CARNAVAL E PREFEITURA

0comentário

Eu sou da época em que as prefeituras, excetuando-se a de São Luís, não patrocinavam festas carnavalescas no interior do Estado.

Tomo como exemplo a cidade em que nasci – Itapecuru-Mirim. Até antes da década de 1990, nenhum gestor municipal chegou a mobilizar recursos para bancar o carnaval, evento de alto custo alto e sem retorno financeiro.

Carnaval, no interior do Estado, era festa marcada pela espontaneidade, que o povo brincava alegremente na rua ou em residências particulares. Nos três dias da folia, a população divertia-se com os mascarados e os blocos que desfilavam modestamente fantasiados, mas às suas custas.

À noite, à falta de clubes sociais, os bailes, de primeira e de segunda se realizavam  em casas cedidas pelos moradores, animadas pelas orquestras locais. Nos chamados bailes de primeira, só a presença da elite. Nos de segunda, a participação da classe social menos dotada financeiramente e os nascidos com a pele parda ou negra. Além destes, os de terceira, nos quais as raparigas pontificavam.

Esse cenário prevaleceu no interior maranhense até antes dos anos 1990, com a invasão das bandas baianas, trazendo no repertório uma nova e irresistível modalidade de cantar e dançar, conhecida por axé music, que se impôs no país inteiro e fez desaparecer as tradicionais marchinhas carnavalescas.

Essas bandas baianas caíram no gosto da população, que passou a exigir dos prefeitos a presença delas em praças públicas.  Para bancá-las, pois os cachês eram elevados, os gestores municipais se valiam de duas alternativas.  A primeira: através de seus representantes na Câmara Federal ou na Assembleia Legislativa, pressionavam os governadores para atendê-los com recursos da Lei de Incentivos Fiscais, usada indevidamente.  A segunda: sem os recursos do Governo do Estado, apelavam para a ilegalidade, ou seja, com as verbas destinadas à saúde, educação e obras públicas. Alguns chegavam ao desplante de utilizar até o sagrado dinheiro do funcionalismo.

Não à toa, este ano, a Procuradoria-Geral de Justiça aprovou uma Representação, com o objetivo de normatizar o controle externo sobre a realização de eventos festivos e custeados com recursos públicos, os quais só poderão ser usados se as prefeituras estiverem em dia com o pagamento do funcionalismo público e os repasses das contribuições previdenciárias.

Com base nessa Representação, o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão entrou em campo e pronto para punir os gestores que infringirem esse oportuno dispositivo.

CANDIDATO A GOVERNADOR

Um ilustre e desconhecido prefeito de uma cidade do litoral ocidental do Maranhão, lançou-se candidato a governador do Estado, nas eleições de outubro.

O governador Flávio Dino e a ex-governadora Roseana Sarney não vão passar o carnaval sossegados e tranquilos com essa notícia, revelada pela  revista “Maranhão Hoje”.

O fato de ele cumprir o quinto mandato na prefeitura de Cedral, sem realizar gestões proveitosas em benefício da cidade e de seu povo, não o credenciam a disputar um pleito do nível de governador.

Talvez fosse melhor abandonar a vida pública.

MEIO SÉCULO DE IDADE

Só os amigos mais chegados ao governador Flávio Dino sabem que ele muda de idade a 30 de abril.

Mas poucos sabem que, este ano, ele completará meio século de vida.

Os que sabem, mobilizam-se discretamente, para a realização de um evento pomposo, para ficar eternamente guardado na memória não do governador, mas do cidadão Flávio Dino.

CALENDÁRIO DA AML

O Calendário da Academia Maranhense de Letras vem da época de Jomar Moraes, iniciativa que realizou com regularidade e competência, sempre  com o inestimável patrocínio da Fundação Sousândrade.

As diretorias que vieram nos anos pós Jomar deram continuidade à publicação do Calendário da AML, que se diferencia de outros por evocar datas culturalmente  relevantes da vida maranhense.

Ao longo da minha gestão, iniciada em 2010, jamais o Calendário da Casa de Antônio Lobo deixou de ser editado.

O deste ano registra efemérides que dizem respeito a quatro importantes figuras da cultura do Maranhão: o bicentenário de nascimento de Cândido Mendes de Almeida, o sesquicentenário de Graça Aranha e os centenários de Manoel Caetano Bandeira de Melo e de Pedro Braga Filho.

OITENTA ANOS

Não era meu propósito realizar evento para comemorar os meus oitenta anos de vida, que alcancei com viço, saúde, força e ímpeto.

Mas os amigos e conterrâneos de Itapecuru- Mirim, não se conformaram com a minha decisão e tomaram a iniciativa de, no próximo dia 17 de fevereiro, homenagearem um filho da terra que faz questão de sempre exaltá-la e de honrá-la.

Nesse dia, a partir das 10 horas, acontecerá um evento que começa com a celebração da missa em ação de graças e termina com um supimpa almoço.

CONCORRÊNCIA DE FARMÁCIAS

O mercado farmacêutico de São Luís é dominado por três fortes redes nacionais: Extrafarma, Pague menos e Globo, esta, ocupou o lugar da falida  Bigben.

A partir desta semana, essas três poderosas empresas terão pela frente uma forte concorrente, que vem de São Paulo a com o fito de oferecer produtos mais em conta aos consumidores maranhenses: a Drogasil.

CHIQUITA BACANA

Quando vejo a grande quantidade de carros  que a Secretaria de Segurança tem adquirido e colocado a serviço da população maranhense, não esqueço São Luís, a dos anos 1950.

Se hoje a cidade precisa de imensa frota de veículos, para atender a uma população de mais de um milhão de habitantes, naqueles idos, a capital maranhense, que contava com uma população estimada em cem mil almas, precisava apenas de um veículo motorizado.

Uma caminhoneta dotada de uma buzina ensurdecedora, logo batizada com o nome de Chiquita Bacana, marchinha carnavalesca, que fez muito sucesso nas festas de Momo.

MAIS EMPREGOS

Segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho, em São Luís, em 2017,  foram criadas mais de 70 mil novas vagas de trabalho com carteira assinada.

Por conta disso, a capital maranhense conquistou a quinta posição no ranking das 100 cidades que mais criaram empregos no ano passado.

Pelo que se sabe, essas novas vagas de trabalho foram criadas para preencher os quadros do puxa-saquismo, do afilhadismo, do nepotismo, do servilismo e do assistencialismo.

 

 

Sem comentário para "CARNAVAL E PREFEITURA"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS