O CHOLERA-MORBUS NO MARANHÃO

0comentário

De 1854 a 1856, o Maranhão viveu dias de intranquilidade diante da ameaça da população ser atacada de forma terrível por uma epidemia provocado pelo cholera-morbus, comumente chamado cólera.

De acordo com O Publicador Maranhense, jornal diário e oficial, em 1854, o Norte do País, principalmente o Pará, foi contaminado acentuadamente pelo cólera.

Para impedir que a doença invadisse o Maranhão, o Presidente da Província, Eduardo Olímpio Machado, tomou uma série de providências, todas de caráter urgente e preventiva, com vistas a orientar a população sobre os malefícios que poderiam advir da terrível moléstia.

CAMPANHA E MENSAGENS

Com os meios e as condições que a ciência, à época, colocava à disposição da sociedade, o Governo da Província procurou mobilizar a estrutura da Higiene Pública (órgão que cuidava da saúde da população), no sentido de deflagrar ações imediatas e eficazes para livrar o Maranhão de uma poderosa moléstia.

No Publicador Maranhense, para orientar e informar a população, divulgavam-se mensagens e artigos de renomados médicos, a exemplo de César Marques, João Florindo Bulhões, Paulo Saulnier, Paulo Candido e Tolentino Augusto Machado, que mostravam os riscos que a epidemia causaria se as medidas governamentais não fossem observadas e seguidas.

PROVIDÊNCIAS GOVERNAMENTAIS

Simultaneamente, o Presidente da Província, Olímpio Machado, encaminhava reiteradas correspondências às autoridades do País, principalmente as paraenses, informando que todas as embarcações partidas do porto de Belém, distante pouco mais de 72 horas por via marítima de São Luís, seriam aqui vistoriados e desinfetados, bem assim os marinheiros, que passariam por rigorosos exames médicos.

Para piorar a situação, em seguida, de Belém, veio a notícia de que o Presidente do Pará havia falecido, vitimado pela doença, no trajeto entre Cametá e Belém, fato que fez redobrar as medidas preventivas e os esforços contra o cólera, destacando-se a instalação na Ilha do Medo e na Ponta D’Areia, de dois lazaretos (os asilos de hoje), com a finalidade de abrigarem pessoas contaminadas, de onde só poderiam sair depois do cumprimento de uma quarentena, tempo considerado suficiente para saber se a pessoa estava ou não infectada pela moléstia.

BOATO ALARMANTE

A 15 de novembro de 1855, outro pavoroso boato (naquela época a cidade também já vivia sob a ação nefasta das falsas notícias), dava conta de que o cólera havia chegado a São Luís.

Para acalmar a população, o Delegado de Polícia, Pedro de Sousa Guimarães, fez publicar o seguinte aviso: “ Tendo se espalhado pela população haver se dado um caso de cholera-morbus, procedeu a Polícia a indagar a veracidade de tal notícia e felizmente verificou ser ela inexata, porquanto o escravo da Casa Season, apontada como a pessoa afetada, sofria um outro incômodo de saúde, muito estranho e em gravidade. E para conhecimento de todos, faz publicar pela imprensa o resultado dessa investigação.”

ANOS DE ANGÚSTIA

Durante três anos, de 1854 a 1856, a população de São Luís viveu dias de expectativa e de angústia pela iminência de a cidade ser atacada por uma moléstia terrível e de consequências danosas à saúde pública.

Isso só não aconteceu em razão das enérgicas providências governamentais, que impediram a doença extrapolar das fronteiras paraenses para o território maranhense. Fato comprovado pela notícia de que nenhum cadáver foi sepultado no Cemitério do Senhor Bom Jesus dos Passos.

DESINTERIA E NÃO CÓLERA

Passado o susto, as autoridades governamentais informavam que a doença que ameaçou o povo maranhense não foi a cholera-morbus, mas surgiu de manifestações gasto-interites, acompanhadas de vômitos e diarreias.    

Essa revelação veio do novo Presidente da Província, Antônio Cândido da Cruz Machado, na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa Provincial, em junho de 1856. No seu relatório escreveu: “Eu contesto que se tivesse apresentado um só caso de cholera-morbus, opinião esta que se baseia nos pareceres da comissão de Hygiene Pública. Os sintomas apresentados durante essa quadra epidêmica, foram todos com características de desinteria. O maior número de suas vítimas foi nas crianças, velhos e valetudinários e na sua força estende-se também aos adultos. Alguns casos, embora raros, foram acompanhados de vômitos biliosos e resfriamento das extremidades, de algumas câimbras e diarreia de natureza suspeita.

