O SUICÍDIO DE GETÚLIO E A RENÚNCIA DE JÂNIO

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Agosto, do ponto de vista político, é considerado, no Brasil, um mês fatídico.

Este ano, a não ser as insensatas manifestações orais do Presidente da República, Jair Bolsonário, o mês de agosto encerra-se sem o registro de nenhuma efeméride trágica, que mexesse com os nervos ou abalasse emocionalmente o povo brasileiro.

Essa aura conquistada por agosto, de mês carregado de maus presságios políticos, teve como ponto de partida dois eventos, que, em passado não tão remoto, produziram consequências dramáticas na vida brasileira.

O primeiro foi o suicídio do Presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954; o segundo, a renúncia do Presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, que resultaram em terríveis crises políticas, que se não conduziram o Brasil ao desvio de sua rota democrática, o levaram a sofrer traumas na sua vida institucional.  

Quando Getúlio Vargas praticou o ato extremo contra a própria vida, eu era um garoto de 16 anos, estudante do Liceu Maranhense, mas acompanhava, ainda que timidamente, o que ocorria na cena política brasileira, invariavelmente lavrada no Rio de Janeiro, então capital da República, mas levadas ao conhecimento da população pelas emissoras de rádio e jornais.

Não posso esquecer daquela triste manhã, em que a notícia do suicídio de Vargas invadiu a capital maranhense e fez parar todas as suas atividades públicas e privadas.

Com o encerramento das aulas do Liceu, grande parte dos alunos rumou para a Praça João Lisboa, que se encontrava lotada, com gente em busca de informações a respeito de tão brusca tragédia.

No tocante à renúncia de Jânio Quadros, sete anos depois da morte de Getúlio Vargas, ato que acompanhei com inusitado interesse, pois estava com 23 anos de idade e estudava no Rio de Janeiro, que, a despeito de não ser mais a capital do país, polarizava os protagonismos políticos praticados em Brasília.

 O ato perpetrado por Jânio, em 21 de agosto de 1961, que, inesperadamente, renuncia ao cargo de Presidente da República do Brasil, não comove a opinião pública, como o suicídio de Vargas, mas deixa o país em estado de alerta e gerada por um homem inteligente e sagaz, mas dotado de temperamento imprevisível e emocionalmente descontrolado, cujo desejo era produzir uma agitação social, com o fito de ser reconduzido ao poder, mas investido de prerrogativas excepcionais.

Entre os dois episódios, há um fio condutor a uni-los. Trata-se de Carlos Lacerda, figura humana e política, que pela audácia e coragem como defendia os seus pontos de vista, nem sempre democráticos, pregava a adoção no país de um governo autoritário.

 Se no suicídio de Vargas, Lacerda aproveitou-se do mar de lama que dominava o governo, para tentar golpear as instituições democráticas, na renúncia de Jânio, à guisa de combater a política externa independente, ele, pregava abertamente a introdução de um regime de exceção, que não vingou, mas gerou aguda crise institucional, com o presidencialismo substituído pelo parlamentarismo.

NOVENTA ANOS DE CABRAL

Setembro chega com a alvissareira notícia da mudança de idade do professor e ex-reitor, José Maria Cabral Marques.

No dia 17 vindouro, ele completa noventa anos, cercado do carinho dos familiares e da admiração dos amigos.

Pelo que fez e construiu ao longo da vida, Cabral, além dos cumprimentos, merece muitas homenagens.

BRIGA FAMILIAR

Desde o dia 23 de julho, o prefeito de Paço Lumiar, Domingos Dutra, encontra-se internado no Hospital São Domingos.

Enquanto ele sofre por causa de um AVC, que os médicos lutam para salvá-lo, os familiares tornaram pública uma desenfreada briga pelo direito de acompanhá-lo.

É triste e lamentável ver a Justiça assegurando aos filhos de Dutra o direito de ver o pai sofrendo num leito hospitalar.

LAUTO BANQUETE

Uma vez por mês, em Brasília, o senador Weverton Rocha, reúne a bancada maranhense no Congresso Nacional, para um almoço de confraternização.

O lauto banquete faz parte de uma estratégia política do senador do PDT, na sua miragem de ser candidato à sucessão do governador Flávio Dino.

Em tempo: faz parte dos planos de Weverton Rocha, de ser o próximo governador do Maranhão, a eleição do vereador Osmar Filho a prefeito de São Luís, em 2020.

NOMEAÇÃO DE NATALINO

A qualquer momento pode ser anunciada a nomeação do professor Natalino Salgado, a reitor da Universidade Federal do Maranhão.

O ato já se encontra no Palácio do Planalto e no ponto de ser assinado pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro.

No Ministério da Educação, a vida de Natalino Salgado foi virada do avesso e nada foi encontrado para impedi-lo de retornar ao cargo de reitor da UFMA.

