O DEPUTADO QUE ENVERGONHA O MARANHÃO

0comentário

Goste-se ou não de José Sarney, tenha por ele aversão ou admiração, difícil negar-lhe o mérito de ser o mais completo político nascido no Maranhão, em qualquer tempo.

Ao longo de cinqüenta anos de jornada política, em que só não se elegeu vereador e deputado estadual, teve Sarney intensa participação na vida pública brasileira, no exercício dos mandatos de deputado federal, governador, senador e presidente da República, convivendo com os mais renomados valores da oposição ou do governo, dos quais sempre mereceu exaltados elogios pelas ações e iniciativas em prol do progresso nacional.

Cometeria, contudo, grande injustiça se apontasse Sarney como o único político maranhense que brilhou cenário parlamentar brasileiro. Se remontarmos aos tempos do Império, da Velha e da Nova República, veremos que os representantes do Maranhão, no Senado e na Câmara dos Deputados, pelas convincentes atuações, deixaram os nomes indelevelmente marcados, levando-os, ademais, à projeção regional e nacional.

Na fase do Império, por exemplo, como não lembrar as figuras de Felipe e Joaquim Franco de Sá, Joaquim Vieira da Silva, João Pedro Dias Vieira, Cândido Mendes de Almeida, João Bráulio Muniz, Odorico Mendes, Frederico Magno de Abranches, Estevão Rafael de Carvalho, Fábio Alexandrino de Carvalho Reis, João Francisco Lisboa, Joaquim Gomes de Sousa, Frederico José Corrêa, Gentil Braga, Gomes de Castro, Francisco Belfort Duarte e Heráclito de Almeida Pereira Graças.

Na Velha República, não se pode esquecer vultos da grandeza moral, intelectual e política de Artur Calares Moreira, Benedito Leite, Domingos Barbosa, Dunshee de Abranches, Francisco da Cunha Machado, Joaquim Ribeiro Gonçalves, Godofredo Viana, Herculano Parga, Urbano Santos, Magalhães de Almeida, José Barreto da Costa Rodrigues, José Eusébio de Carvalho, José Luso Torres, Viriato Corrêa, Viveiros de Castro e Humberto de Campos.

Na Nova República, o Congresso Nacional  iluminou-se pelas presenças vibrantes de Lino Machado, Clodomir Cardoso, Antenor Bogéa, Alarico Pacheco, Afonso Matos, Odilon Soares, Alfredo Duailibe, José Neiva, Hugo da Cunha Machado, Carvalho Guimarães, Newton Bello, Renato Archer, Clodomir Millet, Neiva Moreira, Antônio Dino, Cid Carvalho, José Sarney, Henrique de La Rocque Almeida, José Burnett, Miguel Bahury, Alexandre Costa, Pedro Braga e outros menos votados.

Esse radioso ciclo político, no qual pontificaram figuras de realce,  encerrou-se  em 1964 com o advento do regime militar, que, por meio das leis de exceção e arbitrárias, expulsou da vida pública parlamentares de excepcional qualidade e ainda forjou uma legislação eleitoral que discriminava os que não rezavam na cartilha do autoritarismo.

Foi a partir dessa ruptura democrática que o Maranhão deixou de mandar para o Congresso Nacional representantes da têmpera e do nível dos que tivemos no passado. Se o leitor quiser comprovar essa verdade, tente, através do exercício da memória, selecionar dez parlamentares – eu disse dez- que de 1964 aos dias atuais possam figurar numa galeria de deputados corretos, dignos e capazes de honrar o voto do eleitor.

A representação maranhense que, nos últimos tempos, tem saído das urnas é de uma visível e indiscutível pobreza moral e política. As legislaturas se sucedem, mas o quadro parlamentar não melhora. Ao contrário, piora e nos deixa mal perante a Nação, pois poucos são os que se destacam. Alguns, quando aparecem, nos envergonham e nos enchem de tristeza ou de raiva, pelos constrangedores papelões que praticam, como é o caso de Waldir Maranhão, que pela terceira vez se elege deputado federal, repleto de pecados veniais e mortais, sem contar os deslizes e os atos inescrupulosos que cometem em nome da imunidade parlamentar.

Se tivéssemos uma Justiça Eleitoral comprometida com a moralidade pública, Waldir Maranhão jamais teria o seu registro de candidato a deputado federal deferido. Esse cara ingressou na vida pública não para defender o povo e lutar por boas causas, mas para usufruir das regalias e das vantagens que a politicalha oferece aos que dela desejam apenas tirar proveito pessoal.

Arrolado como ficha suja, consegue, por artifícios jurídicos tendenciosos, burlar a legislação e enganar os juízes. Neste mandato, fez-se amigo do mais esperto e safado político que o Brasil produziu nos últimos tempos o deputado Eduardo Cunha, o qual, por meio de ardilosa jogada, fez dele – um bisonho parlamentar e do baixo clero – o 1º vice-presidente da Câmara Federal.

Conheço Waldir Maranhão desde os anos 1990, quando lutávamos em lados opostos pela causa da Universidade Estadual do Maranhão. Naquela época, ele já mostrava o que era e como procedia para alcançar o que desejava. Fez-se candidato a reitor da Uema, e usou manhas e artimanhas para ganha a eleição, mas não consumadas porque  o grupo que lhe fazia oposição foi à Justiça e o magistrado mandou anular a votação dada a ele, bem como proibiu de o seu nome figurar na lista tríplice de reitor, em decorrência das inúmeras irregularidades praticadas no processo eleitoral.

BARBAS DE MOLHO

Márcio Jerry que bote as barbas de molho. O governador Flávio Dino encantou-se com o desempenho político de Waldir Maranhão.

De tal modo que não se decepcionou e nem se irritou com o ato do  parlamentar de revogar a decisão que anulou sessão de impeachement da presidente Dilma Roussef.

Pelo que se fala se Waldir for expulso do PP, as portas do PC do B estão abertas para ele. Se quiser fazer parte de seu governo, pode escolher a secretaria de seu desejo.

BIGODE DE WALDIR

O bigode do deputado Waldir Maranhão ganhou as atenções da opinião pública nacional, que se dividiu quanto à presença daquele estrupício no rosto masculino.

A maior parte da população abomina o bigode do parlamentar maranhense, tanto que o humorista Tiririca mandou tirar o seu para não ficar parecido com Waldir.

Mas na bancada do Maranhão, na Câmara Federal, há um deputado que se deixar o bigode crescer pode ser confundido com Waldir: Weverton  Rocha.

AZAR DO MARANHÃO

Quando um deputado maranhense chega a um cargo tão importante e relevante, como o de 1º primeiro vice-presidente da Câmara Federal, é muita falta de sorte um Waldir Maranhão ser escolhido para ocupá-lo.

Quem paga por isso: o nosso querido Estado do Maranhão, que passou a ser enxovalhado e execrado por ter na sua representação parlamentar uma figura política tão estapafúrdia e sem princípio.

IMAGEM DE WALDIR

A imagem pessoal de Waldir Maranhão é tão caricata que está sendo comparado a duas figuras grotescas.

Na vida real ao ex-deputado Severino Cavalcante.

Na ficção, ao coronel Justo Veríssimo, personagem criada por Chico Anísio.

ENTRADA PROIBIDA

Waldir Maranhão diz que só toma qualquer atitude política depois de conversar com Deus.

Como vem usando o nome do Criador em vão, São Pedro proibiu a sua entrada no mundo celestial.

Sem comentário para "O DEPUTADO QUE ENVERGONHA O MARANHÃO"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS