AS CAMPANHAS DE SARNEY E DE FLÁVIO

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Na crônica de Joaquim Itapary, publicada em O Estado do Maranhão (9-10-2014),intitulada “Eleições: um passo à frente ou atrás”, o confrade da Academia Maranhense de Letras, como sempre brilhante, diz que “As campanhas e as eleições de Flávio Dino, hoje, e de José Sarney, em 1965, embora ocorridas em tempo histórico tão diverso, guardam notáveis semelhanças entre seus principais aspectos sociológicos, políticos e ideológicos, bem como no conteúdo das respectivas mensagens de mudança”.

Itapary está cheio de razão quando compara as campanhas de José Sarney e de Flávio Dino. Em apoio ao seu ponto de vista, consigo observar, mutatis mutandis, certa analogia em quatro pontos levantados pelos dois candidatos, respectivamente, em 1965 e 2014, no afã de empolgarem o eleitorado e ganharem as eleições. Vejamos.

  • O lançamento das candidaturas. José Sarney e Flávio Dino começaram as campanhas políticas, para se elegerem ao cargo de governador, bem antes do tempo previsto no calendário eleitoral. Sarney, para chegar ao poder em 1966, botou o bloco na rua após eleger-se em 1962 a deputado federal, pela UDN, com uma votação esmagadora, que o credenciou ser o candidato das Oposições Coligadas. Em 1963, portanto, dois anos do pleito de 1965, já estava com a sua candidatura registrada no Tribunal Regional Eleitoral, pelo Partido Republicano, e percorrendo o interior do estado, onde o seu nome impôs-se como alternativa à velha e dominante estrutura do PSD.

Flávio Dino iniciou, também, a sua campanha rumo ao Palácio dos Leões com bastante antecedência. Em 2010, ele enfrentou Roseana Sarney nas eleições de governador. Não ganhou, mas deixou o seu nome plantado em todas as regiões do estado. No exercício do cargo de presidente da Embratur não abandonou o projeto de governador, daí a sua presença permanente no Maranhão, onde manteve a sua candidatura em ação, polarizando as atenções da opinião pública e na expectativa de ser o candidato com chances de derrotar, em 2014, o grupo governista.

  • O alvo das campanhas. Destruir a máquina administrativa que o senador Vitorino Freire montou no Maranhão em vinte anos de poder, período em que elegeu quatro governadores – Archer da Silva, Eugênio Barros, Matos e Newton Bello – era, para Sarney, uma missão imperiosa e inadiável. Desse modo, granjeou apoio popular e ainda valeu-se da revisão eleitoral, sob os auspícios do Tribunal Superior Eleitoral, que expurgou das folhas de votação mais de 200 mil votos fraudulentos.

Para Flávio Dino impor ao sarneísmo fragorosa derrota era questão prioritária, pois implicava solapar a estrutura política construída por Sarney, em que vários governadores, através de pleitos diretos e indiretos, chegaram pelas suas mãos ao Palácio dos Leões, conquanto a maioria não lhe tenha prestado a devida lealdade política.

  • Os opositores no pleito. Por causa da divisão nas hostes do PSD – Partido Social Democrático, do rompimento do governador Newton Bello com o senador Vitorino Freire, e do veto do regime militar ao candidato governista Renato Archer, Sarney enfrentou a candidatura do ex-prefeito de São Luis, Costa Rodrigues, convocado no frigir dos ovos para o governo não ficar sem candidato às eleições de 1965.

Flávio Dino conviveu com um fato quase similar nas eleições deste ano. Seu opositor, o senador Lobão Filho, foi chamado às pressas para substituir e ocupar o lugar do pré-candidato Luis Fernando Silva, escolhido pela governadora Roseana Sarney, mas não se viabilizou como candidato do grupo sarneísta. Nas proximidades da convenção partidária, entregou os pontos e saiu da luta.

  • As mensagens políticas. Foi com a mensagem da mudança e de proporcionar ao povo maranhense uma nova era de progresso, que Sarney e Flávio conquistaram credibilidade e mantiveram-se na crista da onda ao longo da campanha. Também prometeram uma revolução econômica e social no Maranhão, renovar os costumes políticos, recuperar o tempo perdido e engajar o estado no processo de desenvolvimento. Resultado: Sarney e Flávio foram os mais votados pela grande maioria do eleitorado.

Mas esses pontos de convergência entre Sarney e Flávio, vislumbrados na campanha eleitoral, ficaram para trás. De agora por diante a situação é outra, assume novos contornos e estratégias opostas.

O candidato do PC do B, vencedor da recente pugna política, sobre os ombros do qual pesará a responsabilidade de governar o Maranhão, a partir de 1º de janeiro de 2015, começou a organizar a equipe que com ele trabalhará no governo e já mostrando a impossibilidade de se repetirem atos que fortuitamente vieram à tona na fase que antecedeu à sua eleição.

Basta ver, por exemplo, a escolha dos auxiliares de primeiro escalão. Se Flávio tomasse Sarney como referência, só anunciaria o seu secretariado dois dias antes da posse. Foi assim que o governador do Maranhão Novo procedeu. Nesse particular, o futuro governador inovou e mudou as regras do jogo. Já iniciou a escolha dos que o ajudarão a administrar o estado e, lenta e gradualmente, vem anunciando os nomes dos que comporão o seu secretariado, antes que aflorem as pressões dos partidos políticos que o apoiaram e dos candidatos derrotados, ávidos de uma “boquinha” para não ficarem desempregados.

 

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POR CAUSA DE GASTÃO

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O desempenho de Gastão Vieira no Ministério do Turismo foi de tal modo convincente e fecundo, que ele poderá voltar ao cargo ou designado para o exercício de outra função relevante no governo federal.

Para isso acontecer, a presidente Dilma Roussef terá de se reeleger a presidente da República.

Não é à toa, que alguns amigos de Gastão resolveram votar em Dilma nas eleições de segundo turno, na esperança de ela convidar o parlamentar para fazer parte de sua equipe administrativa.

DEU 65

Na semana passada, Gastão Vieira foi homenageado pelos amigos com um almoço pela sua boa votação nas eleições de senador, apesar das circunstâncias adversas.

Na divisão da despesa do almoço, para saber quanto cabia a cada um, o impossível aconteceu.

A importância monetária foi equivalente ao número do candidato Flávio Dino: R$ 65,00.

FIGURAS DO PC do B

No secretariado do governador eleito Flávio Dino, tudo leva a crer que podem marcar presença figuras de outros estados.

O PC do B, à qual ele é filiado, não descarta a possibilidade de indicar algumas personalidades de sua representação nacional, para trabalharem no governo que se empossará a 1º de janeiro próximo.

Como o Maranhão é o primeiro estado da Federação brasileira que será administrado por um membro do PC do B, os cardeais do partido querem que o governo de Flávio seja modelar e sirva para o partido crescer e sair vitorioso em outros estados, nas próximas eleições majoritárias.

LIVROS DE SARNEY

Nestes dias que faltam para terminar o seu mandato, o senador José Sarney está arrumando o seu gabinete de trabalho, em Brasília.

Como a sua maior preocupação é com os livros, tomou uma providência que o faz diferente de outros políticos.

Caixas de livros de sua biblioteca no Senado estão chegando à Academia Maranhense de Letras, doadas por ele para fazerem parte do acervo da instituição da qual também é membro e o decano.

FARDÃO DE GULLAR

Após a sua exuberante eleição à Academia Brasileira de Letras, o poeta Ferreira Gullar recebeu um telefonema da governadora Roseana Sarney.

Além de parabenizá-lo pelo seu ingresso, ainda que tardio, na Casa de Machado de Assis, Roseana garantiu que as despesas do seu fardão serão custeadas pelo governo do Maranhão.

A imprensa carioca divulga que o fardão de Gullar, por causa de seu corpo esguio, será um dos mais baratos: 65 mil reais.

