FESTAS JUNINAS E FESTAS CARNAVALESCAS

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Vivemos os dias finais das festas juninas de 2015. Neste ano, mantive-me em casa e não compareci a nenhum arraial da cidade. Pelo que me disseram, animação e povo faltaram nos arraiais. Muita gente não saiu de casa, por conta da insegurança reinante na cidade e da ausência de uma programação igual ou parecida com as dos anos passados, quando São Luis virava um grande e festivo arraial.

No momento em que as festas juninas se despedem do público e as carnavalescas começam a ser pensadas e projetadas, com vistas à execução em 2016, uma avaliação ajudaria a ver em que pontos elas convergem ou divergem como manifestações populares.

Não é preciso grande esforço intelectual para inferir que em um quesito elas se parecem e convergem: na repercussão da alegria e da descontração; em outros quesitos, como organização, ritual, coreografia, dança e musicalidade, nada se assemelham e só divergem.

Numa viagem no tempo, para se observe a origem e o histórico de cada uma, é possível encontrar respostas à questão acima levantada. Que se comece pelas festas juninas que têm marcado presença na vida do povo maranhense desde os tempos coloniais. Realizadas em homenagem a São João, São Pedro e São Marçal, começaram no século XVII, invadiram o século XVIII, ganharam força no século XIX e chegaram à metade do século XX, com a singularidade de não serem eventos urbanos.

Com o advento do processo de urbanização, as brincadeiras juninas não perderam a essência do meio rural. Ao virem para a cidade, os brincantes, que trocaram a agricultura de subsistência pelo trabalho remunerado, encontraram guarida na zona suburbana.

Nos espaços rurais ou na periferia, as festas em homenagem aos santos joaninos  passaram a ser identificadas como produtos da pobreza social, razão pela qual a elite pensante da época dava aos brincantes tratamentos discriminatórios, por considerá-los atrasados, consumidores de bebidas alcoólicas e devotados à prática de arruaças.

Não por acaso as autoridades policiais do Maranhão, naqueles idos, proibiam os brincantes de bumba boi a ultrapassar o Canto da Fabril. Assim, as balbúrdias, brigas e confusões não chegavam ao centro da cidade e nem perturbavam o sossego noturno da elite.

Mas se durante séculos foram discriminadas e confinadas, a partir da segunda metade dos anos 1960, tiraram a sorte grande, graças à iniciativa do então governador José Sarney, que trouxe o bumba boi e outras manifestações folclóricas para se apresentarem no Palácio dos Leões, onde foram aplaudidas pelas autoridades e pelos convidados.

Por um passe de mágica e de repente, as manifestações juninas perderam a rubrica de rurais e de suburbanas. Introduzidas no meio urbano, tornaram-se majestosas, deslumbrantes, sendo, ademais, bem recebidas por uma sociedade que vivia novos tempos e pensava diferente daquela que via os brincantes de bumba bois como párias e marginais.

Essa mudança de olhar da sociedade, fez com que a praça principal do bairro do João Paulo, que ao longo dos anos tornara-se o palco das apresentações dos bumbas bois, perdesse a finalidade e a função de atrair os moradores do centro urbano.

Como sinal da nova era, o Centro Histórico de São Luis e a Madre de Deus passaram a substituir a praça do bairro do João Paulo como palcos de apresentações e exibições das brincadeiras juninas, que se renovaram e se adaptaram às imposições da modernidade.

No tocante às festas carnavalescas, quanto à origem, estão a largos passos das juninas. Se estas, como vimos, vicejaram no meio rural e nas zonas suburbanas, aquelas podem ser consideradas como produtos urbanos.

Os jornais dos tempos idos e vividos, em abundância, registram os avisos a respeito dos bailes e eventos carnavalescos, todos praticamente no centro da cidade e freqüentados, em sua grande parte, por gente refinada.  Não se encontra notícia da existência de clubes, blocos e outras brincadeiras carnavalescas s fora da área central de São Luis.  Aos foliões suburbanos, os avisos das ruas e praças nas quais o corso, as batucadas, os blocos e as modestas escolas de samba, sem a preocupação de se apresentarem em passarelas ou coisas que tais, se exibiriam.

Os bailes realizavam-se em casas particulares, onde pontificavam os “assaltos”, ou em clubes nos quais só os associados e convidados tinham acesso. Os últimos clubes que marcaram a vida de São Luis foram o Grêmio Lítero Recreativo Português e o Cassino Maranhense, ambos no centro da cidade. O Clube Jaguarema surge mais tarde, instalado no bairro do Anil, mas com o corpo de associados assentado na elite e na classe média alta citadina.  O Grêmio Lítero Português também imitou o Jaguarema. Construída a sede esportiva, mudou-se para o bairro Anil, mas os associados pertenciam aos estratos sociais mais altos.

Fora do centro urbano, só o Grêmio dos Sargentos e Cabos do Exército, localizado na vizinhança do 24º Batalhão de Caçadores, no bairro do João Paulo. Como associados, além de militares, os dotados de boa posição social.

Os bailes de segunda ou de máscaras, assim apelidados, só abriam as portas na fase carnavalesca, mas tinham o centro da cidade como palco. O acesso a eles, tidos como populares, não era fácil, face ao valor proibitivo dos ingressos.  As maiores atrações das festas eram as mulheres que se apresentavam com máscaras negras a cobrir-lhes os rostos. Só dessa forma podiam chegar aos bailes, realizados ao som de orquestras contratadas no interior do Estado. As mascaradas pertenciam, em sua maior quantidade, às classes sociais menos favorecidas e recrutadas nos bairros da cidade.

Em 1965, com a posse do prefeito eleito de São Luis, Epitácio Cafeteira, os bailes de máscaras foram desativados, sob a acusação de serem focos da prostituição. Sem eles, o carnaval de São Luis, que já apresentava sinais de decadência, eclipsou-se.

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CAMPUS DE CHAPADINHA

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O reitor Natalino Salgado amanheceu segunda-feira em Chapadinha.

Objetivo: inaugurar o campus que a Universidade Federal do Maranhão construiu na sua gestão, com mais de dez prédios e quatro cursos.

Em cumprimento à missão que a UFMA tem com a sociedade maranhense, os cursos em Chapadinha estão voltados à preparação de técnicos que a região precisa para incrementar o seu desenvolvimento sócio-econômico.

Dois convidados especiais vão marcar presença na inauguração do campus de Chapadinha: o senador Roberto Rocha e o ex-deputado Gastão Vieira. Ambos, através de emendas parlamentares, contribuíram para a viabilização do empreendimento universitário.

VISITA A SHOPPINGS

Aos poucos, a população maranhense que não conhecia os hábitos de Flávio Dino, toma conhecimento de alguns deles.