SIMÃO ESTÁCIO E CARLOS GASPAR

Simão Estácio da Silveira escreveu a obra Relação Sumária das Coisas do Maranhão, em 1619, com o propósito de atrair portugueses para a nossa região.

É de sua autoria essa antológica frase: – Das terras que Portugal conquistou o Brasil é o melhor e o Maranhão é o melhor do Brasil.

O empresário Carlos Gaspar diz que se o colonizador português chegasse agora ao Brasil, a sua frase seria: – Das terras que Portugal conquistou o Brasil é o melhor e o Maranhão é o pior do Brasil.

JOSIMAR E ALOÍSIO

Não devem ser convidados para ficar juntos os deputados Josimar de Maranhãozinho e Aloísio Mendes.

Motivo: em Brasília corre a notícia de Aloísio

Mendes entregou ao Presidente Jair Bolsonaro um dossiê completo sobre a vida pregressa de Mauro da Hidrele, indicado por Josimar para a superintendência do Incra no Maranhão, mas demitido por incompatibilidade moral com o cargo.

FLÁVIO NÃO SE INTIMIDOU

Caiu do cavalo quem imaginou o governador Flávio Dino ficar calado e quieto na recente reunião realizada em Brasília, do Presidente da República com os governadores da Amazônia.              

O governador maranhense quando abriu a boca, criticou diplomaticamente Jair Bolsonaro, por estigmatizar a presença das ONGS na Amazônia.

A crítica foi tão suave, que o Presidente da República não o olhou com raiva e nem desdém.

CRISE LIBIDINOSA

A cidade de São Luís, afora as crises que vivem a atormentar a sua população, passou a ser atacada por um mal inesperado.

Trata-se da crise da libido, que pode ser detectada pelo fechamento de inúmeros motéis que infestavam a cidade.

HINO NA MISSA

O escritor Bernardo Almeida, quando não tomava alguma birita, era um homem sóbrio e educado.

Mas quando bebia, era capaz de praticar atos incríveis.

Na conquista da primeira Copa do Mundo pelo time do Brasil, Bernardo, que havia assistido ao jogo pela televisão e ingerido algumas doses de uísque, foi participar de uma missa na igreja dos Remédios e na hora da Elevação, inesperadamente soltou a voz e cantou: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas”.  

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A ESTÁTUA DE GONÇALVES DIAS

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Como acontece anualmente, a Academia Maranhense de Letras, promove um evento a 10 de agosto, dia do nascimento do poeta Gonçalves Dias, patrono da AML, cuja fundação ocorre nessa data.

A dupla efeméride, sempre comemorada na praça onde edificou-se a estátua em homenagem ao maior poeta brasileiro, é abrilhantada com a presença dos membros das Academias de Letras, de intelectuais, professores e alunos da rede pública de São Luís.

No recente evento, em homenagem a Gonçalves Dias, eu tomei a iniciativa de ler um texto da autoria do saudoso escritor Josué Montello, publicado no livro “Janela de Mirante”, intitulado “As vicissitudes da estátua”, que conta a história relativa à construção do monumento à glorificação do poeta.

Para minha surpresa, o assunto focado por Josué Montello, era desconhecido por boa parte dos presentes ao evento, razão pela qual resolvi publicá-lo nesta coluna, para o conhecimento dos meus leitores.

Ei-lo: “Ao Dr. Antônio Henriques Leal deve o Maranhão dois monumentos à memória de Gonçalves Dias: a grande biografia do poeta, publicada em 1874, em Lisboa, e a estátua do Cantor dos Timbiras, erguida entre as palmeiras, no Largo dos Remédios”.

“Foram tais os óbices levantados no seu caminho, no correr de quase dez anos de obstinada luta, que outro qualquer, sem a sua teimosia irredutível, teria mudado de ideia, deixando que outra geração se desincumbisse da homenagem ao mestre da Canção do Exílio”.

“Assim que teve notícia do naufrágio do Ville de Boulogne, em cujo bordo viajava Gonçalves Dias, Henriques Leal fez o que pôde para encontrar o corpo do poeta. Nada conseguindo, reuniu na sua casa um grupo de amigos, aos quais comunicou o seu propósito de erguer uma estátua ao grande poeta, que, pela sua significação na cultura brasileira, não deveria ficar restrita à contribuição dos maranhenses, daí a ideia de uma subscrição nacional, que Sotero dos Reis, velho mestre do Liceu Maranhense, ficou encarregado de redigir o apelo aos brasileiros”.