50 ANOS DA UFMA

O mandato do reitor da Universidade Federal do Maranhão, Natalino Salgado, só se findará no final de 2015.

Como bom gestor que o é, quer deixar ao sucessor, que não terá tempo de fazê-lo, uma programação pronta para as comemorações dos 50 anos da Ufma, em 2016.

Natalino selecionou um grupo de professores e técnicos da instituição, com a incumbência de preparar um elenco de eventos para as festividades que devem ocorrer ao longo da efeméride.

PENSANDO NA PREFEITURA

O Maranhão, salvo melhor juízo, é o estado brasileiro em que mal uma eleição acaba e os políticos já pensam na próxima.

Um dia após o Tribunal Regional Eleitoral divulgar o resultado oficial do pleito deste ano, jornalistas e blogueiros já anunciavam – e precipitadamente – os candidatos pretendentes a disputar as eleições de prefeito de São Luis, em 2016.

Nomes como Elisiane Gama, Roberto Costa, Evangelista Neto, e Fábio Câmara, sem falar no prefeito Edivaldo Holanda Junior, que deve tentar a reeleição, são cotados para enfrentar as urnas.

INFERNO NELES

Ainda que anunciasse o final de sua atividade política e de não concorrer mais a qualquer cargo eletivo, o senador José Sarney, foi, injustamente, agredido nas últimas eleições.

Dois candidatos, na tentativa de conquistarem votos por conta das descabidas hostilidades ao senador, passaram dos limites: os deputados Domingos Dutra e Simplício Araújo.

Resultado: o povo não deu acústica àquela palhaçada e ainda os mandou para as profundezas do inferno.

MINISTÉRIO PÚBLICO E GASTOS

Os candidatos que gastaram milhões nas últimas eleições no Maranhão que se cuidem.

O Ministério Público não assistiu a gastança desmedida de olhos vendados e ouvidos tapados, sobretudo de candidatos aos cargos proporcionais.

Os promotores acompanharam tudo e vão convocar os mais votados a dar explicações sobre os gastos e de onde veio o dinheiro para o festival de compra de votos no pleito de 5 de outubro.

PRESENÇA DE TURÍBIO

Turíbio Santos, o grande artista maranhense, candidato à Academia Maranhense de Letras, pode vir a São Luis, neste final de mês.

Não para se apresentar no Teatro Artur Azevedo, onde costuma fazer show, mas acompanhar a eleição que o levará a ocupar a vaga do poeta José Chagas.

Se confirmar presença, será para conhecer os acadêmicos que nele votaram e recepcioná-los.

CHEQUE SEM FUNDO

Quando acabam as eleições, um fato recorrente aflora em toda a plenitude.

A quantidade espantosa de cheque sem fundo que grassa na cidade de candidatos que não conseguiram se eleger.

As gráficas, os donos de carros de som e os proprietários de imóveis alugados para comitês políticos, são as maiores vítimas desses caloteiros.

CASAL DERROTADO

Socorro e Sétimo Waquim acabam de contrariar a máxima segundo a qual casal unido jamais será vencido.

Vencedores em pleitos passados foram inapelavelmente derrotados nas eleições deste ano.

Ele, a deputado federa; ela, a deputado estadual.

 

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CEM ANOS DE ALFREDO DUAILIBE

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Alfredo Duailibe nasceu a 19 de outubro de 1914. No seu batizado, o padrinho, Chico Abreu, comerciante de Ipixuna (hoje São Luis Gonzaga), profetizou: “O meu afilhado quando crescer será médico e governador do Maranhão.”

A partir daquele dia, a profecia do padrinho de Alfredo não saiu mais da memória de seus pais – Linda Sady e Salim Nicolau Duailibe, que logo planejaram dar ao filho o que melhor existia em matéria de educação.   Para ter uma alfabetização de primeira qualidade, foi matriculado no Instituto Gomes de Souza. Em seguida, no Instituto Fernandes, cursou o primário e conquistou boa base para continuar os estudos em colégios fora do Maranhão.

Aos nove anos, junto com os irmãos José e Jorge, foi mandado para São Paulo e internado no Liceu Sagrado Coração de Jesus. No começo de 1928, Alfredo retorna a São Luis para ser tratado de uma crise de apendicite. Curado, foi estudar em Recife, no Colégio Nóbrega, dos padres jesuítas.

Com a conclusão do curso secundário, em 1930, recebeu do pai, ainda com o pensamento na previsão do padrinho do filho, esta intimação: – Agora, você vai estudar no Rio de Janeiro e ser médico. Alfredo, que imaginava ser padre, cumpriu, sem pestanejar, a determinação de “seu” Salim. Na Cidade Maravilhosa, preparou-se para o exame vestibular. Dotado de sólida base escolar, não decepcionou, passou nas provas e ingressou em 1931 na Faculdade Nacional de Medicina. No final de 1936, com 22 anos, recebeu o diploma de médico, cumprindo-se assim a primeira profecia do padrinho, Chico Abreu.

Formado, continuou no Rio de Janeiro, onde estagiou na Policlínica Geral, na Santa Casa de Misericórdia e na Clínica Médica do renomado professor Aloísio Castro. Achando-se habilitado ao exercício da profissão, veio para São Luis, em 1938.

Ao chegar aqui, sabe do falecimento de Chico Abreu e de que o mesmo lhe deixara de herança vinte contos. Com esse dinheiro viveu os primeiros tempos de formado e montou consultório na Rua Oswaldo Cruz, onde se impôs como profissional competente, façanha difícil, à época, dada a presença de uma constelação de médicos conceituados em São Luis: Carlos Macieira, João Braulino, Carlos Ferreira, Djalma Marques, Tarquínio Lopes Filho, Amaral de Matos e Neto Guterres.

Em 1941, o então prefeito, Pedro Neiva de Santana, indicou-o a fazer, no Rio de Janeiro, com bolsa de estudos, o curso de Educação Física. Ao concluí-lo, o interventor Paulo Ramos nomeou-o funcionário público estadual e encarregado de criar e dirigir o Serviço de Educação Física do Maranhão.

Em 1946, dois fatos marcaram indelevelmente a vida de Alfredo Duailibe. Primeiro, o casamento com a jovem e bonita normalista Maria José Mendes, que conheceu em 1941, aluna do Colégio Rosa Castro. Dessa união matrimonial, nasceram cinco filhos.

Segundo, o convite do interventor Saturnino Bello para dirigir o Departamento de Instrução Pública, por indicação do compadre, amigo e colega de profissão, Osvaldo da Costa Nunes Freire, substituindo o professor Luiz Rego. No exercício da função, conheceu Vitorino Freire, com o qual estabeleceu forte amizade, que fez questão de manter ao longo da vida.

Por conta dessa convivência, dele recebeu convite para participar das primeiras iniciativas no campo político. Vitorino, rompido com Genésio Rego, desligou-se do PSD, fundou o PST- Partido Social Trabalhista, para o qual Alfredo foi convocado a estruturá-lo. Ao tempo em que dirigia o PST, o governador Sebastião Archer da Silva nomeou-o para o cargo de secretário de Interior, Justiça e Segurança, por onde transitavam todas as questões políticas e administrativas do estado.  Pelas suas mãos, Vitorino consolidou a sua chefia política no Maranhão.

Deixou a secretaria de Interior, Justiça e Segurança para candidatar-se a deputado federal nas eleições de 1950. Eleito, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde funcionava o Congresso Nacional. De 1951 a 1954, dividiu-se entre a tarefa parlamentar e os cursos de especialização médica.

Com o desaparecimento do PST, Alfredo passou a fazer parte do diretório regional do PSD, que Vitorino havia reconquistado. Em 1954, não disputou a reeleição porque Vitorino indicou-o a suplente de senador. Algumas vezes, atuou no Senado, no mandato de 1955 a 1962.

Em 1955, em decorrência da crise política, que impedia Matos Carvalho de assumir o mandato de governador e do rompimento do vice, Alexandre Costa com o vitorinismo, Alfredo foi novamente chamado, pelo seu espírito conciliador, a ocupar a secretaria do Interior, Justiça e Segurança.

Serenada a crise, deixou o cargo pensando em dedicar-se exclusivamente à medicina. Mas foi aí que o destino se encarregou de fazer com que a segunda profecia do padrinho Chico Abreu se transformasse em realidade. Estava no Rio de Janeiro, em companhia da esposa Maria, quando recebe um telefonema do deputado federal Newton Bello, candidato a governador. Pedia-lhe para retornar imediatamente a São Luis, onde outra missão o esperava. Ao chegar, participou de uma reunião, no Palácio dos Leões, com os próceres do PSD, oportunidade em que recebeu convite do próprio Newton Bello para ser o seu companheiro de chapa, nas eleições de 1960.

Não resistiu ao convite, marchou para o pleito e ganhou o direito de ser o vice-governador. Apenas uma vez, substituiu o titular: três dias antes de José Sarney assumir o governo do Estado, Newton Bello renuncia ao cargo para não transmiti-lo pessoalmente ao adversário, que moveu contra ele severa campanha na fase pré-eleitoral. Antes disso, em 1963, recusa assumir o cargo de governador, para não assinar o ato que aposentaria Newton Bello a Consultor Jurídico do Estado.

Com a posse de Sarney, em janeiro de 1966, Alfredo retira-se da atividade política e retoma o exercício da profissão e do magistério superior, na condição de professor da Faculdade de Farmácia e Odontologia e depois do curso de Medicina, da Universidade Federal do Maranhão.

Inesperadamente é convidado a filiar-se a uma nova agremiação partidária: a ARENA- Aliança Renovadora Nacional, como integrante do diretório regional, atendendo ao apelo do governador José Sarney.

Em 1970, quando a política não fazia mais parte de sua vida, Sarney foi buscá-lo novamente para figurar na chapa de suplente de senador de Alexandre Costa. Nesse mesmo ano, o governador Pedro Neiva convoca-o para integrar o seu secretariado como titular da secretaria de Interior, Justiça e Segurança, cargo que ocupa pela terceira vez e, no exercício do qual, encerra definitivamente a sua fulgurante vida pública.

Aposentado, vive os últimos anos em companhia da fiel e inseparável esposa, Maria, que lhe dedica completa assistência e devotado carinho.  A 24 de abril de 2010, aos 96 anos, Alfredo Salim Duailbe não resiste a uma crise de pneumonia e parte para a eternidade, mas deixando na sociedade maranhense a marca de homem íntegro, correto, sério e sincero.

 

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DERROTA SOFRIDA

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Se há uma derrota ainda não assimilada, foi a de Gastão Vieira para o Senado da República.

Sabia-se que a luta não era fácil, mas esperava-se que ela fosse favorável ao mais competente, ao mais preparado e o mais habilitado a exercer um mandato numa Casa do Parlamento onde só os que têm valor se sentem à vontade.

Os amigos e os que ficaram ao seu lado nessa caminhada rumo ao Senado, não se conformam e nem encontram explicações para uma derrota inesperada, e que deixa o Maranhão mais pobre politicamente.

Ontem, num restaurante da cidade, Benedito Buzar e Nelson Almada Lima coordenaram um almoço dos amigos de geração com Gastão, em que a pauta foi os rumos da política maranhense, após o fim do ciclo sarneísta.

GASTÃO NA OPOSIÇÃO

Gastão não conseguiu eleger-se senador, mas a sua votação, quando comparada a do candidato a governador de seu partido, foi bem mais expressiva.

A diferença pró Gastão foi mais de 300 mil votos, o que revela a liderança por ele conquistada ao longo de sua bem-sucedida trajetória política.

Por conta desse extraordinário desempenho eleitoral, o parlamentar está determinado a ocupar o espaço da oposição ao governo que vai assumir o comando do estado a partir de 1º de janeiro de 2015.

Será uma oposição sem radicalismo e paixão política, mas pronta para agir nos momentos em que o novo governo falhar e não cumprir os compromissos assumidos na campanha eleitoral.

TODOS DERROTADOS

Cinco membros da família Lago concorreram às recentes eleições, mas todos não se deram bem nas urnas.

Zé Luis, a governador, Igor e Maria Luiza à Câmara Federal, e Marco e Ricardo à Assembleia Legislativa.

O pior desempenho foi o de Zé Luis, teve menos votos do que Antônio Pedrosa e Saulo Arcangeli.

 

OS EVANGÉLICOS DECEPCIONARAM

A lista de candidatos evangélicos às eleições deste ano foi numerosa.

Houve quem pensasse que, se eleitos, poderiam ser maioria na Assembleia Legislativa.

Mas o grito dos evangélicos, que ressoa vibrantemente nos templos, não convenceu o eleitorado.

Todos foram implacavelmente derrotados. Até mesmo o veterano Costa Ferreira, que várias vezes se elegeu deputado federal, desta vez ficou de fora.

PESCADORES VERDES

Pelo que se viu nas últimas eleições, o contingente de pescadores no Maranhão é eleitoralmente forte.

Os homens e mulheres que fazem da pesca o seu sustento de vida, garantiram a eleição de um deputado federal e um estadual.

Coincidentemente os eleitos são irmãos Kleber e Junior Verde.

PEDRO E MANOEL

Este ano, as urnas confirmaram o que aconteceu nas eleições de 2010, com relação aos irmãos Pedro Fernandes e Manoel Ribeiro.

Pedro reelegeu-se deputado federal. Manoel Ribeiro candidatou-se a deputado estadual, ficou novamente na suplência.

Manoel Ribeiro, em 2016, poderá ser candidato à Câmara Municipal de São Luis, onde começou a sua atividade política.

EX-SECRETÁRIOS

Três secretários da governadora Roseana Sarney deixaram os cargos e se candidatarem a cargos eletivos: Claudio Trinchão, Fábio Gondim e Aluísio Mendes.

Apurados os votos, eis a surpresa: o menos cogitado, Aluisio Mendes, deixou o Trinchão e Gondim na rua da amargura.

Trinchão, técnico concursado da secretaria da Fazenda, volta a prestar serviços ao órgão a que pertence; Gondim, por não ter vínculo empregatício no Maranhão, deve mudar o domicílio eleitoral para Brasília.

CANDIDATOS FOLCLÓRICOS

A presença de candidatos folclóricos este ano foi fantástica.

Filiados aos partidos políticos, registraram-se com nomes hiláricos no Tribunal Regional Eleitoral.

Assim, apareceram nos programas eleitorais e mostraram a face da gaiatice. Voto que é bom não possuem.

Mas o eleitorado do Maranhão não é igual ao de São Paulo, que elege palhaços, como Tiririca, com mais de um milhão de votos.

Aqui, os folclóricos não encontram guarida e foram cantar em outra freguesia, Vaca Cega, Luis Karabina, Xikim, Louro do Frango, Maria do Café, Augusto Karara, Alfredo Chepa, Antônio na Moral, Paulo da Vassoura, Chagas Mão Santa, Chameguinho do Maranhão, Ratinho Mendonça.

PAMELA DO MARANHÃO

Outro candidato repudiado nas urnas, a despeito do esforço de se apresentar como homossexual foi Pamela do Maranhão.

Os seus trejeitos nos programas eleitorais não foram suficientes para sensibilizar o eleitorado e ganhar um mandato de deputado estadual.

Mesmo derrotado, ainda conseguiu 974 votos dos admiradores e colegas.

 

 

NOME EM ASCENÇÃO

Pelos jornais e pela rede social, os boatos fluem com respeito ao secretariado do governador eleito, Flávio Dino.