O governador tem sido visto nas últimas semanas em andanças nos shoppings da cidade.

Nas vezes em que foi olhado, Flávio Dino não estava com nada nas mãos. Caso tenha comprado algum produto, entregou aos seguranças que o acompanhavam à distância.

Depois de bons anos em Brasília, quem sabe, tenha adquirido o hábito cultivado pela população brasiliense de que shopping serve também para descontrair.

VISITA DE ARNALDO MELO

No domingo passado, Mauro Fecury teve o prazer de receber uma visita, que o deixou alegre e comovido: a do ex-deputado Arnaldo Melo.

A visita ocorreu na casa de veraneio, na praia do Araçagi, no momento em que Mauro e os amigos se preparavam para a prática do voleibol, que aos domingos sempre ocorre.

Com a chegada de Arnaldo Melo não houve jogo, mas uma animada conversa sobre a política maranhense, de ontem e de hoje, não foi dispensada.

PREPARATIVOS DOS SETENTA

No ano que vem, o ex-deputado Gastão Vieira completa setenta anos.

Seus familiares querem comemorar a efeméride com um vasto evento.

Mas enquanto se espera 2016, a esposa Denise e as filhas de Gastão, na última segunda-feira, 15 de junho, convidaram um grupo de amigos do aniversariante para um jantar em sua residência no Olho D’água.

A ex-governadora Roseana Sarney, também, presente, era só descontração e evitava comentar fato ou ato de natureza política.

PRESENÇA DE BEZERRA

No velório do saudoso Gerd Plguger, a presença do cabeleireiro Bezerra.

Quem há tempos não o via, teve a oportunidade de revê-lo, agora sem a vitalidade de outrora, mas ainda com a disposição para o trabalho, atividade que realiza no mesmo lugar, na Rua Antônio Rayol, onde, no passado, fez sucesso, ganhou dinheiro e fama.

Por dever de justiça, convém assinalar: Bezerra , por ocasião da  doença de Gerd Plueger, sempre esteve ao seu lado e prestou-lhe merecida assistência.

EXAME DE COLONOSCOPIA

Os profissionais da área médica, com especialização em protologia,  nunca foram tão procurados como agora.

De repente, os consultórios desses especialistas foram invadidos por homens e mulheres em busca de exames de colonoscopia.

Através desses exames, o médico sabe se o sistema gástrico do paciente está ou não vulnerável a doenças de natureza cancerígena.

SAÚDE DE CAFETEEIRA

O estado de saúde do ex-senador Epitácio Cafeteira, internado num hospital de Brasília, não é bom e está a merecer cuidados.

São poucas as pessoas, que trabalharam com Cafeteira, na prefeitura de São Luis ou no governo do Estado, que se interessam pela vida do ex-governador.

Nesse cipoal de indiferença, uma exceção: o advogado Clóvis Viana da Fonseca, que no governo de Cafeteira, ocupou o cargo de secretário de Administração.

Quase cotidianamente, por telefone, se comunica com a esposa ou a filha de Cafeteira, para saber sobre a saúde do ex-chefe.

CASAIS GAYS

OS restaurantes mais procurados da cidade registraram um fato novo no dia 12 de junho, dedicado aos namorados.

Este ano, a presença de casais gays nos ambientes gastronômicos, sobretudo à noite, foi marcante.

O fato chamou a atenção dos gerentes dos restaurantes, que se surpreenderam não apenas com a presença dos gays, mas como comemoraram a data de modo descontraído e sem constrangimento.

Alguns casais, de tão felizes, chegaram a proporcionar cenas explícitas de beijos, mas não causaram reações homofóbicas.

FESTA JUNINA

Festeiro como o é, Mauro Fecury , até pouco tempo, costumava realizar três eventos festivos ao longo do ano.

Em sua casa de veraneio, na Praia do Araçagi, um arraial junino, em homenagem a São João e São Pedro; e o réveillon, na passagem do ano velho para o ano novo. No segundo sábado de dezembro a tradicional Festa dos Amigos, com centenas de convidados, jogos esportivos, atrações artísticas e um lauto almoço.

Mauro que suspendeu as festas juninas e de réveillon, por motivos de segurança, este ano, aconselhado pela esposa Ana Lúcia, reativará o arraial, neste final de semana.

Os convidados terão direito a uma selecionada programação de manifestações folclóricas e farta mesa de comidas e bebidas típicas.

MISSA PARA MOHANA

Os que compareceram à missa em ação de graças em homenagem aos noventa anos do padre João Mohana, saíram da catedral metropolitana com a alma pura e enlevada.

Uma celebração bem programada e sem defeito, a começar pela presença da cúpula da igreja católica de São Luis, à frente o arcebispo, dom José Belizário.

Na homilia, o prelado discorreu sobre a figura humana, religiosa e intelectual do padre Mohana, que não conheceu pessoalmente, mas dele recebeu bons ensinamentos através dos livros que legou à sociedade.

A impecável programação do evento religioso, que mereceu elogios e aplausos gerais, coube ao Grupo Caminho do Meio.

POSSE E CONCERTO

Foram fortes as emoções ocorridas nas noites de quarta e quinta-feira, na Academia Maranhense de Letras.

Na quarta-feira, ainda que sem a presença de grande assistência (já esperada pelos acadêmicos), a posse solene do musicista maranhense, Turíbio Santos. Ponto alto da solenidade: o extraordinário e erudito discurso de saudação do intelectual Sebastião Moreira Duarte. Foi uma “surra de discurso”, segundo Jomar Moraes.

Na noite seguinte, mais emoções, agora, por conta de Turíbio Santos e de seu violão. Com o auditório da Academia lotado, o consagrado violinista deitou e rolou. No concerto, bem selecionado musicalmente, Turíbio, como se fosse professor, didaticamente, informava sobre a composição que iria executar.

O presidente da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar, disse que na história centenária da instituição nunca houve posse como aquela. Explicação: no dia seguinte à investidura, o empossado já estava trabalhando em favor da Casa que o elegeu.

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O COLUNISMO SOCIAL ANTES E DEPOIS DE GERD

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O falecimento de Gerd Plhueger, na semana passada, em São Luís, permite-me fazer algumas observações sobre o colunismo social que os jornais maranhenses adotaram, ontem e hoje.

Na condição de militante da imprensa maranhense e por acompanhar a sua história no correr dos últimos tempos, atrevo-me a discorrer a respeito de um tipo de jornalismo que vicejou e brilhou na mídia impressa de São Luis e ainda permanece em cena, mas nada igual ao da época de Gerd Plhuger.

