UMA RUA CHAMADA GRANDE

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Há séculos remotos, a Rua Grande chamava-se Caminho Grande, através do qual a cidade se comunicava com a zona rural.

Anos depois, pela sua posição estratégica, tornou-se a principal artéria da cidade, ao longo da qual instalaram-se renomados estabelecimentos comerciais, em cujos altos moravam importantes famílias.

No começo do século XX, a Rua Grande ganha o nome de Osvaldo Cruz, em homenagem ao notável cientista brasileiro, mas continua sendo conhecida até hoje pela nomenclatura primitiva.

Ao longo do tempo, sofreu várias reformas, dentre as quais as executadas no governo de Eduardo Olímpio Machado, quando recebe calçamento; na interventoria de Paulo Ramos, passa por total remodelação; na gestão do governador José Sarney, os paralelepípedos são substituídos por camadas de asfalto; na administração do prefeito Jackson Lago, as pedras de paralelepípedos a ela retornam.

De todas as reformas, nenhuma foi mais ampla, completa e inovadora da realizada recentemente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, dirigido por Kátia Bogéa e com recursos do PAC das Cidades Históricas, que a fizeram mudar sensivelmente, com a retirada de paralelepípedos, o desaparecimento de calçadas esburacadas, a substituição de postes de iluminação e de outros penduricalhos, sem os quais a antiga artéria ganhou novo e moderno visual, mais conforto e melhor acessibilidade.

Depois de inaugurada, fiz questão de percorrê-la em toda a sua extensão, para ver a majestosa obra realizada pelo IPHAN, bem como cotejá-la com a do meu tempo de juventude, quando se dividia em dois espaços. Um, começava na Praça João Lisboa e terminava no cruzamento da Rua Cândido Ribeiro, ocupada essencialmente pelo comércio, o outro, ia da Rua Cândido Ribeiro à Rua do Passeio, predominantemente residencial e povoado por figuras de destaque da sociedade.  

Não só quanto ao aspecto espacial, se diferenciava a Rua Grande de ontem e de hoje. Havia, também, acentuada discrepância quando se comparava a origem dos comerciantes e o tipo de comércio que praticavam.    

Os comerciantes que hoje dominam a Rua Grande de ponta a ponta, são oriundos de estados nordestinos ou egressos de países orientais, que se notabilizam pelo exercício de um mesmo comércio, ou seja, à base de produtos eletrônicos, brinquedos, bijuterias, cosméticos e peças de vestuário, destinados especialmente às classes de menor poder aquisitivo.

Esses comerciantes sofrem uma concorrência desleal dos chamados camelôs, que ocupam as ruas transversais e oferecem quinquilharias de origem duvidosa e a preços convidativos.

Esse quadro atual, contrasta sobremodo com o da minha mocidade, quando a Rua Grande, do ponto de vista comercial, era ocupada por maranhenses, geralmente descendentes de portugueses e libaneses, que, com as suas organizadas lojas, esmeravam-se em oferecer aos consumidores produtos variados e de boa qualidade, alguns importados porque o processo de industrialização de bens de consumo ainda não havia sido deflagrado no Brasil.

À guisa de ilustração, vejamos as lojas que pontificavam na Rua Grande e os tipos de produtos que comercializavam. Tecidos, nas lojas Rianil, Exposição, Sadick Nahuz, e Pernambucanas; joias, nas Garimpo e Garantia do Povo; cosméticos, na Casas Paris, Olímpia e White; sapatos, na Principal, Cleópatra e Belém;  produtos alimentícios, nas mercearias Neves e Lusitana, salões de beleza de Madame Guedes e de Dona América Serra de Castro, móveis, na Movelaria das Noivas, pães e similares, na Padaria Cristal, remédios, na  Farmácia Garrido, armarinho, na Loja Otomana, que continua no mesmo lugar, livros, na Galeria dos Livros, bebidas, no  Bar do Narciso, famoso pela cerveja bem gelada; os bazares, Valentim Maia, Quatro e Quatrocentos e Tabuleiro da Baiana, semelhantes às lojas de departamentos.  

ANO DE SEREJO

O ano de 2020 tem tudo para ser o mais importante da vida do desembargador e acadêmico Lourival Serejo.

Ele concorre às eleições à presidência do Tribunal de Justiça, e ao pleito, sem concorrente, à vice-presidência da Academia Maranhense de Letras.