A EPIDEMIA NA CAPITAL E NO INTERIOR

Ao declarar peremptoriamente que a epidemia deflagrada no Maranhão foi desinteria e não cólera, o Presidente da Província concluiu: “A desinteria, como surto, extrapolou os limites geográficos de São Luís. A afecção, que reinou no interior, pode ser considerada, segundo toda a probabilidade, a mesma desinteria que tomava o caráter epidêmico e maligno, complicando-se com febres perniciosas e miasmáticos, que de ordinário açoitam as populações ribeirinhas dos rios da Província.”

ATÉ QUANDO, BOLSONARO?

Eu sou do tempo em que no curso ginasial, o Latim era uma disciplina que fazia parte currículo escolar.

Por isso, aprendi e guardei na memória este trecho do discurso de Cícero, no Senado Romano, contra o senador Lúcio Sérgio Catilina: Queo usque tendem abutere, Catilina, patienta nostra?

Frase que traduzida para o português, ficou assim: Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?

Com base na catilinária, vale a pergunta: Até quando, Bolsonaro, abusarás da nossa paciência?       

sem comentário »

GRANDES TRIBUNOS MARANHENSES

0comentário

Na posse do intelectual Carlos Gaspar na Presidência da Academia Maranhense de Letras, o destaque da solenidade foi a presença na tribuna do escritor Sálvio Dino, que, em nome dos acadêmicos saudou o novo dirigente da Casa de Antônio Lobo.

A despeito da longevidade, Sálvio mostrou ser ainda um tribuno de notória qualidade, vinda dos tempos de mocidade, quando se notabilizava como fluente orador dos grêmios estudantis, ginasianos e universitários, experiência que levou para a Câmara Municipal de São Luís e Assembleia Legislativa do Estado, nas quais teve assento como vereador e deputado estadual e onde proferiu discursos memoráveis e com repercussão nos meios políticos.

Na tribuna da Academia Maranhense de Letras, naquela noite festiva, Sálvio Dino, fez algo raro e difícil de encontrar nos tribunos de nossos dias, quase todos toscos, desprovidos do dom da palavra e pobres de vocabulário: eloquência e elegância, no tratamento dispensado ao idioma e na comunicação com o público.

Quando cotejamos a pobreza dos oradores de hoje com a riqueza dos tribunos de ontem, lembramos da palestra do saudoso escritor Josué Montello, em abril de 1981, na Assembleia Legislativa do Estado, a convite do então deputado Sálvio Dino, quando reportou-se aos grandes tribunos do Maranhão.

O autor de Cais de Sagração, disse: “Dos tribunos que ouvi na minha juventude, somente um me deu a impressão de ser, na verdade, um grande orador: Astolfo Serra. Com o talento do improviso e a fala bem timbrada, sabia ser, na hora, o intérprete da multidão que o aplaudia. Por isso mesmo, não o orador de salão, mas da praça pública. Se se houvesse orientado no sentido do Parlamento, ter-se-ia ajustado à moldura que lhe convinha. Ficou sendo, assim, uma glória local, que só nos fruímos e aplaudimos.” 

Outro orador que Josué Montello destacou foi Coelho Neto, sobre o qual escreveu: “Viera da campanha da Abolição. Participou da luta pela implantação da República. Mas não chegou a ser o orador político que poderia ter sido. Faltou-lhe a paixão, no litígio partidário. Só a encontrou quando excluído da representação maranhense, tentou desforrar-se numa viagem a São Luís. A combustão da represália deu-lhe, aqui, a grandeza inesquecível. Daí as recordações do seu verbo, como uma coluna de fogo a céu descoberto.”      

Mas não se esgota com Astolfo Serra e Coelho Neto, os grandes oradores que o Maranhão teve. Na Câmara dos Deputados, João Dunshee de Abranches Moura, Luiz Domingues e Humberto de Campos, deixaram seus nomes marcados naqueles tempos em que a oratória política pontificava e inflamava a vida pública brasileira.

Não se pode esquecer de Clodomir Cardoso e de Lino Machado, que brilharam no Congresso Nacional, pelos memoráveis discursos em favor do restabelecimento do Brasil no santuário da democracia.

