AS ÓBVIAS PREVISÕES DE 2019

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Os meios de comunicação, impressos ou eletrônicos, costumam, nos finais de ano, oferecer aos leitores, espectadores e ouvintes longas entrevistas com videntes, médiuns, pais de santos, cartomantes e similares, dos quais procuram extorquir prognósticos e previsões sobre atos e fatos que podem vir à tona no ano entrante.

Através dessas figuras, supostamente dotadas de poderes sobrenaturais, somos informados a respeito do que está reservado à humanidade, que assim saberá se no novo ano teremos fartura ou carência, alegria ou tristeza, sucesso ou insucesso, vitória ou derrota, sorte ou azar e outras coisas que tais.

Cabe à crença de cada pessoa confiar nessas previsões, que vocalizadas pelos mensageiros do além, chegam até nós como verdades inequívocas ou produtos de imaginações vagas e mirabolantes.

Eu, particularmente, não acredito em tais previsões, mas não censuro e nem critico os que nelas acreditam, as quais, por serem manifestações sobrenaturais, se originam num mundo desconhecido, que não tenho nenhum interesse em desvendar.

Dito isso, que sejam conhecidas as previsões por mim pensadas e focalizadas neste pedaço de página, que, ao contrário das sobrenaturais, não emanam do além, mas da realidade vivida pela sociedade e do dia a dia que costumo olhar de frente e sem subterfúgio, que pululam ao meu redor, como os discriminados na sequência abaixo.

  • No tocante ao setor público, vislumbra-se até aonde a vista alcança, que não haverá modificações de monta na equipe do Governador Flávio Dino, neste segundo mandato. Se ocorrerem serão pontuais ou para atender problemas meramente circunstanciais.
  • Neste segundo mandato, Flávio Dino encontrará mais dificuldades para governar do que no primeiro, pelo enfrentamento direto com o novo presidente da República, Jair Bolsonaro, evidenciado desde a campanha eleitoral e resultado de um conflito ideológico entre um direitista assumido e um esquerdista militante. Essa situação, se materializada, poderá incidir no funcionamento da máquina administrativa estadual, que para desempenhar-se a contento precisa estar ajustada à política econômica e financeira do Governo Federal.
  • Na equipe do presidente Jair Bolsonaro dificilmente haverá lugar para gente do Maranhão, pois os votos que ele conquistou em nossa terra foram produtos de sua atuação pessoal. O grupo político que o apoiou era inexpressivo e desunido.
  • Se alguém do Maranhão vier a integrar o novo governo, será Kátia Bogéa, pois há um forte movimento nacional para que permaneça à frente do IPHAN, onde realiza um trabalho notável em favor do patrimônio histórico e artístico do Brasil.
  • É mais do que provável a adesão dos deputados federais, eleitos em 2018, às fileiras bolsonaristas. A grande maioria da bancada maranhense no Congresso Nacional é constituída de políticos fisiológicos.
  • Apenas um deputado federal será convocado pelo governador Flávio Dino para fazer parte do primeiro escalão do seu governo. A convocação será para que o suplente Gastão Vieira assuma o mandato.
  • Da Assembleia Legislativa, o chefe do Executivo dificilmente convocará alguém. Se Rogério Cafeteira fosse o primeiro suplente da sua coligação, provavelmente poderia ser aproveitado. Como não foi, poderá contentar-se com um prêmio de consolação na estrutura administrativa.
  • Se as eleições para a Prefeitura de São Luís fossem este ano, poderia haver um estremecimento entre o Governador Flávio Dino e o Prefeito Edvaldo Holanda, quanto ao candidato a gestor municipal. O candidato de Flávio é Felipe Camarão e o de Edvaldo chama-se Pedro Lucas.
  • O ex-presidente José Sarney, mesmo sem cargo eletivo, continuará um político respeitado e certamente ouvido pelos novos ocupantes do Palácio do Planalto. Bem relacionado em Brasília e com numerosa legião de amigos, alguns dos quais ocuparão cargos importantes no Governo Bolsonaro, Sarney está longe de ser peça de museu.
  • A grande maioria dos atuais prefeitos do Maranhão, continuará praticando desonestidades e sem cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, dando munição ao Ministério Público para denunciá-los como gestores irresponsáveis e passiveis da perda de mandatos, mas permanecerão ilesos pela ação da magistratura, invariavelmente acostumada a poupá-los.