Como se não bastasse, fundou a Editora Serejo, para publicar as suas produções literárias e jurídicas.

O NOVO TÁCITO

O saudoso desembargador Tácito Caldas marcou época, nos anos 1950 e 1960, pela maneira inteligente e hábil como conduzia o Poder Judiciário.

Quem conhece a trajetória do Tribunal de Justiça do Maranhão, diz que o desembargador José Joaquim Figueiredo, pela maneira como dirige os trabalhos e a habilidade como comanda o Poder Judiciário, lembra o desembargador Tácito Caldas.

CONSTITUINTES DE 1989

Por iniciativa da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, os deputados que participaram da elaboração da Constituição do Estado do Maranhão, em 1989, foram homenageados.

Não foi difícil identificar os constituintes que compareceram àquele evento histórico: uns estavam com as cabeças povoadas de cabelos grisalhos; outros, mostravam ostensiva calvície.

EVANGELISTA E DUARTE

Em pesquisa recente e de credibilidade, o deputado federal Eduardo Braid continua na pole position e só a imprevisibilidade poderá tumultuar a sua eleição a prefeito de São Luís.

Depois de Braid, os que apresentaram melhor performance na pesquisa da Escutec foram os deputados Evangelista Neto e Duarte Junior.

Enquanto Evangelista tem a preferência do eleitorado feminino, Duarte é o candidato que a juventude quer ver na prefeitura.

ELEIÇÃO ACADÊMICA

Está marcada para o dia 28 de novembro, a eleição para a nova diretoria da Academia Maranhense de Letras.

A chapa encabeçada por Carlos Gaspar e Lourival Serejo, presidente e vice, não deverá ter concorrente, pois os pleitos na Casa de Antônio Lobo são sempre consensuais.

Os novos dirigentes da AML serão empossados em março de 2020, para o mandato de dois anos.

COLEÇÂO BIBLIOTECA ESCOLAR

O plano editorial da Academia Maranhense de Letras, este ano, teve como ponto alto a publicação de artigos do professor Jerônimo de Viveiros, intitulados Quadros da Vida Maranhense, e a inauguração da Coleção Biblioteca Escolar, voltada para crianças, que editou quatro importantes obras: Gonçalves Dias, ensaio biobibliográfico de Josué Montello, Contos Pátrios, de Olavo Bilac e Coelho Neto, História do Brasil, para crianças, de Viriato Correa, e Vida e Obra de Raimundo Correia.

Os trabalhos do professor Jerônimo Viveiros foram editados sob a forma de fascículos, num total de doze.

LEIS DE GERSON E DE BOLSONARO

Antigamente, tinha a Lei do Gerson, aquela que a gente leva vantagem em tudo.

Agora, a novidade é a Lei de Bolsonaro, aquela que para filho só se deve dar filé.

A EXPOEMA NÃO É MAIS AQUELA

No governo Pedro Neiva(1971-1975), por iniciativa do secretário de Agricultura, Lourenço Tavares, foi construído o Parque da Independência, para ser palco da Expoema.

Durante bons anos, foi um evento que polarizou as atenções de criadores de animais daqui e de outros estados, bem como o povo maranhense, que comparecia ao Parque Independência para ver shows de artistas e outras atrações.

De uns tempos para cá, a Expoema perdeu o encanto e não passa de um evento desfigurado e melancólico, daí porque não consegue mais atrair criadores e público.

REI E BOBO

A frase é da autoria do jornalista e compositor Nelson Mota: – Bolsonaro consegue ao mesmo tempo ser rei e bobo da corte. 

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O RECONHECIMENTO NACIONAL DE GASTÃO

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No primeiro mandato da Governadora Roseana Sarney (1995-1998), assumiu o cargo de secretário de Educação do Maranhão, o deputado Gastão Vieira.

Dentre os projetos inovadores que marcaram a sua operosa gestão, o “Aceleração de Estudos”, para alfabetizar crianças, coordenado por um dos mais conceituados educadores do Brasil, professor João Batista Oliveira.

Nem todos os municípios maranhenses adotaram o “Aceleração de Estudos”, mas lembro de Itapecuru e Paço do Lumiar, que apresentaram resultados extraordinários no processo de alfabetização de crianças.

Pelo comprovado êxito do projeto, imaginava-se que seria continuado nas gestões seguintes, mas ocorreu o contrário, foi lamentavelmente engavetado, a despeito de tornar-se nacionalmente reconhecido por especialistas e autoridades públicas, a exemplo do ministro da Educação, Paulo Renato, que se deslocou de Brasília para ver a operacionalização do projeto e daqui saiu e impressionado.

O então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, num conclave nacional, na cidade de João Pessoa, onde se discutia a educação infantil, também, maravilhou-se com o projeto ao ouvir ao vivo a explanação do secretário de Educação, Gastão Vieira, e ver uma criança maranhense mostrar de modo desembaraçado como se alfabetizou, graças ao processo educacional do Aceleração de Estudos.  

O projeto, implantado no Maranhão, louvado em verso e prosa por educadores famosos, foi editado em 2004 e reeditado em 2007, com o título de “Alfabetização Infantil: Novos Caminhos”, por iniciativa da Comissão de Educação da Câmara de Deputados, com base no qual o Governo do Ceará o introduziu em vários municípios e com resultados auspiciosos.

Inesperadamente, depois de 15 anos, o Ministério da Educação, no Governo Bolsonaro, descobre que o “Alfabetização Infantil: Novos Caminhos”, pela inegável atualidade, exitosa experiência e dotado de inovadora metodologia, poderia ser uma boa contribuição para resolver os problemas da educação infantil no Brasil, por isso, manda reeditá-lo e ser lançado nesta terça-feira, 22 de outubro, para apreciação e discussão na Primeira Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências, em Brasília, evento que objetiva propor recomendações para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da literacia(capacidade de ler, de escrever, de compreender e de interpretar o que é lido) e numeracia.

Ao saber da iniciativa do Ministério da Educação, Gastão, não esconde a incontida alegria e felicidade de ver o projeto “Aceleração de Estudos”, pelos resultados colhidos a curto prazo, no Maranhão, ser apontado como alternativa para o Brasil enfrentar o problema desafiador da alfabetização infantil, que há anos os governos federal, estaduais e municipais procuram minimizá-lo.

As palavras do secretário de Alfabetização do Ministério da Educação, Carlos Nadalin, falam mais alto com relação ao livro “Alfabetização Infantil: Novos Caminhos”: “Vamos lançar o livro do deputado Gastão Vieira na Primeira Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências, em forma de reconhecimento, inclusive, ao seu trabalho incansável, por ter persistido num tema que é tão caro para todo o país, e que foi negligenciado por tanto tempo”.

Disse tudo e mais alguma coisa o secretário de Alfabetização do MEC, sobre a atuação de Gastão como homem público e interessado em melhorar as mazelas educacionais, ações que ele, como secretário de Educação no Maranhão, empenhou-se de corpo e alma, mas, lamentavelmente, não sequenciados pelos que o sucederam.

Tudo indica que no Governo Bolsonaro, o projeto “Aceleração de Estudos” poderá ser adotado como metodologia para alfabetizar crianças de maneira fácil e rápida, fato comprovado por renomados especialistas, que acompanharam com desusado entusiasmo a sua execução no Maranhão, quando o analfabetismo infantil regrediu sensivelmente, por discernimento de um político sério e competente, que, no exercício do cargo de gestor da Educação soube se conduzir com dignidade e seriedade.

Eu e os amigos de Gastão, aguardamos com ansiedade o que vai acontecer nessa Primeira Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências, quando o MEC anunciará se o projeto Aceleração de Estudos e batizado com o nome de Alfabetização Infantil: Novos Caminhos, depois de visto, discutido e analisado pelas autoridades educacionais, será recomendado para sua introdução na melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem da literacia e numeracia .  

PRESENÇA DE NEJAR

O poeta e membro da Academia Brasileira de Letras, Carlos Nejar, esteve em São Luís e proferiu palestras no Centro Cultural do Ministério Público, sobre Pablo Neruda, e na Feira do Livro, a respeito de Aluísio Azevedo.

Trata-se de um escritor lúcido, simpático e conhecedor da cultura maranhense, razão porque promete voltar em abril de 2020, a convite da Academia Maranhense de Letras, para participar das comemorações dos noventa anos de José Sarney, para falar sobre sua obra literária.

CONSCIÊNCIA NEGRA

A pior maneira de comemorar no Maranhão, “O dia da consciência negra no Brasil”, foi decretar feriado estadual, proposta de um deputado estadual e aprovada indevidamente pela Assembleia Legislativa.