Após a redemocratização do País, nos anos 1950, o Maranhão elegeu uma bancada de jovens e talentosos deputados federais: Renato Archer, Cid Carvalho, Pedro Braga Filho, José Sarney e Neiva Moreira. Não se destacaram como notáveis tribunos, mas deixaram marcas indeléveis pelos bons pronunciamentos sobre a realidade brasileira.

CACHIMBO DA PAZ

Depois de dezenas de anos sem se falarem, o ex-presidente José Sarney e o ex-deputado federal Haroldo Saboia, voltaram a fumar o cachimbo da paz.

A retomada do diálogo, aconteceu na semana passada, em Brasília, no aniversário do irmão de Haroldo, Assis, que sempre foi amigo de Sarney e lutou para aquele reencontro se tornar realidade.

PERFIL E VOTO

O deputado federal Rubem Junior, no exercício do cargo de secretário das Cidades e Desenvolvimento Urbano, em entrevista, disse que “tem perfil ideal para vencer a eleição em São Luís”.

Perfil ideal Rubem Junior tem e de sobra, mas voto que é bom, em São Luís, as pesquisas mostram que ele é carente.

ÁLCOOL GEL

O produto mais procurado hoje em São Luís é o álcool gel.

Segunda-feira, cada Farmácia Drogasil recebeu de São Paulo duzentos frascos de 500 ml do produto.

Às nove horas, não havia mais nenhum à venda.

EM NOME DA IMORTALIDADE

O novo presidente da Academia Maranhense de Letras, Carlos Gaspar, para poupar a vida dos confrades, quase todos na faixa de risco, tomou uma decisão sábia e prudente.

As reuniões na Casa de Antônio Lobo só voltarão a acontecer quando não mais existir a ameaça do coronavírus.

EXPANSÃO DO HOSPITAL D’OR

Depois que o Grupo D’OR comprou o UDI Hospital, quer expandir as suas atividades em São Luís.

Uma proposta vantajosa foi feita ao Sebrae para adquirir o prédio, vizinho ao hospital, onde se encontra instalado o órgão que presta grandes serviços ao empresariado maranhense.

 LEMBRANDO CAFETEIRA

Um deputado do Paraná, curiosamente chamado de Boca Aberta, apresentou projeto que prevê a amputação da mão de corrupto.

O parlamentar paranaense fez lembrar Epitácio Cafeteira que ao assumir o governo do Estado prometeu cortar a mão de “quem metesse a mão no jarro”.

Mão no jarro, significava roubar o dinheiro público, o que aconteceu na gestão de Cafeteira, mas ninguém perdeu a mão.

LANÇAMENTO DE COPO

Nos jogos olímpicos, existem várias modalidades de lançamentos.

Na briga que travou contra o senador Weverton Rocha, na Câmara Federal, o deputado Hildo Rocha, inaugurou o mais novo tipo de lançamento: o de copo.

Como diria o Faustão: E-r-r-o-u, e-r-r-o-u.

FEIRA DO LIVRO

A Feira do Livro de São Luís sempre acontece nos meses de setembro ou outubro.

Este ano, por causa das eleições municipais, resolveram mudar o evento para o mês de maio.

Porque em maio o coronavírus pode estar com força total, sussurra-se que a prefeitura não realizará a Feira este ano.

FESTIVAL DE BESTEIRA

O jornalista carioca, Sérgio Porto, que se tornou nacionalmente conhecido por Stanislau Ponte Preta, criou na sua coluna diária no jornal Última Hora, o Festival de besteira que assola o país.

Se ainda vivo, certamente colocaria na sua festejada coluna a proposta da deputada estadual Micael Damasceno, que é evangélica, de que a melhor solução para acabar com o coronavírus é a população orar e fazer jejum.   

sem comentário »

OS PRESIDENTES DA ACADEMIA MARANHENSE DE LETRAS

0comentário

Com a posse, quinta-feira passada, do acadêmico Carlos Gaspar, na Presidência da Casa de Antônio Lobo, são dezenove os intelectuais que assumiram tão importante cargo ao longo de seus 112 anos de vida.

