PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA NO MARANHÃO: NOVEMBRO DE 1889 E JANEIRO DE 2015

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O governador Flávio Dino, após assumir o Governo do Estado do Maranhão, disse que 1º de janeiro de 2015 será o dia da Proclamação da República no Maranhão.

Com tal impensado arroubo, o novo governante maranhense, sem querer, acabou por gerar uma grande confusão na cabeça da nossa juventude, que, até então, nas salas de aulas das escolas públicas e privadas, aprende que o Brasil deixara de ser uma monarquia e adotara a forma republicana de governo no dia 15 de novembro de 1889, quando o marechal, Deodoro da Fonseca, também, sem querer, montado no seu cavalo, no Campo de Santana, no Rio de Janeiro, instalou a República no país.

Se para o governador Dino, 1º de janeiro de 2015 passou a ser uma data marcante e emblemática – a da segunda chegada da República no Maranhão – para os historiadores, o ato de Deodoro da Fonseca, que decretava o fim da Monarquia no Brasil, chegou a São Luis sem vibração e pouca comemoração, haja vista a inexpressiva presença de republicanos nesta cidade.

Na verdade, a única cidade maranhense em que o movimento pela instalação da República no país mostrou-se intenso e forte foi Barra do Corda, face à participação ativa de figuras como o juiz municipal Isaac Ferreira, o promotor Dunshee de Abranches, o político Frederico Figueira e Antônio Rocha Lima, dono do jornal O Norte, que divulgava as idéias republicanas.

Três dias após de proclamada a República, no Rio de Janeiro, ou seja, em 18 de novembro de 1889, sem que nenhum político de São Luis se entusiasmasse pela adoção do novo regime no Maranhão, o comandante do Exército, coronel João Luis Tavares, reuniu a tropa e avocou a responsabilidade de declarar a adesão à República e, por sua conta e risco, nomeou uma Junta Governativa, presidida pelo próprio militar, para responder pelos destinos da província.

Os republicanos que assumiram o poder no Maranhão, em novembro de 1889, deflagraram imediatas medidas de caráter vingativo, ressaltando-se a destruição dos símbolos do antigo regime – bandeiras, insígnias, brasões e retratos do ex-imperador, demitiram e prenderam funcionários públicos, considerados adeptos do regime extinto, extinguiram instituições do nível da Escola de Aprendizes Artífices, e ainda castigaram os negros que idolatravam a Princesa Isabel, que lhes outorgara o direito à liberdade.  Mutatis mutandis, observa-se que ontem como hoje a coisa continua a mesma.

Dito isto, registre-se que a Junta Governativa, que realizou todo um trabalho de represália e de perseguição no Maranhão, só deixou o poder em 23 de dezembro de 1889, quando assumiu o comando do Estado o advogado maranhense, que morava no Rio de Janeiro, Pedro Augusto Tavares, que não era de esquerda e nem pertencia ao Partido Comunista, antecipa-se ao Governo Central e assina um decreto de conteúdo altamente explosivo e radical: desobriga o Estado da responsabilidade e do ônus de manter as atividades dos representantes de cultos e religiões aqui existentes.

A reação à medida governamental fez-se imediata. O clero maranhense, privado dos ordenados, benesses e regalias, bancados ao longo do tempo pelos cofres públicos, por iniciativa do bispo Dom Antônio Cândido Alvarenga mobiliza a sociedade, quase toda ela católica apostólica romana, para pressionar as autoridades federais à anulação do decreto que separava a Igreja do Estado.

Através dos ministros do Interior, Aristides Lobo, e da Fazenda, Rui Barbosa, o Governo Central não só pediu explicações ao governador, mas também exige que ele revogue o decreto que tanta celeuma causara ao país, que poderia levar outras unidades federativas a também assim proceder e contribuir para azedar as boas e amistosas relações entre o clero e o poder.