Compulsar os jornais que circulavam em São Luis dos anos 20, 30 e 40 do século passado, além de ser um bom exercício intelectual, serve para mostrar, por exemplo, como naqueles remotos tempos, os periódicos de nossa terra já praticavam um arremedo de colunismo social, mas despojado de rebuscamentos, intenções e objetivos que, anos depois, nele foram injetados.

Nos jornais do começo do século XX, são bem visíveis os espaços que as redações reservavam à veiculação de informações de cunho social. Só que eram registros simples de efemérides e de datas relativas às comemorações de nascimentos, batizados, aniversários, noivados, casamentos, bem como de partidas e chegadas de figuras importantes do meio social, em viagens de navios, com destino ao Rio de Janeiro e, em menor escala, ao exterior. A responsabilidade pela veiculação da informação era da direção do jornal, que assim procedia com o fito de prestigiar os anunciantes e as autoridades.

No Maranhão, esse tipo de informação jornalística, de caráter essencialmente social, só começa a mudar na forma e no conteúdo, a partir da segunda metade da década de 1950, com o aparecimento no Rio de Janeiro de uma novidade que dois jornalistas, pouco conhecidos, levaram para as redações dos jornais  em que bisonhamente trabalhavam – O Globo e Última Hora .

Graças a Ibrahim Sued e Maneco Muller, que virou Jacinto de Thormes, os jornais a que pertenciam acataram e adotaram o filão que inventaram e batizado de colunismo social.

O colunismo social fazia um tipo de jornalismo alternativo, refinado e voltado para realçar os eventos sociais, nos quais pontificavam personalidades privilegiadas e da alta sociedade. Por meio dessa inovadora ferramenta jornalística, os homens e as mulheres de posses conquistaram notoriedade nacional, brilhavam e se faziam notados e cortejados. As figuras femininas eram as mais realçadas e divulgadas pelos colunistas sociais, que exaltavam os dotes físicos que ostentavam, mas sem esquecer os vestidos, sapatos, jóias, penteados e outros penduricalhos, que, reverberados pelos meios de comunicação, viravam modismos e se tornavam objetos de desejo e de consumo.

Com a visibilidade projetada na sociedade, por ação dos colunistas sociais e dos meios de comunicação, a granfinália ganhou corpo, conquistou status e incorporou neologismos, que expressavam uma nova forma de viver. Incrivelmente, tais neologismos caíram no gosto popular.

O fabuloso sucesso do colunismo social, especialmente no Rio de Janeiro, então centro polarizador do modismo nacional, fez crescer a circulação e a venda dos jornais, em cujas páginas o leitor via desfilar os ricos e poderosos e ter conhecimento de um mundo sofisticado até então fechado e inacessível.

Nos estados, onde os jornais provincianos pontificavam à custa da politicalha, com o advento do colunismo social, a situação reverteu-se. Em São Luis, nos meados da década de 1950, circulavam seis periódicos: O Imparcial, Jornal do Povo, Jornal do Dia, O Combate, Jornal Pequeno e Diário Popular. Desses, apenas três – Jornal do Povo, O Imparcial e Jornal do Dia – se sensibilizaram com o colunismo social e nele viram a fórmula de alavancar as tiragens diárias e de sintonizá-los com o jornalismo praticado nos centros mais adiantados.

Salvo melhor juízo, o Jornal do Povo foi o pioneiro nessa iniciativa, a ponto de transformar o então repórter Benito Neiva em colunista social. Fã de Jacinto de Thormes,  procurava imitá-lo até na maneira de vestir-se: roupa  black-tie e o inseparável cachimbo.  A coluna fez sucesso, mas Benito, como jornalista, ficou longe do ídolo. Com o fechamento do Jornal do Povo, em abril de 1964, por força do regime militar, Benito mudou-se para o Estado do Maranhão, onde não conseguiu reeditar o sucesso do matutino de Neiva Moreira.

Para se enquadrar à modernidade que imperava na imprensa nacional, O Imparcial, também, engajou-se no projeto e  usou a prata de casa, Maria Inês Saboya, para assumir o posto de colunista social. Surgiu com o pseudônimo de Christine. Anos depois assumiu a verdadeira identidade e manteve a coluna enquanto durou e teve saúde. A colunista de O Imparcial não se projetou só pelo que comunicava, mas por ser uma figura humana caridosa, humilde e correta.

O Jornal do Dia foi outro que não ficou à margem dessa inovação jornalística. Alguns jornalistas foram convocados a assumir a titularidade da coluna social do JD. Um deles, o irreverente cronista caxiense Vitor Gonçalves Neto. O perfil de colunista social passou longe dele. Pela maneira debochada de escrever e do tratamento dispensado à elite maranhense, fez o jornal perder mais leitores do que ganhar. Só deixou de criar problemas à direção do JD ao ser mandado de volta a Caxias.

Para substituir Vitor Gonçalves Neto, o Jornal do Dia encontrou um jovem, inteligente, sagaz e versátil, chamado Gerd Pflueger. Criou a coluna Passarela e através dela conquistou setores da sociedade, com os quais, muitas vezes, promovia eventos beneficentes. Para ajudá-lo na tarefa de escrever Passarela, contou com a parceria de Maria de Lourdes Tajra, que dele se fez esposa e com a qual realizou inúmeras campanhas em prol de entidades filantrópicas.

Também incursionaram no colunismo social maranhense, figuras bissextas, da expressão de Lucy Teixeira, Genu Moraes, Genoveva Ayres, Porfírio Serra de Castro, Mary Magalhães, Maria Bogéa, Janete Trinta, Irtes Cavanhak,  Flor de Liz, Mário Lincoln, Ribamar Silva. Nem todos conseguiram firmar-se nessa atividade jornalística. Os que continuaram no colunismo social, não chegaram a brilhar. Ficaram no arroz com feijão até tirarem o time de campo.

Depois daquela fase áurea, o colunismo social em São Luis murchou e só voltou a ganhar relevo e prestígio no final dos anos 1960, com o aparecimento de um jovem interiorano de Presidente Dutra, que com perseverança e talento, engajou-se no jornalismo maranhense e escolheu o colunismo social para projetar-se e conquistar rapidamente um lugar ao sol numa área que já parecia decadente, mas por ele transformada e renovada. Consolidou-se de tal forma na profissão que até hoje brilha no jornal que abraçou. Seu nome: Pergentino Holanda.

Começou no colunismo social, algumas vezes, substituindo interinamente Maria Inês, em o Imparcial; em outras oportunidades, ocupou o lugar de Gerd Pflueger, em Passarela, no Jornal do Dia. De tanto substituí-lo, acabou ficando definitivamente no posto.

