Nestes dias que antecedem a posse de Flávio Dino no governo do Maranhão, os meios culturais vivem expectativa e perplexidade.
Primeiro, por conta de um movimento desencadeado pela curriola que o cerca contra a presença de Ester Marques no cargo de secretaria da Cultura.
Segundo, pelo desconhecimento de quem vai ocupar os cargos de diretor do Arquivo Público e da Biblioteca Benedito Leite.
Se Flávio cometer a insensatez de nomear gente despreparada e não técnicos ou especialistas das respectivas áreas, o Arquivo e a Biblioteca correm o sério risco de sofrer um retrocesso terrível.
NOMEAÇÃO DE DANIEL
Uma grande surpresa tomou conta dos meios jurídicos e políticos com a nomeação do advogado Daniel Leite para compor o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão.
Uma pergunta está no ar: quem levou a presidente da República, Dilma Roussef, a nomeá-lo como representante titular da OAB do Maranhão a membro do TRE?
Se não sabem, anotem o nome do político maranhense que indicou Daniel para tão importante cargo, como prêmio à sua capacidade profissional: o deputado Gastão Vieira.
APARÍCIO NA INFRA
O governador Arnaldo Melo surpreendeu o mundo político maranhense com a nomeação do engenheiro Aparício Bandeira a secretário de Infra- estrutura.
Além da amizade que há anos mantém com o engenheiro, considera-o um técnico competente e preparado para o exercício do cargo.
Não à toa, por diversas vezes, Arnaldo tentou fazer de Aparício secretário de Infra- estrutura, mas os pedidos não foram levados em conta.
Ao assumir o governo, não pensou duas vezes: nomeou Aparício para um cargo que vai coroar a sua longa e retilínea vida pública.
BEIJA-MÃO
De uns tempos para cá, uma tradição no campo da política, deixou de ser cumprida no Brasil.
O famoso Beija-Mão, costume da época imperial, em que o rei e os presidentes das províncias, antes do findar do ano, recebiam as autoridades e a sociedade para os cumprimentos natalinos.
Até bem pouco tempo, no Maranhão, o Beija-Mão era um ritual praticados pelos governadores que abriam o Palácio dos Leões, para receber os representantes do setor público e privado.
PAI DO GOVERNADOR
Na manhã de quarta-feira passada, o acadêmico Sálvio Dino, pai do futuro governador, foi visto tranqüilamente caminhando pela Rua Oswaldo Cruz.
Os que o conheciam se aproximavam para cumprimentá-lo e desejar que o filho fizesse um bom governo.
Com a calma e a modéstia que lhe são peculiares, Sálvio não se prevalecia do fato de ser pai do governador eleito, mas respondia que o filho fará tudo para não decepcionar o povo maranhense.
CENTRO HISTÓRICO
Afinal, a Câmara Municipal de São Luis aprovou um projeto de suma importância para a sobrevivência do Centro Histórico.
Por meio de um projeto da autoria do vereador Chico Carvalho, que merece aplausos pela iniciativa, foi criado um fundo para a conservação e recuperação do acervo arquitetônico do Centro Histórico de São Luis, para o qual será destinado 1% da arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Espera-se que o prefeito Edivaldo Júnior mande regulamentar urgentemente a lei para vigorar em 2015 e a prefeitura contar com os recursos para tal cometimento.
SECRETÁRIO HIGIÊNICO
José Henrique Rodrigues, que ocupava o cargo de secretário de Administração de Itapecuru-Mirim, pediu demissão ao prefeito Magno Amorim.
Em carta ao prefeito, o demissionário anunciou os motivos que o levaram a pedir a exoneração, dentre os quais um ganhou repercussão.
Disse o ex-secretário que deixava o cargo “porque faltava tudo na secretaria, inclusive, papel para limpar o C”.
TRAJE DO DESEMBARGADOR
O afastamento do juiz Marcelo Baldochi das funções judicantes, deve-se em grande parte à atuação do desembargador Bayma Junior, que, em Imperatriz, comandou as investigações sobre a conduta irresponsável do magistrado paulista.
O desembargador analisou as várias reclamações e representações contra o juiz e apurou que todas procediam, por isso, ele precisava ser rigorosamente punido pelo Tribunal de Justiça.
Um fato também muito comentado em Imperatriz: a elegância do desembargador Bayma Junior, que, sem se importar com o calor reinante na cidade, presidiu as investigações de paletó, camisa e gravata nas tonalidades preta e branca.
PRESENTE DE SARNEY
No jantar de confraternização dos imortais da Academia Maranhense de Letras, realizado ontem, no restaurante Quinta do Calhau, o presidente Benedito Buzar fez questão de anunciar aos confrades duas excelentes notícias.
Primeira: a lavratura da escritura do imóvel, localizado na Rua da Palma, doado pelo senador José Sarney à Academia Maranhense de Letras.
Segunda: o certificado da secretaria da Cultura de aprovação do projeto, por meio do qual a AML pode captar recursos da iniciativa privada para a manutenção e aquisição de equipamentos.
CAFETEIRA INTERNADO
O senador Epitácio Cafeteira terminará o seu mandato sem se despedir dos colegas do Senado
Suas condições físicas não permitiram que saísse do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, antes do recesso parlamentar.
O tratamento a que está submetido não tem prazo marcado para acabar, por isso só deixará o hospital quando recuperar totalmente a saúde.
DIA DO PEIXE
Há poucos dias, para espanto da nação brasileira, a presidente Dilma Roussef, sancionou um projeto inusitado.
Aprovado pelo Congresso Nacional, após dez anos de tramitação, a lei estabelece para 26 de outubro a celebração do Dia do Macarrão.
Nessa mesma direção, o deputado federal, Kleber Verde, da bancada maranhense, pretende apresentar um projeto determinando que 28 de fevereiro seja o Dia do Peixe.
O projeto é uma homenagem aos pescadores do Maranhão que lhe deram uma votação espetacular nas eleições de outubro passado.
UMA SIGNIFICATIVA HOMENAGEM
Na noite da última segunda-feira, a Academia Maranhense de Letras organizou uma solene em homenagem ao saudoso escritor Odylo Costa, filho, pelo seu centenário de nascimento, ocorrido em São Luis, em 14 de dezembro de 2012.
Depois da abertura da exposição sobre a vida e a obra de Odylo Costa, filho, na Casa da Cultura que tem o nome do notável intelectual, os membros da Casa de Antônio Lobo, sob a presidência do jornalista Benedito Buzar, se reuniram para a celebração do nascimento de um dos maiores jornalistas de seu tempo, e que, pelo seu brilho como romancista, cronista, novelista e poeta, integrou as Academia Brasileira e Maranhense de Letras.
A solenidade foi marcada por quatro pontos altos. Primeiro, a exibição de um documentário sobre a vida e a obra de Odylo, realizado sob os auspícios da Fundação Nagib Haickel. Segundo, a conferência do escritor José Sarney, que fez um estudo rico e detalhado a respeito da personalidade do saudoso jornalista, com o qual mantinha uma amizade fraternal. Terceiro, a presença de um dos filhos de Odylo, Pedro Costa, que, em nome da família, doou à Academia o fardão, o chapéu, o colar e a espada que são parte da indumentária com a qual ele tomou posse na Casa de Machado de Assis. Quarto, o lançamento da seleta poética de Odylo, organizada pelo intelectual Jomar Moraes.
Há que se registrar também a presença na solenidade do governador Arnaldo Melo.