O governador Pedro Augusto Tavares, ainda que explicasse e justificasse o seu intimorato gesto, recusava-se peremptoriamente a revogar o decreto, alegando a sua desmoralização perante o país. Novas, reiteradas e rigorosas advertências partiram das autoridades federais, fazendo lembrar ao governador que, além de não ter competência para tal cometimento, praticou um ato problemático à nação brasileira, no momento em que começava a trilhar sob os ditames de uma nova ordem política.

Como o governador continuava firme no seu intento de manter o decreto, o próprio presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca, resolve interferir na questão. Com o intuito de acabar tão tormentosa crise, ameaça demiti-lo do cargo. Mesmo assim, o governador mantinha-se irredutível como se desejasse pagar para ver o que acontecia.

E o preço que pagou pela sua teimosia, veio finalmente como a ordem do marechal Deodoro da Fonseca, transmitida ao coronel João Luis Tavares, comandante do 5º Batalhão de Infantaria, para passar por cima da autoridade do governador e anular o ato que separava a Igreja do Estado, considerando que ele não tinha atribuição legal para praticá-lo.

Desolado e desmoralizado com a violenta ação do presidente da República, o governador Pedro Tavares abandono o governo, sem antes revelar o seu descontentamento pela maneira como fora tratado pelas autoridades republicanas, das quais esperava mais apoio e consideração.

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CENTENÁRIO DE COSTA RODRIGUES

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Sem saber, o ex-secretário de Esportes, Joaquim Haickel, acabou prestando significativa homenagem ao ex-prefeito de São Luis, Antônio Costa Rodrigues.

No dia 25 de maio, Costa Rodrigues, completa centenário de nascimento, e nada mais juto de que homenageá-lo como o gestor da cidade que teve a idéia de construir uma obra, que anos mais tarde foi destruída e alvo de alcance pecuniário.

Mas a governadora Roseana Sarney e Joaquim Haichel, depois de anos de abandono do ginásio, conseguiram recuperá-lo e dentro das técnicas e necessidades que o esporte moderno exige.

LIVRO DE MÔNICA

Vem aí um novo livro da jornalista Mônica Moreira Lima.

Título mais picante impossível: Pirocas Avulsas.

Quem leu o primeiro livro de Mônica – “Para maiores de 18 cm”, e ficou assustado, não sabe o que o segundo trará de revelações sexuais da autora, na teoria e na prática.

A apresentação tem a assinatura do cronista Américo Azevedo Neto.

AMÉRICO E BETHÂNIA

Por falar em Américo Azevedo Neto, nomeado novo diretor do Teatro Artur Azevedo, já tem na cabeça a grande atração que pretende trazer a São Luis.

A extraordinária cantora baiana, Maria Bethânia,

Ele quer que ela faça duas apresentações em São Luis: no Teatro Artur Azevedo para a elite; na Praça Maria Aragão, para o povão.

Exigência: o repertório será o mesmo nos dois shows.

SONHO MARANHENSE

Acabou ou foi adiado o sonho dos maranhenses, com dinheiro sobrando, da compra de imóvel a preço razoável nos Estados Unidos, mas precisamente na Flórida.

Alguns empresários daqui aproveitaram o dólar desvalorizado ante o real para investirem no negócio da compra de imóveis em Miami.

Agora, com os Estados Unidos recuperando a sua economia, a moeda americana está cada vez mais em alta, o que torna a compra de imóveis nos States mais complicada.

LIVRO DE CABECEIRA

Quem quiser agradar ao governador Flávio Dino, a fórmula é simples: presenteá-lo com livros sobre pensamentos e sermões do Papa Francisco.

São os livros de cabeceira e é neles que busca inspiração para enfrentar as pressões a as duras jornadas governamentais.

Em todos os discursos do governador, desde que assumiu o governo, citar o chefe do Vaticano virou obrigação.

CERTIDÕES EM ABUNDÂNCIA

Os que estão sendo chamados a figurar em qualquer escalão do novo governo terão de apresentar um rosário de certidões negativas.

São documentos emitidos pelos órgãos dos governos federais, estaduais e municipais.

