O PREFEITO E O VLT

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O prefeito Edivaldo Holanda Júnior merece aplausos pelo lançamento do  edital de licitação do Sistema de Transporte Coletivo de São Luis, promessa feita na campanha política de 2010 e cumprida ao final do mandato.

A louvável iniciativa do gestor suscita uma instigante pergunta que tem tudo a ver com a mobilidade da cidade: por que Edivaldo Junior, ao longo de seu mandato, não tomou nenhuma providência para o VLT funcionar? Tempo ele teve – e de sobra – para por em ação um moderno meio de transporte urbano, que poderia contornar um dos problemas mais graves da cidade e que afeta diretamente a população mais sacrificada financeiramente.

Perdeu o prefeito excelente oportunidade de tratar da questão do transporte coletivo, que remonta à década de 1960, quando São Luis se viu invadida por expressivos contingentes humanos, egressos do interior do Estado, em busca de melhores condições de vida, que fizeram a cidade se esgarçar em vários sentidos e mudar a sua fisionomia urbana, fato que exigiu das autoridades governamentais a instalação imediata de novos serviços públicos, para atender às necessidades desses habitantes.

Dentre os serviços mais reclamados, pontificava o transporte coletivo, até hoje, insuficiente e desqualificado para o atendimento da população de São Luis que cresceu de modo espantoso e se ressentiu sobremodo com a retirada de circulação dos bondes, os quais, a despeito de precários e limitados, realizavam o serviço de transporte urbano e suburbano com regularidade.

Por ironia da história, os bondes foram defenestrados das ruas de São Luis no governo José Sarney, que, sob o império do planejamento, inspirou-se no rodoviarismo, programa que o ex-presidente Juscelino Kubitscheck executara no seu governo (1955 a 1960), quando construiu e pavimentou milhares de quilômetros de estradas de rodagem, fazendo com que os transportes movidos à energia elétrica fossem substituídos pelos usuários dos derivados do petróleo (óleo e gasolina).

Para introduzir a modernidade rodoviarista no Maranhão, o Governo contrata uma firma do Rio de Janeiro – FONTEC,  para, em São Luis, organizar , tal como na Cidade Maravilhosa, um plano de transporte coletivo, para melhorar a mobilidade urbana.

Como o plano priorizava o transporte movido a combustível e não o sustentado na energia elétrica, os bondes foram, gradativamente, desativados e substituídos por ônibus e lotações.

Esse projeto rodoviarista subsistiu até o final da gestão do prefeito João Castelo, o qual, pensando na reeleição, decide implantar em São Luis, sem qualquer planejamento, a mais nova modalidade de transporte urbano: o VLT ou Veículo Leve sobre Trilhos, mas, pela maneira açodada e improvisada como foi concebido, resultou em fracasso.

Castelo, sem condições materiais e temporais de implantar o VLT, legou a tarefa ao sucessor, no que foi desprezada literalmente pelo atual prefeito, que, se tivesse feito um esforço nesse sentido, estaria com a reeleição garantida, pois o Veículo Leve sobre Trilhos, no momento, é apontado como o equipamento mais viável para que os impasses nas urbes, na área de transporte coletivo, sejam resolvidos.

O VLT é mais confortável que os bondes, sustentável ambientalmente, não polui, sendo fabricado com tecnologia avançada. Um estudo de especialistas revela que cada VLT equivale a 200 carros ou a sete ônibus a menos nas ruas. Não por acaso é considerado o meio de transporte ideal para o futuro das cidades.

A população de São Luis esperava que o prefeito Edvaldo Holanda Junior, neste final de administração, além do edital de licitação do transporte coletivo, deixasse o VLT em operação.

Como nada aconteceu, resta esperar do futuro gestor da cidade, diria Winston Churchil, pensando mais nas gerações e menos nas eleições, ponha em funcionamento tão útil veiculo de transporte coletivo, que poderá não resolver completamente o problema da mobilidade urbana, mas deixará a população mais aliviada e menos sofrida.

Se o prefeito eleito em vez de prometer, assumir o compromisso de priorizar o projeto do Veiculo Leve sobre Trilhos e transformá-lo em realidade, decerto chegará ao pódio em que se encontram os ex-gestores Rui Mesquita e Haroldo Tavares, sempre lembrados pelo que fizeram de proveitoso para melhorar a vida dos que aqui nasceram e dos que a escolheram, como eu, para nela morar.

DNA DA CRIMINALIDADE

Está provado que o DNA das cenas de terrorismo de São Luis é o mesmo de todo o país.