Essa lei, questionada acertadamente pelas entidades empresariais do Maranhão, foi revogada pelo Tribunal de Justiça, no pressuposto de a efeméride prejudicar as atividades públicas e privadas.

A propósito: se era para homenagear um negro e herói, por que não trocar o alagoano Zumbi dos Palmares pelo maranhense Cosme Bento das Chagas?

NA VIDA CONJUGAL E PÚBLICA

Os prefeitos de Santa Rita e de Bacabeira, Hilton Gonçalo e Fernanda Gonçalo, mostram que se entendem bem na vida privada e pública.

Unidos pelo casamento, decidiram executar obras públicas nos dois municípios de modo compartilhados, no entendimento de que, por essa estratégia, gastarão menos recursos e contentarão as comunidades.  

Com a palavra o Tribunal de Contas.   

O EXEMPLO DE CAMILA

Camila, além de simpática e educada, mostra o seu caráter de exemplar esposa e companheira, na rotina administrativa de Edivaldo Holanda Junior.

Quando o marido vivia uma fase desconfortável na prefeitura, ela, nunca deixou de estar ao seu lado, na crença de a situação se modificar e ele dar volta por cima.

Agora, que Edivaldo executa numerosas obras na cidade, Camila, sempre ao lado do marido, recolhe os bons frutos dessa nova fase.

LENÇÓIS MARANHENSES

O projeto que Roberto Rocha apresentou no Senado, no   sentido de redesenhar o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, pode até ser bom, do ponto de vista turístico, mas sob o aspecto político, deve criar muita polêmica.  

Explico: de acordo com o projeto, os limites dos Lençóis Maranhenses serão alterados para possibilitar a implantação de empreendimentos privados.

Em contrapartida, devem acarretar problemas sociais de monta, pois cerca de duas mil pessoas poderão ser deslocadas de seus povoados

VIAGENS DE AVIÕES

Na minha recente viagem aérea, quando retornei de São Paulo, quantas saudades tive dos bons tempos em que viajar de avião era apresentar-se bem vestido, como se fosse participar de um evento festivo.

Se os homens viajavam de paletó e gravata, as mulheres não deixavam por menos: vestiam-se com roupas finas e embelezadas da cabeça aos pés.

Hoje, homens e mulheres, em vez de se apresentarem bem vestidos, viajam como se fossem para piqueniques ou eventos praianos.

SANTA DULCE

Depois da canonização de Irmã Dulce, multiplicaram-se as promessas à Santa Dulce dos Pobres, assim ela passou a ser chamada.

Motivo: querem aproveitar o momento em que ela, por ser recentemente santificada, quer mostrar serviços e outros santos estão sobrecarregados.

TURISMO EM CEMITÉRIO

Os franceses não sabiam que no Maranhão há uma metodologia para se divulgar o turismo usando o cemitério como ponto de referência.

Quem inventou essa fórmula, que poderá ser exportada para o mundo, foi o turismólogo, Antônio Noberto.         

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RECEITA PARA NÃO ENVELHECER

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Para sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento, a ONU institui 1 de outubro como o Dia Internacional do Idoso.

Em minha homenagem, na condição de assumido octogenário, o que não me constrange e nem me abate, ao contrário, o proclamo pela felicidade de ter chegado a esta fase da vida em plena forma física e sem apresentar sinais característicos da longevidade, ressaltando-se a decrepitude e a imobilidade.

Entrei na casa dos oitenta anos completamente lúcido, plenamente ativo, com autonomia para desenvolver as minhas atividades humanas e sem mazelas de quaisquer natureza.

Pelo fato de ser um cara sadio e destituído de marcas que denotam a inconfundível terceira idade, muita gente admira-se com essa minha performance e, como se não bastasse, ainda questiona a minha situação biológica.

É de bom alvitre dizer que se alcancei a proeza de ter uma vida saudável, não devo a nenhuma fórmula mágica ou a qualquer recomendação da medicina contemporânea, pois sou avesso à prática de exercícios físicos e de regimes que preconizam restrições alimentares.

A minha vitalidade se resume simplesmente em cinco pontos, que considero importantes e indispensáveis para justificar a invejável saúde que desfruto. Ei-los.  