Quem não apresentar as certidões negativas, comprovando que estão em dia com as suas obrigações tributárias, vão cantar em outra freguesia ou chupando picolé na Praça João Lisboa.

 

DISCURSO DO REITOR DA UEMA

Quem não participou da solenidade de posse do novo reitor da Universidade Estadual do Maranhão, professor Gustavo Pereira Costa, não sabe o que perdeu.

Na opinião do jornalista Benedito Buzar, a peça oratória proferida pelo jovem e competente reitor foi, nos últimos tempos, uma das melhores, em forma e conteúdo.

Gustavo, além de mostrar a sua veia de culto e dotado de uma bagagem intelectual invejável, revelou que está preparado para assumir um cargo tão elevado.

Em tempo: Benedito Buzar, professor de Gustavo Costa no curso de Administração da Uema, nos idos de 1990, nunca escondeu de ninguém que foi o seu melhor aluno e ainda profetizou que seria reitor da instituição.

CANDIDATOS DA UFMA

Começou a temporada da sucessão do reitor Natalino Salgado na Universidade Federal do Maranhão.

O atual reitor, com quase 100 por cento de aprovação nos setores docente, discente e administrativo da Ufma, já tem os nomes que apresentará às eleições de outubro deste ano.

Para substituí-lo no cargo de reitor, em vez de um nome masculino, apresentou a da competente professora, da área de saúde, Nair Portela Coutinho, bastante conhecida e respeitada nos meios universitários.

Para o cargo de vice-reitor, o candidato é o professor Fernando Carvalho.

TRINCHÃO NA PREFEITURA

Mais um nome para figurar na relação dos pré-candidatos à prefeitura de São Luis: Claudio Trinchão

Derrotado nas eleições do ano passado à Câmara Federal, perdeu por pequena diferença de votos para Zé Carlos do PT. Por isso, não pretende deixar a política de lado.

Técnico fazendário, Trinchão foi convidado para ocupar um cargo relevante no Ministério da Fazenda, em Brasília, mas estará sempre em São Luis para cuidar de sua candidatura à sucessão de Edivaldo Júnior.

CALENDÁRIO DA AML

Mais uma vez circula o Calendário da Academia Maranhense de Letras, publicação que começou no século passado e que ao longo dos anos vem contando com a chancela cultural da Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da UFMA.

O calendário deste ano destaca duas efemérides importantes: o centenário de nascimento do professor e acadêmico Mário Meireles, que ocorre a 8 de março, e o centenário de morte do poeta Maranhão Sobrinho.

O calendário da AML de 2015, como os anteriores, foi organizado pelo escritor Jomar Moraes, que se esmera nos cuidados e no zelo para que tenha boa apresentação e registre as marcantes datas que não devem ser esquecidas, e, merecedoras, portanto,  de evocações e comemorações.

GASPAR DE VOLTA

Depois da morte de sua querida esposa, Paula, em São Paulo, o empresário Carlos Gaspar não retornou definitivamente em São Luis.

De agosto a dezembro de 2014, Carlos e a filha Socorrinho ficaram ininterruptamente ao lado da esposa e da mãe, dando-lhes todo apoio e não deixando que nada faltasse para que a sua vida se prolongasse por mais tempo.

Só agora, 30 dias após o desaparecimento de Paula, é que Carlos volta a São Luis e ao convívio dos familiares e amigos.

DIÁRIO OFICIAL

Longas filas passaram a se formar em frente ao prédio, na Rua da Paz, onde se edita o Diário Oficial do Estado do Maranhão.

O motivo de tanta procura é ver não apenas os novos atos governamentais, mas também os demitidos e as nomeados para os cargos de primeiro e segundo escalões.

Quem perde o cargo, chora e xinga o governador, o nomeado pula de contente e dá vivas a Flávio Dino.

 

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FÉ EM DEUS E PÉ NA TÁBUA

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De uns anos para cá, as minhas leituras passaram a ser cada vez mais seletivas. Livros, especialmente de autores estrangeiros, que lia com certa regularidade, perderam a prioridade e ficaram para trás.