Por ordem cronológica, de 10 de agosto de 1908, quando a Instituição foi fundada aos dias correntes, presidiram a AML os acadêmicos: Ribeiro do Amaral (1908 a 1927), Alfredo de Assis (1927 a 1931), Barros e Vasconcelos (1931 a 1939), Armando Vieira da Silva (1939 a 1940), Astolfo Serra (1940 a 1941), Nascimento Moraes (1941 a 1946; Luso Torres  (janeiro a junho de 1946), Nascimento Moraes (junho de 1946 a janeiro de 1947), Ribamar Pinheiro (janeiro a setembro de 1947), Clodoaldo Cardoso (1947 a 1962), Mário Meireles (1962 a 1966), José Sarney (1966 a 1969), Luiz Rego (1970 a 1984), Jomar Moraes (1984 a 2006), Joaquim Itapary (2006 a 2008), Lino Moreira (2008 a 2010), Milson Coutinho( 2010), Benedito Buzar (2011 a 2020), Carlos Gaspar ( 2020 a ….)

Presidentes que mais tempo tiveram à frente da Academia Maranhense de Letras: Jomar Moraes, 23 anos; Ribeiro do Amaral, 19 anos; Clodoaldo Cardoso, 15 anos; Luiz Rego, 14 anos; Benedito Buzar, 9 anos; e Nascimento Moraes, 7 anos.

O que menos tempo ficou no cargo: Ribamar Pinheiro, porque faleceu no exercício do mandato.

De 1908 a 1927, a AML, por não ter sede própria, funcionava na residência do historiador Ribeiro do Amaral. Com o falecimento deste, a Instituição instalou-se nas dependências da antiga Assembleia Legislativa, mas se reunia provisoriamente no Teatro Artur Azevedo, Cassino Maranhense, Grêmio Lítero-Recreativo Português e Associação Comercial do Maranhão.

Essa situação perdurou até 1947, quando, sob à presidência de Clodoaldo Cardoso, secretário da Fazenda do Governador Archer da Silva, conseguiu que o Estado doasse o prédio em que se acha instalada desde 29 de dezembro de 1950.

Na gestão do escritor Jomar Moraes, a sede da AML, no período de 1984 a 1986, sofreu profunda reforma, com a restauração de todo o imóvel, ampliação e adaptação de espaços e aquisição de móveis e equipamentos, por conta de recursos liberados pelo Ministério da Cultura, no governo do Presidente José Sarney.

Outra boa reforma pela qual passou a Casa de Antônio Lobo deu-se no mandato do intelectual Joaquim Itapary (2006-2008), por conta de recursos liberados pela Vale.

A mais recente restauração da Casa de Antônio Lobo, registrou-se na minha administração, em 2019, por obra de convênio assinado com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Além do governador Archer da Silva, cinco chefes do Executivo do Estado são considerados benfeitores da Academia Maranhense de Letras: Urbano Santos, que a considerou de utilidade pública; João Castelo, que, por lei, concedeu subvenção especial, correspondente a dez salários-mínimos; João Alberto de Sousa, que, por decreto, regulamentou a lei e atualizou os pagamentos devidos pelo Governo; Jackson Lago, que, por lei, destinou subvenção mensal, e Flávio Dino, que, por decreto, aumentou a subvenção do Estado.

EMENDAS PARLAMENTARES

Em Brasília, noticiou-se com estardalhaço, que alguns deputados federais estão envolvidos em negociações fraudulentas de venda e compra de emendas.

Nessas transações espúrias, comenta-se que alguns deputados da bancada maranhense estão metidos da cabeça aos pés.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão apurando os atos e se forem verdadeiros, espera-se que os envolvidos sejam processados.

UM BOM VEREADOR

O vereador Ivaldo Rodrigues está de volta ao Parlamento Municipal de São Luís, depois de uma passagem produtiva e convincente nas esferas executivas, nas quais prestou relevantes serviços à cidade.

Ivaldo, no Legislativo ou Executivo, mostrou a sua valiosa capacidade de trabalho e realizou eventos importantes para movimentar a vida de São Luís, destacando-se a Feirinha, aos domingos, na Praça Benedito Leite, que caiu no gosto do povo e faz sucesso até hoje.

PREFEITO DE CAXIAS

Em todas as pesquisas, realizadas nesta fase pré-eleitoral, só há um prefeito que se apresenta bem situado e em condições de ser reeleito sem susto.

Trata-se do gestor do município de Caxias, Fábio Gentil, que a população aponta como empreendedor, correto aplicador dos recursos e faz as coisas acontecer.

Enquanto Gentil tem recebido a aprovação de seus munícipes, a grande maioria dos gestores municipais está mal nas pesquisas e com dificuldade na reeleição.

CARNAVAL EM VARGEM GRANDE

Por falar em prefeito, a grande revelação no carnaval deste ano foi a cidade de Vargem Grande, até então sem nenhuma tradição nesse quesito.