Significa dizer que o crime se nacionalizou e precisa de ações unificadas do Estado contra a criminalidade.

A sociedade exige das autoridades um protocolo na guerra nacional ao crime organizado.

HAROLDO EM DOCUMENTÁRIO

Os que assistiram ao documentário sobre o saudoso Haroldo Tavares, exibido na noite de segunda-feira, no auditório do Ceuma, não economizam palavras de elogios à obra cinematográfica, produzida e dirigida pelo cineasta Joaquim Haickel.

O documentário, com mais de cem minutos de duração, foi efusivamente aplaudido por três motivos. 1) evocou e mostrou com fidelidade  o magnífico trabalho realizado pelo engenheiro Haroldo Tavares na Secretaria de Obras Públicas, no governo José Sarney, e na prefeitura de São Luis, na gestão do governador Pedro Neiva; 2) a firme direção e a esplendida produção de Joaquim Haickel, que provou não ser à toa as premiações que vem ganhando no Brasil e no exterior; 3) o nível dos entrevistadores que participaram do trabalho cinematográfico: José Sarney, Jaime Tavares, José Reinaldo Tavares, Benedito Buzar, Luiz Raimundo Carneiro, Bento Moreira Lima, Américo Azevedo Neto, Adolfo Von Randow e Benedito Pires.

CONTRA MARANHÃO

O respeitado senador da Paraíba, José Maranhão, usou a tribuna do Senado para fazer um aviso aos colegas do Congresso Nacional.

Deixou de lado o sobrenome Maranhão para não ser confundido com Waldir.

SEMPRE NA EXPECTATIVA

O senador Roberto Rocha quis ser ministro de Minas e Energia, mas o presidente Michel Temer optou por um senador com mais cacife político.

Agora, se oferece para ser líder do Governo no Senado.

Há quem diga que tem pouca chance de ser escolhido para o cargo.

BRUXA ACADÊMICA

Para alegria de familiares e amigos, o escritor Jomar Moraes deixou o Hospital Dutra, onde estava internado para tratamento de problema renal.

Depois de Jomar, outro membro da Academia Maranhense de Letras, Lino Moreira, adoeceu e, por recomendação médica, também esteve hospitalizado, mas já se recuperou.

No Hospital Dutra, Jomar e Lino tiveram a assistência integral e dedicada do médico e confrade, Natalino Salgado.

CANDIDATURA DE GERVÁSIO

Na solenidade de lançamento de livros no Tribunal de Justiça, o presidente, desembargador Cleones Cunha, revelou em alto e bom som o seu apreço e a admiração ao juiz Gervásio Santos Junior.

Primeiro, elogiou o seu desempenho como presidente da Associação dos Juízes do Maranhão.

Depois, lançou-o candidato à Associação dos Juízes do Brasil, no que foi  aplaudido pelos magistrados presentes.

 

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SARNEY FILHO VEM AÍ

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A nomeação do deputado Sarney Filho para o Ministério do Meio Ambiente não foi questionada e nem sofreu reparos da imprensa ou dos ambientalistas.

O parlamentar maranhense retorna ao cargo que exerceu na gestão do Presidente Fernando Henrique Cardoso, de janeiro de 1999 a março de 2002, com desempenho notável e elogiado por grupos e entidades que se preocupam com o meio ambiente.

Nomeado para o Ministério onde atuou com desenvoltura e tirocínio, significa reconhecer o seu exemplar trabalho em prol da ecologia brasileira e uma homenagem ao pai, o ex-presidente José Sarney, o político de maior expressão na vida pública do Brasil, nos últimos cinqüenta anos, cuja experiência, talento e capacidade o País não pode prescindir.

Ao ser pinçado para ocupar cargo tão importante, num órgão de tamanha relevância e numa hora de extrema dificuldade pela qual atravessa o Brasil, Sarney Filho, agora, com mais conhecimento e experiência,  certamente, corresponderá às expectativas da Nação, do Presidente Michel Temer, do Partido Verde,  e dos e amigos e correligionários do Maranhão, que aspiram vê-lo no comando do  Governo do Estado, quem sabe, após as próximas eleições.

Se realizar boa gestação no Ministério do Meio Ambiente, como fez no Governo de FHC, tem tudo para concorrer à sucessão de Flávio Dino, pois de todos os deputados federais que integram a bancada maranhense no Congresso Nacional, é o que tem mais rodagem. São nove mandatos federais consecutivos e desempenhados em 1982(PDS), 1986, 1990, 1994(PFL), 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014, pelo Partido Verde, onde até hoje carrega a bandeira da preservação do meio ambiente.

