A RESSURREIÇÃO DA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS

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No ano de 1968, o Maranhão viveu dois momentos bem diferenciados, em decorrência da decretação do Ato institucional nº 5.

O primeiro, de tristeza, com dois de seus mais brilhantes representantes no Congresso Nacional, Renato Archer e Cid Carvalho, que perderam os mandatos, sem esquecer o governador, José Sarney, que passou por imensas dificuldades e empenhou-se com todas as forças para não ficar sem o cargo e ser expelido da vida pública de maneira arbitrária.

O segundo, de alegria, ao assistir em pleno regime discricionário o ressurgimento da Federação das Indústrias do Maranhão, que havia sido banida da Confederação Nacional da Indústria, face à cassação da sua Carta Sindical, em setembro de 1964.

O tormento pelo qual viveu a entidade dos industriais maranhenses veio nos albores do regime militar, com o afastamento do empresário maranhense Haroldo Cavalcanti da presidência da Confederação Nacional da Indústria, acusado de ser adepto do Presidente da República, João Goulart, deposto pelo movimento de abril de 1964.

Como Haroldo Cavalcanti se elegeu presidente da CNI, na condição de presidente da FIEMA, a entidade maranhense não foi perdoada por isso, sendo castigada com a cassação da sua Carta Sindical pelo Ministério do Trabalho.

Como se isso não bastasse, ainda houve a intervenção nos Departamentos Regionais do Sesi e do Senai, subjugados a uma Comissão Interventora, com a missão de devassá-las para de denegrir a imagem do ex-presidente da CNI.

Inconformado com o ato extremo do Governo, que fez a FIEMA desaparecer, um grupo formado por Alberto Abdala, Jorge Mendes, Carlos Gaspar, William Nagem e Luís Alfredo Guterres, nos meados de 1966, movimentou-se politicamente, para pugnar pelo renascimento da entidade, que precisava, em função do governo operativo de José Sarney, participar desse auspicioso momento que o Maranhão atravessava.

A primeira tarefa, consistia na luta pela revogação da Carta Sindical junto ao Ministério do Trabalho, nada fácil de levar a cabo, pelos problemas e entraves criados pelos burocratas, a serviço do autoritarismo.

O passo seguinte e o mais ousado deu-se quando os presidentes dos Sindicatos do Arroz, Óleo, Serraria e Panificação, respectivamente, Alberto Abdala, Jorge Mendes, Luís Alfredo Guterres e Miguel Archanjo, encaminharam em 1967 ao Ministério do Trabalho um documento, consubstanciado na criação de uma nova entidade patronal, para tanto, contaram a colaboração do Governador José Sarney e de representantes no Congresso Nacional, especialmente os deputados Eurico Ribeiro e Américo de Sousa.

A luta naquele ano foi intensa e as adversidades maiores. A despeito disso, não desanimaram e nem recuaram, pois estavam certos de que a empreitada assumida seria coroada de êxito.

No ano seguinte, 1968, passaram a contar com um forte aliado e tão importante quanto as forças políticas: a imprensa, que, além de cair em campo, mostrava à sociedade os benefícios advindos do retorno da FIEMA à cena empresarial.

Nesse particular, convém registrar, também, o esforço do governador em exercício, Antônio Dino (Sarney estava no exterior), que pediu ao ministro do Trabalho, Jarbas Passarinho, que visse com bons olhos a reivindicação dos industriais maranhenses.

Do resultado dessa mobilização, a auspiciosa informação de Brasília, dando conta de que a Carta Sindical seria assinada pelo Ministro do Trabalho, pois todas as exigências burocráticas foram cumpridas.

Finalmente, o dia glorioso: 27 de setembro de 1968, que marca a transformação de um sonho em realidade, graças às ações de um grupo de empresários, que obstinadamente não se abate com obstáculos e os enfrenta com garra e coragem.