  1. Cigarro. Ainda que, na juventude, tenha tentado fumar, não consegui ser adepto do tabagismo.
  2. Bebida alcoólica. Só o consumo socialmente.
  3. Leitura. O prazer de ler me faz bem, proporcionou-me boa formação intelectual, conduziu-me à convivência com renomados intelectuais e participar de instituições culturais.
  4.  Casamento. Tive a felicidade de casar com uma mulher fantástica sob todos os pontos de vistas. Solange deu-me segurança e me fez ver a vida de outra maneira. Sem ela, eu não seria o que sou. Estamos juntos há mais de cinquenta anos e sempre unidos.
  5.  Convivência com a juventude. Grande parte da minha existência, passei em companhia de jovens, por ser professor da Universidade Estadual do Maranhão. Foram 30 anos de trocas: eu transmitia experiência e conhecimento e recebia energia, vibração e entusiasmo.

Em tempo: eu não cultivo a prática de exercícios físicos, pois não costumo frequentar academias de saúde, mas isso não significar dizer que abomino as atividades esportivas, tanto é que participo, nos finais de semana, com amigos de geração, de partidas de voleibol em piscina.  

No que se refere à alimentação, confesso que sou bom de garfo e poucas são as comidas que rejeito e ainda me dou ao luxo de ter o colesterol baixo, não ser diabético e nem cardiopata. Com esse quadro, espero viver até o dia que Deus achar que cumpri com o meu dever aqui na terra.

PROMOTORES E PATRONOS

Na solenidade de sexta-feira, em que a Procuradoria Geral da Justiça homenageou a Academia Maranhense de Letras, foram lembrados alguns pontos que ao longo do tempo uniram as duas instituições.

Nada menos que onze promotores públicos são patronos da Casa de Antônio Lobo: Antônio Almeida de Oliveira, Augusto Olímpio Gomes de Castro, Cândido Mendes de Almeida, Felipe Franco de Sá, Francisco Dias Carneiro, Frederico José Correa, Gentil Homem de Almeida Braga, Trajano Galvão, Celso da Cunha Magalhães, João Dunshee de Abranches Moura e José Pereira da Graça Aranha.

PREFEITO DE ALCÂNTARA

Manoel Ribeiro não foi bem sucedido nas duas últimas eleições, quando se candidatou à Assembleia Legislativa.

Se alguém pensa que por causa dessas derrotas, ele pendurou a chuteira política, equivocou-se redondamente.

Para mostrar que está no ponto de bala, deve concorrer à prefeitura de Alcântara, nas eleições de 2020.

CULTURA EM BOAS MÃOS

O governador Flávio Dino acertou em cheio ao nomear o jovem Anderson Lindoso para o cargo de secretário da Cultura.

Advogado de profissão, mesmo não sendo ligado aos meios culturais, vem se conduzindo muito bem à frente da SECMA, pela maneira como trata os que o procuram e tenta resolver as questões que lhe são encaminhadas.

REVIRAVOLTA NO TJ

O inesperado gesto do desembargador Marcelo Carvalho, de não se candidatar aos cargos presidente e de vice do Tribunal de Justiça, fez a sucessão do desembargador José Joaquim dos Anjos desemborcar numa disputa.

A disputa se dará no final de novembro entre o desembargador Lourival Serejo e a desembargadora Nelma Sarney.

O eleito só tomará posse em abril do ano vindouro.

TRINTA ANOS DA CONSTITUIÇÃO

Foram solenemente comemorados os trinta anos da promulgação da Constituição do Estado do Maranhão.

Os deputados constituintes realizaram um bom trabalho, mas não devem ser perdoados pelo cometimento de um grave erro: aprovaram o Artigo 48, no Ato das Disposições Transitórias, que autorizava a criação de 83 municípios no Maranhão, a grande maioria destituída das mínimas condições de ter autonomia política e administrativa.             

 Os municípios criados vivem das transferências federais e só serviram para incrementar o clientelismo político e a corrupção.

PREFEITO CRENTE

O prefeito do município de São Pedro dos Crentes, Lahésio Rodrigues, foi recebido no Palácio do Planalto, pelo Presidente Jair Bolsonaro.

Lahésio, que administra o menor município do Maranhão, em área e população, deve ser reeleito em 2020 e após cumprir os dois mandatos, quer ser candidato a governador do Maranhão, em 2022.

Como dizia o ex-senador Vitorino Freire: – Aguenta Maranhão.