Na minha idade, só tem vez livros de autores brasileiros e especialistas em romances, ensaios políticos, crônicas, memórias e biografias.

No momento em que escrevo estas mal traçadas linhas, estou a ler, simultaneamente, dois livros biográficos. Um, da autoria do jornalista Amilton Lovato, sobre a vida e a trajetória política do ex-governador de São Paulo, Ademar de Barros. O outro, a respeito da vida e da obra empresarial de Antônio Ermírio de Moraes, da autoria de José Pastore.

No livro “Fé em Deus e pé na tábua”, Amilton Lovato, faz um bom estudo sobre Ademar de Barros e sua atuação na política brasileira, mas com respeito à participação ex-governador paulista na política maranhense, em que teve marcante ação na década de 1950, deixa a desejar, pois se reporta resumidamente ao lamentável comício, com a presença de Ademar, em São Luis, onde depois de um embate entre populares e soldados da Polícia Militar, na Praça João Lisboa, morreu um jovem operário e deixou vários feridos.

O autor do livro não quis, não teve maiores informações ou não achou importante revelar as relevantes ações levadas a cabo pelo governador paulista em São Luis, que o levaram a ser detentor de invejável popularidade nesta cidade que ficou conhecida, depois de São Paulo, como a mais ademarista do Brasil.

Mas se Amilton Lovaro não contou, eu, no espaço que a coluna permite e usando o meu poder de síntese, relatarei por que Ademar de Barros conquistou uma fabulosa liderança política no Maranhão, fazendo com que ele, nas duas eleições (1955 e 196O) em que disputou o cargo de presidente da República, foi o mais votado em São Luis.

Tudo começa em 1949, quando o governador paulista monta um esquema político, com vistas a se candidatar a presidente da República, nas eleições de outubro de 1950, mas não concorre para apoiar Getúlio Vargas. Para isso, funda o Partido Social Progressista, que, no Maranhão, entrega ao médico Clodomir Millet, que pertencia aos quadros do Partido Republicano.

O partido ademarista cresce rapidamente em São Luis por conta do rompimento do vice-governador Saturnino Belo com o vitorinismo e da adesão dele ao PSP, pelo qual se candidata a governador nas eleições de 1950. O ingresso de Satu, como era chamado, atraiu vários políticos governistas para as hostes pessepistas, destacando-se o senador José Neiva, expressivo líder do sertão maranhense.

Satisfeito com as ações de Milllet e de seus companheiros, Ademar de Barros, para dar maior consistência ao PSP no Maranhão e transformá-lo numa agremiação partidária forte e pujante, deu-lhe dois instrumentos básicos e importantes: um avião e um jornal.

O primeiro, para que os membros do partido se deslocassem facilmente para o interior do Maranhão e fundassem diretórios em todos os municípios. O segundo, para que as forças oposicionistas e as lideranças do PSP pudessem contar com um veículo de comunicação moderno, através do qual a mensagem política do partido chegasse ao eleitorado, especialmente o de São Luis, onde as oposições só usavam o limitado O Combate, que pertencia aos irmãos Marcelino, Lino e Torquato Machado.

Com o veículo de comunicação, batizado de Jornal do Povo, o ademarismo  expande-se no Maranhão e ajuda as oposições a  se habilitarem de forma mais contundente a lutar contra o vitorinismo. Para dirigir o jornal, Millet trouxe do Rio de Janeiro o jornalista Neiva Moreira, que militava na imprensa carioca e desfrutava de enorme conceito como redator do Diário de Notícias e da revista O Cruzeiro.

Em curto espaço de tempo, o Jornal do Povo, pela sua moderna feição gráfica, seu competente corpo redacional e combate os atos do governo, virou coqueluche em São Luís.

Em função disso, Ademar de Barros vira alvo constante das diatribes vitorinistas, que não o perdoam pelo fato de influir na política maranhense e de dar condições materiais às oposições para destroná-los do poder. Paralelamente, o povo de São Luís, visceralmente, oposicionista, exige a presença do governador paulista no Maranhão para receber as homenagens pelo que fazia pela causa oposicionista, bem como manifestar o desejo de vê-lo na presidência da República.