11 – Com relação ao setor privado, indiscutivelmente, o Grupo Mateus assumirá o comando total do mercado consumidor maranhense, que ficará sujeito ao monopólio de um poderoso empresário, que levou de roldão os concorrentes, que se obrigaram a fechar as portas de seus empreendimentos.

12 – No ramo farmacêutico, 2019 será, também, o do sufocamento total das farmácias de médio e pequeno porte, provocado pela chegada do Grupo Raia, de São Paulo, que, em tempo recorde, instalou em São Luís mais de dez Farmácias Drogasil, todas localizadas no setor habitacional de maior poder aquisitivo da cidade (Calhau, Ponta D’Areia e Olho D’Àgua).

13 – Quanto ao setor da construção civil, que, nos últimos anos, ausentou-se do mercado imobiliário maranhense, por causa de algumas construtoras paulistas, que deixaram a desejar com o lançamentos de empreendimentos de qualidades comprometedoras, a tendência é que poderá, em 2019, se recuperar e ter novamente atuação destacada em São Luís e outras cidades do interior do Estado.

APUPOS DESNECESSÁRIOS

Era visível a presença de claques na solenidade de inauguração da nova Praça do Panteon.

As claques chegaram a vaiar indevidamente o Ministro-chefe da Casa Civil, Carlos Marun, que representava no evento o Presidente Michel Temer.

O troco do ministro foi imediato e forte. Protestou em nome do agente público que deu ao Maranhão uma obra de grande envergadura.

GESTO ALTIVO DE KÁTIA

A presidente do IPHAN, Kátia Bogéa, também e injustamente, recebeu apupos da claque presente na Praça do Panteon.

Ela teve coragem e dignidade para agradecer o quanto o ex-presidente José Sarney fez para os recursos do PAC das Cidades Históricas serem liberados com regularidade e as obras de revitalização da Praça Deodoro e da Rua Oswaldo Cruz não sofressem solução de continuidade.

FLÁVIO E KÁTIA

O relacionamento pessoal e administrativo entre o governador Flávio Dino e a presidente do IPHAN, Kátia Bogéa, sempre foi tenso.

Essa rota de colisão vem desde que Flávio assumiu o Governo do Estado e lutou para Kátia não ser a titular do IPHAN.

Na solenidade de inauguração da Praça do Panteon, Kátia foi literalmente ignorada pelo governador.

IPÊS NO PANTEON

Um belo gesto do engenheiro Henry Duailibe, dono da Construtora Ducol, responsável pela obra que deu nova imagem à Praça do Panteon.

Ele fez questão de doar e plantar na praça recentemente inaugurada três imponentes pés de Ipês amarelos.

As frondosas árvores faziam parte da paisagem de um sítio de propriedade do engenheiro, localizado no interior da Ilha.

MUTISMO DA FIEMA

Na solenidade comemorativa dos 50 anos da Federação das Indústrias do Maranhão, esperava-se que o presidente Edilson Baldez se posicionasse com relação a ameaça do futuro Governo da República de dar uma facada no Sistema S.

Nesse assunto, o silêncio da Fiema foi total, mas o presidente Baldez brilhou ao brindar a assistência com um strip-tease, ainda que parcial, que lhe valeram aplausos.

SARNEY NA POSSE

Do Cerimonial do Palácio do Planalto, o ex-presidente José Sarney recebeu convite para marcar presença na posse do novo Presidente da República, Jair Bolsonaro.

Depois que deixou o cargo mais importante do País, Sarney já assistiu a posse dos ex-presidentes Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma Roussef e Michel Temer.

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A RESSURREIÇÃO DA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS

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No ano de 1968, o Maranhão viveu dois momentos bem diferenciados, em decorrência da decretação do Ato institucional nº 5.

O primeiro, de tristeza, com dois de seus mais brilhantes representantes no Congresso Nacional, Renato Archer e Cid Carvalho, que perderam os mandatos, sem esquecer o governador, José Sarney, que passou por imensas dificuldades e empenhou-se com todas as forças para não ficar sem o cargo e ser expelido da vida pública de maneira arbitrária.

O segundo, de alegria, ao assistir em pleno regime discricionário o ressurgimento da Federação das Indústrias do Maranhão, que havia sido banida da Confederação Nacional da Indústria, face à cassação da sua Carta Sindical, em setembro de 1964.

O tormento pelo qual viveu a entidade dos industriais maranhenses veio nos albores do regime militar, com o afastamento do empresário maranhense Haroldo Cavalcanti da presidência da Confederação Nacional da Indústria, acusado de ser adepto do Presidente da República, João Goulart, deposto pelo movimento de abril de 1964.

Como Haroldo Cavalcanti se elegeu presidente da CNI, na condição de presidente da FIEMA, a entidade maranhense não foi perdoada por isso, sendo castigada com a cassação da sua Carta Sindical pelo Ministério do Trabalho.

Como se isso não bastasse, ainda houve a intervenção nos Departamentos Regionais do Sesi e do Senai, subjugados a uma Comissão Interventora, com a missão de devassá-las para de denegrir a imagem do ex-presidente da CNI.

Inconformado com o ato extremo do Governo, que fez a FIEMA desaparecer, um grupo formado por Alberto Abdala, Jorge Mendes, Carlos Gaspar, William Nagem e Luís Alfredo Guterres, nos meados de 1966, movimentou-se politicamente, para pugnar pelo renascimento da entidade, que precisava, em função do governo operativo de José Sarney, participar desse auspicioso momento que o Maranhão atravessava.

A primeira tarefa, consistia na luta pela revogação da Carta Sindical junto ao Ministério do Trabalho, nada fácil de levar a cabo, pelos problemas e entraves criados pelos burocratas, a serviço do autoritarismo.

O passo seguinte e o mais ousado deu-se quando os presidentes dos Sindicatos do Arroz, Óleo, Serraria e Panificação, respectivamente, Alberto Abdala, Jorge Mendes, Luís Alfredo Guterres e Miguel Archanjo, encaminharam em 1967 ao Ministério do Trabalho um documento, consubstanciado na criação de uma nova entidade patronal, para tanto, contaram a colaboração do Governador José Sarney e de representantes no Congresso Nacional, especialmente os deputados Eurico Ribeiro e Américo de Sousa.

A luta naquele ano foi intensa e as adversidades maiores. A despeito disso, não desanimaram e nem recuaram, pois estavam certos de que a empreitada assumida seria coroada de êxito.

No ano seguinte, 1968, passaram a contar com um forte aliado e tão importante quanto as forças políticas: a imprensa, que, além de cair em campo, mostrava à sociedade os benefícios advindos do retorno da FIEMA à cena empresarial.

Nesse particular, convém registrar, também, o esforço do governador em exercício, Antônio Dino (Sarney estava no exterior), que pediu ao ministro do Trabalho, Jarbas Passarinho, que visse com bons olhos a reivindicação dos industriais maranhenses.

Do resultado dessa mobilização, a auspiciosa informação de Brasília, dando conta de que a Carta Sindical seria assinada pelo Ministro do Trabalho, pois todas as exigências burocráticas foram cumpridas.

Finalmente, o dia glorioso: 27 de setembro de 1968, que marca a transformação de um sonho em realidade, graças às ações de um grupo de empresários, que obstinadamente não se abate com obstáculos e os enfrenta com garra e coragem.

Cumprida essa formalidade legal, a etapa seguinte se concretiza com o processo de filiação da entidade à Confederação Nacional da Indústria, o que dá ensejo a eleição da nova diretoria (8 de novembro de 1968), tendo como presidente, Alberto Abdala, incumbido de colocá-la em funcionamento e de dar-lhe condições operacionais para trabalhar pelo desenvolvimento econômico do Maranhão, o que vem fazendo ao longo desses 50 anos de fecunda existência.

MULHERES DE ATENAS

Em nenhum Estado do Brasil, a participação de mulheres no processo eleitoral de 2018 foi tão grande como no Maranhão, sobretudo na disputa por cargos majoritários.

Para o cargo de governador concorreram: Roseana Sarney(MDB), Maura Jorge (PSL) e Preta Lu (PT).  Na disputa pela vice-governança: Helena Viana (PSOL), Nicinha Durans (PSTU) e Graça Paz (PSDB).

Para o Senado Federal, a vitoriosa Eliziane Gama (PC do B e PDT).

BITA DO BARÃO

De todos os pais de santo, que atuam no Brasil, o único que se mantém longe de escândalos e com a imagem moralmente preservada é Bita do Barão.

Ao longo do tempo, ele tem sabido comportar-se com lisura e sua atuação como médium nunca foi objeto de reparos ou de críticas.

