Discute-se na Câmara Municipal de São Luís um projeto que prevê alterações no Plano Diretor de São Luís. Antes de ser encaminhado à consideração dos vereadores, teria sido visto e apreciado por entidades e associações interessadas em ajustá-lo à nova realidade urbanística da capital maranhense.
Não é de hoje que se pensa num novo Plano Diretor, para atender ao incremento espacial e às necessidades de uma população que cresce em proporção gigantesca, sem que os serviços públicos a ela oferecidos sejam suficientes e satisfatórios.
Ao longo do tempo, a prefeitura de São Luís passou pelas mãos de gestores nomeados ou eleitos, mas poucos tiveram a preocupação de governar a cidade com um Plano Diretor destinado a indicar meios e condições para priorizar problemas e atacar questões relevantes da comunidade ludovicense.
Anos atrás, publiquei um trabalho sobre intendentes e prefeitos que passaram pela Palácio La Ravardière, tentando identificar os que se esforçaram no sentido de governar a cidade e apoiados num Plano Diretor, capaz de orientá-los administrativamente, a fim de que as ações e as providências reclamadas pela população pudessem ser executadas para mudar a fisionomia urbanística de nossa capital.
Desse numeroso elenco de gestores, salvo melhor juízo, apenas três se mostraram interessados em dotar a cidade de um Plano Diretor, que servisse a eles e aos que viessem a sucedê-los no comando da prefeitura. Anotem os nomes: José Otacílio, Saboya Ribeiro, Ruy Ribeiro Mesquita e Haroldo Tavares.
O primeiro, um competente engenheiro que o interventor Paulo Ramos trouxe do Rio de Janeiro, que assumiu o cargo e imediatamente percebeu que sem Plano Diretor, São Luís não se desenvolveria e continuaria a crescer desordenadamente.
Mas o novo gestor não conseguiu executar o Plano porque bateu de frente com a Associação Comercial do Maranhão, no afã de criar um tributo para fazer face às obras que a cidade precisava.
O segundo, outro engenheiro, egresso da Bahia: Ruy Ribeiro Mesquita, nomeado pelo governador Newton Bello.
Foi o melhor Plano Diretor de São Luís, que preconizava a expansão da cidade e por isso o prefeito ficou sob o fogo cerrado dos poderosos latifundiários urbanos, que exigiram a sua demissão da prefeitura.
O terceiro, o engenheiro maranhense, Haroldo Tavares, nomeado pelo cunhado e governador Pedro Neiva, que inspirado no Plano Diretor de Ruy Mesquita o ajustou à nova situação vivida pela capital maranhense, destacando-se a recuperação de vastas áreas palafitadas, que saneadas foram entregues às populações mais carentes, sem esquecer a prioridade da construção do Anel Viário, obra imprescindível à preservação do Centro Histórico de São Luís.
CONSÓRCIO INÓCUO
O Consórcio Nordeste, lançado recentemente pelo governador do Maranhão, em prol do desenvolvimento regional, não obteve repercussão local, regional ou nacional.
A iniciativa foi boa, mas não mereceu dos meios de comunicação qualquer comentário. Os segmentos políticos também o ignoraram por considerá-lo uma peça de retórica.
OITENTA ANOS
José Reinaldo Tavares ganhou um presente que sonhava, na semana passada (19 de março), quando completou oitenta anos.
Há anos ele estudava e defendia a instalação do Centro Espacial em Alcântara, projeto que irá incrementar o Programa Espacial Brasileiro, consolidado com a assinatura do Acordo de Salvaguarda Tecnológica.
No seu mandato de deputado federal, não foram poucas as vezes em que se pronunciou a respeito do Centro de Lançamento de Alcântara, como alternativa viável para desencadear no Maranhão projetos de grande repercussão social e econômica.
VOTO DO CONSELHEIRO
Ao longo dos anos, não lembro de um voto tão brilhante, lúcido e corajoso como o proferido dias atrás pelo conselheiro Caldas Furtado, numa reunião do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão.
Sem meias palavras, de modo competente e com extraordinária clareza, alertou o colegiado sobre a participação de um conselheiro, que deveria considerar-se suspeito num processo de prestação de contas de uma prefeita, que mantém ligações políticas com os familiares.
Por aquele voto, Caldas Furtado merecia uma placa.
LUIS FERNANDO
Tenho por Luís Fernando Silva incomensurável admiração pela competência técnica e por ser um gestor público de inigualável qualidade.
No primeiro mandato de prefeito de Ribamar, deu um show de administração, fato que não se repetiu no segundo, razão que o levou a renunciar ao cargo e aceitar um posto no primeiro escalão do Governo Dino, no exercício do qual Luís Fernando, pelo que conheço de sua vida pública, salvo melhor juízo, jamais será figura de proa, pois não terá vez e hora para suas potencialidades técnicas.
Como dizia o ex-deputado Líster Caldas, quem viver, verá.
VIDA E OBRA DE GULLAR
Passou vinte dias em São Luís o escritor carioca, Miguel Conde, contratado pela Companhia das Letras, para escrever um livro sobre a vida e a obra de Ferreira Gullar.
Com o apoio da Academia Maranhense de Letras, entrevistou familiares, intelectuais e pessoas que conviveram ou tinham informações do saudoso poeta.
AML E COLÉGIOS
Em 2017, a Academia Maranhense de Letras desenvolveu em São Luís um projeto que obteve retumbante sucesso junto aos estudantes da rede pública estadual.
Intitulado “Academia nos colégios”, o projeto gira em torno de palestras e debates sobre literatura brasileira e maranhense.
Nesta semana, os acadêmicos voltam aos colégios e com o mesmo objetivo.
LIVRO VIRA FILME
“A duquesa vale uma missa”, romance da autoria do intelectual José Sarney, está sendo adaptado para o cinema, com o nome de “Minha amada Julienne”, com direção e roteiro do cineasta Fernando Nasse.
Pela segunda vez, uma obra de Sarney transforma-se em filme. O primeiro foi “O dono do mar”.
MARANHENSE NO THE VOICE
O tenor maranhense, Sérgio Pacheco, passou em todas as seletivas para se apresentar no programa “The Voice”, o que garantiu presença em junho no evento musical, patrocinado pela TV Globo.
Quem já ouviu Sérgio Pacheco cantar, tem absoluta certeza de que, pela voz possante e maravilhosa que Deus lhe deu, é sério concorrente ao prêmio.
ESPORTE PRATICADO
Um torcedor do Moto Clube perguntou a um sócio do Sampaio Correia qual o esporte praticado pelo ex-deputado Rogério Cafeteira, para justificar a sua nomeação para comandar a Secretaria de Esportes do Estado do Maranhão.
Resposta: – Porrinha.