São informações falsas, disparatadas, longe da realidade e do pensamento futuro ocupante do Palácio dos Leões.

Agora, anotem, para conferir depois: só um nome está confirmado para figurar, até porque já está em ação, para compor o governo que assume a 1º de janeiro vindouro: Marcelo Tavares, para chefiar a Casa Civil.

O resto, diria o saudoso Benito Neiva, é abstracionismo.

ACADÊMICOS NA SALIMP

Dois membros da Academia Maranhense de Letras foram convidados para marcar presença no 12º Salão do Livro de Imperatriz, que se fIndou ontem.

Benedito Buzar e Sebastião Duarte participaram na última quinta-feira da reunião da Academia Imperatrizense de Letras e da homenagem ao poeta José Chagas, patrono do evento.

Buzar e Sebastião voltaram de Imperatriz empolgados com a impecável organização e da participação da sociedade, principalmente da juventude da região tocantina na SALIMP .

O presidente da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar, assegurou publicamente que em 2015 a Casa de Antônio Lobo se fará presente ao evento, notícia recebida com muita alegria pelos imperatrizenses.

SARNEY E GULLAR

Há muito tempo, o escritor José Sarney, face aos compromissos políticos, não participava pessoalmente de uma reunião da Academia Brasileira de Letras.

Na última quinta-feira, fez questão de marcar presença na Casa de Machado de Assis e votar no seu conterrâneo e de geração intelectual, Ferreira Gullar.

A partir do ano que vem, já sem as obrigações políticas, Sarney promete ser mais participativo nas reuniões das Academias Brasileira e Maranhense de Letras.

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LOBÃO PAI, LOBÃO FILHO

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O senador Lobão Filho concorreu às eleições de governador do Maranhão em situação quase idêntica à do pai, Edison Lobão, em outubro de 1990.

Naquelas eleições, o candidato que o grupo Sarney preparava para substituir o governador Epitácio Cafeteira, cujo mandato se encerraria a 15 de março de 1991, era o deputado Sarney Filho.

Cafeteira, enquanto governador assumiu com o então presidente da República, José Sarney, o compromisso de fazer de Sarney Filho o seu sucessor no Palácio dos Leões.

À medida, contudo, que as eleições foram se aproximando e o mandato de José Sarney no comando da Nação chegando ao término, Cafeteira, do alto de sua traquinagem, passou a fazer corpo mole e a sabotar a candidatura de Sarney Filho à sua sucessão.

Diante da deslealdade de Cafeteira, a alternativa encontrada pelo grupo Sarney, para apresentar ao eleitorado um candidato palatável, bom de voto, bem relacionado no meio político e com fortes bases eleitorais, só havia um: o senador Edison Lobão.

Com a campanha eleitoral já em andamento, o senador Lobão, assim como o seu filho, em 2014, foi convocado para a luta e sem pestanejar entrou nela de corpo e alma.

Em 1990, o candidato das Oposições era João Castelo, a quem Cafeteira passou a apoiar intransigentemente. Quando Lobão entrou em campo, Castelo, tal como Flávio Dino, em 2014, já estava em plena campanha eleitoral e com o nome bem divulgado nas cidades e entre as lideranças municipais.

Edison Lobão, igualmente o filho, mesmo correndo contra o tempo, entrou na disputa de governador prá valer. Mas tamanho esforço não foi suficiente para deter Castelo, que fazendo uma campanha melhor e mais organizada do ponto de vista de marketing, deu um banho de votos no candidato sarneísta, ganhou o primeiro turno, mas sem obter a maioria absoluta da votação, mercê do desempenho da ex-prefeita Conceição Andrade, que, também, participou do pleito pelo PDT.

Para Edison Lobão enfrentar Castelo no segundo turno, façanha que o filho não conseguiu nas eleições contra Flávio Dino, o grupo Sarney preparou-se para dar o troco no opositor. Para isso, reformularam-se as estratégias, alteraram-se os planos, aprimoraram-se os objetivos e contrataram-se novos marqueteiros, pois, no primeiro turno, os erros cometidos foram terríveis.

Vejamos algumas ações executadas no segundo turno, que levaram o candidato do PFL, Edison Lobão, a dar a volta por cima e impor uma avassaladora vitória sobre Castelo.

1)    A participação decisiva do governador João Alberto, que se embrenhou na luta destemidamente, reconquistando aliados que votaram em Castelo no primeiro turno. Além de atrair prefeitos e vereadores, obteve a adesão de Conceição Andrade e de setores sindicais, estudantis, patronais e religiosos que nela votaram. De grande valia para Lobão foi também a atuação do governador no combate ao crime organizado e na construção de obras em São Luis, como a Vala da Macaúba, a drenagem do Sítio do Meio e a legalização de lotes na periferia.

2)    A presença do senador José Sarney, que não participou do primeiro turno porque estava no Amapá, onde cuidava de sua eleição ao Senado. Bom estrategista e sem ninguém a impedi-lo de viajar para o interior, marcou presença nos palanques, comícios, passeatas e carreatas nas principais cidades, onde Lobão havia perdido. O reencontro com as multidões deu alma nova à campanha. Muito atacado por Castelo, Sarney, como vítima, aguçou o sentimento popular e drenou-o para o candidato que apoiava.

3)    Cafeteira, no primeiro turno, deu boa contribuição à votação de Castelo, em São Luis. No segundo turno, porém, apagou-se, mormente depois que um vídeo foi mostrado na televisão em que, com a sua proverbial ironia, criticava o governo de Castelo e dizia enfaticamente: “Castelo, nunca mais”. Depois disso, sumiu dos programas eleitorais.

4)    Como as pesquisas mostravam a vitória de Castelo no primeiro turno, o empresariado fugiu de Lobão. No segundo turno, as mudanças na campanha do candidato sarneísta, modificaram o quadro político e levaram os empresários a abandonar Castelo e apoiar Lobão.

5)    Os marqueteiros de Castelo deram um show no primeiro turno, mas foram infelizes no segundo. Trouxeram do Rio de Janeiro, o ator Lima Duarte, que se apresentando como Zeca Diabo, agredia feroz e diariamente o senador José Sarney nos programas eleitorais. Resultado: a repercussão disso foi péssima, pois Sarney não era candidato a qualquer cargo eletivo. Sem ser molestado, Lobão ficou livre para cuidar de sua campanha.

6)    Uma carreata imensa e vibrante saiu de São Luis com destino a Timon, entrando nas cidades ao longo da BR-135. Nelas, Sarney e Lobão faziam comícios e visitavam os chefes políticos. Durante três dias, a carreata, com banda de música, foguetório, bandeiras e cartazes promocionais, por onde passou gerou expectativa de vitória.