Até os que não o apreciam, por ser amigo de Sarney, fazem questão de realçar o seu desempenho místico e pelo tratamento devotado aos que o procuram.

MÁRCIO DO MENG

Mauro Fecury nasceu com a virtude da gratidão e por meio dela reconhece e louva as pessoas que o ajudaram a vencer na vida e faz questão de tornar público.

Para participar este ano da Festa dos Amigos, que promove caprichosamente, Mauro trouxe de São Paulo o professor Márcio Ribeiro, que morou em São Luís, nos anos sessenta e fundou o Colégio Meng .

No estabelecimento educacional de Márcio Ribeiro, no turno da noite, o Ceuma começou a ter vida como instituição de nível superior e de origem privada.

Em homenagem ao ex-dono do Meng e respaldado na gratidão, Mauro deu o seu nome ao Ginásio de Esportes da UniCeuma.

NONATO LAGO

Pela quarta vez, Raimundo Nonato Lago se elege presidente do Tribunal de Contas do Estado.

Na história de vida do TCE, é o único conselheiro que teve a honra de comandá-lo por quatro vezes e em todas as gestões comportou-se dignamente e sem cometer deslizes.

O governador que o nomeou para o Tribunal de Contas foi Epitácio Cafeteira, no governo do qual exerceu o cargo de sub chefe da Casa Civil.

ISABEL CAFETEIRA

A viúva do ex-senador Epitácio Cafeteira, depois de bons anos em Brasília, voltou a residir em São Luís.

Dos maranhenses que conviveram politicamente com o seu saudoso marido, ela faz questão de realçar a figura de José Sarney, que nunca deixou de visitá-lo, em Brasília,

Para quem não lembra, Sarney e Cafeteira, ao longo da vida pública, ora estavam próximos, ora estavam distanciados.

CUMPRIMENTOS FORMAIS

Mesmo lutando politicamente em campos opostos, o ex-governador Flávio Dino e o ex-presidente José Sarney, quando se encontram se cumprimentam formalmente.

Na semana passada, em Brasília, na solenidade de posse do novo presidente do Tribunal de Contas da União, o governador do Maranhão ao ver José Sarney, fez questão de cumprimentá-lo educadamente, no que foi correspondido pelo ex-senador.

FESTA FAMILIAR

A solenidade de diplomação dos candidatos eleitos em 2018 teve um toque diferente dos anos passados.

Parecia mais festa familiar do que cerimônia política, pois os eleitos marcaram presença com esposas, filhos, irmãos e sogras, que contaminaram o ambiente de alegria e se confraternizaram à vontade.

Os selfs dominaram o ambiente.

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1968: SARNEY ENFRENTA AI-5

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José Sarney sempre foi supersticioso. Uma de suas cismas: o número 13, que considera agourento e azarento.

A despeito desse aparato de reserva ao 13, há cinquenta anos, nesse dia, em dezembro de 1968, Sarney foi surpreendido por um golpe traiçoeiro, que quase o leva a perder o mandato de governador do Estado do Maranhão, cargo conquistado com suor e lágrimas, à frente do qual realizava uma administração intocável sob todos os pontos de vista.

Naquele tempo, o Brasil vivia sob o tacão da ditadura militar e quem comandava o País era o general Costa e Silva, que dispensava ao governador maranhense um tratamento nada parecido com o da época do presidente Castelo Branco, no Palácio do Planalto.

No segundo semestre de 1968, o País se via às voltas com o acirramento de uma crise política, causada pelas forças democráticas, que procuravam desestabilizar o regime militar por meio da Frente Ampla, que reunia as principais lideranças políticas, banidas pela repressão: Juscelino Kubitscheck, João Goulart e Carlos Lacerda.

Esse episódio serviu de pano de fundo para um ato, diga-se de passagem, sem propósito e provocativo, ocorrido na Câmara Federal e protagonizado pelo deputado Márcio Moreira Alves, que proferiu um violento discurso contra as Forças Armadas, chegando a convocar a população brasileira a não comparecer, em sinal de protesto, aos desfiles militares, de 7de setembro de 1968.