“Por intermédio de um outro amigo, Joaquim Serra, apelou o Dr. Leal para a Assembleia Provincial do Maranhão, solicitando-lhe uma ajuda de 10 contos de reis, mas só conseguiu dois, e a duras penas. Nisto, adoece gravemente, e tem de ir para Lisboa, onde permanece durante quatro anos, mas de lá escreve para o amigo Luís Antônio Vieira da Silva, pedindo-lhe que obtenha da Assembleia Geral Legislativa a autorização de duas loterias, pelo plano da Santa Casa de Misericórdia da Corte, ambas em favor da estátua de Gonçalves Dias e ambas malogradas, mas que não o fizeram desistir na sua infatigável coleta, ora pedindo um donativo a este, ora àquele, como se os insucessos só tivessem mesmo o dom de acirrar-lhe a vontade inquebrantável”.

“A despeito de não ter ainda o dinheiro para a estátua, o obstinado sonhador dirigiu-se a dois estuários europeus: um, em Roma, outro em Paris, para saber quanto sairia a obra. Levou um susto, pois o que tinha no banco estava muito longe do que teria de pagar. Como não desistiu do projeto, em Lisboa, encontrou quem lhe fizesse o monumento por um preço mais em conta: o Sr. Germano José de Sales, mas antes de autorizar a execução dos trabalhos, achou de bom conselho ouvir a opinião de Manuel Araújo Porto Alegre, poeta e amigo de Gonçalves Dias, sobre o desenho que idealizara, com a estátua do conterrâneo sobre uma coluna coríntia, que Porto Alegre sugeriu trocar por um estipe mais adequado, com a colocação nas quatro faces do plinto, dos medalhões de Gomes de Sousa, João Francisco Lisboa, Sotero dos Reis e Odorico Mendes”.

“Foi quanto bastou para que os maranhenses o fustigassem pela imprensa. Como era isso? O poeta ficaria lá em cima e os quatro cá em baixo? Henriques Leal teve de vir a público para defender-se. Encomendada a estátua, tratou de obter-lhe o logradouro público adequado e fixou-se no Largo dos Remédios, de cuja rampa se descortina a baía de São Marcos. A 10 de agosto de 1872, data do aniversário de nascimento do poeta, conseguiu afinal assentar a primeira pedra do monumento, numa solenidade assistida pelo Presidente da Província e na qual tomou parte, recitando versos, o jovem Artur Azevedo”, o qual, por meio de seu jornal O Domingo, entrou na polêmica, reinante em São Luís, se a estátua deveria ficar voltada para a terra ou para o mar, dúvida que acaba com este parecer do poeta Araújo Porto Alegre: “ A estátua do nosso querido Gonçalves Dias deve olhar para o mar”.

VOZ DE TABOCA

Com aquela voz de taboca, que Deus lhe deu, no dia em que o deputado Josimar de Maranhãozinho usar a tribuna da Câmara Federal para fazer alguma comunicação, não vai ficar ninguém no plenário.

CONSELHO FECAL

O Presidente da República, Jair Bolsonaro está aconselhando os brasileiros a fazerem cocô um dia sim, outro não, para salvar o meio ambiente do País.

Se depender de mim, como não posso contrariar o meu sistema fisiológico, o meio ambiente brasileiro não terá salvação.

IMPOSTOS EXTRAS 

O povo brasileiro é mundialmente conhecido como um dos mais sacrificados em matéria de tributos, pois são numerosos, escorchantes e injustos.

Se não bastassem os que depositamos nos cofres municipais, estaduais e federais, via de regra desviados para finalidades espúrias, ainda somos compelidos ao longo do dia a remunerar flanelinhas, vigias de carros, artistas circenses e estudantes aprovados em vestibulares, sem esquecer os desaforos e as ameaças a que somos obrigados a ouvir quando não os atendemos.

PREFEITO DE ARAME

Quem apostou no fim da carreira política do engenheiro Pedro Fernandes, que não disputou a eleição de deputado federal, para dar vez ao filho Pedro Lucas, caiu do cavalo.

Pedro está se preparando para concorrer às eleições de 2020 à prefeitura de Arame, que se o povo do município tiver juízo, não pode perder essa oportunidade de ouro de ter no comando da prefeitura um cara de boa índole e de virtudes técnicas excepcionais.    

Em tempo: Pedro Lucas, como o pai, tem sido um bom representante do povo maranhense no Congresso Nacional.       

 NOVENTA ANOS DE SARNEY

Amigos de José Sarney se mobilizam com vistas aos eventos que deverão se realizar em abril do ano vindouro, quando completa noventa anos.

Fernando Sarney, José Jorge, Joaquim Haickel, Benedito Buzar e Felix Alberto se juntaram para organizar uma programação marcante, com o propósito de mostrar objetivamente a trajetória de vida do aniversariante, como ser humano, amigo, pai de família, político e intelectual.        

CASAS DO BOLO

Em qualquer cidade brasileira, seja pequena, mediana ou grande, o que não falta são casas de bolo.