 

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OS GOVERNADORES DO MARANHÃO DE 1947 A 2014Os maranhenses saberão hoje o nome do governador que assumirá o comando do Poder Executivo estadual a 1º de janeiro de 2015. Da redemocratização do país (1947) às eleições de 2010, sem incluir os que ocuparam o cargo interinamente, pelas minhas contas, 14 personalidades se elegeram ao governo do Maranhão. Em pleitos diretos, Sebastião Archer da Silva, Eugênio Barros, José de Matos Carvalho, Newton Bello, José Sarney, Luiz Rocha, Epitácio Cafeteira, Edison Lobão, Roseana Sarney, José Reinaldo Tavares e Jackson Lago. Em eleições indiretas, Pedro Neiva de Santana, Nunes Freire e João Castelo. Se computarmos, os vices eleitos – Alfredo Duailibe, Antônio Dino, Ivar Saldanha, João Alberto e Ribamar Fiquene, que assumiram o governo em função da renúncia dos titulares, a estatística sobe para 19. Dos eleitos, só uma figura do sexo feminino chegou ao Palácio dos Leões: Roseana Sarney, que ficou 14 anos no poder. Pela ordem cronológica, estes os governadores eleitos nos últimos 67 anos SEBASTIÃO ARCHER DA SILVA – Industrial, vereador, prefeito de Codó, deputado estadual de 1926 a 1930. Eleito governador em janeiro de 1947, após a volta do Brasil ao regime democrático. Exerce o mandato de abril de 1947 a janeiro de 1951. No seu governo, o vice, Saturnino Bello, rompe com o vitorinismo e vira oposicionista. Com Archer no governo, o senador Vitorino Freire começa a reinar politicamente no Maranhão. Elege-se depois ao Senado da República, onde cumpre dois mandatos: de 1954 a 1962 e de 1963 a 1971. EUGÊNIO BARROS – Industrial e prefeito de Caxias de 1947 a 1950. Elege-se governador no pleito de 1950, mas não se empossa no prazo determinado pela Constituição: 31 de janeiro de 1951, porque as Oposições Coligadas impugnaram a sua eleição e diplomação, sob a suspeita de fraude eleitoral, fato gerador de um movimento grevista da população de São Luis. Assumiu o governo, com o vice, Renato Archer, em setembro de 1951, depois de o TSE indeferir os recursos contra a sua posse. Representou o Maranhão no Senado, de 1959 a 1967. JOSÉ DE MATOS CARVALHO – Médico, prefeito de Barreirinhas, vereador à Câmara de São Luis, secretário de Saúde do Estado. Candidato a governador para suceder a Eugênio Barros. Por causa dos recursos contra a sua eleição ficou fora do cargo 525 dias. Tomou posse em julho de 1957, rompido com o vice-governador Alexandre Costa, que se bandeou para as oposições. Ao deixar o cargo, elegeu-se no pleito de outubro de 1962 a deputado federal. NEWTON DE BARROS BELLO – Advogado, promotor público, vereador à Câmara Municipal de São Luis, de 1947 a 1950. Deputado estadual, de 1950 a 1954, deputado federal, de 1954 a 1958 e de 1958 a 1962, pelo PSD. Em 1954, renuncia à suplência de senador para possibilitar a eleição de Assis Chateaubriand ao Senado pelo Maranhão, em 1955. No governo de Matos Carvalho, ocupa a secretaria de Interior, Justiça e Segurança, no exercício da qual se habilita a candidatar-se a governador. Ganha o pleito de 1960, com o vice, Alfredo Duailibe. Foi o último governador eleito pelo grupo chefiado pelo senador Vitorino Freire, com quem rompe em 1964. ALFREDO DUAILIBE – Médico, secretário de Interior, Justiça e Segurança, professor universitário, deputado federal, suplente de senador. Três dias antes de terminar o seu governo, Newton Bello renuncia ao cargo para não transmiti-lo ao sucessor, José Sarney. Quem realiza esse preceito constitucional é o vice, Alfredo Duailibe, em solenidade pública, na Avenida Pedro II, a 31 de janeiro de 1966. JOSÉ SARNEY – Advogado, jornalista, poeta, membro das Academias de Letras do Brasil e do Maranhão. Nas eleições para a Câmara Federal em 1954, pelo PSD, fica na suplência. Em 1958, elege-se deputado federal, pela UDN, da qual foi vice-líder. Em 1962, reelege-se com expressiva votação e credencia-se a disputar o cargo de governador em 1965, pelas Oposições Coligadas. Com a revisão eleitoral, realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral, mais de 200 mil votos são expurgados da folha de votação, Sarney mobiliza o eleitorado com a mensagem de mudanças e vence as eleições, que determinaram o final do vitorinismo no Maranhão. Em junho de 1970, renuncia ao cargo e o transfere ao vice, Antônio Dino, e se elege senador pela Aliança Renovadora Nacional. Em 1978 é reeleito ao Senado. Em 1985, desliga-se do PDS, rompe como o governo federal e alia-se ao PFL para a formação da Frente Liberal, pela qual se elege vice-presidente da República, na chapa encabeçada por Tancredo Neves. Com a morte deste, Sarney assume a chefia da Nação. ANTÔNIO DINO – Médico, dois mandatos de deputado federal e um de deputado estadual. Com a renúncia do governador José Sarney, assume na condição de vice o governo até 14 de março de 1971, data em que transmite o cargo a Pedro Neiva de Santana. Deixa o governo rompido com o senador José Sarney. PEDRO NEIVA DE SANTANA – Médico, prefeito de São Luis, professor universitário, reitor da UFMA, secretário estadual da Fazenda. Por força do Ato Institucional, nº 3 (fevereiro de 1966), o governo militar altera as regras das eleições de governadores estaduais, que passam a ser indiretas e realizadas pelas Assembleias Legislativas. Pelas novas regras e num clima de tranquilidade, Pedro Neiva e o general Alexandre Colares Moreira são eleitos governador e vice. A posse ocorre a 15 de março de 1971 e o mandato se finda em 1975, mas em rota de colizão com o senador José Sarney. OSVALDO DA COSTA NUNES FREIRE – Médico, proprietário rural, deputado estadual nas legislaturas de 1950, 1954, 1958, 1966 e 1970, mandatos cumpridos pelo PSD, UDN e Arena. Em 1966, preside a Assembleia Legislativa. Em junho de 1974 é convocado pelo Palácio do Planalto para governar o Maranhão e conciliar o embate político entre o senador José Sarney e o ex-senador Vitorino Freire. Eleito indiretamente pela Assembleia Legislativa em outubro de 1974. No meio do mandato de governador, que exerce de 1975 a 1979, rompe com o senador José Sarney. JOÃO CASTELO – Advogado, bancário, presidente do Banco da Amazônia e deputado federal, pela Arena. Indicado por Sarney foi o último governador eleito por via indireta, tendo como vice, o general Artur Carvalho. Eleitos pela Assembleia Legislativa em setembro de 1978, assumem a 15 de março de 1979. Castelo renuncia ao governo em maio de 1982, para concorrer ao pleito senatorial. O vice-governador, Artur Carvalho falece antes de acabar o mandato, por isso, Castelo, rompido politicamente com o senador José Sarney, transmite o poder ao deputado Ivar Saldanha, vice-presidente da Assembleia, que assume o cargo de presidente, face à renúncia do deputado Albérico Ferreira. IVAR SALDANHA – Líder político de Rosário, deputado estadual e federal, prefeito de São Luis e secretário de Fazenda. Ocupa o governo de maio de 1982 a 15 de março de 1983, data em que transmite o poder ao governador eleito, Luiz Rocha. LUIZ ROCHA – Com o país vivendo o clima da redemocratização, restabeleceram-se as eleições diretas para os governos estaduais. Para concorrer ao pleito de novembro de 1982, o PDS, que herda o espólio da Arena, apresenta o candidato Luiz Rocha, advogado, líder estudantil, ex-vereador de São Luis, deputado estadual em duas legislaturas e dois mandatos de deputado federal. Eleito governador, assume o cargo em 15 de março de 1983, junto com o vice, engenheiro João Rodolfo Gonçalves. Fica no cargo até o fim do mandato, em março de 1987. EPITÁCIO CAFETEIRA – Bancário, deputado federal e autor da Emenda Constitucional, que dá fim a nomeação dos prefeitos das capitais pelos governadores estaduais, fato que o leva, em outubro de 1965, à prefeitura de São Luis. Empossado, enfrenta várias crises, numa delas rompe com o governador José Sarney. De 1974 a 1986, se elege a deputado federal. Reconcilia-se com Sarney em 1985, ao qual empresta apoio político à sua candidatura a vice-presidente da República. Em novembro de 1986, apoiado por Sarney, elege-se governador do Maranhão, junto com o vice, João Alberto. Empossado a 15 de março de 1987, renuncia ao cargo em abril de 1990 para ser candidato ao Senado. Eleito, rompe novamente com Sarney. JOÃO ALBERTO – Economista, líder bancário, deputado estadual e federal. Para ocupar o lugar de Cafeteira, o vice, João Alberto recorre ao Supremo Tribunal Federal para cassar a liminar do Tribunal de Justiça do Maranhão, que o impedia de investir-se no cargo, porque em outubro de 1988 vence as eleições e assume a prefeitura de Bacabal. Depois de empossado no cargo de governador, esteve ameaçado de perdê-lo em junho de 1990, por iniciativa da Assembleia, que declarou o cargo vago e empossa o deputado Ivar Saldanha, presidente do Legislativo. O Tribunal de Justiça torna sem efeito o ato da Assembleia e João Alberto manteve-se no governo até 15 de março de 1991. EDISON LOBÃO – Advogado, jornalista, deputado federal e senador, no exercício do qual foi chamado a concorrer às eleições de governador em outubro de 1990. No primeiro turno, perde para João Castelo, mas no segundo turno, suplanta o opositor de modo avassalador. Recebe o governo das mãos de João Alberto, junto com o vice, Ribamar Fiquene, em solenidade pública, na Avenida Pedro II. A 2 de abril de 1994, Lobão renuncia ao cargo, para se candidatar ao Senado, sendo eleito com expressiva votação. JOSÉ RIBAMAR FIQUENE – Advogado, professor, juiz de Direito, vice-prefeito de Itapecuru, prefeito de Imperatriz e reitor da UEMA. Sucessor legal de Lobão, governa de 2 de abril de 1994 a 1º de janeiro de 1995. É quem passa o cargo à eleita, governadora Roseana Sarney. ROSEANA SARNEY – Socióloga, deputada federal e senadora. A primeira mulher eleita no Brasil a governar um estado. Pela Coligação Frente Popular, derrota o ex-governador Epitácio Cafeteira no segundo turno das eleições de 1994. Empossa-se com o vice, José Reinaldo Tavares, na madrugada de 1º de janeiro de 1995. Pelo bom desempenho à frente da administração pública, candidata-se a novo mandato em 1998, tendo novamente como opositor o senador Epitácio Cafeteira, sobrepujando-o no primeiro turno, com votação consagradora. Empossada com o vice, José Reinaldo, a 1º de janeiro de 1999, não cumpre o segundo mandato até final, pois renuncia ao cargo para se candidatar ao Senado da República, em 2002. No exercício do mandato de senadora, em maio de 2009, por conta da cassação do mandato do governador Jackson Lago, pelo Tribunal Superior Eleitoral, assume, como segunda colocada na eleição de 2006, pela terceira vez o comando do Poder Executivo do Estado. No pleito majoritário de 2010, vence e torna-se pela quarta vez governadora, cujo mandato findar-se-á a 1º de janeiro de 2015. JOSÉ REINALDO TAVARES – Engenheiro, diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem, secretário de Viação e Obras Públicas, presidente do DNOCS, superintendente da Sudene, superintendente da Novacap, secretário de Viação e Obras de Brasília, deputado federal, ministro dos Transportes. Na condição de vice, assume o governo do Maranhão em abril de 2002, substituindo Roseana Sarney, candidata ao Senado. Nas eleições de outubro de 2002, é o candidato de Sarney a governador. Vence Jackson Lago no primeiro turno. Assume em janeiro de 2003, com o vice, Jura Filho. No ano seguinte, rompe com o grupo político a que sempre pertenceu. Nas oposições, apóia o ex-prefeito de São Luis, Jackson Lago e elege-o no pleito de 2006 para substituí-lo no Palácio dos Leões. Jackson, contudo, não chega ao final do mandato, pois é cassado pelo TSE, em maio de 2009. JACKSON LAGO – Médico, professor universitário, secretário de Saúde de São Luis, deputado estadual, secretário de Saúde do Maranhão, fundador do PDT. Três vezes prefeito eleito de São Luis. No terceiro mandato (2000 a 2004), renuncia ao cargo em 2002 para disputar o pleito de governador, mas é derrotado por José Reinaldo. Em 2006, com o apoio do governador José Reinaldo, elege-se governador, mas em maio de 2009, perde o mandato, sendo substituído por Roseana Sarney. Disputa a última eleição em 2010, concorrendo novamente ao governo do Maranhão,sem ser bem-sucedido.