Antes de ser deputado federal, elegeu-se deputado estadual pela ARENA- Aliança Renovadora Nacional, partido que o regime militar criou e impôs à classe política. Ao longo de sua vida pública, tentou duas vezes ser candidato a governador do Maranhão, mas seu projeto político não se consubstanciou por motivos circunstanciais e próprios da cena partidária.

A primeira vez, na sucessão do governador Epitácio Cafeteira (1987-1991), em que este chegou ao governo dentro de um inacreditável acordo político, pelo qual se fez candidato à sucessão de Luiz Rocha, com o apoio do grupo sarneísta, encabeçado pelo próprio Presidente da República, José Sarney.

Mas contrariando o seu slogan político – prometeu e cumpriu- Cafeteira não honrou a palavra de fazer Sarney Filho o seu substituto no Palácio dos Leões. Inflou aquela candidatura até certo ponto de sua gestão. Com a aproximação do fim do governo de Sarney, Cafeteira passou a fazer corpo mole até romper o compromisso de apoiar o filho do Presidente da República à sua sucessão.

A segunda vez, quando a estrela de Roseana reluziu no firmamento político estadual e nacional, em decorrência do papel que desempenhou no Congresso Nacional, por ocasião do impeachement do Presidente Fernando Collor de Melo.

Roseana, transformada em musa, contribui de modo efetivo para arrebanhar votos de deputados federais, indecisos ou temerosos de votar na cassação do mandato do “Caçador de Marajás”, fato que lhe deu projeção marcante no cenário nacional, a ponto de se impor candidata à sucessão do governador Edison Lobão.

Com a eleição de Roseana, para o mandato 1995 a 1999, e sua reeleição, para o mandato seguinte (1999 a 2002), as pretensões de Sarney Filho foram para os ares e ele, para não sair da vida pública, continua na Câmara Federal e a espera da banda passar.

Depois de exercer o quarto mandato de governadora, Roseana, espontaneamente, anuncia que não mais disputará cargo eletivo, embora se mantenha atuante e combativa na atividade política. Com isso, renasceram as perspectivas de o sarneísmo retornar ao Palácio dos Leões, desta feita, por meio de Sarney Filho, que à frente do Ministério do Meio Ambiente, certamente realizará esforços para o seu nome ser assimilado pelas forças políticas que, a esta altura dos acontecimentos, se mostram desencantadas com a atuação do Governador Flávio no governo do Estado.

O VELHO CHICO

O veterano Chico Coelho promete concorrer às eleições deste ano.

O alvo é a prefeitura de Balsas, da qual já foi gestor.

Por causa da novela da TV Globo e em função da idade e do tempo em que se encontra na militância política, ganhou o nome de Velho Chico.

Além da prefeitura de Balsas, exerceu os mandatos de deputado estadual e federal e ocupou o cargo de secretário de Agricultura. Por muito pouco não foi o companheiro de chapa de Roseana Sarney.

O CANDIDATO MARCIAL

Sem medo de errar, afirmo que o eleitorado de São Luis terá este ano a oportunidade de votar num excelente candidato à Câmara Municipal.

Trata-se do jornalista Marcial Lima, além de bom caráter, é um repórter altamente qualificado.

Admiro-o pela sua competência profissional e por ser um cara que veste a camisa de repórter em tempo integral e dedicação exclusiva.

Se eu não fosse eleitor de Itapecuru, Marcial, com certeza, teria o meu voto.

MINISTRA DA AGRICULTURA

No Maranhão, quem lamentou a saída da senadora Kátia Abreu, do Ministério da Agricultura foi o deputado José Reinaldo Tavares.

Se tivesse força política para mantê-la no cargo, faria de tudo para  ela continuar no governo do presidente Temer.

Zé Reinaldo acha Kátia Abreu muito competente e com a vantagem de  conhecer, como poucos, os problemas do setor primário maranhense.

SUPERINTENDENTE DA CAIXA

Nos estertores do governo da presidente Dilma, o governador Flávio Dino perdeu a parada para o senador João Alberto.

O alvo da disputa era o cargo de superintende da Caixa Econômica Federal no Maranhão.

João Alberto indicou o competente Emílio Biló Murad para o cargo, sendo nomeado mesmo com o veto do governador.

PRISÃO ESPECIAL

Até recentemente era no Quartel da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros que os presos especiais, ou seja, os de curso superior ficavam detidos no aguardo do julgamento dos magistrados.