CONSELHO OPORTUNO

De Brasília, veio a notícia do encontro do deputado Josemar do Maranhãozinho com deputado Rodrigo Maia, ocasião em que o parlamentar pede a opinião do Presidente da Câmara Federal da sua pretensão de ser candidato ao Governo do Maranhão em 2022.

Resposta do deputado Ricardo Maia: – Para ser governador, antes de mais nada, procure estudar.

 FESTA DA JUÇARA

Quando chega o mês de outubro, logo se pensa na Festa da Juçara e a gente imediatamente se lembra da professora Rosa Mochel.

Ela, como secretária de Educação e Cultura de São Luís, na administração do prefeito Haroldo Tavares, teve a feliz ideia de criar e promover este evento.

Este ano, na Feira do Livro, Rosa Mochel será lembrada e homenageada pelo seu centenário de nascimento.   

CLIMA DE BELEGIRÂNCIA

O Maranhão, no momento, não vive um clima eleitoral, mas parece que os ânimos entre os homens públicos exacerbaram-se a ponto da serenidade ceder lugar à paixão política.

Tudo começou quando o senador Roberto Rocha perdeu as estribeiras e arremessou palavras ofensivas à família do secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo.

Dias depois, uma exaltada discussão no plenário da Assembleia Legislativa, gerou uma pesada troca de insultos entre os deputados César Pires e Yglésio de Sousa, no melhor estilo dos anos 1950, quando vitorinistas e oposicionistas se duelavam por meio de palavrões, que acabava em luta corporal.     

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MARIA DE LOURDES TAJRA

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Os que pertencem a minha geração, devem lembrar de Maria de Lourdes Tajra, de família importante de São Luís. Pela projeção política e econômica de seus pais na sociedade maranhense, no século passado, Lourdinha teve educação refinada, que fez dela uma mulher culta, poliglota, viajada e atualizada com o que acontecia no mundo, mas sem esquecer a província onde nasceu e foi criada.

A mãe, Carmelita Bello, era de tradicional família maranhense, o pai, Moisés Tajra, descendente de libaneses e empresário e proprietário dos cinemas Éden, Roxy, Rialto, Rival, Ritz e Rivoli.

Conheci Lourdinha nos idos de 1960, quando escrevia no Jornal do Dia a coluna social Passarela, junto com Gerd Phuegler, com quem casou, numa cerimônia que movimentou a cidade, lotando a igreja da Sé, numa manhã de verão, com as mulheres de chapéus e os homens em trajes alinhados.

Ao lado de Gerd, uma figura humana, também, versátil e criativa, Lourdinha formou um casal que durante bom tempo dominou a sociedade maranhense, promovendo festas com a presença de renomados atores do cinema e do teatro e shows com consagrados cantores, que faziam sucesso nas emissoras de rádios do Rio de Janeiro, eventos ainda hoje lembrados pelos que tiveram o privilégio de assisti-los ou de participar.

Depois de um período de inesquecível presença na cena social de São Luís, Gerd e Lourdinha mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde tinham apartamento em Copacabana e montaram uma agência de viagens, que a princípio deu bons frutos financeiros, pelas promoções voltadas para o turismo internacional, mas não resistiu à concorrência com as agências de viagens instaladas em São Luís, cuja clientela era a classe média alta maranhense.

Com o fracasso da empresa de turismo, no Rio de Janeiro, e o desaparecimento do pai e do irmão, que dirigiam os cinemas, que fecharam com a chegada da televisão, Gerd e Lourdinha retornaram a São Luís, onde fixaram residência e tentaram reviver os tempos de uma época em que pontificaram como figuras fulgurantes da sociedade maranhense, mas esqueceram de que essa sociedade não era mais aquela em que reinaram como colunistas sociais, pois os valores, os ritos, os costumes e os padrões da vida mundana mudaram e tinham novos ícones e condutores.

Sem emprego e sem influência no mundo privado e público, o festejado casal, em idade avançada, passou a sofrer dificuldades financeiras, agravadas com o morte de Gerd.    

Lourdinha, longeva e atacada por doença degenerativa, ficou só no mundo, mas teve a sorte de encontrar uma alma amiga e caridosa, que a colocou sob o abrigo do Asilo de Mendicidade, onde vive bem assistida, mas completamente alienada e sem saber que os dias que lhe restam são penosos, solitários e melancólicos.