PH, assim se tornou conhecido, é o mais brilhante, o mais culto e o mais competente dos colunistas sociais, vivos ou mortos,  que São Luís teve. Não é à toa que continua – quase 50 anos – na atividade jornalística, sendo o mais lido e prestigiado da cidade. Ao longo desse tempo, impôs-se de tal modo no colunismo social do Maranhão e do Brasil que virou figura nacional. Como um Rei Midas, com competência e talento, faz e promove belos, alegres, fulgurantes e inigualáveis eventos sociais.

PH, nos dias correntes, não tem mais o charme de colunista social. Os anos o transformaram num jornalista polivalente. Em atividade, é o mais longevo da imprensa maranhense. Essa longevidade biológica e profissional, contudo, pode ser a causa de um problema que afeta a sua comunicação com o leitor: a acomodação.  Esse comportamento o impede de correr atrás da notícia. Ele acha que a notícia é que tem de chegar a ele, por ser um jornalista famoso. Não é de hoje, como seu amigo e admirador, que venho chamando a sua atenção para isso. Ele precisa entender que vivemos a avassaladora época da internet, em que os fatos são tantos, variados e simultâneos que chegam a nos atropelar. Mais ainda: jornalista de hoje, por mais que não queira, tem de ser um pouco blogueiro. Essa turma, cada vez mais numerosa e de olho no faturamento, vem atuando no mercado da comunicação, alguns bem intencionados, outros, nem tanto, com tamanho desembaraço, que o acontecimento chega rapidamente ao conhecimento público, deixando-o bem informado sobre o que se passa no dia a dia da cidade. Quem assim não proceder, dança.

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PÉRIPLO DE SÁLVIO

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O acadêmico Sálvio Dino está preparado para desvendar e depois escrever a saga da Coluna Prestes no Maranhão.

Ele acha que os escritores que relataram os avanços e os recuos dos revolucionários de 1935 em nossa terra o fizeram de modo míope.

Para a narrativa ser a mais verdadeira possível, Sálvio começou a visitar in loco os caminhos e os lugares e a colher informações e documentos dos liderados de Carlos Prestes e Juarez Távora nos sertões maranhenses, onde, em vez de repulsa, receberam aplausos e apoios das comunidades urbanas e rurais, que os ajudavam a vencer as vicissitudes e a enfrentar as  forças legalistas, que tinham no governador Godofredo Viana o seu principal comandante.

Até o final deste ano, Sálvio pretende ter sob seu controle um farto e fantástico material, suporte para o livro que deve lançar em 2016.

CORRETOR DE IMÓVEIS

O economista e professor universitário Kenard Andrade Filho abraçou recentemente uma atividade profissional, no exercício da qual vem conquistando sucessos.

Conhecedor do mercado imobiliário de São Luis decidiu dedicar-se com afinco à vida de corretor de imóveis.

À frente de sua empresa, à qual se entregou de corpo e alma, Kenard, em curto tempo, impôs-se de tal modo que hoje é dono de uma boa fatia do mercado de compra e venda de imóveis.

CONVITE A NATALINO

O ex-deputado Gastão Vieira, que deixou o PMDB para comandar o PROS no Maranhão, começou a convidar gente de categoria e projeção para a sua agremiação partidária.

Uma personalidade que mirou foi o reitor Natalino Salgado, ao qual ofereceu a legenda caso queira ser candidato à prefeitura de São Luis, na eleição de 2016.

Se Natalino não quiser disputar o cargo de prefeito, como já anunciou, o

PROS estará à sua disposição para concorrer a qualquer outro posto estadual ou federal.

Depois de Natalino, outras personalidades, que aspiram concorrer a cargos eletivos, mas sem vez nos partidos em voga, vão ser convidadas para a ele se unirem nessa cruzada política democrática e renovadora.

PADRE MARANHNSE

O mais novo colaborador da revista Magnificat, publicação mundial católica, que circula em países da Europa e dos Estados Unidos, é o padre maranhense, João Rezende Filho.

Um trabalho de sua autoria, A memória litúrgica de São Bernardo, encontra-se na revista que ora circula no Brasil.

A Magnificat divulga artigos espirituais e ensaios da arte cristã, bem como  matérias sobre a liturgia de missa de cada dia, meditações e orações e a vida de santos.

A revista tem o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

MALHA VIÁRIA

O setor ceramista do Maranhão é um dos mais ativos e dinâmicos em decorrência da expressiva quantidade de tijolos e telhas que produz.

A sua produção não beneficia apenas o Maranhão. Estados vizinhos buscam os produtos aqui fabricados porque são competitivos e de boa qualidade.

O Sindicato das Indústrias de Cerâmica, filiado à Federação das Indústrias do Maranhão, acaba de oferecer ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e à Secretaria Estadual de Infraestrutura, um trabalho de vulto sobre a situação das principais rodovias que cruzam o Maranhão e se encontram em estado ruim e péssimo, portanto, precisando de urgente intervenção  e tratamento técnico, a fim de que as fábricas de cerâmicas não paralisem as suas atividades.

NOVOS TEMPOS

Na semana passada, vimos um fato em São Luis inédito e digno de registro e louvor.

Em passado recente, empregados e empregadores, procuravam resolver seus problemas separadamente e sempre buscando o auxílio de governo.

Agora, patrões e trabalhadores, mais conscientes do ponto de vista político, através dos meios de comunicação, explicam e pedem o apoio da população para o drama que padecem com a crise ora instalada no país.

O bom de tudo é o que os sindicatos das duas categorias protestaram contra essa situação num ato público sem confusão e sem atrapalhar a vida da cidade.

ELEIÇÕES FUTURAS

A Câmara dos Deputados acaba de aprovar uma reforma política que pouco mudou a situação vigente.

Uma das poucas mexidas feitas foi a da legislação  em causa própria.  Aumentaram  para cinco anos os mandatos de presidente, senadores, governadores, deputados, prefeitos e vereadores. Essa mudança vigorará a partir de 2022.

Observação: quem está hoje na faixa dos setenta anos, dificilmente terá a oportunidade de votar em 2022 e ver uma nova geração chegar ao poder com o mandato de cinco anos.

SÓ PARA MULHERES

Os que tiveram a iniciativa de montar em São Luis academias só para mulheres não se deram bem.

Todas fecharam as portas, inclusive a Curves, que chegou a ser coqueluche feminina em todo o país.

O fim das academias femininas, não significa que as mulheres deixaram de cuidar da saúde.

Ao contrário, estão cada vez mais atentas e cuidadosas com o corpo, só que preferem as academias mistas, nas quais recebem tratamento semelhante aos dedicados ao sexo masculino.

FACULDADE EM TERESINA

Os procedimentos burocráticos e legais para que as faculdades do UniCeuma  funcionem  em Teresina o mais rapidamente possível estão em ritmo acelerado.

Enquanto não funcionam, Mauro Fecury, o benfeitor da instituição, depara-se com o seguinte dilema: quem vai dirigi-la.

