da América Latina do atraso e da obscuridade social.

Eu, na flor da mocidade, como a grande maioria da juventude brasileira, reverenciava Fidel Castro, pela ousada luta de implantar em Cuba programas assistencialistas, notadamente voltadas para a erradicação do analfabetismo e acessibilidade à saúde.

Essa admiração, contudo, com o correr do tempo, esvaiu-se diante da entrega de Fidel à União Soviética e da instalação em Cuba de um regime discricionário e de exceção, em que o famigerado “paredão” substituía a lei.

FIDEL E OS MARANHENSES

Durante o seu reinando em Cuba, Fidel Castro manteve com alguns maranhenses relacionamentos estritamente formais ou protocolares.

Com Eduardo Lago, em 1961, quando este prestava serviços diplomáticos à Embaixada do Brasil em Havana. No banquete em homenagem ao presidente Jânio Quadros, com as presenças de Fidel Castro e Che Guevara, desapareceu misteriosamente a arma, de origem russa, do comandante cubano.  O constrangimento foi grande e só não gerou um problema diplomático porque Eduardo entrou em ação e descobriu o autor e o local onde a arma fora escondida, mas imediatamente devolvida  ao dono.

Com o ex-deputado Neiva Moreira, nos meados da década de 1960,  representante de Leonel Brizola, que tratou com Fidel Castro apoio financeiro e treinamento para guerrilheiros brasileiros, tomarem o poder dos militares e instalar no Brasil um regime socialista.

Com o governador Jackson Lago, que se fazia acompanhar da esposa, Clay. Em 2008, o casal visitou Havana para rever o filho, que ali estudava medicina. Por interferência da Embaixada do Brasil, Fidel recebeu Jackson e esposa.

Com o ex-presidente José Sarney, que, no seu governo, em 1986, reatou as relações diplomáticas e comerciais com Cuba, interrompidas pelo regime militar. Antes de deixar o poder, Sarney propôs formalmente o retorno de Cuba à Organização dos Estados Americanos.

PARLAMENTARISMO TOCANTINO

O Brasil adota o modelo de governo presidencialista e praticado  em escala federal, estadual e municipal.

A partir de 2017, uma experiência parlamentarista será viabilizada em Imperatriz, no Maranhão. Se der certo, servirá de modelo para o nosso País.

O prefeito eleito, o ex-delegado Assis, convidou Remi Ribeiro, veterano político do PMDB, que conhece os caminhos das pedras, para participar de sua administração, num cargo que lhe dará poderes de primeiro- ministro.

NEM DILMA, NEM TEMER

Depois do expurgo da presidente Dilma Roussef, da chefia do País, por meio do impeachement, a fotografia da petista foi retirada do gabinete do governador Flávio Dino.

É normal que isso acontecesse, afinal, Dilma não tinha mais a titularidade de primeira mandatária da nação.

Mas, para o lugar destinado à fotografia oficial do Presidente da República, nada foi providenciado. Temer, pelo menos em retrato, continua ignorado pelo Palácio dos Leões.

PERSEGUIDO E INJUSTIÇADO

Na vida pública maranhense, não conheço um político mais perseguido e injustiçado do que Gastão Dias Vieira.

Essa perseguição não emana da Justiça, da Polícia Federal ou da Operação Lava-Jato. Quem desencadeia contra ele tão inominável campanha de desestabilização, de descrédito e de baixaria é o próprio segmento político, do qual Gastão, infelizmente, faz parte.

Onde atua, seja em cargo executivo ou em atividade legislativa, mantém o nome limpo e mostra competência técnica e política.

No momento em que Gastão ocupa a um dos cargos mais importantes do Ministério da Educação, de presidente do FNDE, onde executa um trabalho elogiado pelo ministro Mendonça Filho e pelo presidente Michel Temer, move-se contra ele um campanha sórdida por politiqueiros maranhenses, para desestabilizá-lo não porque se conduza mal, mas para atender a interesses mesquinhos, que querem o cargo para entregar a gente despreparada e comprometida com o que há de pior em matéria de seriedade.

POLITICOS DO PASSADO E DO PRESENTE

Quando a gente lembra e compara a representação política do Maranhão no Congresso Nacional, do passado com a do presente, a tristeza e a decepção falam mais alto.

Não é preciso citar todos os nomes de deputados federais e senadores que, em tempos não tão remotos, no Rio de Janeiro, representaram o povo maranhense e os que de uns tempos para cá, em Brasília, se dizem detentores do mandato popular.

Eis alguns nomes que, pela sua grandeza moral e intelectual, honraram o Maranhão no Congresso Nacional: Benedito Leite, Urbano Santos, Marcelino e Lino Machado, Clodomir Cardoso, Genésio Rego, Godofredo Viana, Herculano Parga, Magalhães de Almeida, Artur Quadros Collares Moreira, Raul da Cunha Machado, Clodomir Cardoso, Viriato Correia, Humberto de Campos, Cunha Machado, Coelho Neto, Manuel Bernardino Costa Rodrigues, Luiz Domingues, Luiz Carvalho, Antenor Bogéa, Alarico Pacheco, José Neiva de Sousa, Afonso Matos, Alfredo Duailibe, Paulo Ramos, Clodomir Millet, Henrique de La Rocque Almeida, Renato Archer, Pedro  Braga, Neiva Moreira, Cid Carvalho e Newton Bello.

Agora, comparem esse elenco de notáveis com Weverton Rocha e Waldir Maranhão.

 

 

 

 

 

 

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