Agora, por ordem superior, os comandos dessas corporações militares não podem mais ceder os alojamentos para presos especiais.

Para abrigá-los, foram construídos alojamentos com essa finalidade, na Penitenciária de Pedrinhas.

AMIGOS DE AMÉRICO

Estão desolados os amigos do poeta Américo Azevedo Neto, descartado da direção do Teatro Artur Azevedo sem lenço e sem documento.

A decepção maior é com o governador Flávio Dino, com o qual Américo tinha um relacionamento pessoal bem próximo, que o demitiu sem lhe dar a menor explicação ou satisfação.

Os amigos do poeta preparam-lhe uma manifestação pública de desagravo.

 

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O DEPUTADO QUE ENVERGONHA O MARANHÃO

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Goste-se ou não de José Sarney, tenha por ele aversão ou admiração, difícil negar-lhe o mérito de ser o mais completo político nascido no Maranhão, em qualquer tempo.

Ao longo de cinqüenta anos de jornada política, em que só não se elegeu vereador e deputado estadual, teve Sarney intensa participação na vida pública brasileira, no exercício dos mandatos de deputado federal, governador, senador e presidente da República, convivendo com os mais renomados valores da oposição ou do governo, dos quais sempre mereceu exaltados elogios pelas ações e iniciativas em prol do progresso nacional.

Cometeria, contudo, grande injustiça se apontasse Sarney como o único político maranhense que brilhou cenário parlamentar brasileiro. Se remontarmos aos tempos do Império, da Velha e da Nova República, veremos que os representantes do Maranhão, no Senado e na Câmara dos Deputados, pelas convincentes atuações, deixaram os nomes indelevelmente marcados, levando-os, ademais, à projeção regional e nacional.

Na fase do Império, por exemplo, como não lembrar as figuras de Felipe e Joaquim Franco de Sá, Joaquim Vieira da Silva, João Pedro Dias Vieira, Cândido Mendes de Almeida, João Bráulio Muniz, Odorico Mendes, Frederico Magno de Abranches, Estevão Rafael de Carvalho, Fábio Alexandrino de Carvalho Reis, João Francisco Lisboa, Joaquim Gomes de Sousa, Frederico José Corrêa, Gentil Braga, Gomes de Castro, Francisco Belfort Duarte e Heráclito de Almeida Pereira Graças.

Na Velha República, não se pode esquecer vultos da grandeza moral, intelectual e política de Artur Calares Moreira, Benedito Leite, Domingos Barbosa, Dunshee de Abranches, Francisco da Cunha Machado, Joaquim Ribeiro Gonçalves, Godofredo Viana, Herculano Parga, Urbano Santos, Magalhães de Almeida, José Barreto da Costa Rodrigues, José Eusébio de Carvalho, José Luso Torres, Viriato Corrêa, Viveiros de Castro e Humberto de Campos.

Na Nova República, o Congresso Nacional  iluminou-se pelas presenças vibrantes de Lino Machado, Clodomir Cardoso, Antenor Bogéa, Alarico Pacheco, Afonso Matos, Odilon Soares, Alfredo Duailibe, José Neiva, Hugo da Cunha Machado, Carvalho Guimarães, Newton Bello, Renato Archer, Clodomir Millet, Neiva Moreira, Antônio Dino, Cid Carvalho, José Sarney, Henrique de La Rocque Almeida, José Burnett, Miguel Bahury, Alexandre Costa, Pedro Braga e outros menos votados.

Esse radioso ciclo político, no qual pontificaram figuras de realce,  encerrou-se  em 1964 com o advento do regime militar, que, por meio das leis de exceção e arbitrárias, expulsou da vida pública parlamentares de excepcional qualidade e ainda forjou uma legislação eleitoral que discriminava os que não rezavam na cartilha do autoritarismo.

Foi a partir dessa ruptura democrática que o Maranhão deixou de mandar para o Congresso Nacional representantes da têmpera e do nível dos que tivemos no passado. Se o leitor quiser comprovar essa verdade, tente, através do exercício da memória, selecionar dez parlamentares – eu disse dez- que de 1964 aos dias atuais possam figurar numa galeria de deputados corretos, dignos e capazes de honrar o voto do eleitor.