Dois nomes estão na fila, ambos ex-políticos e bem conceituados no Piauí: Hugo Napoleão e Mão Santa.

SUMIÇO DO VICE

Nos três primeiros meses do governo Flávio Dino, toda a solenidade palaciana se realizava com a presença do vice, Carlos Brandão.

Publicamente, não houve, até agora, rompimento, rusga ou distanciamento entre o titular e substituto. Dizem que eles continuam tendo um bom relacionamento, que remonta à campanha eleitoral.

Mas uma coisa é certa: as fotos dos eventos ocorridos no Palácio dos Leões, ultimamente, mostram a ausência de Brandão.

CPI DA CBF

Tudo indica que o Senado formará uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as irregularidades da Confederação Brasileira de Futebol.

O senador mais cotado para presidi-la é o maranhense João Alberto.

Na hipótese da CPI se transformar em realidade, certamente o espírito de Carcará nela baixará e com toda força.

POSSE E CONCERTO

Todas as providências para a posse e o concerto de Turíbio Santos na Academia Maranhense de Letras já foram tomadas pelo presidente, Benedito Buzar.

O mais novo membro da Casa de Antônio Lobo chegou ontem a São Luis. Veio de Brasília, onde fez três apresentações artísticas, todas com casas cheias.

Enquanto espera o momento da posse e do concerto, Turíbio dá os últimos retoques no  discurso e afina o violão para o concerto.

A posse será nesta quarta-feira, às 19 horas, e o concerto, no dia seguinte, quinta-feira, às 19:30 horas. Os ingressos podem ser adquiridos na própria AML.

 

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AS LIVRARIAS DO RIO DE JANEIRO E DE SÃO LUIS

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Sou freqüentador de livrarias desde que fui para o Rio de Janeiro, no final da década de 1950, após concluir o curso científico no Liceu Maranhense, que me habilitou a ingressar em faculdade de nível superior. Assim, cheguei à Universidade Rural, aprovado em Agronomia, curso que abandonei por não gostar de números, mas de letras.

Por amar as letras, fui seduzido pelos livros, ferramentas que me conduziram às livrarias do Rio de Janeiro, onde morei quatro anos e ali iniciei a construção do meu modesto patrimônio cultural.

As livrarias cariocas, à época, abundantes, ricas e bem freqüentadas, faziam parte de minhas andanças no centro da cidade, localizadas nas ruas Sete de Setembro, Uruguaiana, Ouvidor, México e Avenida Rio Branco, que sediavam as renomadas Civilização Brasileira, Record, Forense, José Olympio, Kosmos, Francisco Alves, Zahar e Da Vinci, esta, com os dias contados e vivendo os últimos dias de glória.

Eram todas essencialmente livrarias. Dentro delas nem pensar encontrar discos, brinquedos e material de papelaria. Em suas prateleiras, somente jornais, revistas e livros, nacionais e estrangeiros. As que vendiam livros usados ou de segunda mão e conhecidas por sebos, tinham como quartéis generais a Rua São José e a Praça Tiradentes.

Eu freqüentava livrarias não apenas para comprar livros, prazer praticado com as sobras da minha mesada, mas, assistir aos lançamentos de obras, eventos realizados pelas editoras, em finais de tardes, com a presença de autores e convidados – intelectuais, jornalistas, artistas e políticos.

Perdi a conta de quantos escritores conheci em tão agradáveis ambientes, num período em que o Rio de Janeiro era o maior centro produtor e irradiador de cultura do país. Não foram poucas as vezes que, por conta de minha incontida impetuosidade, com alguns escritores, troquei palavras e pedi autógrafos.

Foi num evento, na Livraria José Olympio, que vi pela primeira vez, em carne e osso, o escritor maranhense Josué Montello, que lançava o romance – A décima noite. Perto de acabar a solenidade, bem concorrida e farta, dele aproximei-me e identifiquei-me como seu conterrâneo. Só por isso, ganhei o livro e o autógrafo. Guardo com imenso carinho este presente de Josué, não sabendo, ele e eu, que um dia seriamos confrades na Academia Maranhense de Letras.

Quando abandonei a Universidade Rural, por total incompatibilidade com o curso de Agronomia, regressei a São Luis, no final de 1961. No ano seguinte, ingressei na Faculdade de Direito, por meio de vestibular; na Assembleia Legislativa, por vontade do povo.

Em São Luis, abracei simultaneamente a vida política e cultural.  Para enfronhar-me nas atividades culturais da cidade, comecei pelas livrarias, que ainda encontrei funcionando: a Universal, no Largo do Carmo, a Moderna, na Rua de Nazaré, a Borges, na Rua do Sol e a Colegial, na Praça João Lisboa.

Nenhuma delas vendia exclusivamente livros. Também se comercializava material de escritório e papelaria.  A Universal e a Moderna, as maiores e mais sortidas, disponibilizavam livros e revistas nacionais e estrangeiras e orgulhavam-se de ter como fregueses figuras da elite maranhense, como os médicos Pedro Neiva, Matos Serrão e Bacelar Portela, os advogados Fernando Perdigão, Antenor Bogéa e Orlando Leite, sem esquecer os intelectuais José Nascimento de Moraes Filho, Domingos Vieira Filho, José Bento Neves. Ferreira Gullar, Lago Burnett, Lucy Teixeira, José Sarney, entre outros, que agitavam a cena cultural nativa, graças aos movimentos da Movelaria e do Centro Gonçalves Dias.

Aquelas livrarias, todavia, não chegaram aos anos 1960 com o pique do passado. Não demoraram a dar sinal de se aproximarem do fim, sobretudo porque eram empreendimentos familiares e capitaneados por gente cansada e sem substitutos para a continuidade dos negócios.

Resultado, uma a uma saiu de cena e São Luis só não ficou sem livraria porque um ex-vendedor da Livraria Universal, chamado Antônio Neves, tomou a si o encargo de inaugurar na Rua Oswaldo Cruz, que não tinha tradição de vender livro, a Galeria dos Livros.

A princípio, funcionava no corredor de uma casa, cuja maior parte era ocupada por um salão de cabeleireiro, propriedade de D. América Serra de Castro. Em 1963, com a desativação do salão, Antônio Neves expandiu o negócio e a Galeria dos Livros, por acompanhar o movimento editorial do sul do país, oferecia títulos para todos os gostos literários e fazer algo inédito em São Luis: lançar festivamente livros de autores maranhenses, em tardes ou noites de autógrafos.

Com a promoção desses eventos, que mobilizava a cidade, a Galeria dos Livros ganhou credibilidade e o seu proprietário conquistou a fama de mecenas. Intelectuais do porte de Bandeira Tribuzi, Arlete e Nauro Machado, José Chagas, Lago Burnett, Odilo Costa, filho, Josué Montello, Viriato Correia e José Sarney, então governador, ali, lançaram livros, com direito a sucessos retumbantes de público e venda.