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Os maranhenses saberão hoje o nome do governador que assumirá o comando do Poder Executivo estadual a 1º de janeiro de 2015.

Da redemocratização do país (1947) às eleições de 2010, sem incluir os que ocuparam o cargo interinamente, pelas minhas contas, 14 personalidades se elegeram ao governo do Maranhão. Em pleitos diretos, Sebastião Archer da Silva, Eugênio Barros, José de Matos Carvalho, Newton Bello, José Sarney, Luiz Rocha, Epitácio Cafeteira, Edison Lobão, Roseana Sarney, José Reinaldo Tavares e Jackson Lago. Em eleições indiretas, Pedro Neiva de Santana, Nunes Freire e João Castelo.

Se computarmos, os vices eleitos – Alfredo Duailibe, Antônio Dino, Ivar Saldanha, João Alberto e Ribamar Fiquene, que assumiram o governo em função da renúncia dos titulares, a estatística sobe para 19.

Dos eleitos, só uma figura do sexo feminino chegou ao Palácio dos Leões: Roseana Sarney, que ficou 14 anos no poder. Pela ordem cronológica, estes os governadores eleitos nos últimos 67 anos

SEBASTIÃO ARCHER DA SILVA – Industrial, vereador, prefeito de Codó, deputado estadual de 1926 a 1930. Eleito governador em janeiro de 1947, após a volta do Brasil ao regime democrático. Exerce o mandato de abril de 1947 a janeiro de 1951. No seu governo, o vice, Saturnino Bello, rompe com o vitorinismo e vira oposicionista. Com Archer no governo, o senador Vitorino Freire começa a reinar politicamente no Maranhão. Elege-se depois ao Senado da República, onde cumpre dois mandatos: de 1954 a 1962 e de 1963 a 1971.

EUGÊNIO BARROS – Industrial e prefeito de Caxias de 1947 a 1950. Elege-se governador no pleito de 1950, mas não se empossa no prazo determinado pela Constituição: 31 de janeiro de 1951, porque as Oposições Coligadas impugnaram a sua eleição e diplomação, sob a suspeita de fraude eleitoral, fato gerador de um movimento grevista da população de São Luis. Assumiu o governo, com o vice, Renato Archer, em setembro de 1951, depois de o TSE indeferir os recursos contra a sua posse. Representou o Maranhão no Senado, de 1959 a 1967.

JOSÉ DE MATOS CARVALHO – Médico, prefeito de Barreirinhas, vereador à Câmara de São Luis, secretário de Saúde do Estado. Candidato a governador para suceder a Eugênio Barros. Por causa dos recursos contra a sua eleição ficou fora do cargo 525 dias. Tomou posse em julho de 1957, rompido com o vice-governador Alexandre Costa, que se bandeou para as oposições. Ao deixar o cargo, elegeu-se no pleito de outubro de 1962 a deputado federal.

NEWTON DE BARROS BELLO – Advogado, promotor público, vereador à Câmara Municipal de São Luis, de 1947 a 1950. Deputado estadual, de 1950 a 1954, deputado federal, de 1954 a 1958 e de 1958 a 1962, pelo PSD. Em 1954, renuncia à suplência de senador para possibilitar a eleição de Assis Chateaubriand ao Senado pelo Maranhão, em 1955. No governo de Matos Carvalho, ocupa a secretaria de Interior, Justiça e Segurança, no exercício da qual se habilita a candidatar-se a governador. Ganha o pleito de 1960, com o vice, Alfredo Duailibe.  Foi o último governador eleito pelo grupo chefiado pelo senador Vitorino Freire, com quem rompe em 1964.