A representação maranhense que, nos últimos tempos, tem saído das urnas é de uma visível e indiscutível pobreza moral e política. As legislaturas se sucedem, mas o quadro parlamentar não melhora. Ao contrário, piora e nos deixa mal perante a Nação, pois poucos são os que se destacam. Alguns, quando aparecem, nos envergonham e nos enchem de tristeza ou de raiva, pelos constrangedores papelões que praticam, como é o caso de Waldir Maranhão, que pela terceira vez se elege deputado federal, repleto de pecados veniais e mortais, sem contar os deslizes e os atos inescrupulosos que cometem em nome da imunidade parlamentar.

Se tivéssemos uma Justiça Eleitoral comprometida com a moralidade pública, Waldir Maranhão jamais teria o seu registro de candidato a deputado federal deferido. Esse cara ingressou na vida pública não para defender o povo e lutar por boas causas, mas para usufruir das regalias e das vantagens que a politicalha oferece aos que dela desejam apenas tirar proveito pessoal.

Arrolado como ficha suja, consegue, por artifícios jurídicos tendenciosos, burlar a legislação e enganar os juízes. Neste mandato, fez-se amigo do mais esperto e safado político que o Brasil produziu nos últimos tempos o deputado Eduardo Cunha, o qual, por meio de ardilosa jogada, fez dele – um bisonho parlamentar e do baixo clero – o 1º vice-presidente da Câmara Federal.

Conheço Waldir Maranhão desde os anos 1990, quando lutávamos em lados opostos pela causa da Universidade Estadual do Maranhão. Naquela época, ele já mostrava o que era e como procedia para alcançar o que desejava. Fez-se candidato a reitor da Uema, e usou manhas e artimanhas para ganha a eleição, mas não consumadas porque  o grupo que lhe fazia oposição foi à Justiça e o magistrado mandou anular a votação dada a ele, bem como proibiu de o seu nome figurar na lista tríplice de reitor, em decorrência das inúmeras irregularidades praticadas no processo eleitoral.

BARBAS DE MOLHO

Márcio Jerry que bote as barbas de molho. O governador Flávio Dino encantou-se com o desempenho político de Waldir Maranhão.

De tal modo que não se decepcionou e nem se irritou com o ato do  parlamentar de revogar a decisão que anulou sessão de impeachement da presidente Dilma Roussef.

Pelo que se fala se Waldir for expulso do PP, as portas do PC do B estão abertas para ele. Se quiser fazer parte de seu governo, pode escolher a secretaria de seu desejo.

BIGODE DE WALDIR

O bigode do deputado Waldir Maranhão ganhou as atenções da opinião pública nacional, que se dividiu quanto à presença daquele estrupício no rosto masculino.

A maior parte da população abomina o bigode do parlamentar maranhense, tanto que o humorista Tiririca mandou tirar o seu para não ficar parecido com Waldir.

Mas na bancada do Maranhão, na Câmara Federal, há um deputado que se deixar o bigode crescer pode ser confundido com Waldir: Weverton  Rocha.

AZAR DO MARANHÃO

Quando um deputado maranhense chega a um cargo tão importante e relevante, como o de 1º primeiro vice-presidente da Câmara Federal, é muita falta de sorte um Waldir Maranhão ser escolhido para ocupá-lo.

Quem paga por isso: o nosso querido Estado do Maranhão, que passou a ser enxovalhado e execrado por ter na sua representação parlamentar uma figura política tão estapafúrdia e sem princípio.

IMAGEM DE WALDIR

A imagem pessoal de Waldir Maranhão é tão caricata que está sendo comparado a duas figuras grotescas.

Na vida real ao ex-deputado Severino Cavalcante.

Na ficção, ao coronel Justo Veríssimo, personagem criada por Chico Anísio.

ENTRADA PROIBIDA

Waldir Maranhão diz que só toma qualquer atitude política depois de conversar com Deus.

Como vem usando o nome do Criador em vão, São Pedro proibiu a sua entrada no mundo celestial.

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CEM ANOS DA PROFESSORA SANTINHA

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No meu santuário de recordações, uma mulher terá sempre um lugar cativo e será eternamente reverenciada: Anozilda Santos Fonseca ou Santinha. Foi ela que me deu a luz da alfabetização e ainda me fez devoto das letras e dos livros, que me valeram a ser bem sucedido no curso primário e chegar ao ginásio sem maiores problemas.

Por tudo que fez por mim e pelas novas gerações da minha terra, curvo-me diante dela, com o respeito e a veneração que merece, para homenageá-la pela luminosa idade de 100 anos, que completou dia 26 de abril, mas que os familiares, ex-alunos e amigos vão comemorar hoje.

Para minha alegria e felicidade, acompanhei de perto a sua longa trajetória de vida, toda dedicada ao magistério, profissão que abraçou e se entregou de corpo e alma.