Até o começo da década de 70, a Galeria dos Livros, incontestavelmente tornou-se dona do mercado livresco de São Luis. Mas a avançada idade de Antônio Neves levou o negócio a gradativamente perder força até desaparecer definitivamente.

Depois da Galeria, outras livrarias surgiram. Algumas razoáveis, outras nem tanto. Todas, contudo, sucumbiram diante da concorrência com a internet, que vem se encarregando de estrangular quem teve ou tem a iniciativa de montá-las. Nos dias hoje, aqui e alhures, livraria só subsiste se fizer parte de grandes empreendimentos. São os chamados mega store, em que o livro perdeu o seu charme e, lamentavelmente, virou um produto como outro qualquer.

 

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PÂNICO NA CIDADE

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O clima de insegurança reinante em São Luis cresceu assustadoramente. O pânico e o medo tomaram conta da população e assumiram proporções nunca vistas.

As pessoas estão acuadas e intimidadas com os crimes praticados no centro e na periferia da cidade. Ninguém quer mais sair de casa e quando sai é por extrema necessidade.

O pavor chegou a ponto tão alto que muita gente deixou de carregar  dinheiro, cartão de crédito e jóias, que viraram objetos de desejo dos bandidos, pelos quais os bandidos cometem os mais sórdidos delitos.

Diante da absurda criminalidade que tomou conta da cidade, não se sabe se é na rua ou dentro de casa que se está mais seguro, o que leva a pensar na verdade daquela máxima que diz que  “se ficar o bicho pega, se correr o bicho come”.

ATRITO EM BRASÍLIA

O presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha, está no exterior, em missão oficial.

Ausente do país tomou conhecimento de ato assinado pelo seu substituto, o vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão, que nomeou os membros da Comissão Especial que cuida da votação do projeto de lei da legalização do jogo de bicho.

Em Brasília, corre a informação de que o presidente da Câmara ficou uma fera com o vice, por não consultá-lo a respeito de um assunto que teria de passar pelo seu crivo.

Por praticar um ato à revelia de Eduardo Cunha, Waldir Maranhão que se cuide.

XIXI NA RUA

Não sei se é por conta do nervosismo e do pânico que os maranhenses passaram a ser atacados por uma doença que a medicina chama de incontinência urinária.

Como não existem banheiros públicos na cidade, as ruas e as praças viraram os locais propícios para os  mijões jogarem, sem nenhum constrangimento,  a urina fora.

Quem já viu a cena, diz que as mulheres também aderiram à prática de fazer xixi na rua.

Seria uma iniciativa louvada da prefeitura de São Luis, instalar equipamentos sanitários em locais adequados e dedicados aos mijões masculinos e femininos, pois assim as ruas perderiam o odor fétido que  as contamina.

CASAMENTO DA NETA

Sábado passado, em Brasília, numa cerimônia bem organizada quanto à recepção, decoração e buffet, uma filha de Cláudia Vaz e de José Cláudio Cabral, contraiu matrimônio.

Destaques do evento: o professor José Maria Cabral Marques e o esportista Cláudio Vaz dos Santos (Alemão), avós da noiva.

No salão de festas, Cabral e Alemão, que representavam a velha guarda, deram um show de dança, especialmente no momento da valsa.

IMPLÍCITO E SIMPLÍCITO

Um empresário maranhense, que não integra o primeiro time do sistema produtivo, fez uma carta ao governador Flávio Dino.

Nela, o empresário em vez de grafar a palavra implícita, escreveu simplícita.

Com a palavra simplícita em destaque, o governador achou que a carta não deveria ser encaminhada a ele, mas ao secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo. Foi o que fez.

GOVERNO DE SARNEY

Vem aí mais um livro de Eliezer Moreira.

No livro, ele, que participou ativamente dos governos José Sarney, Pedro Neiva, Nunes Freire, Luiz Rocha, Edison Lobão e Roseana Sarney,  pretende  mostrar, do ponto de vista técnico e político, o que aqueles governadores fizeram pelo Maranhão nos seus mandatos.

O autor também relatará fatos e atos que aconteceram naqueles governos, muito dos quais desconhecidos. Se nada atrapalhar, o livro será lançado em agosto vindouro.

LISTA TRÍPLICE

O processo sucessório da Universidade Federal do Maranhão não foi encerrado com a eleição que deu a vitoria à professora Nair Portela ao cargo de reitor e Fernando Carvalho a vice.

Até outubro, mês em que o professor Natalino Salgado passará o cargo, outras etapas serão cumpridas.

Primeira, a formatação da lista tríplice, com os candidatos mais votados, ato que se formalizará com a convocação do Conselho Universitário.

Segunda, conhecida a lista tríplice, a mesma será encaminhada ao ministro da Educação, que se encarregará de submetê-la ao crivo da presidente da República.

PREFEITO, JAMAIS

Por falar em Universidade, é pródigo o noticiário criado por jornalistas e blogueiros em torno do nome do reitor da Ufma, Natalino Salgado como  virtual candidato a prefeito de São Luis.

Em conversa com o jornalista Benedito Buzar,  sobre a sucessão do prefeito Edvaldo Júnior, Natalino foi enfático e direto: – Jamais pensei ser candidato a prefeito de São Luis. Nem a curto, médio ou longo prazo. Meu compromisso é com a Universidade.

Pena que a prefeitura esteja fora das cogitações de Natalino, ele que, nos últimos tempos, ganhou visibilidade administrativa e política pelo extraordinário desempenho à frente da Ufma.

ESCRITÓRIO DE SARNEY

Para receber os milhares de amigos, políticos, empresários e intelectuais de todas as partes do país, o ex-presidente José Sarney montou um escritório em Brasília.

Instalado confortavelmente no centro da capital do país, ali,  Sarney, quando não tem compromissos externos, passa o dia inteiro.

A quantidade de gente por ele recebida é tão significativa que dá a impressão de continuar no exercício de relevante cargo.

O escritório de Sarney passou a ser, também, o local de encontro de maranhenses e amapaenses,  que em Brasília tratam de questões particulares ou públicas.

FORMATURA VIA INTERNET

Nos dias de hoje, com a internet colocando o mundo dentro de nossas casas, tudo ficou mais fácil e mais perto da gente.

Por conta desse progresso extraordinário, os amigos e a família Furtado acompanharam, no domingo passado, um ato maravilhoso e produto do desenvolvimento da ciência e da tecnologia.

Diretamente de Estocolmo, na Suiça, pela internet, foi transmitida a solenidade de diplomação em hotelaria, da filha de Roberto e neta de Cléon e Iracema Furtado. Estes, em São Luis, assistiram a tudo com emoção e alegria.