Eu, já a visitei três vezes e em cada oportunidade que a vejo o meu pensamento não consegue deletar os tempos passados, nos quais ela não teve problemas existenciais, mas hoje, ao final da vida, padece de um sofrimento que não merecia, vivendo os dias que lhes restam num asilo de forma inconsciente, esquálida e à espera de um triste fim.

HÉLCIO BRENHA

No final dos anos 1950, o Maranhão deu de presente ao Rio de Janeiro, um músico de excepcional qualidade: Hélcio Brenha, nascido em São Bento.

Em São Luís, estudou no Liceu e tornou-se um talentoso músico. Mudou-se para o Rio de Janeiro, sendo disputado, como saxofonista, por orquestras famosas e cantores que brilhavam na radiofonia brasileira.

Eu, como amigo e contemporâneo de Hélcio Brenha, lamento o seu falecimento no Rio de Janeiro.

AVISO AOS MARANHENSES

Os incautos e desavisados maranhenses que pensam em trocar o Brasil por Portugal, que desistam desse projeto. 

A revista Veja, desta semana, traz uma reportagem sobre brasileiros que partiram para Portugal, nos últimos anos, que relatam suas desilusões, dificuldades e dramas, na busca frustrada por uma vida melhor.

DIRETORIA DA AML

Na segunda quinzena de novembro, na Academia Maranhense de Letras, se realizarão as eleições para a nova diretoria.

Os acadêmicos Carlos Gaspar e Lourival Serejo vão encabeçar a chapa, como candidatos a presidente e vice, para o biênio 2020 a 2022.

OUTUBRO CULTURAL

No curso do mês de outubro, o Maranhão vai respirar cultura em diversos municípios.

Em Imperatriz, o SALIMP- Salão do Livro, com a presença de escritores da região sertaneja. No período de 11 a 20, a XIII Feira do Livro de São Luís, que este ano promete dar a volta por cima. Em São José de Ribamar, o Festival Literário, promovido pela Prefeitura em parceria com a Academia Maranhense de Letras, de 17 a 18 de outubro. Na cidade de Itapecuru Mirim, a AICLA- Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, realiza a II FLIM – Feira Literária, de 24 a 26.

ADOTE UM CASARÃO

Merece nota dez o Governo Flávio Dino pela iniciativa de criar o projeto “Adote um casarão”.

De acordo com o projeto, onze imóveis do patrimônio do Estado foram disponibilizados a pessoas físicas ou jurídicas, com ou sem fins lucrativos, interessadas em recuperar e utilizar gratuitamente esses casarões, a fim de instalar atividades, que possam gerar empregos, naquela área.   

Com essa iniciativa, o Centro Histórico terá condições de se revitalizar.

CASAS DE BOLOS

Se já era expressiva a quantidade de casas de bolos em São Luís, mais vulto ganhou com a novela da TV Globo, “A dona do pedaço”.

Raro é o bairro que não há uma casa de bolo, oferecendo ao consumidor um produto apetitoso e de variados sabores, mas sem os de tapioca, que quando bem preparados, são inigualáveis.

No Calhau, por exemplo, existem casas de bolos em quase todas as ruas.  

A LUTA PELA REITORIA

Até pouco tempo, o professor Natalino Salgado era o pole position na corrida à sucessão de reitor da Universidade Federal do Maranhão.

De uns tempos para cá, a situação modificou-se e propiciou uma encarniçada luta política entre o senador Roberto Rocha e o deputado federal Hildo Rocha.

Enquanto o primeiro, batalha pela nomeação de Salgado, o segundo esgrima-se para nomear o professor João de Deus.

UDI E REDE D’OR

A internação recente de um ente familiar no Hospital UDI, ofereceu-me condições para uma avaliação crítica de seu funcionamento sob o domínio da Rede D’Or.

Pelo que vi, melhoraram as instalações físicas e o atendimento na Emergência, mas, no tocante ao atendimento hospitalar, prestação dos serviços médicos, enfermaria e outros itens, deixam a desejar e precisam melhorar sensivelmente, registros que fiz questão de entregar à ouvidoria do hospital.  

MINISTÉRIO PÚBLICO E ACADEMIA

Na manhã desta sexta-feira, 11 de outubro, o Ministério Público se reúne para homenagear a Academia Maranhense de Letras.

A solenidade será no Centro Cultural do MPMA e comandada pelo Procurador-Geral da Justiça, Luiz Gonzaga Martins.                 

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