O atentado sofrido pelo deputado Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República, revela que no Brasil, atos como o praticado em Juiz de Fora, não são esporádicos e nem aleatórios.
Os anais da nossa história registram vários acontecimentos nos quais pessoas reconhecidamente públicas tiveram suas vidas ceifadas por desentendimentos e divergências políticas, motivos pessoais e pretextos fúteis ou banais.
Os atentados executados no Brasil comumente acontecem em momentos tumultuados e de grande exacerbação de ânimos, que levam os agentes políticos ao cometimento de desmandos e insanidades.
Como exemplos desses desatinos políticos, que se recorde o ocorrido no Rio de Janeiro, em 1915, quando o candidato à Presidência da República, o gaúcho Pinheiro Machado, foi apunhalado pelas costas. Na Paraíba, em 1930, o jornalista João Dantas matou o candidato a Vice-Presidente, João Pessoa, que resultou na Revolução de Trinta. Em 1954, no Rio de Janeiro, o deputado Carlos Lacerda recebeu um tiro na perna, numa operação executada por Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal do Presidente Getúlio Vargas.
Como se não bastassem esses episódios, a memória também registra a macabra tentativa de tirar a vida do maranhense José Sarney, a 25 de janeiro de 1987, no Rio de Janeiro, quando participava da inauguração da reforma do Paço Imperial, na Praça 15.
O covarde ato, articulado e executado por um grupo de fanáticos do PT, PDT e CUT, nas primeiras horas da noite, invadiu e depredou o ônibus que conduzia Sarney, a esposa, Marly, ministros e funcionários graduados do Palácio do Planalto.
Os agressores, devidamente armados, ainda tentaram atacar Sarney, no que foram impedidos pela ação dos seguranças e das forças policiais, que prenderam os mais agressivos.
Aquele malogrado atentado não foi o primeiro contra a vida de Sarney. Na noite de 8 de novembro de 1967, em São Luís, no bairro da Belira, ele, no exercício do mandato de governador e no auge de sua popularidade, participava de um comício, em companhia de políticos, em favor de Clodomir Millet, candidato às eleições de senador.
Ao começar o seu pronunciamento, Sarney teve de interrompê-lo pela súbita invasão do palanque de um jovem, alto e moreno, que empunhando uma faca, aproximou-se do governador e anunciou em altos brados: – Sarney, tu vai morrer agora.
Impactado com a inopinada ação, Sarney ficou inerte, sendo salvo pelo capitão Albérico Ferreira e o oficial do gabinete, Mundinho Guterres, que, com extrema habilidade e coragem, interceptaram a insana ação do jovem, impedindo-o de praticar um ato delituoso.
Após a prisão, Antônio Araújo Filho, de trinta anos, comerciário, desempregado, de temperamento exaltado e de difícil relacionamento, foi submetido a rigorosos exames médicos, que o apontaram como portador de distúrbios psicológicos e de instabilidade emocional, motivos pelos quais foi absolvido pela Auditoria da 10ª Região Militar, a quem competia julgar os atos praticados contra a Segurança Nacional, pois, naquele tempo, o Brasil vivia sob o império do regime militar.
FICHA LIMPA E SUJA
Os dois candidatos ao Senado apresentados e apoiados pelo governador Flávio Dino são Ewerton Rocha e Elisiane Gama.
Tudo indica que o candidato da preferência do chefe do Executivo é Elisiane Gama, pois somente ela a referência, nos programas da Justiça Eleitoral, de possuir ficha limpa.
CHAPA ZEZÉ
Com relação à votação dos candidatos ao Senado, este ano, o comportamento do eleitorado de São Luís e do interior do Estado, será bem diferenciado.
Se na capital, a chapa Zezé, formada por Zé Reinaldo e Zé Sarney Filho, será a mais votada, no interior, ninguém supera Edison Lobão e Sarney Filho.
MESMO PENSAMENTO
Jaime Santana e Joaquim Haickel são amigos fraternais desde que desempenharam mandatos na Câmara dos Deputados e atuaram afinados na Constituinte de 1988.
Como ambos gostam de fazer previsões sobre a política maranhense, chegaram à conclusão de que a sucessão ao governo estadual só será definida no segundo turno.
SHOW DO PIAUÍ
O Ministério da Educação divulgou as vinte instituições de ensino médio que apresentaram os melhores desempenhos no IDEB.
Apenas duas são públicas. As restantes, dezoito, privadas, dentre as quais o Colégio Jockey e o Instituto Dom Bosco, do nosso vizinho, Piauí.
Se na área da Saúde o Piauí já era melhor do que o Maranhão, agora, no plano educacional, suplantou os maranhenses.
KÁTIA E GOVERNANTES
Quem ouviu o forte discurso da presidente do IPHAN, Kátia Bogéa, pronunciado em São Luís, na inauguração da Praça Pedro II, notou que ela não dá o mesmo tratamento ao governador Flávio Dino e ao prefeito Edivaldo Holanda Junior.
Com o prefeito de São Luís, Kátia se entende muito bem, já, com o governador do Estado, ela quer distância. E vice-versa.
BOLSONARO AVANÇA
Mais galopante do que o avanço do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonário, na corrida sucessória, é a adesão que ele recebe diariamente de gente intelectualizada e com boa formação ideológica.
Estou impressionado com a quantidade de gente amiga e conhecida que enfaticamente declara o voto para Bolsonaro, no entendimento de que só ele poderá salvar o Brasil.
POSSE DE TÓFOLLY
O ex-senador José Sarney fez uma ligeira pausa nas atividades que ora desenvolve em São Luís e viajou para Brasília, a fim de participar da solenidade de posse do ministro Dias Tófolly, de quem é amigo fraternal, na presidência do Supremo Tribunal Federal.
Neste final de mês, Sarney retorna a Brasília para proferir palestra no STF. Tema: Os trinta anos da nova Constituição do Brasil.
60 ANOS DE COROBA
O meu amigo e conterrâneo Benedito Coroba completou 60 anos de vida, quase todos dedicados à Ciência do Direito, que abraçou com abnegação e determinação. Depois de atuar com brilhantismo na advocacia, ingressou no Ministério Público, do qual é um dos mais dedicados representantes.
Chegou também a transitar na estrada da política, elegendo-se deputado estadual, pelo PDT, após o que se candidatou a prefeito de sua terra natal-Itapecuru-Mirim, não sendo bem-sucedido nas urnas.
No exercício do Ministério Público, Coroba não poupa os gestores municipais que descumprem as leis e atropelam as diretrizes contábeis e financeiras.