FELICIDADE DE JOAQUIM

O intelectual Joaquim Haickel  assistiu e aplaudiu o magnífico show que o artista maranhense Papete, produziu e apresentou, na semana passada, no Teatro Artur Azevedo.

Ao terminar o espetáculo, Joaquim deixou o Teatro com a maior felicidade do mundo.

Papete, espontânea e publicamente, fez questão de realçar o papel fundamental da Lei Joaquim Haickel, de incentivo à cultura e o esporte no Maranhão. Sem a lei, disse o artista, o show não seria realidade.

DONA RUTH

O poeta Luis Augusto Cassas numa prova cabal de generosidade e fraternidade, de São Paulo veio prestar assistência ao irmão Mariano, que se encontra internado no Hospital UDI.

No domingo passado, depois de ler a coluna Roda Viva, publicada neste jornal,  Luis Augusto enviou ao jornalista, Benedito Buzar,  uma  mensagem, que o deixou feliz e emocionado.

“Parabenizo-lhe pela original, providencial e bela crônica Da arte de falar bem da sogra, que recupera para o jornalismo e a literatura a função da sogra, persona não grata de tempos imemoriais, baseado no exemplo pessoal de dignidade, afetividade, de trabalho e devoção à família de D. Ruth, sua sogra por 5 décadas e que completa 87 anos.”

 

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A MELHOR E A PIOR IDADE

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Um desabafo do senador Garibaldi Alves, na semana passada, em Brasília, foi objeto de desusados comentários nos meios de comunicação. Numa demonstração de cabal inconformismo com a avançada idade, disse “que se pudesse jamais integraria a terceira idade e que não sabe como as pessoas dizem que essa é a melhor idade”.

A revolta contra a cronologia, manifestada pelo político do Rio Grande do Norte, não é um sentimento esposado apenas por ele. Muita gente aplaudiu o desabafo do senador e gostaria, também, de tê-lo pronunciado. Não por acaso, no meu dia a dia, sinto e vejo como são poucos os idosos que gostam ou se vangloriam de fazer parte da terceira idade. Alguns ficam até irados quando identificados como tais.

Não sei se no Brasil há pesquisas a respeito dos que chegaram aos 65 anos e vivem na plenitude da felicidade. Seria de bom alvitre que um instituto de opinião pública tomasse a iniciativa de apurar o que acha e sente esse significativo contingente da população, que vem crescendo assustadoramente pela melhor qualidade de vida que o brasileiro passou a ter nos últimos anos.

Não ficarei surpreendido se o resultado da pesquisa, salvo melhor juízo, apontar que a esmagadora maioria dos entrevistados se revelará insatisfeita de pertencer a um grupo da sociedade, que é exaltado em prosa e verso, só pelo fato de ter direito (?) a certas concessões ou prioridades, praticamente inócuas, enganosas e não respeitadas.

A esta altura da minha vida de setentão não assumido, tenho absoluta certeza de que ainda não apresento o perfil da terceira idade, situação que credito à minha boa situação física e psicológica, que me permite viver em estado de graça, na plenitude da mobilidade e com as atividades vitais funcionando a contento.

Esse quadro de vida saudável que até agora Deus me deu, leva-me a crer que a propaganda em torno da terceira idade, não passa de balela ao apontá-la como a melhor e mais radiosa de todas. Quem assim procede, falta com a verdade ou tenta convencer os idosos de a terceira idade se assemelhar à fase em que as crianças chegam ao mundo colorido do sonho e da fantasia.

Aos maiores de 65 anos são repassadas mensagens e propagandas, que urdidas e vocalizadas pelos meios de comunicação, procuram persuadi-los de que na idade avançada, passarão a usufruir direitos e vantagens pessoais, dentre as quais a de não entrar em filas de bancos ou similares, viajar sem pagar passagem de ônibus, sentar em lugares privilegiados e confortáveis, pagar meia-entrada em teatros, cinemas, casas de shows  e outras que tais, como diria o saudoso jornalista caxiense, Vitor Gonçalves Neto.

São mensagens mirabolantes, que, muitas vezes, levam o idoso a situações tristes e constrangedores, pois anunciadas como vantajosas, na realidade, não são cumpridas pelo descaso e pela incúria das autoridades. Veja-se, por exemplo, um caso que pode acontecer com o idoso em filas bancárias e similares: fica sujeito a arrumar encrenca com pessoas insolentes, que não aceitam e nem concordam em ceder lugares aos que carregam mais anos nas costas.

Mais ainda: nos dias de hoje fila dedicada à terceira idade está em toda parte e comumente são longas e vagarosas. Por isso, o próprio idoso, para chegar mais depressa ao guichê e ao caixa eletrônico, entra na fila que não lhe é destinada.

Eu nunca viajei de ônibus de linha interestadual, mas sei que as empresas se obrigam a conceder um número limitado de passagens grátis aos idosos. Um conterrâneo, de Itapecuru, na faixa da terceira idade, sempre vem de São Paulo, onde mora, ao Maranhão, por ocasião das festas de final de ano. Para usar o direito assegurado por lei, ele procura as empresas, antecipadamente. Mesmo assim, criam os maiores obstáculos à concessão do bilhete. Certa vez, foi obrigado a procurar o Procon e o Ministério Público para  valer o seu direito.

Ao relatar casos acima, faço questão de esclarecer um ponto importante: mesmo achando que a terceira idade não é essa maravilha toda que se apregoa, torço para os idosos não perderem as garantias e vantagens conquistadas de uns tempos para cá, mesmo sendo ainda precárias. Não desejo, também, que sejam desrespeitados, constrangidos ou desconsiderados, como atualmente são. Por serem longevos, merecem da sociedade todo acato, bem como acolhidos e festejados pelos mais novos, pois só assim os seus direitos, ainda que limitados, se tornarão invioláveis e não postergados.

Como a minha quilometragem aqui na terra é longa e cheia de subidas e descidas, posso de onde estou afirmar com todas as letras: a terceira idade, como alguns querem, não é a mais sublime e importante da vida. Nesse particular, comungo com os franceses que denominarem jeunesse dorée  a marcante  fase da juventude,  pois é nela que se vive os melhores e mais  vibrantes momentos da existência humana.

Eu, na condição de ex-ativista e admirador da juventude dourada, viajo no tempo e relembro os áureos anos 1950 e de 1960, em que éramos felizes e não sabíamos. Vivia-se a fase em que tudo era saudável e livre e sem a companhia de qualquer espécie de droga. O vício, se assim posso caracterizá-lo, da minha geração era a freqüência à zona do meretrício e, para variar, ser atacado por doença venérea, que a penicilina, a novidade da época, cuidava de curá-la.