Em São Luís, em locais urbanos ou periféricos, são visíveis os estabelecimentos comerciais que vendem bolos de boa qualidade e de variados sabores.

Se as casas de bolo já dominavam as cidades, imagine-se agora com a veiculação da novela “A dona do pedaço”, cuja proprietária ficou rica às custas de um produto caseiro, atualmente fabricado em escala industrial.

DE NADA PARA TUDO

O saudoso jornalista Stanislau Ponte Preta dizia que vice é aquele que acorda mais cedo, para ficar mais tempo sem fazer nada.

Nos tempos de hoje, no Maranhão, o vice-governador deixou de se enquadrar na definição do Stanislau, principalmente depois que o Presidente Jair Bolsonaro deu um grande empurrão na candidatura de Flávio Dino ao Palácio do Planalto.

Como o nosso governador encontra-se em campanha eleitoral, o vice, Carlos Brandão, deixou de fazer nada e passou a fazer tudo. 

EVENTOS CULTURAIS

Na semana entrante, três importantes eventos culturais se realizarão em São Luís.

Quarta-feira, dia 21, às 18 horas, na Academia Maranhense de Letras, os escritores Lourival Serejo, José Neres e Yuri Costa vão discutir sobre o papel de Celso Magalhães na literatura maranhense.

Quinta-feira, dia 22, às 11 horas, a escritora Luiza Lobo, do quadro de membros correspondentes da Academia Maranhense de Letras, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e estudiosa da vida e da obra de Sousândrade, receberá o título de cidadã maranhense, na Assembleia Legislativa do Estado.

No mesmo dia, às 18 horas, na Academia Maranhense de Letras, o escritor Ronaldo Costa Fernandes, conterrâneo e residente em Brasília, lançará o seu mais recente romance: Vieira na ilha do Maranhão.

 SUGESTÃO AO GOVERNADOR

Que seja dado a duas obras, construídas pela sua administração em São Luís, os nomes de dois ludovicenses ilustres e honrados, José Mário Santos e Ricardo Bogéa, falecidos prematuramente, ambos pertencentes à geração de seu genitor e de seu padrinho.      

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NEM PIOR E NEM MELHOR

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No dia 19 de julho passado, o presidente da República, Jair Bolsonaro, como vem acontecendo desde que assumiu o cargo mais importante do País, produziu mais uma de suas descontroladas e estapafúrdias opiniões sobre atos e fatos da vida pública, mostrando o seu desconhecimento da realidade brasileira e o despreparo para governar uma nação cuja população dele esperava mais sensibilidade para enfrentar os   problemas do País com seriedade, compostura e vontade pessoal e política.

Naquela oportunidade, no Palácio do Planalto, num café da manhã, com jornalistas, Bolsonaro foi flagrado pelas televisões, dizendo levianamente ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que “daqueles governadores de paraíba, o pior é o do Maranhão”, por isso “não tem que ter nada pra esse cara”.

O inconveniente desabafo do chefe da Nação, extravasado num momento inadequado e fora da agenda, foi literalmente interpretado como um recado de cunho discriminatório, endereçado ao governador Flávio Dino de que, neste mandato presidencial, não terá vez e voz e será tratado à base de pão e água.

Pela maneira nada condizente com os ditames republicanos e verbalizadas por quem deveria ser o primeiro a dar exemplos edificantes ao País, aquele desastrado episódio, continua na ordem do dia, sendo discutido, suscitando polêmica e dividindo a opinião pública, na medida em que foi visto e entendido como um ato grosseiro e comprometedor à liturgia do cargo.    

Com respeito ao agressivo e indelicado gesto do Presidente da República, que atingiu a figura pessoal e política do governador Flávio Dino, nem o povo maranhense e muito menos o povo brasileiro, na sua esmagadora maioria, o aplaudiram ou concordaram até porque bateu de frente com o Art. 78 da Constituição, que manda a quem se encontra investido no cargo de chefe da Nação cumprir as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a União, a integridade e a independência do Brasil.

De minha parte, quero dizer que, com relação à conduta de Flávio Dino à frente do Governo do Estado do Maranhão, não o considera o pior do Brasil, pois é do consenso geral que existem outros governadores, inclusive de estados mais destacados que o Maranhão, que realizam administrações nada convincentes e mais decepcionantes.

Na realidade, o atual chefe do Executivo maranhense poderia apresentar um melhor desempenho na sua gestão se tivesse, salvo melhor juízo, a seu lado uma equipe de auxiliares de melhor nível técnico, mais preparada e com capacidade para tocar a máquina administrativa com mais eficiência e determinação.

