Na semana passada, reproduzi, nesta coluna, um comentário do cineasta Cacá Diegues, publicado no jornal O Globo, do Rio de Janeiro, sobre o português Manoel, que vive há anos na cidade maranhense de Cedral, especialista na arte de embarcações, que vive dia e noite em completa nudez.
Hoje, novamente, sirvo-me da leitura do jornal carioca, desta feita, de uma crônica intitulada “De direita e da esquerda”, de outra figura de destaque, desta feita, do cenário nacional da publicidade, Washington Oliveto, que trata da radicalização da política brasileira, no caso de as próximas eleições presidenciais serem disputadas entre Bolsonaro e Lula.
Segundo o publicitário baiano, a radicalização entre essas duas candidaturas, tendem a levar a direita e a esquerda brasileira a um confronto nunca vista no país, sobretudo da parte da direita que tem a mania de acusar de comunistas os que se manifestam contra o seu candidato. Até mesmo uma simples placa de trânsito com a indicação de “vire à esquerda”, pode ser entendida como uma cilada ou uma conspiração política.
Segundo Oliveto, aproximadamente 10 por cento dos seres humanos foram ou são canhotos e extremamente talentosos e se tornaram famosos e célebres nas artes, na política, no cinema, na música, no teatro, na literatura e nos esportes, a exemplo de figuras conhecidas como Jimi Hendrix, Paul McCartney, Bob Dylan, Paul Simon, Ronald Reagan, Bill Clinton, Barack Obama, Ayrton Senna, Bill Gates, Tom Cruise, Robert de Niro, Mike Tyson, Julia Roberts, Roberto Rivelino, Diego Maradona, Lionel Messi e Marta.
Em se referindo ao esporte, Oliveto não esqueceu o jogador maranhense Canhoteiro, sobre o qual escreveu: “Por falar em futebol, esporte preferido do povo brasileiro, existiu entre os anos 1950 e 60 um jogador perfeito, pela posição que ocupava e pelo apelido que tinha, e podia ser apontado pelos radicais da direita como o maior comunista de todos os tempos, o ponto esquerda Canhoteiro, do São Paulo Futebol Clube. Era um dos grandes dribladores da história do futebol mundial. Melhor driblador do que Canhoteiro, só o seu contemporâneo Mané Garrincha, que jogou no Botafogo, era destro, ponta direita, que morreu sem saber que esse negócio de comunista existia.”
Em se tratando de Canhoteiro, lembrei que em São Luís, nos anos 1960 e 70, outro maranhense, também bom de bola, de nome João Carlos Sousa Martins, por ser canhoto, recebeu o apelido de Canhotinho, que jogou no Santos, time da segunda divisão, e no Sampaio Correia, da primeira divisão, não esquecendo o Cometas, principal time de futebol de salão da cidade.
Canhotinho, prestou bons serviços ao Banco do Brasil, instituição a que pertenceu mediante concurso. Recebeu esse apelido não por ser político ou militante da esquerda, mas pela intimidade com a bola de futebol e jogar na ponta esquerda. Recentemente, perdeu a fiel esposa e leal companheira.
LIVROS PREFERIDOS
Artistas, jornalistas, cientistas e profissionais de várias gerações se reuniram para citar os livros que mudaram suas vidas.
Os mais indicados: Cem anos de solidão, de Gabriel Garcia Marques; Em busca do tempo perdido, de Proust; O apanhador no campo do centeio, de J.D. Salinger; On the road ou Pé na estrada, de Jack Kerouac; O encontro marcado, de Fernando Sabino; A montanha mágica, de Thomas Mann; O segundo sexo, de Simone de Beauvoir; e Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado.
Cemitério dos vivos, de Lima Barreto; Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago; e Memória do Cárcere, de Graciliano Ramos, não mudaram a minha vida, mas as suas leituras me proporcionaram momentos de bastante prazer.
CAMPEÃO DE VACINAS
Se eu participasse de um campeonato de vacinação, dificilmente perderia para algum competidor.
Ao longo da vida, fui vacinado contra varíola, sarampo, tifo, febre amarela, gripe e coronavírus, esta, a mais maligna de todas as doenças.
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
O deputado Josimar do Maranhãozinho declarou recentemente que quer ser governador para acabar com a pobreza no Maranhão.
Dizem que os 2 milhões de reais encontrados pela Polícia Federal em sua residência, destinavam-se a uma futura distribuição de renda no Estado.
CONSELHO DE ÉTICA
O deputado maranhense, Juscelino Rezende, na gestão do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, presidiu o Conselho de Ética, mas o colegiado teve atuação apagada sob seu comando.
Resultado: pelos serviços não prestados ao país, teria sido decapitado do cargo pelo novo presidente da Câmara dos Deputados.
MEMÓRIA POLÍTICA
O Maranhão, de uns tempos para cá, vem perdendo a sua memória histórica, esquecendo as figuras políticas que ocuparam cargos importantes na vida pública.
O deputado Ivar Saldanha, completaria cem anos no dia 8 de março passado, mas não foi lembrado pelo Governo do Estado e nem pela Assembleia Legislativa, ele, que teve atuação destacada como deputado estadual e federal, prefeito de São Luís e governador do Maranhão.
Como dizia o meu saudoso amigo e compadre Sálvio Dino, lembrando Cícero em suas Catilinárias: O tempora, o mores!
LITURGIA DO CARGO
Que me perdoem os bolsonaristas, mas o presidente que atualmente governa o Brasil, não tem a menor preocupação com a liturgia do cargo, predicado essencial para quem acumula as funções de chefe de Estado e chefe do governo.
Os palavrões e o linguajar chulo que saem de sua boca nas entrevistas e reuniões, são frequentes, sonoros e agressivos.
PRISÃO DOMÉSTICA
O grande escritor gaúcho, Luís Fernando Veríssimo, enquanto se recupera de um AVC e por ser cardíaco, diabético e idoso, há mais de um ano vive confinado com a esposa em casa por causa do Covid-19.
Em São Luís, conheço pessoas e bem relacionadas, que há mais de um ano, também, vivem em completa reclusão doméstica, para não serem contaminadas pelo coronavírus : José Carlos Salgueiro, Natalino Salgado e Agostinho Ramalho Marques.
LEMBRANDO TIM MAIA
É do saudoso cantor e compositor a explicação porque o Brasil é um país que não deu certo: – Aqui prostituta goza, cafetão tem ciúme e traficante se vicia.