Para encerrar este palmo de prosa, nada melhor do que extrair da bela composição musical de Roberto Carlos, “Velhos tempos de domingo”,  esta frase: “O que foi felicidade, me mata agora de saudade”.

 

 

 

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PR0RROGAÇÃO DE MANDATOS

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A bancada maranhense no Congresso Nacional não pode abraçar a proposta que circula em Brasília, da prorrogação de mandatos dos atuais prefeitos.

Pela proposta, não haveria eleição em 2016 e por conta disso os mandatos dos gestores municipais e dos vereadores se estenderiam até 2018, em que ocorreriam eleições gerais para todos os cargos executivos.

No Maranhão, prorrogar mandatos dos atuais prefeito e vereadores seria premiar uma safra de políticos que não correspondem às expectativas do eleitorado e que ocupam os cargos apenas para desviar recursos públicos.

MARCHA A BRASÍLIA

Pelo que se viu em Brasília, na semana passada, a grande maioria dos prefeitos eleitos no último pleito não acredita nas palavras das autoridades federais.

Os gestores do Maranhão, que gostam de viajar a Brasília e participar de eventos que resultem em liberação de recursos, deixaram de marcar presença na recente Marcha a Brasília.

Os prefeitos sabem que nas reuniões, os ministros, especialmente os da área financeira, prometem mundos e fundos, mas na hora da liberação dos recursos, usam os mais surrados pretextos para não repassá-los.

 

LIVROS DO SENADO

No ano passado, a Editora do Senado Federal não participou da VIII Feira do Livro, realizada em São Luis, no Convento das Mercês.

Motivo: a Fundação Municipal de Cultural não encaminhou à Editora do Senado os documentos de comprovação da adiplência da FUNC junto aos órgãos federais.

Tudo leva a crer que este ano pode ser igual a 2014. Até agora, em que pese os reiterados pedidos da Editora do Senado, os documentos não chegaram a Brasília.

Se essa providência não for cumprida urgentemente, a Editora do Senado, uma das mais procuradas em feiras de livros, pode ficar, novamente, fora do evento.

OITENTA ANOS

A esposa do saudoso intelectual José Mário Santos, a advogada Cleide, pretendia realizar um evento significativo, este ano, em São Luis.

Objetivo: comemorar os oitenta anos de seu inesquecível esposo.

Mas ela, a família e os amigos de Zé Mário foram surpreendidos com o seu inesperado falecimento, ocorrido em fevereiro, em São Luis.

Para não deixar a data passar em brancas nuvens, Cleide mandou celebrar missa de ação de graças ao marido, celebrada na tarde de terça-feira última, na Igreja dos Remédios.

Amigos de Zé Mário que participaram do ato religioso: Marita Freitas, Benedito Buzar, Sônia e Francisco Batista, Joaquim Itapary e Marcelo Viana Pereira.

SARNEY EM LONDRES

O ex-presidente José Sarney, do auge de seus 85 anos, não brinca em serviço.

Depois de participar do evento, em Nova York, em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi homenageado como “Homem do Ano”, Sarney está em Londres e cumprindo outra missão política.

Participa da reunião anual dos ex-presidentes da República do mundo inteiro.

Sarney fará um pronunciamento com o foco na crise mundial.

SENTIU SAUDADE

O ex-ministro Gastão Vieira encontrou tempo em Brasília para visitar o Congresso Nacional.

Ingressou no plenário da Câmara Federal exatamente no momento em os deputados discutiam e apreciavam a proposta da reforma política.

Foram terríveis os momentos em que Gastão ali ficou, pois um filme longo e recente passou na sua cabeça de lembranças dos grandes momentos ali passados e com atuação destacada.

Ao sair do Congresso Nacional, uma certeza acompanhou Gastão: nas eleições de 2018 será novamente candidato a deputado federal.

SUSTO DE EVANDRO

Os familiares e amigos de Evandro Carvalho viveram um pesado susto na última semana.

Ele foi internado às pressas no Hospital UDI, onde fez um elenco de exames e procedimentos para debelar uma grave crise.

Com os recursos da ciência e a competência dos médicos, Evandro venceu a crise e encontra-se em plena recuperação.

CEUMA EM TERESINA

Instalada e funcionando com sucesso em São Luis, Brasília, Belém e Palmas, a UniCeuma chega a Teresina.

Uma negociação bem articulada possibilitou ao grupo Fecury a compra de uma instituição universitária do Piauí.

Para o novo estabelecimento de nível superior funcionar legalmente e brevemente, estão em andamento ações burocráticas e com os padrões de qualidade do ensino que o grupo Fecury  impõe onde se instala.

SHOW DE BOLA

Foi acachapante a vitória que a professora Nair Portela impôs aos candidatos que concorreram com ela às eleições de reitor da Universidade Federal do Maranhão.

Ganhou disparada em todas as áreas e cidades onde a UFMA acha-se instalada, numa demonstração inequívoca de que o trabalho realizado pelo atual reitor Natalino Salgado foi avalizado e aplaudido pelos corpos discente, docente e administrativo da instituição.

O professor Natalino, além de eufórico com o extraordinário sucesso da candidata que lançou, apoiou e votou, não esconde, também, a satisfação com o péssimo desempenho do candidato Sofiane Labidi, que pagou um preço alto pela maneira nada acadêmica como se comportou na campanha eleitoral.

O professor tunisiano foi o menos votado na eleição universitária.

HOSPITAIS LOTADOS

A crise que assola o nosso país atinge os amplos setores da sociedade e está à vista de todos.

Em São Luis, os mais diferentes setores da economia encontram-se engessados. Enquanto um bom número de lojas fecha as portas, os consumidores mostram-se arredios e longe dos estabelecimentos nos quais os produtos que fazem parte do cotidiano pessoal são encontrados.

Em meio a esse estado sombrio e de crise só uma área da atividade humana não arrefece, ao contrário, incrementou-se.

Os hospitais. Nunca foram tão procurados como agora. De tão cheios, não parecem hospitais, mas estabelecimentos em que a saúde é prestada  da pior forma possível.

DONA ENEY

Dias atrás, o ex-deputado Jaime Santana estava em Brasília, em companhia da esposa e filhos, quando recebeu um telefonema para voltar às pressas a São Luis.

Assim o fez e ao chegar já encontrou a sua idolatrada mãe, Eney Santana, internada no hospital da cidade.

Mesmo com a idade avançada, Dona Eney deu mostras de ser uma mulher valente e forte e de não se entregar facilmente a qualquer doença.

Dias depois, estava plenamente recuperada e de volta ao lar, na Avenida Beira-Mar, onde mora desde que casou com o professor Pedro Neiva.

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