Se por um lado, afirmo que Flávio Dino não é o pior do Brasil, de outro lado, asseguro que ele, como todos os governadores do Nordeste, estão todos numa mesma situação, enfrentando dificuldades estruturais e conjunturais, que os nivelam por baixo, quanto à situação econômica e social.  

Nesse particular, o governador Flávio Dino, por ser um homem de esquerda e de fazer parte de um partido como o PC do B, cuja filosofia política estriba-se na luta pela mudança dos desníveis de vida e na melhor distribuição e renda, no Maranhão, contudo, esses quesitos ainda não foram modificados ou melhorados, ao contrário, continuam como dantes no quartel de Abrantes, ou seja, do mesmo jeito quando assumiu o governo do Estado e prometeu no seu discurso de posse dar a volta por cima, ou seja, apresentando baixos índices de desigualdade social e de acentuado atraso econômico.

As obras pontuais e os programas sociais que ora se realizam no Maranhão, inobstante ao esforço do governador, praticamente não conseguiram mudar a fisionomia da sociedade, até porque, na sua grande maioria, derivam de recursos federais, que se já eram minguados, ficaram mais complicados quanto à liberação dos mesmos, pois dependem exclusivamente da vontade do Presidente Bolsonaro, este, sim, o pior que o Brasil já teve ao longo de sua história, que, se já não via Flávio Dino com bons olhos, agora, não quer vê-lo nem pintado de amigo do presidente dos Estados Unidos. 

 Semanas atrás, na Folha de São Paulo, um artigo do jornalista Hélio Schwartsman, intitulado “O antiestadista”, dizia os motivos pelos quais Jair Bolsonaro faz jus a esse título: “Ele não tem noção da estatura do cargo que ocupa, dedicando-se a questiúnculas que não deveriam chegar nem perto do gabinete presidencial, como o conteúdo de filmes que contam com financiamento público ou o número de pontos necessários para cassar a habilitação de motoristas”.

“Pior, buscar interferir em assuntos de forma personalista, com desprezo pelas instituições e contra consensos técnicos e não desperdiça oportunidades de aprofundar as divisões políticas que tanto mal tem causado ao País”.

 “Ele abusa de pautas que não passam de nitroglicerina ideológica, investe contra governadores nordestinos e ataca de forma pusilânime, desafetos e até profissionais que não corroboram suas singulares visões de mundo”.

“Não dá nem para afirmar que o presidente é sincero em suas convicções. Pois quando julga que há uma oportunidade para faturar, não hesita em renegar o discurso da véspera”.        

Quem tem, portanto, todos esses defeitos, seja na biografia, seja no desempenho do mandato, não pode apontar o dedo para ninguém e tentar execrá-lo perante à opinião pública.

ALMOÇO COM SARNEY

Todas as vezes que o ex-presidente José Sarney vem a São Luís, faz parte de sua agenda um almoço com um grupo de amigos.

Na segunda-feira passada, no restaurante Ferreiro Gril, uma mesa especial chamava as atenções da clientela pela presença de Sarney, que na companhia de Benedito Buzar, Aparício Bandeira, Joaquim Haickel, José Jorge Soares, Remy Ribeiro, Fabiano Vieira da Silva, Jura Filho, Francisco Leda, Eliézer Moreira, Nam Sousa e o coronel Vieira, passavam em revista os acontecimentos políticos de ontem e de hoje ao sabor dos deliciosos pratos da culinária maranhense.

SARNEY NA CASA DA CULTURA

Na tarde daquele dia e após o almoço, Sarney e este jornalista se dirigiram para a Casa da Cultura Josué Montello, onde a diretora da Instituição, Joseane Sousa, mostrou o farto e primoroso material biográfico e literário do patrono da Instituição, guardado e conservado com o maior cuidado e desvelo.

Sarney que não conhecia a Casa da Cultura Josué Montello, saiu dali empolgado com o que viu.

SARNEY NA AMEI

Para completar o périplo cultural, restava visitar a Livraria AMEI, no Shopping São Luís, onde Sarney queria ver e adquirir os recentes lançamentos editoriais e produzidos pelas novas gerações maranhenses.

Ficou tão impressionado com a quantidade e a qualidade da produção livresca ali exposta, que de lá saiu carregando um volumoso pacote de obras, que levará para Brasília para consumi-los e mostrar aos brasilienses o tipo de livro que se edita em São Luís.   

PALMAS PARA JOAQUIM HAICKEL

O Maranhão cultural precisa saber e aplaudir, o incansável trabalho de Joaquim Haickell na área da arte cinematográfica, graças ao seu esforço pessoal e intelectual.

Na semana passada, a MAVAM, empresa criada por Joaquim e que faz parte da Fundação Nagib Haickel, produziu e apresentou para um público selecionado duas obras cinematográficas da maior importância artística e jornalística.