Vê-la completar uma centúria de existência, plena de invejável lucidez e inquebrantável vitalidade, é uma glória e uma benção divina. Dos idos de minha infância, quando a conheci, aos dias de hoje, Dona Santinha  nunca deixou de ser uma mulher destemida , virtuosa,  exemplar esposa, mãe e amiga. Na sua caminhada de vida, passou por bons e maus momentos e enfrentou dias de alegria e de tristeza, mas manteve-se firme, sabendo-se comportar com dignidade e ética.

Por dever de gratidão e sentimento de admiração, quero hoje tornar pública a  história de vida dessa mulher que veio ao mundo para cumprir a mais nobre missão humana: educar, educar e educar.

Anozilda nasceu na cidade de Guimarães, filha da doméstica Antoninha e do farmacêutico Manoel dos Santos. Com oito anos,  já chamada de Santinha, mudou-se para São Luis, onde o pai montou uma botica, na Rua de Santana.  Santinha só não foi farmacêutica, porque a mãe obrigou-a ser professora. Começou os estudos na Escola Modelo de onde saiu para brilhar em outros colégios, como aluna exemplar, no Convento de Santa Teresa, Ateneu Teixeira Mendes, Rosa Castro e Liceu Maranhense. Diplomou-se normalista em 1936, mas só três anos depois, ou seja, em 1939, conseguiu o emprego de professora substituta, lotada na cidade de Itapecuru-Mirim, no Grupo Escolar Gomes de Sousa, que ainda funcionava numa casa particular. Ficou apenas um ano na função, pois a titular, voltara às atividades. Logo depois, outra professora, na mesma cidade, pediu licença para tratamento de saúde e ela é convocada para substituí-la. Cumprida a missão, retorna a São Luís, indo lecionar num colégio no interior da Ilha.

 

Nos idos de 1941, conhece em Itapecuru um rapaz forte e bem disposto chamado José Barbosa Fonseca, mais conhecido por Zezeca. O namoro rapidamente se transforma em avassaladora paixão, mas contra a vontade de dona Antoninha, que desejava para a filha um candidato formado. Quanto mais a mãe pressionava, mais Santinha se empolgava com a conversa e o porte físico do jovem itapecuruense.

Na tentativa de sufocar aquela arrebatada paixão, dona Antoninha exila a filha em Guimarães, mas o namorado, perdido de amor, parte atrás da amada, apenas com a cara e a coragem. O auge da perseguição ocorre quando flagra a filha e o namorado sob tórrido romance, que custa a Santinha uma incrível surra.

Diante de tamanha agressão, a filha reage e articula com o namorado uma fuga para São Luis, onde se hospedam na casa de uma amiga. Dias depois, procuram o Tribunal de Justiça, cenário da união jurídica de Santinha com Zezeca, ato realizado em 8 de maio de 1942. Para pagar as despesas do casamento, a noiva teve de se desfazer de um preciso anel de ouro, por ironia, presente da mãe.

Cinco dias após o casamento, o casal viaja para Itapecuru, onde residiam os pais de Zezeca, na suposição de que, naquela cidade, tinham pelo menos comida e casa para morar. Para ajudar no sustento da família, Santinha resolve lecionar em casa, valendo-se dos anos em que, como professora substituta, se tornou conhecida e fez um bom relacionamento na cidade. Além do ensino particular, ela consegue um lugar de professora no Colégio Rio Branco, graças à benevolência do proprietário, o professor João da Silva Rodrigues.

No correr de 1943, a sorte começa a arejar a vida do casal. Tudo acontece quando o engenheiro Emiliano Macieira, então diretor do Departamento de Estradas de Rodagem, visita a cidade. Sem medo de ser feliz, Santinha pede emprego para o marido e Dr. Emiliano concede.

No ano seguinte, o Governo do Estado começa a construir um grupo escolar em Itapecuru, para atender a demanda crescente de matrículas e levando em conta de que a casa onde funcionava o colégio não mais satisfazia às exigências educacionais do município. Quando o interventor Paulo Ramos e o prefeito Bernardo Tiago de Matos escolhiam o local onde seria levantado o grupo escolar, Santinha não deixa a oportunidade fugir. Apresenta-se como professora e desempregada. Paulo Ramos impressiona-se com a desenvoltura e a iniciativa da normalista e a nomeia.

Imediatamente começa a trabalhar no velho e improvisado Grupo Escolar Gomes de Sousa, sob a direção da professora Sinhá Tavares. Dois anos depois, em 1946, o novo colégio é entregue à cidade, em solenidade que conta com as presenças do interventor Saturnino Bello e do prefeito Abdala Buzar Neto.