Ademar não resiste aos apelos maranhenses e marca para o dia 3 de agosto de 1950, a sua chegada a São Luis. Por meio do Jornal do Povo, a população é convidada a ir às ruas e a recebê-lo afetuosa e vibrantemente. O comércio e a indústria fecharam as portas às 15 horas, para que todos comparecessem ao comício na Praça João Lisboa. Ônibus, automóveis e caminhões foram colocados à disposição do povo, que estava emocionalmente preparado para dar as boas vidas ao líder paulista.

Às 16:30 horas, o avião de Ademar desce no aeroporto do Tirirical. Em carro aberto, ele, ao lado do vice-governador Saturnino Belo, ruma para o local da concentração popular, onde uma enorme multidão o esperava em delírio.

Momentos antes do comício, o chefe de Polícia, João Batista Lemos, a mando dos governistas, informa aos oposicionistas que a concentração não poderia ser na Praça João Lisboa, pois a licença para liberação do local não chegara a tempo hábil. Por muito custo, permite que o comício se realize na Praça Deodoro.

Mobilizada, a população ruma para a Praça Deodoro, onde os oradores são unânimes em criticar e desancar as autoridades palacianas pela prática de uma atitude antidemocrática e violenta contra o governador visitante, fato que faz o povo ficar mais exaltado. Mas o pior ainda estava por vir. No exato momento do pronunciamento de Ademar de Barros, todo o centro da cidade fica privado de energia elétrica, por ordem das forças palacianas. A praça fica às escuras, mas o comício não cessa graças a um serviço de alto-falante, que possibilita a Ademar falar à multidão, cada vez mais irada.  Como se isso não bastasse, uma violenta chuva desaba sobre a cidade, mas não impede o orador de continuar a sua vibrante oração e sem o povo dali arredar os pés.

Acabado o comício, Ademar é convidado a visitar a sede do PSP na Rua da Paz, nas proximidades da Praça João Lisboa. Aceita o desafio, parte andando e acompanhado da frenética multidão. Quando o cortejo se aproximava da sede do partido, como se fosse uma emboscada, surgem numerosos policiais, fortemente armados, impedindo a passeata de chegar ao seu destino final.  Os populares revoltam-se e reagem com pedradas e pauladas. Ademar e as lideranças oposicionistas recuam prudentemente, mas o povo, contudo, continua a marcha e, aos trancos e barrancos, chega à praça, onde passa a depredar a redação do jornal Diário de São Luis, que dava cobertura política aos aliados de Vitorino Freire.

O confronto entre o povo e os policiais foi inevitável e trágico. As balas das forças públicas acertam vários populares, inclusive o operário João Evangelista Vieira, que morre e vira mártir. Dessa luta, resulta também o incêndio do automóvel de propriedade do Dr. Newton de Barros Belo, então, Consultor Jurídico do Estado.  Só depois de algumas horas, a paz volta a reinar na Praça João Lisboa.

Antes de deixar São Luis, Ademar comunica o fato às autoridades federais, às quais pede providências enérgicas para punir os algozes do povo, bem como se responsabiliza pela assistência médica às vítimas, inclusive, com ajuda financeira.

A partir daquele dia, o governador paulista transforma-se numa figura mítica e idolatrada pelo povo ludovicense. Sua popularidade agiganta-se de maneira fantástica, fazendo com que o seu prestígio político extrapole de São Paulo para o Maranhão inteiro.

 

 

 

 

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GASTÃO DEIXA O PMDB

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O deputado Gastão Vieira esperou o ano novo para fazer uma bombástica comunicação à direção de seu partido.

Depois de alguns anos envergando a camisa do PMDB, deste se desligará para disputar novos embates políticos por outra legenda partidária.

A excelente votação por ele obtida em São Luis, nas eleições de senador em 2014, o deixou animado a concorrer ao pleito vindouro para a prefeitura de São Luis.