ALFREDO DUAILIBE – Médico, secretário de Interior, Justiça e Segurança, professor universitário, deputado federal, suplente de senador. Três dias antes de terminar o seu governo, Newton Bello renuncia ao cargo para não transmiti-lo ao sucessor, José Sarney.  Quem realiza esse preceito constitucional é o vice, Alfredo Duailibe, em solenidade pública, na Avenida Pedro II, a 31 de janeiro de 1966.

JOSÉ SARNEY – Advogado, jornalista, poeta, membro das Academias de Letras do Brasil e do Maranhão. Nas eleições para a Câmara Federal em 1954, pelo PSD, fica na suplência. Em 1958, elege-se deputado federal, pela UDN, da qual foi vice-líder. Em 1962, reelege-se com expressiva votação e credencia-se a disputar o cargo de governador em 1965, pelas Oposições Coligadas. Com a revisão eleitoral, realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral, mais de 200 mil votos são expurgados da folha de votação, Sarney mobiliza o eleitorado com a mensagem de mudanças e vence as eleições, que determinaram o final do vitorinismo no Maranhão. Em junho de 1970, renuncia ao cargo e o transfere ao vice, Antônio Dino, e se elege senador pela Aliança Renovadora Nacional. Em 1978 é reeleito ao Senado. Em 1985, desliga-se do PDS, rompe como o governo federal e alia-se ao PFL para a formação da Frente Liberal, pela qual se elege vice-presidente da República, na chapa encabeçada por Tancredo Neves. Com a morte deste, Sarney assume a chefia da Nação.

ANTÔNIO DINO – Médico, dois mandatos de deputado federal e um de deputado estadual. Com a renúncia do governador José Sarney, assume na condição de vice o governo até 14 de março de 1971, data em que transmite o cargo a Pedro Neiva de Santana.  Deixa o governo rompido com o senador José Sarney.

PEDRO NEIVA DE SANTANA – Médico, prefeito de São Luis, professor universitário, reitor da UFMA, secretário estadual da Fazenda. Por força do Ato Institucional, nº 3 (fevereiro de 1966), o governo militar altera as regras das eleições de governadores estaduais, que passam a ser indiretas e realizadas pelas Assembleias Legislativas. Pelas novas regras e num clima de tranquilidade, Pedro Neiva e o general Alexandre Colares Moreira são eleitos governador e vice. A posse ocorre a 15 de março de 1971 e o mandato se finda em 1975, mas em rota de colizão com o senador José Sarney.

OSVALDO DA COSTA NUNES FREIRE – Médico, proprietário rural, deputado estadual nas legislaturas de 1950, 1954, 1958, 1966 e 1970, mandatos cumpridos pelo PSD, UDN e Arena. Em 1966, preside a Assembleia Legislativa.  Em junho de 1974 é convocado pelo Palácio do Planalto para governar o Maranhão e conciliar o embate político entre o senador José Sarney e o ex-senador Vitorino Freire. Eleito indiretamente pela Assembleia Legislativa em outubro de 1974. No meio do mandato de governador, que exerce de 1975 a 1979, rompe com o senador José Sarney.

JOÃO CASTELO – Advogado, bancário, presidente do Banco da Amazônia e deputado federal, pela Arena. Indicado por Sarney foi o último governador eleito por via indireta, tendo como vice, o general Artur Carvalho. Eleitos pela Assembleia Legislativa em setembro de 1978, assumem a 15 de março de 1979. Castelo renuncia ao governo em maio de 1982, para concorrer ao pleito senatorial. O vice-governador, Artur Carvalho falece antes de acabar o mandato, por isso, Castelo, rompido politicamente com o senador José Sarney, transmite o poder ao deputado Ivar Saldanha, vice-presidente da Assembleia, que assume o cargo de presidente, face à renúncia do deputado Albérico Ferreira.

IVAR SALDANHA – Líder político de Rosário, deputado estadual e federal, prefeito de São Luis e secretário de Fazenda. Ocupa o governo de maio de 1982 a 15 de março de 1983, data em que transmite o poder ao governador eleito, Luiz Rocha.

LUIZ ROCHA – Com o país vivendo o clima da redemocratização, restabeleceram-se as eleições diretas para os governos estaduais. Para concorrer ao pleito de novembro de 1982, o PDS, que herda o espólio da Arena, apresenta o candidato Luiz Rocha, advogado, líder estudantil, ex-vereador de São Luis, deputado estadual em duas legislaturas e dois mandatos de deputado federal. Eleito governador, assume o cargo em 15 de março de 1983, junto com o vice, engenheiro João Rodolfo Gonçalves.  Fica no cargo até o fim do mandato, em março de 1987.

EPITÁCIO CAFETEIRA – Bancário, deputado federal e autor da Emenda Constitucional, que dá fim a nomeação dos prefeitos das capitais pelos governadores estaduais, fato que o leva, em outubro de 1965, à prefeitura de São Luis. Empossado, enfrenta várias crises, numa delas rompe com o governador José Sarney. De 1974 a 1986, se elege a deputado federal. Reconcilia-se com Sarney em 1985, ao qual empresta apoio político à sua candidatura a vice-presidente da República. Em novembro de 1986, apoiado por Sarney, elege-se governador do Maranhão, junto com o vice, João Alberto. Empossado a 15 de março de 1987, renuncia ao cargo em abril de 1990 para ser candidato ao Senado. Eleito, rompe novamente com Sarney.

JOÃO ALBERTO – Economista, líder bancário, deputado estadual e federal. Para ocupar o lugar de Cafeteira, o vice, João Alberto recorre ao Supremo Tribunal Federal para cassar a liminar do Tribunal de Justiça do Maranhão, que o impedia de investir-se no cargo, porque em outubro de 1988 vence as eleições e assume a prefeitura de Bacabal. Depois de empossado no cargo de governador, esteve ameaçado de perdê-lo em junho de 1990, por iniciativa da Assembleia, que declarou o cargo vago e empossa o deputado Ivar Saldanha, presidente do Legislativo. O Tribunal de Justiça torna sem efeito o ato da Assembleia e João Alberto manteve-se no governo até 15 de março de 1991.

EDISON LOBÃO – Advogado, jornalista, deputado federal e senador, no exercício do qual foi chamado a concorrer às eleições de governador em outubro de 1990. No primeiro turno, perde para João Castelo, mas no segundo turno, suplanta o opositor de modo avassalador. Recebe o governo das mãos de João Alberto, junto com o vice, Ribamar Fiquene, em solenidade pública, na Avenida Pedro II. A 2 de abril de 1994, Lobão renuncia ao cargo, para se candidatar ao Senado, sendo eleito com expressiva votação.

JOSÉ RIBAMAR FIQUENE – Advogado, professor, juiz de Direito, vice-prefeito de Itapecuru, prefeito de Imperatriz e reitor da UEMA. Sucessor legal de Lobão, governa de 2 de abril de 1994 a 1º de janeiro de 1995. É quem passa o cargo à eleita, governadora Roseana Sarney.

ROSEANA SARNEY – Socióloga, deputada federal e senadora. A primeira mulher eleita no Brasil a governar um estado. Pela Coligação Frente Popular, derrota o ex-governador Epitácio Cafeteira no segundo turno das eleições de 1994. Empossa-se com o vice, José Reinaldo Tavares, na madrugada de 1º de janeiro de 1995. Pelo bom desempenho à frente da administração pública, candidata-se a novo mandato em 1998, tendo novamente como opositor o senador Epitácio Cafeteira, sobrepujando-o no primeiro turno, com votação consagradora. Empossada com o vice, José Reinaldo, a 1º de janeiro de 1999, não cumpre o segundo mandato até final, pois renuncia ao cargo para se candidatar ao Senado da República, em 2002. No exercício do mandato de senadora, em maio de 2009, por conta da cassação do mandato do governador Jackson Lago, pelo Tribunal Superior Eleitoral, assume, como segunda colocada na eleição de 2006, pela terceira vez o comando do Poder Executivo do Estado. No pleito majoritário de 2010, vence e torna-se pela quarta vez governadora, cujo mandato findar-se-á a 1º de janeiro de 2015.