A repulsa das Forças Armadas ao pronunciamento do parlamentar oposicionista foi imediata, enérgica e levou o Governo a pedir autorização do Congresso Nacional para processar o deputado Márcio Moreira Alves, solicitação  negada pela maioria dos representantes do povo, fato que fez o Conselho de Segurança Nacional, no dia 13 de dezembro de 1968, autorizar o Chefe do Governo a editar o famigerado Ato Institucional – 5, dando-lhe poderes discricionários para decretar Estado de Sítio, cassar mandatos, demitir e reformar militares, intervir em Estados e Municípios, confiscar bens, suspender habeas corpus e colocar em recesso o Congresso e as Assembleias Legislativas.

A edição do AI-5 desencadeou no País uma onda de perseguições, prisões, cassações de mandatos e suspensão de direitos políticos de brasileiros, especialmente os que se encontravam com a espada de Dâmocles sobre as cabeças.

No Maranhão, as ações decorrentes daquelas draconianas medidas, repercutiram sobre os políticos que abertamente fustigavam o regime militar. Na Câmara Federal, os deputados federais, Cid Carvalho e Renato Archer. Na Assembleia Legislativa, o deputado Kleber Leite.

Como se não bastassem essas lamentáveis vinditas, o AI-5 assestou as suas baterias na direção do governador José Sarney, visto pela linha dura como protetor de figuras humanas consideradas esquerdistas, do quilate de Bandeira Tribuzi, Joaquim Itapary, Mário Leal, Sálvio Dino, Benedito Buzar, Vera Cruz Marques e lideranças sindicais, que trabalhavam no Governo do Estado.

Para que essa operação contra Sarney chegasse aos objetivos colimados, a linha dura contou com o respaldo dos adversários políticos de Sarney no Maranhão, que na ânsia de vê-lo banido da vida pública, usaram o episódio ocorrido no Clube Jaguarema, onde se realizou um banquete em homenagem ao ex-presidente Juscelino Kubitscheck, que se encontrava com Renato Archer em São Luís, participantes da solenidade de diplomação da primeira turma de economistas maranhense.

No banquete, Sarney se fez presente e, no seu discurso, não deixou de jogar confetes e serpentinas em JK, saudando-o com a expressão “meu presidente”, que fez recrudescer a ira contra a sua pessoa, alvo de retaliações mesquinhas, daqui e de Brasília, que o ameaçavam com o cutelo do AI-5.

Sarney chegou a dirigir mensagem ao povo maranhense, ao qual alertava sobre a sinistra operação que se preparava na capital do País, com vistas a expulsá-lo da vida pública, com a cassação de seu mandato, ato que não se concretizou, em razão da reação do governador e das iniciativas da legião de amigos, que cultivava no plano nacional.

 

BANCADAS TEMÁTICAS

Existem na Câmara Federal bancadas temáticas, que agrupam deputados que defendem causas específicas e corporativas.

Dos novos deputados maranhenses, eleitos em 2018, Eduardo Braid e Pastor Gildenemyr deverão fazer parte da bancada evangélica, e Bira do Pindaré, Edilázio Junior e Pedro Lucas poderão integrar a bancada ambientalista. Josimar do Maranhãozinho está sendo cogitado para membro da bancada da bala, não a de canhão, mas a do dinheiro incógnito.

ÁGUAS DE DEZEMBRO

Pelo volume de água que tem vindo do céu neste mês de dezembro, tudo indica que o Maranhão, em matéria de inverno, quer voltar aos tempos passados.

As chuvas que ora desabam, na capital e no interior do Estado, fazem lembrar a época em que o nosso inverno começava impreterivelmente em novembro e acabava em junho.

ACADEMIA E PANTEON

Até antes do ano acabar, os membros da Academia Maranhense de Letras esperam ter um encontro com o prefeito de São Luís.

Os imortais vão reivindicar de Edivaldo Holanda Junior algo importante para a intocabilidade dos bustos dos intelectuais maranhenses, que voltaram à Praça do Panteon: segurança dia e noite naquele local.

Se essa providência não for tomada, o vandalismo novamente reinará, tendo os bustos como alvos.

LIVRO DO CORONEL MÁRCIO

Em 1987, ao deixar as fileiras do Exército brasileiro, ao qual se dedicou com acendrado amor e patriotismo, o coronel Márcio Viana Pereira, escreveu o livro “O direito de opinar”, em que manifestava ideias e pensamentos sobre os mais diversos assuntos da vida brasileira.

Trinta e um ano depois, ou seja, em 2018, o  brilhante oficial publica um novo livro, “Reminiscências e retalhos da minha vida militar”, no qual relata fatos e acontecimentos ao longo de sua ativa participação no Exército.

O novo livro de Márcio não será encontrado nas livrarias da cidade, pois foi escrito especificamente para os familiares e amigos diletos.

PEDÁGIO PARLAMENTAR

O relatório do COAF que apontou movimentações financeiras atípicas de um ex-assessor do deputado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, repercutiu intensamente no País.

Em tempos passados, na nossa Assembleia Legislativa vieram à tona casos idênticos ao acontecido no Poder Legislativo do Rio de Janeiro, em que parlamentares cobravam pedágio dos funcionários, que não se incomodavam de dar uma parcela do que ganhavam para quem os contratava.

Isso, repito, foi no passado e teve uma deputada como protagonista.

FILHOS DE GOVERNANTES

Ser filho de presidente ou de governador não significa desempenhar cargo ou função pública.

Aqui, no Maranhão, são conhecidos os casos de filhos de governadores que tiveram participação ativa nos governos, mas nenhum comprometeu, com atos indignos ou lesivos ao interesse público, a imagem dos pais.

GRAMADO DO NORDESTE

Só três cidades do Maranhão apresentaram, neste final de ano, decorações natalinas vistosas e feéricas: São Luís, Caxias e São José de Ribamar.

Quem viu a de Caxias, não economiza elogios por lembrar a ornamentação da cidade gaúcha de Gramado, evidentemente, em menor proporção.

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O SEGUNDO MANDATO DE FLÁVIO DINO

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A retumbante vitória nas eleições de outubro de 2018, no primeiro turno, sobre os candidatos que faziam oposição ao seu governo, garantiu a Flávio Dino o direito de cumprir mais um mandato, de 1º de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2022.

Este segundo mandato, assim como a música de carnaval, não será igual ao que passou, seja no plano nacional, seja no plano regional. Se Flávio teve a sorte de governar, boa parte de seu primeiro mandato, sob bênçãos da Presidente Dilma Roussef e do ex-Presidente, Lula, no próximo exercício, terá diante de si a ira sagrada de Jair Bolsonaro, que não deve perdoá-lo pelo apoio dado, de maneira ostensiva, irrestrita e gritante, ao candidato do PT e do PC do B, o paulista, Fernando Hadad, cuja votação no Maranhão foi consagradora, no primeiro e no segundo turno.

Além de não apoiá-lo na eleição presidencial, Dino ainda se dá ao luxo de pisar nos calos de Bolsonaro, criticando-o por ser um político representativo da direita e, o mais grave, despreparado para governar o Brasil.

Ao se posicionar de forma direta contra Bolsonaro, Flávio Dino, quer dizer ao país duas coisas. 1) está habilitado e pronto para desfraldar a bandeira de oposição ao novo Presidente da República; 2) na ausência de Lula, preso e condenado pela prática de atos lesivos ao patrimônio público, poderá substituí-lo, pois se julga dotado de cacife pessoal e político para ser o candidato das esquerdas, que se encontram na orfandade, com relação à sucessão presidencial de 2022.

Se os recados de Dino à nação brasileira ganharem consistência e ressonância popular, certamente serão retrucados no mesmo diapasão por Bolsonaro e o pior: poderão ter reflexos diretos no Maranhão, com o Governo recebendo tratamento diferenciado do Palácio do Planalto, através de medidas que penalizarão o Estado, a exemplo do bloqueio de recursos, verbas e dotações orçamentárias, por causa de um projeto político prematuro, que não se sabe se vingará.

Se o cenário descrito acima não sofrer modificação, ou seja, se o governador maranhense continuar a cutucar a onça com vara curta, o seu segundo mandato, no tocante à realização de obras, tende a rolar por águas abaixo, e, por consequência disso, o projeto de líder das esquerdas e de potencial candidato à sucessão presidencial, morrerá no nascedouro,  mormente quando se leva em consideração que, a partir do ano vindouro, o Estado do Maranhão, segundo os tecnocratas,  atravessará dificuldades financeiras de monta, o que não deve assegurar aos maranhenses um céu de brigadeiro ou um mar de almirante.

Abstraindo-se a situação acima exposta, pode-se vislumbrar no plano regional, com relação ao segundo mandato do governador, uma Assembleia Legislativa, onde teoricamente se trava a batalha política entre governistas e oposicionistas, dócil e tranquila.