Santinha, no novo colégio, impõe-se pela liderança e competência na arte de ensinar e de lidar com adolescentes. Nos meados da década de 50, a então diretora do Gomes de Sousa, professora Cotinha, aposenta-se. Espontaneamente, o nome de Anozilda Fonseca vem à tona para substituí-la. As autoridades do município e a comunidade apontam-na, por mérito e direito, para dirigir o novo Grupo Escolar.

Na função de diretora, passa vinte anos, no correr dos quais conquista a admiração dos corpos docente e discente pela maneira democrática e transparente como se conduzia à frente do colégio. Algumas vezes, ela chegou a ser alvo de perseguição, por não se submeter às injunções e aos caprichos da política municipal.

Em 1969, Santinha, decide mudar completamente o rumo de sua vida familiar. Em função dos nove filhos, alguns precisando de ensino universitário, outros de emprego, ela deixa Itapecuru, onde viveu boa parte de sua existência, construiu um lar e se fez respeitada e conceituada.

Negocia a sua transferência para São Luís com a Secretaria de Educação, sendo a mesma deferida, sem perder as vantagens e os direitos adquiridos. Passa o cargo de diretora do Gomes de Sousa para a amiga e professora Maud Mubarack, e assume, em São Luís, a diretoria de um colégio no bairro Sacavém, e ainda consegue com o então governador José Sarney uma casa para morar, construída pelo IPEM.

Anos depois, por razões pessoais, pede remoção para o Colégio Júlio Mesquita, na Cohab, na direção do qual se manteve até o ano do seu pedido de aposentadoria, em 1974.

 

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IMPEACHEMENT, GOLPE E GOLPISTAS

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Conheço Flávio Dino desde os primeiros dias de vida. Nasceu numa casa localizada na Rua de Santana, onde moravam os pais, Rita e Sálvio Dino, frontal à de Solange, então, minha namorada.

A partir de 1968, quando veio ao mundo, as minhas atenções centraram-se na figura daquele infante que, décadas depois, assumiu o cargo de governador do Maranhão, mas sem constituir nenhuma surpresa a quem  acompanhava de perto o seu crescimento físico e intelectual.

Nunca duvidei quanto ao futuro de Flávio. Sabia que se ele optasse pelo ramo do Direito, chegaria a ministro; se abraçasse a carreira política, como o demonstrava prematuramente, ocuparia cargos de relevo na administração pública federal ou estadual.

Mas o Flávio que conheci na infância e na juventude parece não ter nada a ver com o Flávio de hoje, que, ardorosamente, se empolgou com a tese criada pelo PT, por meio da qual Lula tenta embair os seus adeptos e mistificar a opinião pública, de que o impeachement, ora em tramitação no Senado Federal, não passa de um golpe contra a presidente da República, Dilma Roussef, a qual, por ser eleita pelo povo, não pode ser  apeada do poder.

Lula, por ignorância política ou má-fé, até admito defender esse ponto de vista. Mas gente como Flávio Dino, estudioso do Direito, professor universitário e juiz federal, não tem o direito de proclamar que, no regime democrático, o sufrágio popular faz do governante um régulo. Não é isso que diz a Ciência Política. O voto popular é importante, mas não se basta para manter Dilma no cargo. Sem legitimidade, legalidade, moralidade, impessoalidade e respeitabilidade,  o poder falece e o governante, por mais aureolado que o seja, não consegue olhar o povo de frente e de cabeça erguida.

Na verdade, a candidata do PT foi a mais votada nas últimas eleições. Mas é sobejamente sabido que o processo eleitoral que a levou ao Palácio do Planalto contaminou-se e adulterou-se com os recursos provindos de propinas e das operações corruptas, criminosamente praticadas por agentes da Petrobras em conluio com petistas.

Diante desse quadro, a minha perplexidade avulta com os discursos proferidos pelo governador Dino, que, de modo insistente, vocaliza aos quatro cantos do País, o seu descontentamento com o modo injusto pelo qual se quer penalizar Dilma, como se ela tivesse praticado apenas um deslize fiscal.

Deslize fiscal uma ova. Ela, de maneira afrontosa, atropelou a Constituição Federal e passou por cima da Lei de Responsabilidade Fiscal, como se tivesse competência ou recebido autorização do Legislativo para tal cometimento. Aqui, reside o x da questão.