JOSÉ REINALDO TAVARES – Engenheiro, diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem, secretário de Viação e Obras Públicas, presidente do DNOCS, superintendente da Sudene, superintendente da Novacap, secretário de Viação e Obras de Brasília, deputado federal, ministro dos Transportes. Na condição de vice, assume o governo do Maranhão em abril de 2002, substituindo Roseana Sarney, candidata ao Senado. Nas eleições de outubro de 2002, é o candidato de Sarney a governador. Vence Jackson Lago no primeiro turno. Assume em janeiro de 2003, com o vice, Jura Filho. No ano seguinte, rompe com o grupo político a que sempre pertenceu. Nas oposições, apóia o ex-prefeito de São Luis, Jackson Lago e elege-o no pleito de 2006 para substituí-lo no Palácio dos Leões. Jackson, contudo, não chega ao final do mandato, pois é cassado pelo TSE, em maio de 2009.

JACKSON LAGO – Médico, professor universitário, secretário de Saúde de São Luis, deputado estadual, secretário de Saúde do Maranhão, fundador do PDT.  Três vezes prefeito eleito de São Luis. No terceiro mandato (2000 a 2004), renuncia ao cargo em 2002 para disputar o pleito de governador, mas é derrotado por José Reinaldo. Em 2006, com o apoio do governador José Reinaldo, elege-se governador, mas em maio de 2009, perde o mandato, sendo substituído por Roseana Sarney. Disputa a última eleição em 2010, concorrendo novamente ao governo do Maranhão,sem ser bem-sucedido.

 

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PENDURADOS NA JUSTIÇA

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A Lei da Ficha Limpa foi criada para o povo eleger os candidatos merecedores no mínimo de respeito.

No entanto, não isso que se vê no dia a dia da campanha eleitoral.

Candidatos infratores da lei e pendurados na Justiça, autênticos fichas sujas, continuam flanando e pedindo votos aos incautos.

Alguns são conhecidos e respondem a numerosos processos, mas aparecem na televisão pousando de moralistas e donos da verdade.

Afinal, pergunta-se: para que foi criada essa lei?

JUIZ DA FICHA LIMPA

Por falar na Lei da Ficha Limpa, o juiz Marlon Reis está sendo processado pelo presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Alves.

O parlamentar ficou irritado com o livro do magistrado maranhense, com o título “O nobre deputado”, que relata, usando uma personagem fictícia, as práticas corriqueiras e corruptas usadas pelos políticos.

Quem já leu o livro, como o jornalista Benedito Buzar, acha que o juiz Marlon Reis não cometeu nenhuma ofensa ou agressão moral contra quem que seja. O que ali está escrito é a mais pura realidade, diz Buzar.

CATEGORIAS DE CANDIDATOS

Os que se derem ao trabalho de ver os programas eleitorais, não terão dificuldade de observar as categorias profissionais que mais concorrem à disputa pelo voto.

Pastores, professores, médicos e advogados são os mais interessados em marcar presença nas casas legislativas.

Os pastores estão na frente do pelotão.

ALCIONE COM DILMA

Realizou-se na semana passada, no Rio de Janeiro, uma reunião da presidente Dilma Roussef com os artistas brasileiros.

Entre os presentes, a cantora maranhense, Alcione.

Alcione disse à candidata do PT que se ela vier ao Maranhão participar de algum ato político, pode contar com a sua voz para cantar e pedir voto.

PROPOSTAS DE EXECUTIVOS

A maioria dos candidatos às eleições de novembro vindouro não sabe o que diz quando se manifesta através dos programas eleitorais.

Os que disputam os cargos legislativos se comportam como se postulassem funções executivas.

Os candidatos a deputado, não falam em apresentar projetos ou propostas de lei, mas prometem demagogicamente construir obras.

OPERAÇÃO TIGRE

O senador João Alberto tem um filho, João Marcelo, candidato a deputado federal.

Mas quem se lembrou do tempo de João Alberto no governo do Maranhão, em 1990, foi o candidato à Câmara dos Deputados, Sérgio Muniz.

Em alto e bom som, Sérgio afirma que o Maranhão precisa de outra “Operação Tigre”, para eliminar os bandidos que infernizam a vida da população.   Vai ganhar votos.

PROJETO REVIVER

Quem ouviu a palestra do arquiteto Luis Phelipe, na noite de terça-feira, na Casa de Cultura Odilo Costa, filho, saiu dali altamente satisfeito e gratificado.

Com conhecimento de causa e segurança, ele, como planejador e executor do Projeto Reviver, relembrou as etapas daquela obra, em que a antiga Praia Grande foi recuperada em harmonia com a sua originalidade,  e transformada em área estratégica para o turismo maranhense.

Luis Phelipe também revelou fatos ocorridos na execução da obra, a exemplo do nome Projeto Reviver, sugerido pela poetisa Laura Amélia Damous e aprovado pelo então governador Cafeteira.

CANDIDATO DE MAURO

Mauro Fecury, com relação às eleições de governador, está com um pé no Maranhão e o outro em Brasília.

Aqui, torce pela eleição de Lobão Filho. Em Brasília, o seu candidato era Arruda, impugnado pela Justiça Eleitoral, mas substituído pelo candidato a vice, Jofran Frejat.

Mauro, amigo fraternal de Frejat, com raízes familiares no Maranhão, espera que ele vença o pleito.

LAURA ROSA

A poetisa caxiense Laura Rosa completaria nesta quinta-feira, 130 anos de nascimento.

A primeira mulher eleita para a Academia Maranhense de Letras, portanto, fundadora da cadeira 26, ocupada pelo acadêmico Carlos Gaspar.

A professora da Universidade Federal do Maranhão, biógrafa de Laura Rosa, Diomar Mota, profere palestra na Academia Maranhense de Letras, nesta quinta-feira, às 18 horas.

ELEIÇÕES NA ACADEMIA

Na última reunião da Academia Maranhense de Letras, o acadêmico Luiz Phelipe, apresentou parecer sobre os candidatos inscritos às vagas de José Chagas e Ubiratan Teixeira.

Aprovado o parecer pelo plenário, o presidente da AML, Benedito Buzar marcou para 30 de outubro as eleições para as quais concorrem os intelectuais Turíbio Rocha Santos, para a cadeira de Chagas, e José Neres e João Renor, à cadeira de Ubiratan.

FAZ A DIFERENÇA

Há uma diferença gritante entre o candidato a senador Gastão Vieira e seus opositores.

Enquanto os pronunciamentos de Gastão são tranqüilos, respeitosos e não deixam dúvida quanto à sua competência, os que lhe enfrentam são agressivos, desrespeitosos e primários.

Poucas foram as eleições no Maranhão em que o eleitorado teve a opção de votar num candidato ao Senado de nível tão elevado quanto Gastão Vieira.

PÉROLA DE MILLOR

Às vésperas da eleição, nada mais oportuno do que esta pérola deixada pelo saudoso Millor Fernandes.

Ela cabe como uma luva nos dedos dos candidatos que fazem da corrupção o fulcro de seus discursos: “Acabar com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder”.

Assino em baixo.

REMY NO ESTALEIRO

O candidato a suplente de senador, pelo PMDB, Remy Ribeiro, recebeu recomendação médica para passar alguns dias em repouso doméstico.

Ele sofreu um distúrbio cardiológico, que o obrigou a receber dois stentes.

Os médicos só autorizaram Remy a quebrar o repouso no dia da eleição e votar.

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