No último sábado, 20 de julho, cinquenta anos se passaram da chegada à Lua dos astronautas americanos Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, feito memorável transmitido pelas emissoras de rádio e televisão, que mostraram a tripulação do Apolo 11 fincar a bandeira dos Estados Unidos e a ela prestar continência, façanha aplaudida pelo mundo inteiro, mas suscitou polêmica e controvérsia entre otimistas e pessimistas, em torno da veracidade da inédita missão.
Em São Luís, o notável espetáculo astronáutico, visto por um contingente expressivo da população, ganhou auspiciosa repercussão, sobretudo depois que uma figura humana respeitada, da dimensão do professor e membro da Academia Maranhense de Letras, questionou a autenticidade do extraordinário evento americano.
Trata-se de Rubem Almeida, que, do alto de seus conhecimentos científicos, até então desconhecidos da sociedade maranhense, revelou a sua incredulidade quanto ao resultado positivo da arrojada empreitada, segundo ele, uma obra de arte cinematográfica e produzida com requinte tecnológico.
Como um rastilho de pólvora, o comentário do ilustre professor, imediatamente se propagou e virou assunto em todas as rodas sociais, o que me impulsionou a ir ao seu encontro, ele, meu ex-professor de Português, no Liceu Maranhense, a quem dedicava respeito e admiração, por ser um intelectual de relevo no cenário cultural do Maranhão.
À época, eu, escrevia a festejada coluna Roda Viva, publicada diariamente no Jornal do Dia, razão porque precisava urgentemente entrevista-lo, antes que outro jornalista o fizesse, para informar aos meus leitores, que se encontravam ávidos de saber os motivos que o levaram a bater de frente com o mundo científico e a levantar suspeitas quanto ao êxito dos astronautas americanos.
Depois de algumas buscas, finalmente, encontrei o mestre na Praça Benedito Leite, sobraçando livros e jornais, com o qual iniciei um diálogo descontraído e interessante.
Como se tivesse ansioso para tornar público o que carregava consigo, Rubem Almeida não se nega a discorrer sobre um assunto, que parecia dominar com tamanha desenvoltura, tanto que imaginei estar diante não de um professor provinciano, mas de um cientista da NASA.
A entrevista, de apenas uma pergunta e seis respostas, publicada na edição do Jornal do Dia, de 5 de agosto de 1969, começa pela óbvia pergunta: saber se ele acreditava ou não missão do Apolo 11.
Com tranquilidade, Rubem Almeida antes de entrar diretamente no assunto, esclarece: – “Amigo velho, a presença de sangue índio no meu corpo, faz com que eu seja um homem desconfiado, daí porque só acredito nessa missão do Apolo 11 se me derem explicações a respeito das seguintes questões, sem isso, não darei a minha mão à palmatória.”
Ei-las: “1) Dentre dez possibilidades da missão ser bem-sucedida, se nove não seriam de fracasso; 2) As fotografias não mostraram e nem provaram as subidas e descidas dos astronautas. 3) As cenas vistas pela televisão eram como se eles já tivessem na Lua; 4) As fotos apresentadas se comparadas com as do deserto do Arizona são semelhantes; 5) O excesso de detalhes (horas, minutos e segundos) mostra que não houve nenhuma falha na viagem; 6) A superfície irregular da Lua, não permitiria o pouso tranquilo do módulo, em que se encontravam os astronautas.”
Cinquenta anos depois da extraordinária façanha americana, com os avanços cada vez mais audaciosos das viagens interplanetárias, como pensaria hoje o professor Rubem Almeida: continuaria cético ou teria mudado de posição?
Se ele baixar numa sessão espírita, a gente sabe.
BOLSONARO EM SÃO LUÍS
Depois do recente arranca-rabo entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador Flávio Dino, duas perguntas estão na ordem do dia: 1) Bolsonaro virá ou não inaugurar a reforma da Rua Grande, marcada para agosto em São Luís? 2) Se vier, o governador Flávio Dino marcará presença no evento?
GIGI E TAYNARA OG
O que é certo: a vida imita a arte ou o contrário?
Com base nesse questionamento, levando-se em conta o fenômeno da internet, pergunto: é a personagem Vivi, interpretada pela bela atriz Paola Oliveira, na novela “A dona do pedaço”, que imita a maranhense a Taynara OG ou o contrário?
PEDRO LEONEL
Ao longo da vida, o advogado Pedro Leonel sonhou ver o Brasil governado por um político da direita.
O sonho transformou-se em realidade com a eleição do presidente Jair Bolsonaro, que vem praticando ações estribadas no figurino da direita.
ALCIONE E OS FANS
Como cantora, Alcione pela sua bela voz, é uma unanimidade no país.
Agora, como manifestante política, surpreendeu os seus admiradores, que ficaram divididos com relação ao episódio em que o presidente Bolsonaro teria ofendido os nordestinos.
OUTUBRO CULTURAL
No mês de outubro vindouro, o povo maranhense, que gosta de cultura, terá a oportunidade de participar de quatro eventos importantes.
Em São Luís, a Feira do Livro; em São José de Ribamar, o Festival de Literatura, promovido pela prefeitura em parceria com a Academia Maranhense de Letras, em Imperatriz, o SLIMP – Salão de Leitura; em Itapecuru Mirim, o FLIM – Festival de Literatura.
MELHOR E DISPARADO
Gastão Vieira, para tristeza dos amigos, não teve a sorte de ficar entre os eleitos à Câmara de Deputados, no pleito de 2018.
Como suplente, graças a uma operação política do governador Flávio Dino, assumiu o mandato e em pouco tempo de atuação deu mostras de sua competência e de seu produtivo trabalho em favor do Maranhão e do Brasil.
Não por acaso, Gastão foi escolhido como o deputado da bancada maranhense de melhor desempenho no Congresso Nacional.
FALTA NA RUA GRANDE
Eu encontrei um defeito no projeto de reforma que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional executou na Rua Osvaldo Cruz.
A falta de espaços destinados à instalação de restaurantes, barzinhos e lanchonetes, que se previstos, evitariam a proliferação de vendedores de PFs (pratos feitos) e consumidos em plena rua.
PRESIDENTE DO TJ
Depois de vinte e nove anos, repete-se um ato nada comum no processo de sucessão do poder.
O governador Flávio Dino, em 2019, para prestigiar o presidente do Tribunal de Justiça, José Joaquim dos Anjos, usa o mesmo modelo do governador João Alberto. Em 1990, para permitir o presidente do TJ, Emésio Dario de Araújo, a assumir o Governo do Estado, João Alberto ausenta-se do Maranhão, em companhia do presidente da Assembleia, Antônio Carlos Braid.
ADESÃO Á INDEPENDÊNCIA
Acho que sou o único maranhense a lembrar que amanhã, 28 de julho, por ser a Adesão do Maranhão à Independência, comemorava-se o evento com certa pompa.
Dava-se tamanha importância à efeméride, que o Governo do Estado decretava ponto facultativo nas repartições públicas, os alunos marchavam pelas ruas da cidade e as instituições culturais realizavam sessões especiais.