A primeira, um longa sobre a vida e a obra de um dos mais expressivos pintores e escultores do Maranhão, Celso Antônio; a segunda, um documentário com base no trabalho jornalístico, dos anos sessenta e setenta, em São Luís, do profissional Lidenberg Leite, que retrata atos e fatos da vida pública e privada maranhense.

CAMELÔS NA RUA GRANDE.

Para facilitar as obras de requalificação na Rua Oswaldo Cruz, a construtora responsável pela execução dos serviços de engenharia, permitiu e facilitou o deslocamento dos camelôs que trabalhavam nas ruas transversais e adjacentes.

Com a finalização dos trabalhos do IPHAN e a proximidade da data de inauguração da nova Rua Grande, nada mais problemático e complicado do que o retorno dos camelôs aos lugares de origem.

Eles, que já haviam se habituado a trabalhar nas ruas transversais e adjacentes, provavelmente vão exigir um preço alto para voltar aos postos antigos.

 ASSALTANTES NO INTERIOR

Os assaltantes que atuavam nas principais cidades brasileiras, descobriram algo espetacular para sobreviverem com mais tranquilidade e menos risco: a mudança para o Nordeste do Brasil.

Ao contrário do que acontece nas urbes mais adiantadas do país, onde os bandidos enfrentam uma polícia mais organizada e melhor treinada, em nossa região, sobretudo no interior, os assaltantes podem atuar com mais desenvoltura e facilidade, porque as forças policiais são em menor escala e atuam com menos armamentos.  

Não é à toa que, de uns tempos para cá, o interior do Maranhão está infestado de bandidos e de profissionais na arte de assaltar e implodir estabelecimentos bancários, estes, desprovidos de esquemas de segurança à altura de enfrentá-los.

CELSO VERAS

Mais um amigo que parte, mais uma inteligência e exemplo de honradez que o Maranhão perde: Celso Veras, um cara de personalidade forte, mas dotado de uma fragilidade física bem acentuada. Dele guardarei sempre boas lembranças, como figura humana e pela conduta moral e digna na vida privada e pública.

Uma passagem marcante em sua atividade pública, ocorreu no governo Epitácio Cafeteira, em 1987, quando dirigiu o Projeto Nordeste, mantido com recursos de organismos nacionais e internacionais e voltado para o fomento e desenvolvimento de projetos comunitários.

Por não se submeter aos caprichos políticos do governador Cafeteira, na sua ânsia de aplicar os recursos em atividades avessas ao projeto, Celso se rebelou contra a intromissão do governador, gerando crise no governo e sua exoneração do cargo.

TUDÓLOGOS EM PROFUSÃO

Tudólogo é um neologismo que diz respeito a pessoa que opina sobre qualquer assunto, assenhorando-se sempre como pretenso especialista em qualquer matéria ou assunto.

Pois é essa categoria de gente que passou a ser encontrada em São Luís em larga escala e fácil de ser identificada pela berrante chatice.

Por se acharem entendidos em qualquer assunto (política, economia, literatura, religião, futebol) acham-se no direito de participar ou de se intrometer em conversas para as quais não foram convidados ou chamados a opinar.

VIVA CAXIAS

Que belo exemplo de civismo deu o prefeito de Caxias, Fábio Gentil, de comemorar com toda a pompa os 196 anos de Adesão de Caxias à Independência do Brasil.    

São Luís e Itapecuru-Mirim, onde foram travadas lutas intensas contra os portugueses, que nos queriam subjugar a Portugal, esqueceram de fazer qualquer comemoração alusiva a tão importante efeméride histórica.

Até o ponto facultativo que antigamente fazia lembrar a Adesão do Maranhão à Independência, sumiu do mapa. 

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AS REFORMAS DO LARGO DO CARMO

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Este mês, após a inauguração das obras de requalificação da Rua Grande, indiscutivelmente, as melhores e mais completas, do ponto de vista urbanístico, realizadas em São Luís pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, serão iniciadas as obras de revitalização de importantes espaços do Centro Histórico, destacando-se a Praça João Lisboa, o Largo do Carmo e o seu entorno.

Pelo que disse a presidente do IPHAN, a competente Kátia Bogéa, na sua palestra na Academia Maranhense de Letras, nas reformas do Centro Histórico, um dos mais importantes exemplares arquitetônicos e históricos do Brasil, há anos abandonado pelas administrações municipais.

Pelo montante dos investimentos, estimados em R$ 11 milhões, advindos da parceria com a Vale, e pela magnitude das obras, inquestionavelmente, as intervenções urbanísticas a serem executadas naqueles espaço serão amplas, abrangentes e tecnicamente adequadas.