O principal motivo que levará Gastão a deixar o PMDB é o grande número de cacique que tomou conta do partido.

PERDAS IRREPARÁVEIS

Em 2014, várias pessoas que marcaram a vida da nossa cidade nos deixaram.

Eram figuras humanas renomadas da sociedade e que contribuíram nos setores que ocuparam para engrandecer São Luis e torná-la mais próspera e feliz.

Estamos em 2015, mas continuamos a sentir saudades de José Chagas, Ubiratan Teixeira, Wilson Neiva, Chico Coimbra, Nonato Buzar, Jean Buhaten, Raimundo Bacelar, Luis Alfredo Guterres, Lindalva Marão, Lila Léa Braga e Paula Gaspar.

AMIGOS EM CONFRATERNIZAÇÃO

No último dia de 2014, uma alegre mesa foi vista no Empório Santa Cruz, em que um grupo de amigos se confraternizava.

Do grupo faziam parte Gastão Vieira, Benedito Buzar, Danilo Furtado, Kleber Moreira, Nelson Almada Lima, Rômulo Barbosa e André Rosas.

Assuntos variados vieram à tona, mas a política maranhense dominou a conversa, na qual o advogado Kleber Moreira, por conta de sua extraordinária memória, cotejava a vida política de hoje com a do passado.

MARANHENSES NA ARGENTINA

Neste final de ano, Buenos Ayres estava repleta de brasileiros.

Entre os brasileiros, os maranhenses não faziam feio.

De São Luis, foram vistos nas ruas, restaurantes e casas de tangos, Caetano Braga, a esposa, Daniela, a filha Manuela, e a sogra Eliza Silva.

Todos fizeram questão de dizer que a vida no Brasil está melhor do que na Argentina, onde povo vive na rua com fome e dormindo em massa nas praças públicas.

FEZ A DIFERENÇA

O desempenho do esportista e escritor Joaquim Haickel à frente da Secretaria de Esportes e Lazer, no governo de Roseana Sarney, foi notável.

Não à toa, ele vem sendo elogiado não apenas pelos esportistas, mas por todos que acompanharam a sua trajetória de trabalho no órgão.

Para coroar toda essa exemplar atuação, Joaquim Haickel ainda fez uma coisa nunca vista no Maranhão em solenidade de inauguração.

Em vez de comparecer de paletó e gravata, apareceu a caráter, ou seja, literalmente equipado com material esportivo de jogador de basquete.

MELHORES DEPUTADOS

Estranhamente a revista Veja indicou o deputado Edson Santos, da bancada maranhense no Congresso Nacional, como um dos melhores do ano passado.

Disse estranhamente, por conta do desconhecimento quase total do eleitorado do Maranhão desse parlamentar, que se elegeu em 2010, pelo PSDB.

O mais estranho ainda é que do referido deputado, nunca se ouviu um discurso no plenário, um trabalho nas comissões técnicas, uma emenda parlamentar que justificassem a sua boa atuação no Congresso Nacional.

ENFORCAR TRABALHO

O ano de 2015 é um dos mais fartos em matéria de feriadões.

São nove feriados nacionais que cairão em finais ou começos de semana, que vão possibilitar o enforcamento de trabalho para os empregados públicos e privados.

O ócio maranhense ainda contará com dois dos três feriados municipais: 8 de setembro, em homenagem à  Fundação de São Luis, e 8 de dezembro, Dia de Nossa Senhora da Conceição.

Só 28 de junho, em comemoração a São Pedro, não permitirá folga maior para funcionários públicos e trabalhadores da iniciativa privada.

 

ANO DE MÁRIO MEIRELES

 

O presidente da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar, e o reitor da Universidade Federal do Maranhão, Natalino Salgado, já acertaram a realização de uma solenidade especial no mês de abril.

No evento, 2015 será declarado o “Ano Cultural Mário Meireles”.

Ao longo do ano, a AML e a Ufma realizarão em conjunto várias solenidades em homenagem ao intelectual e professor dos mais conceituados e respeitados no Maranhão e pelo que fez pela cultura e pelo magistério superior.

