Chegou a hora da celebração de um pacto político para o Brasil se reencontrar com o seu destino de país democrático, civilizado e livre das ameaças que possam levá-lo ao obscurantismo, ao autoritarismo e ao retrocesso econômico e social.
Para a consecução desse pacto, três pressupostos são essenciais. 1) mobilização de políticos e setores sociais não comprometidos com a promíscua parafernália sindical, oriunda do getulismo, no Estado Novo; 2) reunião dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio Lula da Silva, as maiores expressões políticas e partidárias do país, para que através do entendimento político e da paz interna, o Brasil retome o processo de desenvolvimento sócio-econômico; 3) convocação da Assembleia Nacional Constituinte, com o fim exclusivo de dar uma nova Carta Magna ao país, que não o torne ingovernável.
Dos três pressupostos, o segundo é urgente e imperioso, pois sem a participação dessas três figuras políticas na mesa de negociação e da discussão, a crise certamente se incrementará e terá um desfecho traumático, truculento e excepcional.
Sarney, FHC e Lula, homens públicos maduros e experientes, que, no exercício do poder, viveram momentos adversos e situações desconfortáveis, juntos e avalizados pela sociedade brasileira, podem oferecer ao país mecanismos para a superação de uma conjuntura institucional, sem precedentes em nossa história.
Defender a reunião dos três ex-presidentes é ter a certeza de que saberão com firmeza, seriedade e tirocínio empreender ações voltadas para unir o Brasil e não levá-lo ao caos. Nesse particular, não pode ser vista com bons olhos a proposta do PC do B e do PT de excluir José Sarney dessas tratativas, tentando afastá-lo de um ato político de salvação nacional.
Ninguém melhor do que Sarney – político astuto, intelectual preparado e cidadão habilidoso -, para ajudar o país a emergir da deplorável situação em que se encontra. Como se bastasse, a história de vida do ex-presidente, toda pontuada de marcantes ações, o credencia a participar de qualquer movimento voltado para unir o Brasil e vencer a batalha contra o desemprego, a recessão e a inflação.
Nesse sentido, vale registrar o que escrevem articulistas e redatores dos maiores veículos de comunicação do país, que proclamam em alto e bom som que só um acordo de grande monta, com a participação de Sarney, FHC e Lula, como articuladores e inspiradores, para o impasse institucional brasileiro chegará ao fim.
Este trecho do editorial do jornal Folha de São Paulo, retrata com fidelidade o que sociedade brasileira pensa nesta hora de angústia: “Lula da Silva, Fernando Henrique e José Sarney, além de serem os políticos mais influentes da República, na atualidade, são os membros com maior peso dentre de seus respectivos partidos-que são também os mais poderosos do país -, situação que lhe dá importância excepcional num momento em que a experiência, bom senso e influência são fatores fundamentais e decisivos nas articulações que estão em curso. Os três ex-presidentes são vistos como referências que, articuladas, podem conduzir seus partidos na escolha do nome para suceder Michel Temer.”
O FIM DA COLISEU
A Companhia de Limpeza e Serviço Urbano de São Luis, conhecida por Coliseu, vem dos anos 1970, em que o Maranhão era governado pelo professor Pedro Neiva de Santana, e a prefeitura da Capital maranhense estava sob o comando do engenheiro Haroldo Tavares, que a criou e enquanto durou prestou relevantes serviços à população.
Se a memória não falha, a companhia começou sofrer esvaziamento porque os prefeitos, a partir do prefeito Tadeu Palácio, passaram a não lhe dar uma estrutura compatível com o crescimento da urbe ludovicense.
Com a extinção da Coliseu, por iniciativa do prefeito Edivaldo Junior, nada mais resta de uma época em que a prefeitura procurava resolver satisfatoriamente os problemas da cidade, tendo à sua frente gestores do nível de Haroldo Tavares.
FRAGMENTAÇÃO DA UEMA
Quando da criação da Universidade Estadual do Sul do Maranhão, em Imperatriz, eu disse, sem ser profeta, que outras iniciativas nesse sentido seriam reivindicadas ao governador.
Dito e feito. A primeira solicitação com o objetivo de fragmentar a Uema veio dos políticos de Caxias, pensando na criação da Universidade Estadual do Sertão Maranhense.
Agora, um deputado do PT encaminha a Flávio Dino um pedido para a criação da Universidade Estadual da Região da Baixada Maranhense.
Que o governador pense como Winston Churchill: pense mais nas gerações e menos nas eleições.
LEI DA CACHAÇA
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou lei que obriga bares, restaurantes, hotéis e similares a incluírem em suas cartas, bebidas destiladas, conhecidas por cachaças.
Um vereador de São Luis quer apresentar à Câmara Municipal um projeto que só não é igual ao do Rio de Janeiro porque troca a cachaça pela tiquira.
Faz sentido.
BIOGRAFIAS DE ARTISTAS
Depois do lançamento das biografias de Elke Maravilha e de Hebe Camargo, vem aí a de Wanderleia.
Uma pergunta está no ar: será que as biografias de Elke Maravilha e de Wanderleia farão alusão aos romances que elas tiveram, em época diferentes, com dois jovens maranhenses, bem cotados e conceituados em nossa cidade?
EMPREGADA DOMÉSTICA
Saiu no jornal de São Luis um anúncio que fez um tremendo furor junto à mocidade universitária.
O anúncio procurava uma doméstica, entre 30 a 50 anos, para trabalhar em São Paulo, com o salário de R$ 3.000, 00.
Mais de 100 jovens, com diploma universitário, mas desempregados, habilitaram-se ao emprego oferecido.
SARNEY E IMPERATRIZ
Na opinião do ex-deputado Gastão Vieira a população tocantina não pode mais se queixar ou ter algum ressentimento contra o ex-senador José Sarney.
Motivo: ninguém mais do que Sarney lutou com tamanho ardor para que o Ministério da Educação autorizasse o funcionamento do curso de Medicina em Imperatriz.
Mais ainda: o Ceuma começará o curso oferecendo à região tocantina cerca de 200 vagas.
O ADVOGADO PEDRO LEONEL
O Maranhão possui dois cidadãos, ambos veteranos, mas, em matéria de política e de advocacia, não perdem para ninguém.
Na política, Sarney, que do auge de seus 87 anos continua dando show de bola. É sempre imitado, mas nunca igualado.
Na advocacia, difícil encontrar um profissional como Pedro Leonel, um setentão que se mantém atualizado e raramente perde uma causa aqui ou alhures.
Qualquer deslize no campo do Direito, Pedro Leonel não perdoa. Na semana passada, aprontou mais uma, desta feita na direção do presidente da OAB nacional, a quem aconselhou a reexaminar o pedido de impeachement do presidente Michel Temer,que, na sua opinião, é uma peça frágil e destituída de provas dos alegados crimes.