Não foram poucas as vezes que o aniversariante de hoje recebeu de mim o testemunho da forte amizade que lhe dedico e de que sempre estou presente nas ferrenhas lutas travadas contra as incompreensões, as conspirações, as invejas dos que se acham donos da verdade e querem destruí-lo ou jogá-lo no ostracismo porque pratica a política com P maiúscula e não a usa para fins ilícitos.
Em momentos dramáticos, Gastão teve de minha parte a demonstração viva da amizade, a manifestação da solidariedade e o intransigente apoio, que sempre fiz questão de expressar pública e particularmente.
Recordo-me do artigo “Ter um amigo como Gastão”, veiculado, neste espaço jornalístico, na hora em que uma tempestade política desejava arrastá-lo para “mares nunca dantes navegáveis”, como dizia o poeta. Sem pestanejar parti para defendê-lo, confortá-lo moralmente, e proclamar em alto e bom som que, por acompanhar de perto a sua atuação pública, de técnico e político, testemunho o rigor com que a cumpre com lisura, responsabilidade e sem arredar dos princípios éticos que o levaram à conquista do respeito da sociedade pelas causas defendidas, algumas vezes, obrigando-se a pagar um preço alto.
No mesmo artigo, também, revelei a satisfação e o orgulho de tê-lo visto em ação ao longo do tempo, com exemplar desempenho, no governo Pedro Neiva de Santana, de onde saiu para trabalhar no Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e depois no Projeto Carajás, em Brasília, migrando em seguida para a política, elegendo-se deputado estadual à Assembleia Legislativa pelo PMDB por dois mandatos, brilhando, especialmente, na elaboração da nova Constituição do Maranhão, em 1989.
Devido à sua extraordinária atuação parlamentar, chegou à Câmara Federal, cumprindo quatro mandatos, no exercício dos quais respondeu pela vice-liderança do PMDB e pela presidência da Comissão Nacional de Educação.
Essa atuação parlamentar interrompeu-se nos Governo Edison Lobão e Roseana Sarney, chamado para ocupar os cargos de secretário de Planejamento e da Educação, notabilizando-se pelo trabalho executado. Anos depois, teve o reconhecimento público nacional pela presidente Dilma Roussef, que o nomeou ministro do Turismo, no momento em que o órgão estava desacreditado e ele, com a sua indiscutível inteligência, recuperou o prestígio do Ministério dentro e fora do país.
Em outro momento da vida pública de Gastão, não recuei da batalha na qual se viu envolvido, em meio às dificuldades e adversidades, como candidato ao Senado da República e ocupar a vaga de Epitácio Cafeteira, cuja vida política, felizmente, chegava ao fim. Naquela tumultuada ocasião, por meio do artigo “Hora e vez de Gastão”, insurgir-me de público contra a implosão de uma candidatura que o Maranhão reclamava, mas que a mesquinharia e a politicalha ameaçavam pulverizá-la através de manobras sórdidas, mas sustadas diante da reação e da permanente vigília dos familiares e amigos.
A luta travada por Gastão para disputar aquela eleição majoritária tinha um precedente nada edificante. Bastava lembrar o pleito de 2004, em que concorreu ao cargo de prefeito de São Luis e ficou perdido no meio do caminho sem lenço e sem documento, como diria Caetano Veloso, ele, o candidato mais preparado para gerir os negócios da prefeitura e dono do melhor discurso na campanha.
Inobstante às cautelas tomadas, infelizmente, a campanha de 2014, mutatis mutandis, assemelhou-se à de 2004. A sua candidatura chegou tardiamente às ruas e às cidades do interior e não contou com os instrumentos necessários para levar de roldão o seu opositor. Mesmo assim, teve fôlego para suportar as adversidades e só perdeu por força de um pesado rolo compressor do candidato adversário.
Quando vejo a luta de Gastão para conquistar um lugar ao sol nesse intrincado cenário político maranhense, não compreendo como isso acontece com um dos melhores quadros da nossa vida pública, ele, dotado de valiosas qualidades morais e intelectuais, aprovado como político e técnico, pronto e no ponto de ser um excelente governador do Maranhão, pois preparo e conhecimento tem de sobra.
Se isso acontece no plano local, o mesmo não ocorre no plano nacional, onde Gastão, por mérito e justiça, foi convocado para ocupar lugares de relevo, como ministro do Turismo, no primeiro governo de Dilma, e recentemente, nomeado, no segundo governo Dilma, para presidir o FNDE, o órgão mais importante do Ministério da Educação, que o presidente Michel Temer deseja mantê-lo, por conta da sua vida limpa e honrada e pelos serviços relevantes prestados ao Maranhão e ao Brasil.
FEIRA DO LIVRO
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior, a despeito das dificuldades financeiras da prefeitura, bateu o martelo.
A Feira do Livro de São Luis será realizada chova ou faça sol, na Praia Grande, mas em menos dias do que as anteriores. Em vez de dez dias, apenas uma semana.
O prefeito decidiu fazê-la para que a sua gestão não seja responsabilizada pelo fim de um evento cultural tão importante para a cidade.
JOVENS DEPUTADOS
Lamentavelmente, os deputados federais da bancada maranhense, que se posicionaram ao lado do deputado Eduardo Cunha, são os mais jovens.
Fufuquinha e Alberto Filho sucumbiram diante das promessas e das conversas mirabolantes do deputado Eduardo Cunha e votaram contra o relatório que manda cassar o seu mandato parlamentar.
Vão ficar marcados pelo resto da vida.
CIDADANIA MINEIRA
O advogado Carlos de Araújo Cateb, meu amigo e colega de turma, na Faculdade de Direito de São Luis, recebeu na semana passada o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte.
A outorga da honraria foi conferida ao nosso conterrâneo pela Câmara Municipal da capital de Minas Gerais.
Motivo: há quarenta anos ele preside a Associação Profissionalizante do Menor de Belo Horizonte, que cuida de preparar os adolescentes e os jovens pobres para uma vida mais digna e menos sofrida.
NOTA DE HAICKEL
Na última edição do Festival Guarnicê de Cinema, promovido pela Universidade Federal do Maranhão, 16 filmes foram selecionados para a competição de curtas metragens.
Quatro deles foram realizados por maranhenses, sendo três produzidos pelo cineasta Joaquim Haickell e meritoriamente premiados.
Foram também premiados O Assalto, de Arturo Saboia, e Signo das Tetas, de Fred Machado.
STALIN OU KRUSCHEV?
Um blogueiro, que não gosta do governador Flávio Dino e muito menos de seu governo, resolveu compará-lo a um estadista russo, razão pela qual passou a chamá-lo de “Stalin do Maranhão”.
Muita gente não concorda com essa comparação e acha que
Flávio está mais para Kruschev do que para Stalin.
FILHO DE CERVERÓ
O ex-presidente José Sarney escapou das investidas feitas por Bernardo Cerveró, que desejava entrevistá-lo.
O filho do ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró, tentou várias vezes encontrar-se com Sarney, em Brasília.
Mas o ex-presidente desconfiou daquela entrevista inusitada e tirou o corpo fora.
Bernardo foi o mesmo que gravou conversas com o senador cassado Delcídio Amaral.