 

FESTA DOS ITAPARY

 

Edna e Joaquim Itapary gostam de abrir as portas de seu apartamento nos primeiros dias de cada ano, para a confraternização com os amigos mais chegados.

O encontro foi ontem, e, como nos anos anteriores, Joaquim mostrou mais uma de suas qualidades: a de bom chef de cozinha.

No apartamento dos Itapary, o comparecimento de uma boa parte dos membros da Academia Maranhense de Letras.

 

50 ANOS DEPOIS

 

Há 50 anos, em outubro de 1965, José Sarney, prometendo mudanças, elegeu-se governador do Maranhão.

Flávio Dino, eleito em pleito memorável em outubro de 2014, e, também, anunciando mudanças no Estado, assumiu o governo do Maranhão, meio século depois.

Entre os dois, um bom tempo está a separá-los, mas em relação ao Maranhão o sentimento em um só: promover o progresso para melhorar a vida do povo.

Sarney, na sua administração, renovou, reformou e mudou o Estado.

De Flávio, espera-se o mesmo.

 

TEATRO POLÍTICO

O governador Flávio Dino realizou no Teatro Artur Azevedo uma solenidade administrativa que fez lembrar os tempos passados.

Ao dar posse ao seu secretariado naquela Casa, evocou a época em que as grandes reuniões políticas ou governamentais eram ali promovidas, com grande alarde e pompa.

Solenidades como as convenções partidárias e sanções ou promulgações de leis tinham o Teatro Artur Azevedo como palco.

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AS PREVISÕES ALEATÓRIAS DE 2015

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Não tenho a mínima intimidade com a mediunidade, o espiritismo e a cartomancia. Também não prezo e nem cultuo as artimanhas dos feiticeiros, bruxos, pais de santos e outras categorias do ramo.

Nem mesmo os que em nome das religiões e das seitas pregam e distorcem a fé dos incautos, ludibriando-os com promessas celestiais mirabolantes, merecem de mim alguma simpatia ou apreço. Ao contrário, detesto-os e desprezo-os e se dependessem da minha vontade, não estariam livres e nem impunes.

O preâmbulo acima serve para dizer que, no Brasil, no começo de cada ano novo, é comum a gente ver e ouvir pelas emissoras de televisão e de rádio, ou ler nos jornais e revistas, previsões ou profecias a respeito de fatos, atos e acontecimentos que deverão ocorrer no país e nos lugares onde se mora ou vive, bem como sobre as pessoas que fazem parte do cotidiano da sociedade.

Por conta disso, atrevo-me hoje, despojado de qualquer ranço de maledicência e animosidade, sem que eu seja médium, espírita, cartomante, feiticeiro, bruxo, ou pai de santo, fazer algumas previsões aleatórias acerca do que poderá acontecer este ano no Maranhão, em decorrência da virada política que veio à tona a partir de outubro de 2014, com o sucesso de Flávio Dino nas eleições. Vejamos, pois.

1 – A nova equipe de governo, escolhida cuidadosamente pelo governador Flávio Dino, a despeito de renovada e remoçada, será parcialmente alterada, em curto prazo. Uns, serão exonerados por não se adequarem ao jeito de administrar do governador; alguns, por incapacidade profissional; outros, por falta de espírito público.

2- Mais cedo do que imaginamos, serão chamadas a ocupar os lugares dos não ajustados ao que deles esperava o chefe do Executivo, algumas figuras humanas de governos passados e com experiência.

3 – Da lista de demissionários, sobrelevam o do secretário de Minas e Energia, José Reinaldo Tavares, da secretária da Cultura, Ester Marques, e da secretária de Educação, Áurea Prazeres. Zé Reinaldo, não por incompetência. Para não romper politicamente com o governador, de quem recebe afagos ou deferências pessoais, afastar-se-á por problemas hierárquicos. Na condição de ex-ministro e de ex-governador não gostará de receber ordens de cima para baixo. Sua ida para a Câmara Federal, para a qual se elegeu deputado, é fato consumado e questão de tempo. Ester, não se sustentará em face da pressão que setores da cultura popular farão para tirá-la do cargo. Áurea, por não dar conta do recado.