Numa vista de olhos no livro do professor Domingos Vieira Filho, recentemente reeditado pela Academia Maranhense de Letras, intitulado “Breve História das Ruas e Praças de São Luís”, o verbete “Praça João Lisboa” é muito claro quanto à importância histórica desse espaço público, que remonta a 1643, quando se torna o palco memorável da batalha em que as tropas   do bravo Antônio Teixeira de Melo derrotaram os holandeses invasores.

Ali, também, existiu um pelourinho de mármore, que servia de instrumento de suplício dos negros escravos, mas destruído em 1888 pelo povo após a abolição da escravatura, bem como, em 1838, no governo de Vicente Tomás Pires de Figueiredo, instalou-se o Liceu Maranhense, no Convento do Carmo, dirigido por Sotero dos Reis.

Quanto à mudança do nome de Largo do Carmo, para Praça João Lisboa, Vieira Filho informa que veio no bojo da Resolução nº 14, de 28 de julho de 1901, em homenagem à memória do nosso maior jornalista, que ali morou durante muitos anos.

No governo de Luís Domingues, por efeito da Lei Estadual 582, de 24 de abril de 1911, foi autorizada a contratação do escultor francês, Jean Magrou, para fazer a estátua de João Lisboa, guardado nos porões do Palácio dos Leões até 1918, de onde saiu por iniciativa do governador Antônio Brício de Araújo, que a inaugurou solenemente.

Sabe-se, também, que o pedestal primitivo, desenhando pelo engenheiro Haroldo Figueiredo, foi mudado por outro no governo Magalhães de Almeida, mas, na administração do interventor Paulo Ramos, sofre nova modificação, com o deslocamento do pedestal da estátua para “a primeira seção da praça, voltada para a Rua Nina Rodrigues”.

Naquela época, a execução de obras públicas, em São Luís, não era tarefa fácil por dois motivos: 1) divergências políticas entre os governantes em torno dos problemas da cidade; 2) carência ou dificuldade na aquisição de material de construção.  

Quem atesta esses problemas são os interventores Antônio Martins de Almeida (1933 a 1935), que nomeou prefeito de São Luís, o engenheiro Antônio Alexandre Bayma, e Paulo Ramos (1936 a 1945), que fez do médico Pedro Neiva o gestor da capital maranhense.

Martins de Almeida, na edição do Diário Oficial, de 1º de março de 1935, abordava a questão urbanística de São Luís de maneira desastrosa: “Queremos fazer um apelo aos capitalistas e proprietários de São Luís, no sentido de que empreguem os seus capitais em edificações ou reconstruções, modificando esse deplorável aspecto de cidade colonial, retardada, retrógrada, com que tanta gente apoda a nossa bela capital.”

Em seguida, dizia: “Precisamos varrer do alto dos telhados essa vegetação luxuriante que se ostenta em toda parte, nas ruas mais centrais da urbe. Devemos extinguir esse tipo de casarão secular, biqueiras à frente, sacadas do tempo de Dom João, em que se aprazem de habitar entre ratos, morcegos e baratas, muitas das nossas famílias abastadas.”

Não por acaso, o prefeito Antônio Bayma, nomeado por Martins de Almeida, que no estilo bolsonariano, sob o argumento de facilitar o tráfego, ordenou o corte de algumas árvores da Praça João Lisboa, sob o pretexto de que elas, por serem frondosas, também atentavam contra a segurança do Estado.

Se o mineiro Martins de Almeida, pregava ações radicais no sentido de desfigurar a cidade colonial, para que a administração municipal se visse livre dos problemas urbanísticos, o maranhense Paulo Ramos, governava  em sentido contrário ao que preconizava o seu antecessor, fato comprovado no Diário Oficial, de 19 de agosto de 1938, em que divulgava as dificuldades para execução de obras públicas em São Luís: “A construção é caríssima é quase inexequível, pois em nosso meio mantemos em grau mínimo a indústria de material necessário. O tijolo, a cal, a telha, a areia grossa, etc, atingem preços excepcionais, havendo verdadeiros lances de leilão. A falta de material sacrifica o orçamento de qualquer construção, mesmo o mais bem organizado.”  

Com todas essas dificuldades, o interventor Paulo Ramos não era pessimista e nem se deixava abater pelos problemas que o Maranhão enfrentava na área da construção. Para superá-las, respaldava-se na boa arrecadação da máquina fazendária e no aporte de recursos federais, que drenados para a gestão do prefeito Pedro Neiva de Santana, permitiam a realização de obras para mudar a fisionomia da capital maranhense, sem necessidade, como era desejo de Martins de Almeida, de fazer alterações bruscas na paisagem colonial da urbe ludovicense.

