A nomeação do deputado Sarney Filho para o Ministério do Meio Ambiente não foi questionada e nem sofreu reparos da imprensa ou dos ambientalistas.
O parlamentar maranhense retorna ao cargo que exerceu na gestão do Presidente Fernando Henrique Cardoso, de janeiro de 1999 a março de 2002, com desempenho notável e elogiado por grupos e entidades que se preocupam com o meio ambiente.
Nomeado para o Ministério onde atuou com desenvoltura e tirocínio, significa reconhecer o seu exemplar trabalho em prol da ecologia brasileira e uma homenagem ao pai, o ex-presidente José Sarney, o político de maior expressão na vida pública do Brasil, nos últimos cinqüenta anos, cuja experiência, talento e capacidade o País não pode prescindir.
Ao ser pinçado para ocupar cargo tão importante, num órgão de tamanha relevância e numa hora de extrema dificuldade pela qual atravessa o Brasil, Sarney Filho, agora, com mais conhecimento e experiência, certamente, corresponderá às expectativas da Nação, do Presidente Michel Temer, do Partido Verde, e dos e amigos e correligionários do Maranhão, que aspiram vê-lo no comando do Governo do Estado, quem sabe, após as próximas eleições.
Se realizar boa gestação no Ministério do Meio Ambiente, como fez no Governo de FHC, tem tudo para concorrer à sucessão de Flávio Dino, pois de todos os deputados federais que integram a bancada maranhense no Congresso Nacional, é o que tem mais rodagem. São nove mandatos federais consecutivos e desempenhados em 1982(PDS), 1986, 1990, 1994(PFL), 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014, pelo Partido Verde, onde até hoje carrega a bandeira da preservação do meio ambiente.
Antes de ser deputado federal, elegeu-se deputado estadual pela ARENA- Aliança Renovadora Nacional, partido que o regime militar criou e impôs à classe política. Ao longo de sua vida pública, tentou duas vezes ser candidato a governador do Maranhão, mas seu projeto político não se consubstanciou por motivos circunstanciais e próprios da cena partidária.
A primeira vez, na sucessão do governador Epitácio Cafeteira (1987-1991), em que este chegou ao governo dentro de um inacreditável acordo político, pelo qual se fez candidato à sucessão de Luiz Rocha, com o apoio do grupo sarneísta, encabeçado pelo próprio Presidente da República, José Sarney.
Mas contrariando o seu slogan político – prometeu e cumpriu- Cafeteira não honrou a palavra de fazer Sarney Filho o seu substituto no Palácio dos Leões. Inflou aquela candidatura até certo ponto de sua gestão. Com a aproximação do fim do governo de Sarney, Cafeteira passou a fazer corpo mole até romper o compromisso de apoiar o filho do Presidente da República à sua sucessão.
A segunda vez, quando a estrela de Roseana reluziu no firmamento político estadual e nacional, em decorrência do papel que desempenhou no Congresso Nacional, por ocasião do impeachement do Presidente Fernando Collor de Melo.
Roseana, transformada em musa, contribui de modo efetivo para arrebanhar votos de deputados federais, indecisos ou temerosos de votar na cassação do mandato do “Caçador de Marajás”, fato que lhe deu projeção marcante no cenário nacional, a ponto de se impor candidata à sucessão do governador Edison Lobão.
Com a eleição de Roseana, para o mandato 1995 a 1999, e sua reeleição, para o mandato seguinte (1999 a 2002), as pretensões de Sarney Filho foram para os ares e ele, para não sair da vida pública, continua na Câmara Federal e a espera da banda passar.
Depois de exercer o quarto mandato de governadora, Roseana, espontaneamente, anuncia que não mais disputará cargo eletivo, embora se mantenha atuante e combativa na atividade política. Com isso, renasceram as perspectivas de o sarneísmo retornar ao Palácio dos Leões, desta feita, por meio de Sarney Filho, que à frente do Ministério do Meio Ambiente, certamente realizará esforços para o seu nome ser assimilado pelas forças políticas que, a esta altura dos acontecimentos, se mostram desencantadas com a atuação do Governador Flávio no governo do Estado.
O VELHO CHICO
O veterano Chico Coelho promete concorrer às eleições deste ano.
O alvo é a prefeitura de Balsas, da qual já foi gestor.
Por causa da novela da TV Globo e em função da idade e do tempo em que se encontra na militância política, ganhou o nome de Velho Chico.
Além da prefeitura de Balsas, exerceu os mandatos de deputado estadual e federal e ocupou o cargo de secretário de Agricultura. Por muito pouco não foi o companheiro de chapa de Roseana Sarney.
O CANDIDATO MARCIAL
Sem medo de errar, afirmo que o eleitorado de São Luis terá este ano a oportunidade de votar num excelente candidato à Câmara Municipal.
Trata-se do jornalista Marcial Lima, além de bom caráter, é um repórter altamente qualificado.
Admiro-o pela sua competência profissional e por ser um cara que veste a camisa de repórter em tempo integral e dedicação exclusiva.
Se eu não fosse eleitor de Itapecuru, Marcial, com certeza, teria o meu voto.
MINISTRA DA AGRICULTURA
No Maranhão, quem lamentou a saída da senadora Kátia Abreu, do Ministério da Agricultura foi o deputado José Reinaldo Tavares.
Se tivesse força política para mantê-la no cargo, faria de tudo para ela continuar no governo do presidente Temer.
Zé Reinaldo acha Kátia Abreu muito competente e com a vantagem de conhecer, como poucos, os problemas do setor primário maranhense.
SUPERINTENDENTE DA CAIXA
Nos estertores do governo da presidente Dilma, o governador Flávio Dino perdeu a parada para o senador João Alberto.
O alvo da disputa era o cargo de superintende da Caixa Econômica Federal no Maranhão.
João Alberto indicou o competente Emílio Biló Murad para o cargo, sendo nomeado mesmo com o veto do governador.
PRISÃO ESPECIAL
Até recentemente era no Quartel da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros que os presos especiais, ou seja, os de curso superior ficavam detidos no aguardo do julgamento dos magistrados.
Agora, por ordem superior, os comandos dessas corporações militares não podem mais ceder os alojamentos para presos especiais.
Para abrigá-los, foram construídos alojamentos com essa finalidade, na Penitenciária de Pedrinhas.
AMIGOS DE AMÉRICO
Estão desolados os amigos do poeta Américo Azevedo Neto, descartado da direção do Teatro Artur Azevedo sem lenço e sem documento.
A decepção maior é com o governador Flávio Dino, com o qual Américo tinha um relacionamento pessoal bem próximo, que o demitiu sem lhe dar a menor explicação ou satisfação.
Os amigos do poeta preparam-lhe uma manifestação pública de desagravo.