Nada mais desolador do que ver o governador rotular de golpe os atos estribados na lei e incriminar de golpistas os que lutam pela aprovação  do impedimento, dispositivo encontrado em todas as Cartas Magnas do País, como medida de cunho democrático.

O impeachement, contra Dilma ou qualquer pessoa que infrinja os preceitos constitucionais, é um remédio legal e legítimo e não pode e nem deve ser taxado de golpe. Sem ele a democracia se fragiliza e fica impotente para catapultar do poder os chefes de Executivo, federal, estadual ou municipal, que descumprem as leis, mormente a de Responsabilidade Fiscal.

Golpe de Estado para impor-se não precisa de ordenamento jurídico. Quem o alimenta e lhe dá vigor é a força das armas e as conspirações políticas. Nesse particular, a História do Brasil mostra de forma inequívoca que, ao longo do regime republicano, tivemos muitas tentativas de golpes e poucos atos golpistas. Dentre os bem-sucedidos, lembro a derrubada da Monarquia para dar lugar à República; a Revolução de 30, que levou Getúlio Vargas ao poder e instaurou o Estado Novo, em 1937, suprimindo as garantias constitucionais e a liberdade; o movimento militar de 1964, que derrubou João Goulart e implantou um regime de exceção e discricionário.

Para finalizar, destaco do artigo do governador, publicado num jornal da cidade, este trecho, lamentavelmente comprometedor e que não se encaixa na sua biografia. Para Flávio, em vez do impeachement, “melhor seria esperar o calendário eleitoral normal, com as eleições gerais em 2018”.  Em resposta ao chefe do Executivo, recolho do editorial da Folha de São Paulo (03-04-2016) esta pérola: “Mesmo que vença a batalha da Câmara, o que parece cada vez mais improvável, não se vislumbra como Dilma possa voltar a governar. Os fatores que a levaram à falência de sua autoridade persistirão. Enquanto ela permanecer no cargo, a nação seguirá crispada, paralisada. É forçoso reconhecer que a presidente constitui hoje o obstáculo à recuperação do País”.

Retomo a palavra e estribado no mais simples manual de Ciência Política, pergunto: como pode uma presidente da República permanecer no poder, sem legitimidade, carente de apoio popular e parlamentar, desacreditada interna e externamente, com o desemprego assolando a população, a inflação corroendo os salários, a economia em processo de estagnação e cercada de corrupção por todos os lados?

Esperar que a situação em que nos encontramos se arraste por mais dois anos é como desejar que o país se exploda.

E A FILA ANDA

De dez dias para cá, perdi nada menos do que seis queridos amigos.

Pela ordem cronológica: Lauro Berredo Martins, Iedo Saldanha, Evandro Sarney, Alvimar Braúna, Jaci Moraes e Mário Coutinho.

Preciso me cuidar para não entrar nessa fila.

LULA DE CÁ E DE LÁ

O Lula (Carlos Eduardo) daqui tem mais sorte do que o Lula (Luis Inácio) de lá.

Enquanto o daqui foi nomeado, rapidamente e sem problemas, para a secretaria da Saúde, o de lá ainda não viabilizou sua nomeação para o cargo de Chefe da Casa Civil.

A diferença entre um e outro é simples: o Lula daqui é limpo, o Lula de lá é poluído.

UM SANTO REMÉDIO

O prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves, depois de passar alguns dias de férias na Penitenciária de Pedrinhas, mudou para melhor.

A cadeia, por um passe de mágica, o transformou num gestor operoso.

Santa Inês, que estava em decadência, após a liberdade do prefeito, mudou radicalmente.

Afinal, descobriu-se um santo remédio para prefeito inoperante: cadeia.

O HOMEM DO PLANALTO

Quem pensa que o governador Flávio Dino é o político maranhense mais prestigiado no Palácio do Planalto, comete um erro de avaliação.

O senador João Alberto está na frente do chefe do Executivo.

Ao chegar ao Palácio do Planalto, as portas se abrem rapidamente para João Alberto e suas reivindicações são imediatamente atendidas.

DEPUTADO MARATONISTA

O deputado Weverton Rocha está mais para maratonista do que para político.

A velocidade com que realiza negócios é tão espantosa, que se disputasse a São Silvestre seria dele o primeiro lugar.

Weverton acaba de arrendar a TV Difusora. E alguém pergunta: com que roupa?

SOB O SIGNO DO TRABALHO

Um jornal que nasce no Dia do Trabalho, como o Estado Maranhão, só podia ser o que é: forte, respeitado, comunicativo e impetuoso.

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