Ao mesmo tempo em que se elogia o carnaval vargem-grandense, se questiona a audácia do prefeito municipal, que gastou quantia fabulosa de recursos públicos, numa época em que as prefeituras estão atravessando dificuldades financeiras de toda a natureza.

E o Ministério Público de Vargem Grande o que diz disso?        

REGINA DUARTE

Melhor seria que Regina Duarte continuasse como namoradinha do Brasil e não como Viúva Porcina, aquela que não foi sem nunca ter sido.

ROTEIROS DE FÉ

O Ministério do Turismo vai lançar um guia de destinos e eventos religiosos no país.

O Nordeste, com trinta roteiros e dezenove eventos religiosos, é a região que mais opções oferece aos turistas.

Do Maranhão, São José de Ribamar e Vargem Grande são as duas cidades que podem fazer parte desse guia.

A LITERATURA DO F*DA-SE

Entrei numa livraria, das mais renomadas de São Luís, para comprar um livro de presente a um dileto amigo e perguntei ao vendedor sobre os mais vendidos.

Eis a relação: Seja F*da, F*deu Geral, A Sutil Arte de Ligar o F*da-se, Liberdade, Felicidade e F*da-se.

Confesso que saí da livraria literalmente f*dido de raiva.

MISSA DE AÇÃO DE GRAÇAS

Ao ser apresentada a José Sarney a programação dos eventos em homenagem aos seus noventa anos de vida, que se dará no final do mês de abril, notou que faltava a principal.

  Diante da surpresa geral, Sarney sentenciou: – A missa em ação de graças.

SESSÃO NA AML

A Academia Maranhense de Letras, na qual o jovem poeta José Sarney ingressou aos 22 anos, também realizará solenidade especial em sua homenagem.

Para falar sobre a obra literária de Sarney, a AML convidou o poeta Carlos Nejar, membro da Academia Brasileira de Letras.

A entrada de Sarney na Casa de Antônio Lobo deu-se a 17 de junho de 1953 e quem o saudou foi o professor José Mata Roma.                  

sem comentário »

EU E ACADEMIA

0comentário

Na quinta-feira vindoura, estarei transferindo, com honra e prazer, a presidência da Academia Maranhense de Letras para o amigo e confrade Carlos Tadeu Pinheiro Gaspar, eleito para dirigi-la no biênio 2020 a 2022.

Cumprirei essa determinação em obediência à liturgia acadêmica e  depois de onze anos à frente da Casa de Antônio Lobo, conduzido que fui na condição de vice-presidente de uma diretoria, eleita em novembro de 2009, que tinha como presidente o brilhante jornalista e competente historiador, Milson Coutinho, o qual,  em atendimento a expressas ordens médicas, em janeiro de 2011, renunciou à presidência da Academia Maranhense de Letras.

Tamanha responsabilidade pesou sobre os ombros de quem jamais pensou em ser membro de tão elevada Instituição, por me julgar não ombreado a figuras excelsas da intelectualidade maranhense, mas nela ingressei em agosto de 1990, a convite e insistência de meu saudoso amigo Jomar Moraes, para ocupar a vaga do querido professor Fernando dos Reis Perdigão.

Depois de completar o mandato de 2010-2012, fui sucessivamente eleito pela bondade inequívoca dos confrades, para os mandatos de 2012-2014, 2014-2016, 2016-2018, 2018-2020, ao longo dos quais empenhei-me para não decepcionar os que haviam confiado em mim e nos meus propósitos de administrar a Casa de Antônio Lobo com determinação e lisura.   

Sob a minha direção, asseguro que a Academia não andou para trás e nem saiu do caminho traçado pelos que a fundaram e os que a ela pertenceram e pertencem.

Nesses quase dez anos de atividade à frente da AML, envidei todos os esforços para levar a cabo ações culturais e iniciativas literárias, que resultaram em retumbantes sucessos, a despeito das dificuldades financeiras impostas pelas circunstâncias vividas pela Instituição, que sobrevive da contribuição de seus membros e de uma parca subvenção governamental, nem sempre liberada pelos órgãos públicos.

Foram óbices nada fáceis de contornar, mas que enfrentei e ultrapassei com firmeza, determinação e a compreensão dos confrades, que sempre foram solidários com o que me competia fazer e realizar. Ao final dessa jornada de insano trabalho, posso, modéstia à parte, proclamar em alto e bom som, que, malgrado as vicissitudes e  os problemas atinentes ao funcionamento da Instituição, tive forças para dar a volta por cima e executar projetos, que, pela repercussão alcançada aqui e  alhures, serviram para glorificar a Academia Maranhense de Letras, na sua missão  de primar pelo desenvolvimento da cultura, pela defesa das tradições maranhenses e pelo intercâmbio com os centros de atividades culturais do Brasil.

