Em seus 112 anos de pulsante existência, pela primeira vez num só exercício acadêmico, a vetusta Academia Maranhense de Letras, viu desaparecer de seu fraterno convívio, quatro insignes membros.
Em maio de 2020, a Casa de Antônio Lobo, perdeu o emérito professor José Maria Cabral, ocupante da Cadeira 38, patroneada por Adelino Fontoura.
No começo de agosto recente, deixaram de fazer parte da centenária instituição, o romancista Waldemiro Viana e o historiador Milson Coutinho, que ocupavam, respectivamente, as Cadeiras 2 e 15, patroneadas por Aluísio Azevedo e Odorico Mendes.
No final de agosto, a AML despediu-se do escritor Sálvio Dino, ocupante da Cadeira 32, patroneada por Vespasiano.
Com a vacância de quatro Cadeiras, era natural que haveria grande corrida de postulantes às vagas dos saudosos acadêmicos, que começou antes mesmo do Presidente Carlos Gaspar declará-las oficialmente desocupadas.
O primeiro candidato que se mostrou disposto a concorrer a uma Cadeira na Academia Maranhense de Letras foi o pesquisador, professor universitário e ministro do Superior Tribunal de Justiça, Reynaldo Soares da Fonseca, que está com um pé dentro do sodalício da Rua da Paz, pelos méritos pessoais e jurídicos e não ter concorrente no pleito, marcado para 19 de novembro vindouro, para ocupar o lugar do professor Cabral Marques.
Para a Cadeira 2, que pertencia a Waldemiro Viana, cinco candidatos concorrem: Fernando Braga, Teodoro Peres Neto, Roque Pires Macatrão, Mauro Bastos Rego e José Eulálio Figueiredo.
Com vistas à Cadeira 15, que Milson Coutinho ilustrava, disputam quatro postulantes: Daniel Blume, Rogério Henrique Castro Rocha, José Jorge Leite Soares e José de Ribamar de Castro Ramos.
Quanto à Cadeira 32, que Sálvio Dino ocupava, até agora estão inscritos: Antônio Guimarães de Oliveira, José Rossini Campos do Couto Corrêa e José Carlos Castro Sanches.
Fala-se que Flávio Dino, pai de Sálvio, tem pretensões de substituí-lo, mas até agora não se manifestou publicamente e nem cumpriu o ato da inscrição, que se esgota a 16 de novembro deste ano.
Para as Cadeiras 2, 15 e 32, as eleições só deverão ocorrer no próximo ano.
PASTORES E PADRES
Leio no blog “Repórter Tempo”, do jornalista Ribamar Correia, que entre pastores e missionários evangélicos, 27 candidatos pretendem ocupar cadeiras na Câmara Municipal.
Enquanto os evangélicos procuram a militância política para se firmarem na vida pública, os padres da igreja católica, de uns tempos para cá, deixaram definitivamente de concorrer aos cargos eletivos.
ALBERIQUINHO DE FORA
O prefeito de Barreirinhas, Albérico Ferreira Filho, que se preparava para disputar a reeleição, decidiu vestir o pijama da vida privada.
Não concorre à reeleição municipal, mas apoiará para sucedê-lo no cargo de gestor de Barreirinhas, o ex-prefeito Leo Costa, que, no pleito passado, o ajudou a ganhar as eleições.
FENÔMENO SEM LUZ
Na legislatura de 2001 a 2004, o grande fenômeno na eleição para a Câmara Municipal de São Luís, foi o afrodescendente, Pedro Celestino.
Quem votou nele, dado o seu invulgar brilhantismo nos programas eleitorais, das emissoras de rádio e televisão, esperava um bom desempenho nos trabalhos legislativos.
Foi um fiasco e decepcionou o eleitorado no exercício do mandato de vereador, motivo pelo qual não se reelegeu no pleito seguinte.
Vinte anos depois, Pedro Celestino volta a se apresentar ao povo de São Luís, e tentar reconquistar uma cadeira na Câmara Municipal, mas sem chance de sucesso nas urnas porque perdeu a luminosidade de outrora.
ALCIONE, DONA DE BAR
Estourou como uma bomba no Rio de Janeiro, a notícia de que a cantora maranhense, Alcione, vai abrir um bar na Barra da Tijuca.
A casa, além dos bons petiscos e das bebidas, à base de mariscos e das frutas do Maranhão, oferecerá aos frequentadores shows com artistas de todo o país.
CANDIDATURA DO CARDIOLOGISTA
Quem conhece a capacidade profissional do cardiologista Bonifácio Barbosa e a numerosa clientela que tem em São Luís, não entende por que ele mudou o domicílio eleitoral para o município de São Benedito do Rio Preto.
A transferência do título para uma cidade onde não tem vivência política, habilitou o cardiologista a concorrer às eleições à prefeitura, ato que não acrescentará nada à sua vida e ao seu currículo profissional.
JOÃO ALBERTO EM BACABAL
Cumprida a quarentena, decorrente do ataque do Covid 19, João Alberto mudou-se de armas e bagagens para Bacabal.
Daquela cidade, só se afastará depois das apurações das eleições municipais e da certeza de que o povo bacabalense lhe confiou o mandato de vereador.
Se João Alberto se eleger vereador, só faltará a ele, como homem público, o exercício do cargo de Presidente da República.
MATRIARCADO POLÍTICO
Nas eleições municipais deste ano, um fato chama a atenção de quem acompanha a vida política do Maranhão.
Nunca se viu tanta mulher postular tantos cargos eletivos executivos e legislativos. Se forem bem sucedidas no pleito, o matriarcado político se imporá no Maranhão de forma insofismável.
SARNEY VEM AÍ
Pela primeira vez, ao longo de sua vitoriosa e brilhante vida pública, o ex-presidente José Sarney não votará na terra de seu domicílio eleitoral.
Por causa da pandemia e da idade avançada, ele e a esposa Dona Marly, decidiram ficar em Brasília no período eleitoral.
Mas já avisaram aos amigos que no final de novembro chegarão a São Luís, onde costumam passar as festas de Natal e Ano Novo.
FEIRA DO LIVRO
Alguns sonhadores da Secretaria da Cultura da Prefeitura de São Luís chegaram a se movimentar no sentido de realizar este ano, depois das eleições, a tradicional Feira do Livro.
O evento que teria como espaço o Convento das Mercês, foi inapelavelmente abortado pelo prefeito Edivaldo Junior, por motivos óbvios.
CANDIDATOS MANJADOS
São numerosos os candidatos à Câmara Municipal de São Luís, bastante conhecidos do eleitorado, pois em todas as eleições se habilitam ao pleito, alguns com nomes mais estravagantes.
Sabem que não se elegem, mas se candidatam para aparecerem nos programas da Justiça Eleitoral ou abiscoitarem alguma grana dos postulantes aos cargos majoritários.