Se depender daquele Poder, Flávio cumprirá o seu mandato sem sobressaltos, pois a supremacia numérica da bancada governista sobre a representação da oposição está além do horizonte.

Com essa vantagem parlamentar, o Maranhão voltará aos velhos tempos em que o rolo compressor do Governo falava mais alto do que qualquer orador.

Por fim, uma palavra sobre a equipe com a qual Dino espera levar a bom termo a máquina administrativa. Como está empenhado em reduzir despesas, seria de bom alvitre que o Poder Executivo diminuísse o quilométrico secretariado egresso do primeiro mandato.

Salvo melhor juízo, o Governo nomeou em 2015 um exército em torno de 50 membros para o primeiro e segundo escalões. Como diria o saudoso jornalista Amaral Raposo, trata-se de “uma inutilidade organizada a serviço de ninguém.”

 

ARTE DE COZINHA

O Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Maranhão relança às 19 horas do dia 6 de dezembro, no Espaço Casa de Portugal, localizado no Convento das Mercês, uma renomada obra da culinária portuguesa.

Trata-se do livro “Arte de Cozinha”, de autoria de João Mata, cuja primeira edição data de 1876.

ANIVERSÁRIO EM MIAMI

Aziz Tajra Neto está convidando amigos para comemorarem com ele uma data muito importante.

Os oitenta anos de vida que completa em janeiro vindouro, a serem festejados na cidade americana de Miami.

Nos anos passados, Aziz costumava comemorar o aniversário no Rio de Janeiro.

FESTA DOS AMIGOS

Os amigos de Mauro Fecury estão contando as horas para a chegada de sábado próximo, dia 15 de dezembro.

Ao longo desse dia, os convidados, geralmente amigos de ontem e de hoje, se reúnem num evento de congraçamento, em que a alegria, a descontração e a fraternidade reinam em toda plenitude.

Este ano, a grande atração da Festa dos Amigos de Mauro será o cantor Altemar Dutra Junior.

PRESENÇA NA ABL

A posse do intelectual, Joaquim Falcão, na Academia Brasileira de Letras, na semana passada, contou com uma presença inesperada: Flávio Dino.

O governador maranhense, praticamente desconhecido do grande mundo intelectual do país, marcou presença no evento pelos laços de amizade que o prendem ao mais novo membro da Casa de Machado de Assis.

Além de convidado a participar da mesa dos trabalhos de posse de Falcão, Flávio ainda viveu um momento especial:  uma amistosa conversa com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A UNANIMIDADE DE KÁTIA

O universo cultural do país está enviando ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, um pedido especial e sem caráter político.

Trata-se da recondução de Kátia Bogéa ao cargo de Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Bolsonaro está impressionado com o prestígio de Kátia no Brasil, que, sem discrepância, pede pela sua permanência no IPHAN, onde, com competência e honestidade, realiza um trabalho irreparável em favor da preservação e da recuperação da memória do país.

MÃO NO JARRO

A Diretoria Federação dos Municípios do Estado do Maranhão prepara um documento para entregar pessoalmente ao presidente eleito Jair Bolsonaro.

A Famem aguarda a comunicação de Brasília para mobilizar o maior número possível de prefeitos do Maranhão para comparecer a esse oportuno encontro.

Bolsonaro ficaria imensamente satisfeito se ouvisse dos prefeitos do Maranhão o compromisso de que, na atual gestão, não vão meter a mão no jarro.

OBRA DA BR-135

Há anos os maranhenses lutam e anseiam pela duplicação da BR-135.

Graças aos esforços dos senadores e deputados do Maranhão no Congresso Nacional, o Governo do Presidente Michel Temer liberou os recursos consignados nas emendas parlamentares e destinadas à duplicação da BR-135, no trecho do Campo de Periz.

Na esteira dessa pródiga liberação, vieram em seguida os recursos para a duplicação do trecho entre Bacabeira e Santa Rita.

Quando tudo parecia tranquilo para a continuidade de obra tão importante, o Ministério Público Federal suspende os trabalhos sob o argumento de o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte não respeitar os critérios técnicos para a identificação das comunidades quilombolas.

NOME COMPLICADO

A Mesa Diretora da Câmara Federal, até agora, não conseguiu grafar corretamente o nome de um dos novos representantes do Maranhão no Congresso Nacional.

Trata-se do Pastor Gildenemyr.

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