À guisa de ilustração, dentre os projetos acionados, vale citar quatro. O primeiro, “Academia vai às escolas”, executado nos anos 2017, 2018 e 2019, em que os acadêmicos visitavam os colégios da rede pública estadual, onde falavam e discutiam com alunos e professores assuntos relativos à cultura maranhense. O segundo, “Edição e reedição de livros de autores maranhenses”, com base na Lei de Incentivo à Cultura, do Governo do Estado, com a publicação de mais de quarenta obras. O terceiro, “Inserção da AML no mundo das redes sociais”, por meio das ferramentas do Whatsapp, Facebook, Youtube, Instagram e da Rádio WEB. O quarto, “A reforma e restauração do prédio da Academia Maranhense de Letras”, realizada em convênio com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Nesse momento de transição e de intensa expetativa, desejo ao confrade Carlos Gaspar e aos membros da diretoria, alguns dos quais fizeram parte da minha gestão e foram importantes e corretos, que façam uma administração profícua e fecunda.

A propósito: Carlos Gaspar já poderia ter sido o presidente da AML, só não o foi por motivo que não vale a pena ser lembrado. Mas como tudo tem seu tempo certo, ele, agora, cheio de gás e retemperado, assume o comando da Instituição, à qual se dedicará de corpo e alma.

CHOQUE ANAFILÁTICO – I

Por pouco, hoje, esta coluna não mudaria de nome: em vez de Roda Viva seria Roda Morta.

Motivo: na manhã da quinta-feira passada fui atacado por um violento choque anafilático, decorrente do consumo de um analgésico à base do princípio ativo, quase um palavrão, dicofenato sódico, que me fez, em questão de minutos, perder a visão e em seguida os sentidos.

CHOQUE ANAFILÁTICO -II

O óbito só não aconteceu porque o meu motorista ao me ver completamente apagado, teve a coragem e o discernimento de conduzir-me para o UDI Hospital, onde cheguei com a pressão arterial quase zero.

CHOQUE ANAFILÁTICO – III

Outra pessoa, além do motorista, a quem devo a vida, pela presteza e competência profissional, o clínico Virgulino Juscelino, que no comando de uma equipe médica, desdobrou-se incansavelmente no socorro a um paciente que se encontrava em situação deploravelmente crítica.

CHOQUE ANAFILÁTICO – IV

Do alto de meus oitenta e dois anos de idade, pela primeira vez me vi acometido por um grave problema de saúde, que me levou à internação hospitalar e quase à morte.

Confesso que não gostei da experiência, por sinal, amarga demais para quem se considerava um homem hígido.

Espero, até os meus dias finais de vida, não ser mais surpreendido ou atacado de maneira tão insólita, como ocorreu agora, logo eu que ainda tenho muita coisa a fazer.

CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO

Crisálida e José Reinaldo Tavares vão celebrar hoje, às 20 horas, no Class Buffet, a sua união matrimonial.

O evento será assistido por familiares e convidados especiais.

 A RUA DO PREFEITO

O prefeito Edvaldo Holanda Junior fez um bom trabalho de recapeamento asfáltico no Bairro Renascença II.

O trabalho só não merece nota dez porque ele esqueceu de recapear a rua onde moramos e somos vizinhos.

DONA NOCA E NÚBIA

Em tempos passados, uma mulher marcou época no Maranhão pela sua valentia política: Noca Santos.

Nos tempos atuais, ninguém mais parecida com Dona Noca do que a minha conterrânea, Núbia Dutra.

Para defender os direitos do marido (?), ela, enfrenta a polícia, a justiça, os vereadores, a vice-prefeita de Paço do Lumiar e os filhos do primeiro casamento de Domingos Dutra.

CENTENÁRIO DE MADEIRA

Se estivesse vivo, o jurista e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Alberto Madeira, completaria cem anos no dia 16 de março.

Madeira era poeta e membro da Academia Maranhense de Letras, onde ocupava a cadeira 34, e teve como sucessor o advogado, professor e intelectual Alberto Tavares.

sem comentário »
https://www.blogsoestado.com/buzar/wp-admin/
Twitter Facebook RSS