Como prova de que Paulo Ramos e Pedro Neiva estavam perfeitamente sintonizados quanto à maneira de proporcionar a São Luís uma nova roupagem urbanística, basta  lembrar o ano de 1938, quando a população que habitava a capital do Estado, via com bons olhos os melhoramentos nela introduzidos, com destaque para as reformas das praças Antônio Lobo, Gonçalves Dias e João Lisboa, os calçamentos das ruas Dom Francisco, Jansen Muller, Leôncio Rodrigues, Sete de Setembro, Mário Carpenter, Avenida 5 de Julho, a restauração do Palácio dos Leões, do Instituto Oswaldo Cruz, do Hospital Geral, e as construções das Avenidas ligando a Praça João Lisboa ao Mercado Novo e à Avenida 5 de Julho.      

CADÊ O MST?

Eu não votei em Jair Bolsonaro e nem aprecio a sua maneira de governar o Brasil, mas por causa de sua presença no Palácio do Planalto, o nefando MST, que o PT sustentava para invadir propriedades rurais, saiu de cena.

PALMAS PARA ANDERSON

Quem tem competência, se estabelece. Menos de trinta dias à frente da Secretaria da Cultura, o novo titular, Anderson Lindoso, resolve o problema da Casa da Cultura de Itapecuru, que o antecessor Diego Galdino nada fez para solucionar.

Na semana passada, para minha satisfação, estive na minha terra e assisti o secretário Anderson Lindoso autorizar a empresa que fez a reforma da Casa da Cultura, a, nesta segunda-feira, a trabalhar e corrigir a construção que o inverno levou de roldão. 

FLÁVIO E BOLSONARO

A animosidade entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador Flávio Dino não é de agora.

Vem dos tempos em que os dois cumpriam o mandato de deputado federal e tiveram um forte desentendimento que, por pouco, não descambava para uma imprevisível luta corporal.

A turma do deixa-disso evitou a briga, mas não impediu os dois de esquecerem o motivo pelo qual a briga se originou.

AMOR E PAZ

Para mostrar a nova fase pessoal e política que ora  vive, o governador Flávio Dino, na semana finda, fez duas declarações públicas, que revelam sua adesão à causa do amor e da paz.

Primeira, poderá procurar José Sarney para nova conversa. Segunda, não se esquivará a receber o presidente Jair Bolsonaro na sua visita ao Maranhão, no final de agosto.

INSPEÇÃO DE OBRAS

Todas as vezes que o governador Flávio Dino ausenta-se do Estado e transfere o cargo para o substituto legal, Carlos Brandão, acontece algo inusitado.

O vice imediatamente anuncia que vai ao interior inspecionar obras.

Trata-se de uma procedimento desnecessário e deselegante para com o titular do cargo.

SOCORRO ARAÚJO

Se há uma mulher que admiro pelo trabalho e criatividade, chama-se Socorro Araújo, secretária de Turismo da Prefeitura de São Luís.

Além de lutar para São Luís ser reconhecidamente um polo turístico nacional, pelo seu patrimônio histórico e artístico, desenvolve a nível local uma programação de valiosa contribuição cultural, para que as novas gerações, nas férias escolares, adquiram conhecimentos dos valores e dos acontecimentos que tiveram o Maranhão por palco.

Pelas iniciativas culturais que Socorro Araújo têm promovido e apresentado nas ruas e praças de nossa cidade, merece ser louvada e aplaudida.  

INFLUÊNCIA DE FILHOS

É inegavelmente verdadeira a influência dos filhos do Presidente da República, Jair Bolsonaro – Eduardo, Flávio e Carlos, nas iniciativas do pai e nas atividades políticas e administrativas do País.

No Maranhão, Renato Archer, Newtinho Bello, Jaime Santana e Edinho Lobão, foram filhos que se notabilizaram e tiveram participação nos governos dos pais, Sebastião Archer da Silva, Newton Bello, Pedro Neiva de Santana e Edison Lobão.

Graças a Deus, não chegaram a ter a força deletéria dos filhos de Bolsonaro.

ANIVERSÁRIO DE G. DIAS

Como tem acontecido nos últimos anos, a Academia Maranhense de Letras prestará homenagem ao seu patrono, Gonçalves Dias, pelo dia de nascimento, a 10 de agosto de 1823.

Pelo fato da efeméride, este ano, cair no sábado, a homenagem ocorrerá na sexta-feira, dia 9 de agosto, às 17 horas, para que os alunos da rede pública e privada possam participar do evento, na praça onde se encontra a estátua do grande poeta, a ser lembrado em verso e prosa pelos maranhenses.

PARTICIPAÇÃO DE SARNEY

Quem imagina que o ex-presidente José Sarney marcou presença na reunião do MDB, para emprestar solidariedade a algum candidato a prefeito de São Luís, equivocou-se totalmente.

Sarney, que da vida política e partidária, só quer ter boas recordações, compareceu ao encontro emedebista para rever os amigos do partido ao qual pertence, destacando-se o ex-senador João Alberto.

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