Cumprida essa formalidade legal, a etapa seguinte se concretiza com o processo de filiação da entidade à Confederação Nacional da Indústria, o que dá ensejo a eleição da nova diretoria (8 de novembro de 1968), tendo como presidente, Alberto Abdala, incumbido de colocá-la em funcionamento e de dar-lhe condições operacionais para trabalhar pelo desenvolvimento econômico do Maranhão, o que vem fazendo ao longo desses 50 anos de fecunda existência.

MULHERES DE ATENAS

Em nenhum Estado do Brasil, a participação de mulheres no processo eleitoral de 2018 foi tão grande como no Maranhão, sobretudo na disputa por cargos majoritários.

Para o cargo de governador concorreram: Roseana Sarney(MDB), Maura Jorge (PSL) e Preta Lu (PT).  Na disputa pela vice-governança: Helena Viana (PSOL), Nicinha Durans (PSTU) e Graça Paz (PSDB).

Para o Senado Federal, a vitoriosa Eliziane Gama (PC do B e PDT).

BITA DO BARÃO

De todos os pais de santo, que atuam no Brasil, o único que se mantém longe de escândalos e com a imagem moralmente preservada é Bita do Barão.

Ao longo do tempo, ele tem sabido comportar-se com lisura e sua atuação como médium nunca foi objeto de reparos ou de críticas.

Até os que não o apreciam, por ser amigo de Sarney, fazem questão de realçar o seu desempenho místico e pelo tratamento devotado aos que o procuram.

MÁRCIO DO MENG

Mauro Fecury nasceu com a virtude da gratidão e por meio dela reconhece e louva as pessoas que o ajudaram a vencer na vida e faz questão de tornar público.

Para participar este ano da Festa dos Amigos, que promove caprichosamente, Mauro trouxe de São Paulo o professor Márcio Ribeiro, que morou em São Luís, nos anos sessenta e fundou o Colégio Meng .

No estabelecimento educacional de Márcio Ribeiro, no turno da noite, o Ceuma começou a ter vida como instituição de nível superior e de origem privada.

Em homenagem ao ex-dono do Meng e respaldado na gratidão, Mauro deu o seu nome ao Ginásio de Esportes da UniCeuma.

NONATO LAGO

Pela quarta vez, Raimundo Nonato Lago se elege presidente do Tribunal de Contas do Estado.

Na história de vida do TCE, é o único conselheiro que teve a honra de comandá-lo por quatro vezes e em todas as gestões comportou-se dignamente e sem cometer deslizes.

O governador que o nomeou para o Tribunal de Contas foi Epitácio Cafeteira, no governo do qual exerceu o cargo de sub chefe da Casa Civil.

ISABEL CAFETEIRA

A viúva do ex-senador Epitácio Cafeteira, depois de bons anos em Brasília, voltou a residir em São Luís.

Dos maranhenses que conviveram politicamente com o seu saudoso marido, ela faz questão de realçar a figura de José Sarney, que nunca deixou de visitá-lo, em Brasília,

Para quem não lembra, Sarney e Cafeteira, ao longo da vida pública, ora estavam próximos, ora estavam distanciados.

CUMPRIMENTOS FORMAIS

Mesmo lutando politicamente em campos opostos, o ex-governador Flávio Dino e o ex-presidente José Sarney, quando se encontram se cumprimentam formalmente.

Na semana passada, em Brasília, na solenidade de posse do novo presidente do Tribunal de Contas da União, o governador do Maranhão ao ver José Sarney, fez questão de cumprimentá-lo educadamente, no que foi correspondido pelo ex-senador.

FESTA FAMILIAR

A solenidade de diplomação dos candidatos eleitos em 2018 teve um toque diferente dos anos passados.

Parecia mais festa familiar do que cerimônia política, pois os eleitos marcaram presença com esposas, filhos, irmãos e sogras, que contaminaram o ambiente de alegria e se confraternizaram à vontade.

Os selfs dominaram o ambiente.

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