4 – Duas coisas que Flávio Dino na campanha eleitoral prometeu fazer à frente do comando do Estado, mas não serão concretizadas: a demolição da Casa de Veraneio de São Marcos e a duplicação do contingente da Polícia Militar.

Para demolir o imóvel governamental, será preciso tomar uma série de procedimentos burocráticos, tais como, autorização, mediante lei, da Assembleia Legislativa; constituir comissão de avaliação; publicação de edital, com fixação de preço mínimo, e realização de leilão.

Quanto à duplicação do contingente da Polícia Militar, motivos orçamentários e a falta de suporte financeiro o impedirão de realizá-la. O incremento de mais de seis mil soldados e oficiais à corporação, inviabilizará a folha de pagamento do funcionalismo público estadual.

5 – Órgãos da máquina administrativa que vão sofrer rigorosas devassas do novo governo: secretarias de Saúde, das Cidades, do Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar, Departamento Estadual de Trânsito e Empresa Maranhense de Administração Portuária.

6 – O deputado Gastão Vieira a despeito de não ter sido chamado pela presidente da República, Dilma Roussef, para compor o seu quadro ministerial, receberá convite para dirigir um órgão importante da administração federal.

7- O prefeito Edivaldo Holanda Júnior será mais visto pela população do que nos anos anteriores. Ao lado do governador Flávio Dino ficará mais corajoso e marcará presença em diferentes eventos que acontecerão em São Luis.

8 – José Sarney ainda que tenha abandonado a vida pública, não deixará de ser prestigiado e convocado a opinar sobre assuntos políticos e administrativos do país.

9 – Antes do final ano, muita gente que abominava José Sarney, lamentará a sua ausência do Senado da República, e se arrependerá de não haver votado em Gastão Vieira a senador.

10 – A cantora Alcione terá sua participação bastante reduzida nos eventos festivos de São Luis. A bola da vez chama-se Zeca Baleiro.

11 – O Boi Barrica e o Bicho Terra serão substituídos nas solenidades palacianas por outras manifestações folclóricas e de afrodescendentes.

12 – O musicista Turíbio Santos não tomará conhecimento de sua eleição para a Academia Maranhense de Letras e um novo pleito poderá ocorrer para preenchimento da vaga do saudoso José Chagas.

13 – Os prefeitos do Maranhão continuarão a desviar recursos dos municípios, sem temerem ou se intimidarem com as ações do Ministério Público, dos Tribunais de Contas, das Auditorias e da Controladoria Geral da União.

14 – As festas do PH devem continuar deslumbrantes e glamorosas, mas não contarão com as presenças do governador Flávio Dino e seus auxiliares.

15 – Desgraçadamente, o Centro Histórico de São Luis será ainda tratado com desprezo e desamor pelas autoridades responsáveis pela sua manutenção e sobrevivência como um dos mais belos monumentos do patrimônio artístico e cultural do país.

16 – O relógio do Largo do Carmo, teimoso como é, deve manter-se sem funcionar e visto apenas como um objeto de decoração.

17 – O time do Sampaio Correia, inobstante os reforços que receberá, não terá um bom desempenho no Campeonato Brasileiro, continuando, portanto, na série B.

18 – O ritmo da construção civil em São Luis deve cair, mas os imóveis da Península da Ponta D’Areia não vão perder as valorizações no mercado, por isso serão os mais procurados, sobretudo, salvo melhor juízo, pelos novos ocupantes de cargos públicos.

19 – Com a construção dos novos shoppings em São Luis, os problemas de trânsito e de mobilidade urbana aumentarão assustadoramente e levarão a população ao desespero coletivo e Canindé Barros à depressão.

20 – Sem novos estabelecimentos hospitalares, ficar doente em São Luis será uma questão mais de morte do que de vida.

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