O prefeito Edivaldo Holanda Júnior merece aplausos pelo lançamento do edital de licitação do Sistema de Transporte Coletivo de São Luis, promessa feita na campanha política de 2010 e cumprida ao final do mandato.
A louvável iniciativa do gestor suscita uma instigante pergunta que tem tudo a ver com a mobilidade da cidade: por que Edivaldo Junior, ao longo de seu mandato, não tomou nenhuma providência para o VLT funcionar? Tempo ele teve – e de sobra – para por em ação um moderno meio de transporte urbano, que poderia contornar um dos problemas mais graves da cidade e que afeta diretamente a população mais sacrificada financeiramente.
Perdeu o prefeito excelente oportunidade de tratar da questão do transporte coletivo, que remonta à década de 1960, quando São Luis se viu invadida por expressivos contingentes humanos, egressos do interior do Estado, em busca de melhores condições de vida, que fizeram a cidade se esgarçar em vários sentidos e mudar a sua fisionomia urbana, fato que exigiu das autoridades governamentais a instalação imediata de novos serviços públicos, para atender às necessidades desses habitantes.
Dentre os serviços mais reclamados, pontificava o transporte coletivo, até hoje, insuficiente e desqualificado para o atendimento da população de São Luis que cresceu de modo espantoso e se ressentiu sobremodo com a retirada de circulação dos bondes, os quais, a despeito de precários e limitados, realizavam o serviço de transporte urbano e suburbano com regularidade.
Por ironia da história, os bondes foram defenestrados das ruas de São Luis no governo José Sarney, que, sob o império do planejamento, inspirou-se no rodoviarismo, programa que o ex-presidente Juscelino Kubitscheck executara no seu governo (1955 a 1960), quando construiu e pavimentou milhares de quilômetros de estradas de rodagem, fazendo com que os transportes movidos à energia elétrica fossem substituídos pelos usuários dos derivados do petróleo (óleo e gasolina).
Para introduzir a modernidade rodoviarista no Maranhão, o Governo contrata uma firma do Rio de Janeiro – FONTEC, para, em São Luis, organizar , tal como na Cidade Maravilhosa, um plano de transporte coletivo, para melhorar a mobilidade urbana.
Como o plano priorizava o transporte movido a combustível e não o sustentado na energia elétrica, os bondes foram, gradativamente, desativados e substituídos por ônibus e lotações.
Esse projeto rodoviarista subsistiu até o final da gestão do prefeito João Castelo, o qual, pensando na reeleição, decide implantar em São Luis, sem qualquer planejamento, a mais nova modalidade de transporte urbano: o VLT ou Veículo Leve sobre Trilhos, mas, pela maneira açodada e improvisada como foi concebido, resultou em fracasso.
Castelo, sem condições materiais e temporais de implantar o VLT, legou a tarefa ao sucessor, no que foi desprezada literalmente pelo atual prefeito, que, se tivesse feito um esforço nesse sentido, estaria com a reeleição garantida, pois o Veículo Leve sobre Trilhos, no momento, é apontado como o equipamento mais viável para que os impasses nas urbes, na área de transporte coletivo, sejam resolvidos.
O VLT é mais confortável que os bondes, sustentável ambientalmente, não polui, sendo fabricado com tecnologia avançada. Um estudo de especialistas revela que cada VLT equivale a 200 carros ou a sete ônibus a menos nas ruas. Não por acaso é considerado o meio de transporte ideal para o futuro das cidades.
A população de São Luis esperava que o prefeito Edvaldo Holanda Junior, neste final de administração, além do edital de licitação do transporte coletivo, deixasse o VLT em operação.
Como nada aconteceu, resta esperar do futuro gestor da cidade, diria Winston Churchil, pensando mais nas gerações e menos nas eleições, ponha em funcionamento tão útil veiculo de transporte coletivo, que poderá não resolver completamente o problema da mobilidade urbana, mas deixará a população mais aliviada e menos sofrida.
Se o prefeito eleito em vez de prometer, assumir o compromisso de priorizar o projeto do Veiculo Leve sobre Trilhos e transformá-lo em realidade, decerto chegará ao pódio em que se encontram os ex-gestores Rui Mesquita e Haroldo Tavares, sempre lembrados pelo que fizeram de proveitoso para melhorar a vida dos que aqui nasceram e dos que a escolheram, como eu, para nela morar.
DNA DA CRIMINALIDADE
Está provado que o DNA das cenas de terrorismo de São Luis é o mesmo de todo o país.
Significa dizer que o crime se nacionalizou e precisa de ações unificadas do Estado contra a criminalidade.
A sociedade exige das autoridades um protocolo na guerra nacional ao crime organizado.
HAROLDO EM DOCUMENTÁRIO
Os que assistiram ao documentário sobre o saudoso Haroldo Tavares, exibido na noite de segunda-feira, no auditório do Ceuma, não economizam palavras de elogios à obra cinematográfica, produzida e dirigida pelo cineasta Joaquim Haickel.
O documentário, com mais de cem minutos de duração, foi efusivamente aplaudido por três motivos. 1) evocou e mostrou com fidelidade o magnífico trabalho realizado pelo engenheiro Haroldo Tavares na Secretaria de Obras Públicas, no governo José Sarney, e na prefeitura de São Luis, na gestão do governador Pedro Neiva; 2) a firme direção e a esplendida produção de Joaquim Haickel, que provou não ser à toa as premiações que vem ganhando no Brasil e no exterior; 3) o nível dos entrevistadores que participaram do trabalho cinematográfico: José Sarney, Jaime Tavares, José Reinaldo Tavares, Benedito Buzar, Luiz Raimundo Carneiro, Bento Moreira Lima, Américo Azevedo Neto, Adolfo Von Randow e Benedito Pires.
CONTRA MARANHÃO
O respeitado senador da Paraíba, José Maranhão, usou a tribuna do Senado para fazer um aviso aos colegas do Congresso Nacional.
Deixou de lado o sobrenome Maranhão para não ser confundido com Waldir.
SEMPRE NA EXPECTATIVA
O senador Roberto Rocha quis ser ministro de Minas e Energia, mas o presidente Michel Temer optou por um senador com mais cacife político.
Agora, se oferece para ser líder do Governo no Senado.
Há quem diga que tem pouca chance de ser escolhido para o cargo.
BRUXA ACADÊMICA
Para alegria de familiares e amigos, o escritor Jomar Moraes deixou o Hospital Dutra, onde estava internado para tratamento de problema renal.
Depois de Jomar, outro membro da Academia Maranhense de Letras, Lino Moreira, adoeceu e, por recomendação médica, também esteve hospitalizado, mas já se recuperou.
No Hospital Dutra, Jomar e Lino tiveram a assistência integral e dedicada do médico e confrade, Natalino Salgado.
CANDIDATURA DE GERVÁSIO
Na solenidade de lançamento de livros no Tribunal de Justiça, o presidente, desembargador Cleones Cunha, revelou em alto e bom som o seu apreço e a admiração ao juiz Gervásio Santos Junior.
Primeiro, elogiou o seu desempenho como presidente da Associação dos Juízes do Maranhão.
Depois, lançou-o candidato à Associação dos Juízes do Brasil, no que foi aplaudido pelos magistrados presentes.